segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

...se a palavra que...



"Se a palavra que voce vai falar
não é mais bela que o silêncio,
então, não a diga."

Mestre Sufi

As Quatro Estações... O Pé de Pêra


Um homem tinha quatro filhos.

Ele queria que seus filhos aprendessem a não ter pressa quando fizessem seus julgamentos.

Por isso, convidou cada um deles para fazer uma viagem e observar uma pereira plantada num local distante.

O primeiro filho chegou lá no inverno, o segundo na primavera, o terceiro, no verão e o quarto, o caçula, no outono.

Quando eles retornaram, o pai os reuniu e pediu que contassem o que tinham visto.

O primeiro chegou lá no inverno.
Disse que a árvore era feia e acrescentou:
- Além de feia, ela é seca e retorcida!

O segundo chegou lá na primavera.
Disse que aquilo não era verdade.
Contou que encontrou uma árvore cheia de botões, e carregada de promessas.

O terceiro chegou no verão.
Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais tinha visto.

O último filho chegou no outono.
Ele disse que a árvore estava carregada e arqueada cheia de frutas, vida e promessas...

O pai então explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore...

Ele disse que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação.

A essência do que se é, como o prazer, a alegria e o amor que vem da vida só pode ser constatada no final de tudo, exatamente como no momento em que todas as estações do ano se completam!

Se alguém desistir no inverno, perderá as promessas da primavera, a beleza do verão e a expectativa do outono.

Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras.

Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.

Persevere através dos caminhos difíceis e melhores tempos certamente virão, de uma hora para a outra.


Autor desconhecido

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Inteligência Espiritual / Dana Zohar




Você é espiritualmente inteligente?

No livro QS Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.

Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".

Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes.

Formada em física pela Universidade Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, "O Ser Quântico" e "A Sociedade Quântica", já traduzidos para o português.

QS Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record).

Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

Ela falou a Revista Exame em Porto Alegre durante o 30º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suíça, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.

Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.

O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais.

Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.

Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de "insights", formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos interiores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.

A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goldman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções.

Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso.

A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade. No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções.

A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. São levadas por valores.

2. São idealistas.

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade.

4. São holísticas.

5. Celebram a diversidade.

6. Têm independência.

7. Perguntam sempre "por quê?"

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo.

9. Têm espontaneidade.

10.Têm compaixão.

...conhecimento do valor humano... (Antroposofia)



Conhecimento do valor humano,
Sentimento da dignidade humana,
Querer em amor humano,
estes são os mais lindos frutos da vida,
que são educados no ser humano
por meio da vivência
dos resultados da ciência espiritual.


Erkenntnis von Menschenwert,
Erfühlen von Menschenwürde,
Wollen in Menschenliebe,
das sind schönsten Lebensfrüchte,
die sich im Menschen heranerziehen
durch das Erleben
gesiteswissenschaftlicher Ergebnisse.

Fonte:Fonte: GA 78, palestra de 5/9/1921, p. 90. Trad. VWS; rev. SALS

sab org br
sociedade antroposófica brasileira

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Poesia Sobrevivência por Edilmar Leão



De uma pequena e singela semente
Transformo-me em algo majestoso e belo
Fornecendo, folhas, flores e frutos diversos
Formando uma verdadeira aquarela
Desenvolvo ramificações complexas
Firmo-me profundamente
Em busca de água e alimento
Realizo trocas benéficas
Fornecendo a matéria orgânica ao solo
Em troca de vitaminas essenciais
Respiro o ar poluído
Em troca do ar puro
Realizo a fotossíntese um dos milagres da vida
Alimento os pássaros, os animais, as abelhas, os insetos
E até mesmo os ditos seres humanos
Amenizo ate mesmo as suas dores e ate curo suas doenças
Os pássaros me dão prazer
No seu majestoso cantar ao amanhecer
Os animais me fazem sentir útil
E em troca me fazem companhia
Às abelhas forneço néctar e em troca
Elas me alegram no dia a dia
Ate os insetos me dão alegria
Formando suas enigmáticas colônias
Os seres humanos em troca me fazem cortes profundos
Das minhas artérias jorram seivas
Que me faz murchar de tristeza
Estou sem defesa, procuro de alguma forma
Restabelecer-me, mais a luta é desigual
Logo vem algo em forma de calor
Que são as famosas e destrutivas queimadas
Que a tudo destrói: plantas, pássaros, animais, abelhas, insetos
E ate mesmo o próprio ser que se diz racional
Como lutar essa luta desigual?
Parar de germinar seria o ideal?
Parar de crescer e florescer?
Não fornecer alimentos?
Parar de respirar o ar poluído?
Deixar de fornecer o ar puro?
Não realizar a essencial fotossíntese?
Quem terá as respostas?
Os pássaros?
Os animais?
As abelhas?
Os insetos?
Ou os ditos seres racionais terão
E de tão arrogantes e egoístas que são nunca dirão.


Edilmar Leão

A Virtude do Silêncio



Precisamos mergulhar no silêncio
se queremos sentir a felicidade
que habita no mais íntimo dos nossos corações.

Se nunca pararmos,
nunca conseguiremos sentí-la.

Ela é como o mar: só quando está calmo
é que reflete a beleza do mundo.

Só quando paramos,
em silêncio,
é que podemos refletir
a grandeza do que nos rodeia.

É, então, que podemos experimentar
a alegria que trazemos em nós.

Só podes encontrar-te contigo mesmo
se estiveres em silêncio.

As muitas influências do exterior debilitam-te.

Precisas do silêncio
para voltares a ser tu próprio,
em plenitude.

Procura o silêncio.

O ruído é como a sujidade e o pó.

O silêncio é um banho para a alma.

Não há purificação mais intensa
que a do silêncio.

É nele que está o caminho
para a paz do coração.

Quem fala incessantemente
gasta as reservas de energias interiores.

Quando fazes silêncio,
trancas a porta da tua alma,
e isso leva a que a chama que arde em ti não se apague
e a fonte que te dá vida não se esgote.

Um silêncio puro e límpido
acalma a sede do nosso ser.

Sacia os desejos do coração.

É nele que reside a verdadeira
felicidade do Homem.

Aquele que,
pelo silêncio,
se abeira do mistério da vida
e consegue,
em momentos de graça,
ouvir o canto do Universo,
o som das esferas celestes em movimento.

Quando vives o momento presente,
sentes-te invadir por uma alegria inigualável,
por um prazer que nada neste mundo te poderá roubar.

O silêncio é a porta
que o nosso ouvido interior abre
para se poder escutar a maravilhosa
melodia da alma.

Quando não dançamos apenas ao som do assobio dos outros
é sinal de que estamos em sintonia conosco,
em sintonia com a música suave
que o nosso coração criou.

Descobre esta melodia interior.

Procura captar as notas do silêncio.

Mantém-te atento
a tudo
o que desponta em ti.


Anselm Grün

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Que Rainha voce é?


Uma relação entre as mulheres e as rainhas do Tarô: Que rainha voce é? 

O Tarô é composto por 22 arcanos maiores e 56 menores. Dentre os arcanos menores, existem quatro Rainhas, uma de cada naipe: ouros, paus, copas e espadas. Cada uma delas tem sua personalidade, com qualidades específicas. Podemos pensar cada uma destas rainhas como mulheres dos nossos dias. Claro que se cada ser humano é único, são incontáveis os tipos de mulheres, sempre tão complexas. Mas é possível traçar alguns paralelos entre as rainhas do tarô e as mulheres modernas.

Rainha de Espadas

A Rainha de Espadas é a mais racional de todas. É aquela mulher intelectual, para quem o conhecimento é importante. Assim, está sempre estudando e querendo saber mais coisas, para se manter sempre atualizada e estimular sua inteligência. Seu contato com o mundo é mais racional e por isso está sempre querendo compreender tudo pela razão. Nas conquistas e em suas relações, é também a conversa o fator principal. Escolhe seus parceiros pela inteligência e portanto é um bom papo o principal atrativo que um homem pode ter. Ele tem que estar à altura de sua inteligência e compartilhar de seus interesses intelectuais e de seus ideais.

O risco desta mulher é se tornar alguém pragmática demais, com dificuldade de entrar em contato com suas emoções. A rainha de espadas pode se tornar uma mulher mais fria e calculista, sempre preocupada e muito distante de seus sentimentos. Precisa aprender a lidar melhor com seu lado afetivo, despertando mais sua sensualidade e permitindo-se ser mais feminina. Isso porque o excesso de racionalidade pode levá-la justamente para o lado oposto e é o que acontece com muitas das mulheres hoje em dia, que estão se tornando cada vez mais práticas, racionais e perdendo seu jeito mais sensível e sensual.

Rainha de Paus

A Rainha de Paus é aquela mulher fogosa, cheia de vontades, com energia para dar e vender. É uma mulher cheia de vida, com muita vitalidade e que está sempre pronta para o que der e vier. Confia na vida, tem fé, otimismo e disposição. Precisa de paixões e por isso está sempre em busca de aventura em sua vida afetiva. A sexualidade para ela é importante e por isso precisa se relacionar com alguém que mantenha sempre acessa a chama da paixão. Sua autoconfiança é inquestionável e faz com que as coisas aconteçam com mais facilidade, pois acaba atraindo a boa sorte que vem pelo excesso de fé e otimismo. Sua energia, por sinal, é contagiante.

O grande risco desta rainha é se tornar alguém mais egoísta, que só quer ter as suas próprias vontades satisfeitas. Além disso, pode se tornar uma eterna insatisfeita, já que sempre espera demais da vida e só se sente feliz quando vive aventuras ou tem algo a ser conquistado. Assim, precisa aprender a manter mais seus pés no chão, mas sem perder esse jeito alegre e bem humorado que atrai as pessoas e os homens. Por falar em relações afetivas, o grande atrativo é a possibilidade de conquistar e ser conquistada, sem falar que a atração física e a sexualidade são requisitos fundamentais.

Rainha de Ouros

A Rainha de Ouros é a mais pé no chão de todas. E também a que mais precisa de estabilidade e segurança. Para ela, se sentir segura e confortável é importante e disso depende seu bem estar. Isso vale tanto para o mundo material como para a afetividade e os relacionamentos. Tende a ser uma mulher bem sucedida, ou que pelo menos busca este sucesso profissional. Para ela trabalho é importante e por isso quer conquistar o máximo de coisas possível, acumulando bens e recursos materiais. No amor, tende a ser sensual e o contato físico sem dúvida é muito importante. Ela precisa de toque, de carinho, de proteção. Precisa de alguém que possa garantir seu conforto e que tenha um mínimo de realização material para oferecer algo a ela.

O risco é se tornar alguém muito materialista, que prefere o confortável, o seguro, o que tem certeza, evitando se aventurar ou viver apenas de acordo com suas emoções. Mas no fundo ela precisa de ambas as áreas – afetiva e material – funcionando para se sentir plena. A rainha de ouros representa bem as mulheres de hoje em dia, que disputam mercado de trabalho com os homens e que desejam sucesso profissional, mas esperam que isso venha acompanhado de bons relacionamentos pessoais e afetivos.

Rainha de Copas

A Rainha de Copas é a mais afetiva de todas. É a mulher sensível, para quem as relações afetivas são o tema principal de sua vida. Para ela, ter amor é o suficiente para uma vida feliz. Busca um parceiro que a ame e que possa satisfazer suas necessidades emocionais e eventualmente os seus caprichos. É a mais feminina das rainhas e por isso também pode ser emotiva em excesso.

Há também o risco de se tornar insegura e se magoar com facilidade, sem falar das chances de ser alguém mais instável. Mas sabe cuidar das pessoas como ninguém, sendo muito carinhosa. Como tem muito amor para dar, precisa sempre de alguém para cuidar e quando fica sozinha pode sofrer muito por isso.

É uma mulher romântica, que está sempre sonhando e imaginando o que quer da vida e de seus amores. Precisa tomar cuidado para não idealizar demais e fugir da realidade. Mas se tiver o amor que deseja ou a vida que espera, será plenamente feliz e mais realizada que qualquer outra mulher. Até porque ela é a “mulher mais mulher” de todas as rainhas, já que é a mais emotiva, sensível e romântica de todas.

Na prática, tendemos a nos identificar com uma dessas mulheres, mas podemos oscilar de acordo com nosso momento de vida e nas diversas situações de nosso dia a dia. Mas é importante pararmos um pouco para pensar qual delas tem mais a ver com nossa personalidade e como podemos viver seu lado mais positivo. E é claro que se pudermos ser um pouco de cada uma delas, melhor.
 
Fonte da Imagem: Tarot of the Old Path Howard Rodway & Sylvia Gainsford  US Games 1990
Por Titi Vidal

Que Rei voce é?


Uma relação entre os homens e reis do Tarô:  Que rei você é?

O Tarô é composto por 22 arcanos maiores e 56 menores. Dentre os arcanos menores, existem 04 reis, um de cada naipe: ouros, paus, copas e espadas. Cada um deles tem sua personalidade, com qualidades específicas. Podemos pensar cada um destes reis como homens dos nossos dias. Claro que se cada ser humano é único, são incontáveis os tipos de homens. Mas é possível traçar alguns paralelos entre os reis do tarô e os homens.

Rei de Espadas

O Rei de Espadas é o mais racional de todos. É um homem intelectual, que dá muita importância ao conhecimento. São homens bastante preocupados e que estão sempre pensando em seus projetos.

São muito pragmáticos e por isso costumam se distanciar ao máximo de suas emoções. Por isso, lidar com os sentimentos não é nada fácil para este homem.

Costumam ser machistas e nas relações afetivas são muito práticos. Isso pode passar frieza e justamente por isso são ótimos parceiros para negócios, mas nem sempre o melhor companheiro quando o assunto é amor. Assim, ao escolher uma parceira, pode preferir uma mulher intelectual e independente que não exija tanto sua atenção. Mas também pode ser possessivo, para não perder o controle da relação.

Este rei precisa aprender a lidar melhor com suas emoções e se entregar mais ao amor, aprendendo a ser mais compreensivo e afetuoso com as pessoas que estão em sua vida.

Rei de Paus

O Rei de Paus é forte e poderoso. Tem personalidade forte e sabe o que quer. Sua autoconfiança exala charme e sensualidade. A sexualidade também está muito presente em seu comportamento.

É alguém que acredita na vida tem muita fé e otimismo. Tem também muita disposição física e por isso está sempre pronto para qualquer aventura. Por sinal, é o mais aventureiro de todos.

Para ele o mais importante em um relacionamento é a conquista e se sentir que já conquistou a relação pode perder a graça. Até porque precisa manter sempre acesa a chama da paixão. Portanto, a atração física é muito importante no início de um relacionamento. Seu otimismo e o bom humor fazem com que todos queiram estar perto dele, em especial as mulheres.

Este rei precisa tomar cuidado para não estar sempre insatisfeito, esperando sempre por uma nova aventura que faça seu coração balançar.

Rei de Ouros

O Rei de Ouros é o mais materialista de todos. Em geral são homens de negócios, que precisam de segurança e estabilidade material. Isso inclui a necessidade de ter um bom emprego, pois apenas quando sente esta segurança material é que seu emocional fica em paz.

Em geral são homens bem sucedidos ou pelo menos estão em busca disso. Acumular bens e recursos materiais é a grande busca deste homem que inclusive quando o assunto é amor vai preferir a estabilidade a uma aventura.

É importante tomar cuidado para não priorizar sempre o que é mais garantido e seguro, tornando-se alguém muito materialista e que se esquece de dar atenção ao coração.

São homens muito sensuais, mas que podem atrair as mulheres também por seu status. Até porque sua forma de demonstrar afeto é dando presentes e provas materiais de seu carinho.

Rei de Copas

O Rei de Copas é o mais sensível de todos. É amoroso, carinhoso, sensível. Sabe encantar uma mulher com seu jeito meigo de ser. Pode ser um músico, um poeta, um artista. Sabe ser romântico e demonstrar seu amor com facilidade.

Em geral gosta de cozinhar e cuidar da casa. Por isso, é um ótimo marido, que divide as tarefas da casa e está sempre preocupado com os sentimentos de sua parceira.

Pode ser um homem carente, que precisa o tempo todo ser paparicado e ter suas vontades satisfeitas. Também pode ter dificuldade no convívio constante com outros homens, por se sentir um peixe fora d´água, já que está longe de ser alguém machista e que vive apenas no universo masculino.

Aquele papo de que homem não chora também não serve para o rei de copas, que demonstra o que está sentindo tranquilamente. Até porque dele transborda emoção. Tem que tomar cuidado para não sonhar e idealizar demais.

Na prática, um homem pode se identificar com um destes homens, mas pode oscilar dependendo do momento de vida e em diferentes situações do dia a dia. Mas é importante parar um pouco e pensar qual deles tem mais a ver com sua personalidade e como viver seu lado mais positivo. E é claro que pode ser encontrado um equilíbrio, vivendo um pouco de cada um deles.

Fonte da Imagem: Tarot of the Old Path Howard Rodway & Sylvia Gainsford  US Games 1990


Por Titi Vidal

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

...simplicidade...





"A simplicidade é o último degrau da sabedoria."

Khalil Gibran

Fonte da Imagem:
Pietrzyk

Música + Afeto = Terapia




"Eu tinha lido que, lá na Índia, elefantes olhando o crepúsculo, às vezes, choram. Mas agora está aí esse filme "Camelos também choram".

A gente sabe que porcos e cabritos quando estão sendo mortos soltam gemidos e berros dilacerantes. Mas quem mata galinha no interior nunca relatou ter visto lágrimas nos olhos delas.

Contudo, esse filme feito sobre uma comunidade de pastores de ovelhas e camelos, lá na Mongólia, mostra que os camelos choram, mas choram não diante da morte, mas em certa circunstância que faria chorar qualquer ser humano. E na platéia, eu vi, os não camelos também choravam.

Para nós, tão afastados da natureza, olhando a dureza do asfalto e a indiferença dos muros e vitrinas; para nós que perdemos o diálogo com plantas e animais, e, por consequência, conosco mesmos, testemunhar com aquela bela família de mongóis o nascimento de um filhote de camelo e sua relação com a mãe é uma forma de reencontrar a nossa própria e destroçada humanidade.

É isto: eles vivem num deserto. Terra árida, pedregosa. Eles, dentro daquelas casas redondas de lona e madeira, que podem ser montadas e desmontadas. Lá fora um vento permanente ou o assombro do silêncio e da escuridão. E as ovelhas e carneiros ali em torno, pontuando a paisagem e sendo a fonte de vida dos humanos.

Sucede, então, que a rotina é quebrada com o parto difícil de um camelinho. Por isto, a mãe camela o rejeita. O filho ali, branquinho, mal se sustentando sobre as pernas, querendo mamar e ela fugindo, dando patadas e indo acariciar outro filhote, enquanto o rejeitado geme e segue inutilmente a mãe na seca paisagem.

A família mongol e vizinhos tentam forçar a mãe camela a alimentar o filho. Em vão. Só há uma solução, diz alguém da família, mandar chamar o músico.

Ao ouvir isto estremeci como se me preparasse para testemunhar um milagre. E o milagre começou musicalmente a acontecer.

Dois meninos montam agilmente seus camelos e vão a uma vila próxima chamar o músico. É uma vila pobre, mas já com coisas da modernidade, motos, televisão, e, na escola de música, dentro daquele deserto, jovens tocam instrumentos e dançam, como se a arte brotasse lindamente das pedras.

O professor de música, como se fosse um médico de aldeia chamado para uma emergência, viaja com seu instrumento de arco e cordas para tentar resolver a questão da rejeição materna. Chega. E ali no descampado, primeiro coloca o instrumento com uma bela fita azul sobre o dorso da mãe camela. A família mongol assiste à cena.

Um vento suave começa a tanger as cordas do instrumento. A natureza por si mesma harpeja sua harmônica sabedoria. A camela percebe.

Todos os camelos percebem uma música reordenando suavemente os sentidos. Erguem a cabeça, aguçam os ouvidos, e esperam.

A seguir, o músico retoma seu instrumento e começa a tocá-lo, enquanto a dona da camela afaga o animal e canta. E enquanto cordas e voz soam, a mãe camela começa a acolher o filhote, empurrando-o docemente para suas tetas. E o filhote antes rejeitado e infeliz, vem e mama, mama, mama desesperadamente feliz. E enquanto ele mama e a música continua, a câmara mostra em primeiro plano que lágrimas desbordam umas após outras dos olhos da mãe camela, dando sinais de que a natureza se reencontrou a si mesma, a rejeição foi superada, o afeto reuniu num todo amoroso os apartados elementos.

Nós, humanos, na platéia, olhamos aquilo estarrecidos.

Maravilhados.

Os mongóis na cena constatam apenas mais um exercício de sua milenar sabedoria. E nós que perdemos o contato com o micro e o macrocosmos ficamos bestificados com nossa ignorância de coisas tão simples e essenciais.

Bem que os antigos falavam da terapêutica musical. Casos de instrumentos que abrandavam a fúria, curavam a surdez, a hipocondria e saravam até a mania de perseguição. Bem que o pensamento místico hindu dizia que a vida se consubstancia no universo com o primeiro som audível - um ré bemol - e que a palavra só surgiria mais tarde. Bem que os pitagóricos, na Grécia, sustentavam que o universo era uma partitura musical, que o intervalo musical entre a Terra e a Lua era de um tom e que o cosmos era regido pela harmonia das esferas.

Os primitivos na Mongólia sabem disto. Os camelos também. Mas nós, os pós-modernos cultivamos a rejeição, a ruptura e o ruído.

Haja professor de música para consertar isto".

Texto atribuído ao escritor Affonso Romano de Santa'Anna.





'Camelos Também Choram', o filme, é uma produção alemã, de 2003, realizada pelos ainda estudantes de direção Byambasuren Davaa e Luigi Falorni, retratando a realidade e as tradições culturais de uma família na Mongólia.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Consciência de sua Missão



Frequentemente, eu me pergunto:
"O que cada um de nós está fazendo neste planeta?"

Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e os minutos, esse filme é bobo. Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos.


Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem, basicamente, dois motivos:

  • evoluir espiritualmente
  • e aprender a amar melhor.

Todos os nossos bens, na verdade, não são nossos.

Somos apenas as nossas almas.

E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.


Portanto, lembre-se sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e que é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão maior para continuar em frente.

As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.

A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos, para continuar o caminho, é que nos torna pessoas especiais.


Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor.

Ganhar dinheiro e alimentar-se bem fazem parte da vida, mas não podem ser a razão de viver.

Tenho certeza de que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela idéia de ganhar dinheiro.

O que move, então, essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, sem jamais desistir?

A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida.

Quando você tem a consciência de que, através do seu trabalho, está realizando sua missão, você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.

Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência, pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida.

E quando chega no final do caminho percebe que o caixão não tem gavetas e que só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.


Se você tem estado angustiado sem motivo aparente, está aí um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.


Escute a sua alma!


Por Roberto Shinyashiki

...o enigma do mundo... (Antroposofia)


Quer-se resolver o enigma do mundo?
Só se o resolve,
Quando, em contemplação, se conhece o ser humano,
Pois ele próprio é a solução do enigma do mundo.

Das Rätsel der Welt will man lösen?
Doch man löst es nur,
Wenn man schauend den Menschen erkennt,
Denn er ist selbst die Lösung des Rätsels der Welt.

Fonte: GA 40, p. 231. Na p. 277 está anotado“Para Helene Röchling no livro ‘Os Enigmas da Alma’ [GA 21]”. Trad. VWS; rev. SALS.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Milho de Pipoca Por Rubem Alves



A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser.

O milho da pipoca não é o que deve ser.
Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa.

Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre.
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira.

São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas.
Só que elas não percebem.
Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: Dor.
Pode ser fogo de fora: perder um filho, o pai ficar doente, perder o emprego, ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão – sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio.
Apagar o fogo.
Sem o fogo o sofrimento diminui.
E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro da sua casca dura, fechada em si mesmo.
Ela não pode imaginar destino diferente.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.

A pipoca não imagina aquilo de que é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:
PUM! – e ela aparece como uma outra coisa completamente diferente que ela mesmo nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A sua presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.

O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Rubem Alves

...é o tempo da travessia...



Há um tempo
em que é preciso
abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos
que nos levam sempre aos mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos...



Fernando Pessoa

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Cura dos Relacionamentos: uma Escolha



Em última análise, curar nossos relacionamentos é a nossa própria escolha, já que na verdade não são os outros que estamos perdoando realmente.

São apenas as nossas próprias atitudes e julgamentos a respeito deles que precisam ser perdoados.

São os nossos pensamentos e julgamentos hoje, e não mais a outra pessoa, que nos causam dor no presente.

E já que estes pensamentos e julgamentos são nossos, apenas nossos, somos nós que precisamos nos empenhar em perdoar, em mudar nossa mente e nos libertar das queixas passadas.

Enfim, é o nosso relacionamento com nós mesmos que precisa ser curado, e apenas nós podemos fazer isso, se esta for a nossa escolha.

É possível curar todos os nossos relacionamentos?

Sim! É possível curar não apenas alguns, mas todos os nossos relacionamentos.

Podemos fazê-lo desistindo de qualquer forma preconcebida, ou dos roteiros mentais que tenhamos escrito sobre os outros.

Podemos fazer isso nos dispondo a acabar com todas as queixas e pensamentos de agressividade.

E podemos fazer isso por meio do processo do perdão.

Podemos fazer isso:

* Reconhecendo que não somos vítimas dos nossos relacionamentos e, sim, participantes deles.

* Assumindo a responsabilidade pelos nossos pensamentos, pelas nossas escolhas e emoções, e não censurando a outra pessoa por aquilo que aconteceu no relacionamento.

* Optando por ver os outros como seres que nos amam ou, caso os percebamos como nossos agressores, optando por vê-los como seres cheios de medo que clamam por amor.

* Lembrando que aquilo que percebemos nos outros e no mundo exterior é uma projeção dos pensamentos - quer positivos quer negativos - contidos em nossa mente.

* Aprendendo a amar a nós mesmos e aos outros, perdoando em vez de julgar.

* Direcionando a nós mesmos e escolhendo ser interiormente pacíficos, não importando o que esteja acontecendo fora de nós.

Essas idéias podem afetar literalmente todos os aspectos da nossa vida.

Podemos começar a lançar um novo olhar sobre o mundo e sobre todos os nossos relacionamentos.

Podemos começar a reconhecer que a cura dos nossos relacionamento está diretamente ligada à Cura das Atitudes que estamos conservando em nossa mente a respeito desses relacionamentos.

Afirmações:

1 - Escolho curar meu relacionamento comigo mesmo deixando que o hábito de julgar a mim mesmo se vá.

2 - Escolho unir-me aos outros, em vez de me separar deles, abandonando meus julgamentos sobre eles.

3 - Escolho rasgar todos os roteiros que escrevi para o modo como acho que as pessoas deveriam ser em minha vida.

4 - Escolho lembrar que o que realmente conta em meus relacionamentos não é quanto eu faço ou digo, mas sim com quanto amor eu faço ou digo.

5 - As palavras que eu escolho em minhas comunicações sempre determinam se minha intenção é unir ou separar.

6 - Será por meio dos meus relacionamentos que eu vivenciarei o amor incondicional.

7 - Hoje, eu escolho lembrar-me de que realmente mereço o direito de ser feliz.

8 - Hoje, eu escolho desistir de me sentir uma vítima dos meus relacionamentos e assumirei a responsabilidade por minha vida.

9 - Sempre que ficar preso no passado ou no futuro, escolherei lembrar-me de que o amor só pode ser vivenciado no presente.

10 - Posso optar pelo amor em vez do medo, em todos os meus relacionamentos.


Por Gerald Jampolsky e Diane Cincirione

Consciência Ecológica: O Barro e os 4 Elementos da Natureza



O contato com a energia da terra desperta a sensibilidade, alivia as tensões e satisfaz os mais profundos e primitivos instintos humanos da natureza criativa.

É um material vivo que nos coloca em contato com a natureza e os quatros elementos: terra, água, ar e fogo, despertando a consciência para a natureza e possibilitando o reconhecimento da nossa natureza interna.


O Homem faz parte da natureza e por várias circunstâncias acaba se afastando dela e também de si mesmo.

Trabalhar o barro é a oportunidade de resgatar o contato com a natureza, é um re-encontro e um re-conhecimento de si.


O Barro é terra, água, ar e fogo. Ao tocar no barro, o processo começa, e a terra fria é experimentada aguçando as sensações e aí podemos voltar no tempo acessando nossas raízes, nossas memórias.

Trabalhar o elemento terra no barro é poder entrar em contato com a nossa terra interna que nos dá sustentação. É poder enraizar para achar o eixo, o equilíbrio e assim, obter nutrição e acolhimento.

Para Chevalier e Geerbrant a terra é símbolo da origem da vida, que sustenta, nutre e acolhe e também é símbolo ligado às raízes.


A água que contém no barro é responsável pela maleabilidade e flexibilidade no processo da modelagem.

Trabalhar o elemento água no barro é poder entrar em contato com a nossa água interna, com o movimento, com as emoções, que à medida que vamos modelando-a, vamos colocando a energia em movimento.

É a fluidez da água que ajuda dar forma às sensações, sentimentos e pensamentos.

Segundo Chevalier e Geerbrant a água é símbolo de expansão, fluidez, purificação e fonte de vida e também objeto da fantasia que acolhe as emoções, a sensibilidade e a intuição.


O elemento ar entra para secar a peça modelada.

E é no processo de secagem que a forma modelada muda de cor, se estrutura buscando uma solidez interna. É um processo lento e intenso.

Trabalhar o ar no barro é se dar conta do ar que respiramos, do nosso potencial criativo, do poder de criação que ao comunicar liberta.

Quando estamos inspirados ficamos mais perto do nosso ser criativo.

Chevalier e Geerbrant nos diz que o ar é o símbolo de liberdade, de criação e de comunicação.


A peça modelada está pronta para ser comunicada e colocada no forno alquímico é então o momento do elemento fogo entrar em ação para transformar o barro em cerâmica.

Trabalhar o elemento fogo no barro é se conscientizar que a matéria mudou. Há uma mudança interna significativa.

Para Gouvêa levar uma peça ao forno é não saber com precisão absoluta qual será a reação da matéria.

"Esse é um momento de grande emoção, de pura emoção. É o momento do fogo da emoção e no homem, só há vida onde há emoção".

No forno tudo pode acontecer inclusive, a peça explodir. O fogo é símbolo purificador, regenerador e transformador, o fogo ilumina, mas também pode destruir.


Vivenciar os quatro elementos da natureza no barro é possibilitar o encontro com o criativo desde o momento de tocar, de sentir a massa, de dialogar com ela até dar forma às sensações experimentadas, às emoções escondidas e às imagens em ação.

É no contato com a massa fria, escura que entramos no espaço silêncio do barro para "dar forma à verdade interior, libertando o ser das amarras do mundo imaginário restrito. A energia em movimento amplia consciência e resgata a vocação da alma".


O diálogo dos quatro elementos no barro faz a energia fluir abrindo-se à fonte energética da natureza.

Para que haja uma conexão com o ritmo da natureza é preciso deixar a energia em movimento, em ritmo de criação para expandir a consciência, uma consciência ecológica que sustenta o emocional, que liberta e transforma a matéria.


Por Regina Fiorezzi Chiesa

rchiesa@ uol. com. br


Fonte:
Livros/Referências Bibliográficas

*CHIESA, Regina Fiorezzi; FABIETTI, Deolinda. A Arte e os 4 Elementos. In: ALLESSANDRINI, Cristina Dias (org.). Tramas Criadoras na Construção do Ser Si Mesmo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.
*CHIESA, Regina Fiorezzi. O Diálogo com o Barro o Encontro com o Criativo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004
*CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de Símbolos. 10 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1996.

*GOUVÊA, Alvaro Pinheiro. Sol da Terra. São Paulo: Summus, 1989.