sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Tempo de Natal: Benefícios da Compaixão







Nos últimos anos, houve muitos estudos que corroboram a ideia de que o desenvolvimento da compaixão e do altruísmo tem um impacto positivo sobre nossa saúde física e emocional. Num experimento bem conhecido, por exemplo, David Mc Clelland, um psicólogo da Harvard University, mostrou a um grupo de alunos um filme de Madre Teresa trabalhando entre os pobres e os doentes de Calcutá. Os estudantes relataram que o filme estimulou sentimentos e descobriu um aumento na imunoglobulina-A, um anticorpo que pode ajudar a combater infecções respiratórias. Em outro estudo realizado por James House no Research Center da University of Michigan, os pesquisadores demonstraram que a dedicação regular ao trabalho voluntário, em interação com os outros, com calor humano e compaixão, aumentava tremendamente a expectativa de vida, e, provavelmente também, a vitalidade geral. Muitos outros pesquisadores no novo campo da medicina da mente-corpo demonstraram conclusões semelhantes, que documentavam que estados mentais positivos podem beneficiar a saúde física. Além dos efeitos benéficos sobre nossa saúde física, há provas de que a compaixão e o comportamento interessado contribuem para a boa saúde emocional. Estudos revelavam que estender a mão para ajudar os outros pode induzir um sentimento de felicidade, uma tranquilidade metal e menos depressão. Num estudo de trinta anos com um grupo de diplomados de Harvard, o pesquisador George Vaillant concluiu, com afeito, que adotar um estilo de vida altruísta é um componente crítico para a boa saúde metal. Outra pesquisa, realizada por Alan Luks entre alguns milhares de pessoas que estavam envolvidas regularmente em atividades voluntárias de auxílio a terceiros, revelou que mais de 90% desses voluntários relatavam um tipo de “bem-estar” associado à atividade, caracterizado por uma sensação de calor humano, mais energia e uma espécie de euforia. Elas também tinham uma nítida sensação de tranquilidade e de maior maior autovalorização em seguida à atividade. Não era só que esses comportamentos de dedicação proporcionassem uma interação benéfica em termos emocionais; concluiu-se também que essa “tranquilidade dos que ajudam” estava associada ao alívio de uma variedade de transtornos físicos relacionados ao estresse. 

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A Arte da Felicidade