quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Inspirado para Amar


Versículo Chave: “Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.”
Lucas 6:36

Escritura Selecionada: Lucas 6:27-36

Debaixo do arranjo típico do Pacto ou Aliança da Lei, era do propósito de Deus lidar somente com uma nação, Israel, usando-a como exemplo de bênçãos, bem como de maldições. Ao fazê-lo, Deus ordenou ao seu povo escolhido que destruísse os inimigos que encontrassem conforme tomassem posse das terras que ele havia prometido através do pai Abraão. Jesus, no seu Sermão do Monte, lembrou deste anterior arranjo de Deus, dizendo: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.” (Mat. 5:43). Esta fase do plano de Deus havia, nessas circunstâncias, chegado ao fim, e Jesus estava prestes a introduzir uma legislação muito superior àquela que Israel havia sido sujeita por tantos séculos.

Em nossa lição, vemos imediatamente a norma muito mais elevada que agora deveria reger o comportamento do povo de Deus, conforme lemos: “Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses.” (Lucas 6:27-29) Em vez de odiar ou mesmo destruir nossos inimigos, Jesus diz que devemos amá-los. Ele destaca que este amor deveria existir na medida em que estivéssemos dispostos a sofrer ridículo e perseguição de nossos inimigos sem que houvesse qualquer retaliação da nossa parte. Jesus continua nos versículos 30 e 31, de nossa lição, dizendo que nosso amor para com os outros deve ser tal que quando lhes damos algo, esperamos receber nada em troca. Ele salienta também o que normalmente chamamos de ‘regra de ouro,’ em que somente fazemos aos outros aquilo que queremos que eles façam conosco.

Jesus salienta as razões para instaurar este padrão mais elevado da lei de Deus da seguinte forma: “E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto.” (Lucas 6:32-34) Para os cristãos, o amor deve ser demonstrado não apenas àqueles que nos amam, ou que concordam conosco, ou que fazem o que é bom para nós. Ele deve ser demonstrado a todas as pessoas com quem temos contato; caso contrário, não somos melhores do que os pecadores que amam a outros pecadores.

O versículo chave nos mostra que amar nossos inimigos não deve ser evidenciado somente em meras palavras, mas devemos estar fazendo verdadeiramente o bem, sem qualquer desejo de reciprocidade ou de reconhecimento. Aqueles que assim o fazem são aqueles cujo ‘galardão será grande,’ e que estarão associados com Jesus no seu vindouro Reino que irá abençoar todas as famílias da Terra. Este é o Amor divino - “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito” (João 3:16) - que os cristãos verdadeiros devem desenvolver. Deus deu o seu filho para morrer por todos, sim mesmo pelos ‘ingratos’ e ‘maus’ de nosso versículo chave. Nossa lição conclui com estas palavras admoestadoras de Jesus: “Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.” (Lucas 6:36). Assim como Deus tem sido misericordioso e amoroso conosco, e conforme Jesus exemplificou esta mesma qualidade de caráter, nós também podemos ser motivados a amar toda a humanidade e fazer o bem a todos aqueles com quem temos convívio.

Fonte:
Associação dos Estudantes da Bíblia Aurora