quinta-feira, 26 de março de 2015

Hierarquia Sagrada: o Anjo da Guarda, o Mestre Mentor e o Elemental Pessoal (Hierarquia Pessoal)


Arcanjo Metatron por Ricardo Ribeiro Machado © 2014


"Hierarquia Pessoal são os seres que nos acompanham dentro de nosso caminho evolutivo.

A Hierarquia Pessoal básica é composta por três seres, cada um com características e funções distintas, são eles : o Anjo da Guarda, o Mestre Mentor e o Elemental Pessoal.

O Anjo da Guarda representa o plano espiritual, o lado sentimental e amoroso e a consciência superior. Auxilia a nossa evolução espiritual, a expressar nosso amor incondicional e nos protege para seguir nosso caminho divino.
   
O Mestre Mentor representa o plano mental, o lado racional, a sabedoria, a inteligência e a consciência comum. Auxilia no nosso aprendizado , nossas atividades intelectuais, nosso trabalho e nosso conhecimento.

O Elemental Pessoal representa o plano material, o lado instintivo, a força vital e o subconsciente. Auxilia a nossa ancoragem, o nosso equilíbrio físico no planeta, a realização de nossa vontade e a expressão de nossa personalidade.

 Além desses seres citados outros podem compor a hierarquia pessoal de cada um  como Mestres de Cura, Xamãs, Ciganas, Deusas, Extra Terrestres, Protetores, Dragões, além de imagens como o Totem e símbolos como Mandalas e Gráficos Radiônicos. Estes seres e estas imagens surgem e se expressam de acordo com sintonia, a empatia e o trabalho de cada um."

Por *Ricardo Ribeiro Machado

*Artista plástico que trabalha com a elaboração de imagens de anjos da guarda , mestres , elementais pessoais, mandalas e outros seres da Fraternidade Branca.



VOCÊ quer encomendar o desenho do seu Anjo da Guarda, Mestre Mentor ou Elemental?

Entre em contato através do e-mail:

hierarquiasagrada@gmail.com



Fonte:



Imagem: 

Arcanjo Metatron por Ricardo Ribeiro Machado© 2014



Acesse também:

TAROT DA FRATERNIDADE BRANCA

Desenhos de Ricardo Ribeiro Machado


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ou aqui

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quarta-feira, 25 de março de 2015

Entrevista com o médico tibetano: LAMA TULKU LOBSANG RINPOCHE


"Sou uma pessoa normal, penso o tempo todo. Mas tenho a mente treinada.
Isso quer dizer que não sigo meus pensamentos. Eles vêm, mas não
afetam nem minha mente, nem meu coração."

P - Quando um paciente chega para consulta, como o senhor sabe qual
o problema?...

 R – Olhando como ele se move, sua postura, seu olhar. Não é necessário

que fale nem explique o que se passa. Um doutor de medicina tibetana
experiente sabe do que sofre o paciente a 10 m de distância.
 
 P - Mas o senhor também verifica seus pulsos...

 R – Assim obtenho a informação que necessito sobre a saúde do paciente.

Com a leitura do ritmo dos pulsos é possível diagnosticar cerca
de 95% das enfermidades, inclusive psicológicas. A informação dada por
eles é precisa como um computador. Para lê-los, é necessária muita experiência.
 
 P - E depois, como realiza a cura?

 R – Com as mãos, o olhar e preparados de plantas e minerais.
 
 P - Segundo a medicina tibetana, qual é a origem das doenças?

 R – Nossa ignorância.
 
 P- Então, perdoe a minha, mas o que entender por ignorância?

 R – Não saber que não sabe. Não ver com clareza. Quando vemos com

clareza, não temos que pensar. Quando não vemos claramente,
colocamos o pensamento para funcionar. E, quanto mais pensamos,
mais ignorantes somos, mais confusão criamos.
 
 P - Como posso ser menos ignorante?

 R – Vou ensinar um método muito simples: praticando a compaixão.

É a maneira mais fácil de reduzir os pensamentos. E o amor.
Se amamos alguém de verdade, se não o queremos só para nós,
aumentamos a compaixão.
 
 P - Que problemas percebe no Ocidente?

 R – O medo. O medo é o assassino do coração humano.

P - Por quê?

 R – Porque, com medo, é impossível ser feliz e fazer felizes os outros.
 
 P - Como enfrentar o medo?

 R – Com aceitação. O medo é resistência ao desconhecido.
 
 P- Como médico, em que parte do corpo vê mais problemas?

 R – Na coluna, na parte baixa da coluna: as pessoas permanecem

sentadas tempo demais na mesma posição.

P - Com isso, se tornam rígidas demais.

P - Temos muitos problemas.

R: Acreditamos ter muitos problemas, mas, na realidade, nosso

problema é que não os temos.
 
 P - O que isso quer dizer?

 R – Que nos acostumamos a ter nossas necessidades básicas

satisfeitas, de modo que qualquer pequena contrariedade
nos parece um problema. Então, ativamos a mente e
começamos a dar voltas e mais voltas sem conseguir solucioná-la.
 
P - Alguma recomendação?
R – Se o problema tem solução, já não é um problema.
Se não tem, também não.

P - E para o estresse?


R – Para evitá-lo, é melhor estar louco.

P - ???


R – É uma piada. Mas não tão piada assim. Eu me refiro a ser

ou parecer normal por fora e, por dentro, estar louco: é a
melhor maneira de viver.

 
P - Que relação o senhor tem com sua mente?


R – Sou uma pessoa normal, penso o tempo todo.

Mas tenho a mente treinada. Isso quer dizer que não sigo
meus pensamentos. Eles vêm, mas não afetam nem
minha mente, nem meu coração.

P- O senhor ri muito?


R – Quando alguém ri nos abre seu coração. Se você não abre

seu coração, é impossível entender o humor. Quando rimos,
tudo fica claro. Essa é a linguagem mais poderosa que
nos conecta uns aos outros diretamente.

P - O senhor acaba de lançar um CD de mantras com base eletrônica,

para o público ocidental.

R – A música, os mantras e a energia do corpo são a mesma coisa.

Como o riso, a música é um grande canal para nos conectar com o outro.
Por meio dela, podemos nos abrir e nos transformar: assim, usamos
a música em nossa tradição.
 
P - O que gostaria de ser quando ficar mais velho?

R: Gostaria de estar preparado para a morte.

P - E mais nada?

R – O resto não importa. A morte é o mais importante da vida.

Creio que já estou preparado. Mas, antes da morte, devemos
nos ocupar da vida. Cada momento é único. Se damos sentido
à nossa vida, chegamos à morte com paz interior.
 
P - Aqui vivemos de costas para a morte.

R: Vocês mantêm a morte em segredo. Até que chegará um dia

em sua vida em que já não será um segredo: não será possível
escondê-la.

 
P - E qual o sentido da vida?

R – A vida tem sentido e não tem. Depende de quem você é.

Se você realmente vive sua vida, então a vida tem sentido.
Todos têm vida, mas nem todos a vivem. Todos temos direito
a sermos felizes, mas temos que exercer esse direito.
Do contrário, a vida não tem sentido.

Fonte:
auras colours numbers blogspot

domingo, 22 de março de 2015

... a pequena alma...






"Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus: - Eu sei quem sou!

E Deus disse: - Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou: - Eu sou Luz!

E Deus sorriu: - É isso mesmo! Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas deveriam descobrir: - Uau, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma.

Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe bastava. A Pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. 


Então foi ter uma conversa com Deus e disse: - Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso ser Quem Sou?

E Deus disse: - Quer dizer que quer ser Quem já És?

- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é ser Quem Sou. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.

- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.

- Sim, mas quero sentir! - gritou a Pequena Alma.

- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou: - Há só uma coisa...

- O quê? - perguntou a Pequena Alma.

- Bem, não existe nada além da Luz. Porque eu não criei nada além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil que você experimente Quem És.

- Poxa!? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

- Tu és como uma vela ao Sol. Estás lá, sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem voces. Não seria um sol sem uma das suas velas. A questão é: como podes conhecer-te como a Luz, quando estás no meio da Luz?

- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma, mais animada.

Deus sorriu novamente: - Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.

- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.

- É aquilo que tu não és - replicou Deus.

- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.

- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.

- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é – disse Deus. Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus - quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. Sê, antes, uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!

- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.

- Claro! - Deus riu-se. Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos se esqueceram disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!

- Oba! - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. - Posso ser tão especial quanto quiser!

- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma. 


- Que parte de especial é que queres ser?

- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. Não entendi…

- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes: É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.

- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma. - É especial ser prestativo. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso e amoroso com os outros.

- Sim! - concordou Deus. E tu podes ser todas essas coisas.

- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. Não é ser especial alguém que perdoa?

- Ah, sim, isso é muito especial - assegurou Deus à Pequena Alma.

- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.

- Bom, mas há uma coisa que devias saber — disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação...

- O que é? - suspirou a Pequena Alma.

- Não há ninguém a quem perdoar.

- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta!

Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados, porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer. 


Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar: Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

- Então, perdoar quem? – perguntou Deus.

- Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. - resmungou a Pequena Alma. E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.

Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse: - Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.

Vais? - a Pequena Alma animou-se. Mas o que é que tu podes fazer?

- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

- Podes?

- Claro! - disse a Alma Amiga, alegremente. Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

- É simples - disse a Alma Amiga. Faço-o porque te quero muito bem.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga. Tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos lugares. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau. Fomos ambas a Vítima e o Vilão. Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos. Eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a “má”, desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.

- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

- Oh, havemos de pensar em alguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.

Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, e disse numa voz mais calma: - Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?

- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.

- Eu vou ter que fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.

- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma. E começou a dançar e a cantar: Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!

Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

- O que é? - perguntou a Pequena Alma. O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas!

E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga: - O que é que posso fazer por ti?

- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga – no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...

- Sim? - interrompeu a Pequena Alma. Sim?

A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.

- Lembra-te de Quem Realmente Sou.

- Oh, não irei esquecer! - gritou a Pequena Alma. Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

- Que bom - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria vou esquecer Quem Sou. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.

- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva – a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível."

Neale Donald Walsch

quinta-feira, 5 de março de 2015

Pela primeira vez, luz é capturada como onda e partícula simultaneamente




Luz capturada como onda e como partícula


Há cerca de 200 anos, cientistas têm tentado observar o comportamento da luz em suas duas formas conhecidas: a de onda de a de partícula. Essas observações já foram realizadas de forma separada, comprovando que ela tem essas duas características, mas, até agora, ninguém tinha conseguido fazer a comprovação de forma simultânea. Um grupo de pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, foi o primeiro a conseguir tal feito.

Foi feita uma imagem renderizada mostrando como a luz se comporta em suas duas formas, mas, em um primeiro momento, só é possível perceber como ela se parece em forma de onda. Essa onda, entretanto, é composta com incontáveis pontos de encontro entre fótons e elétrons, quase como se estivessem construindo um gráfico. Isso, portanto, comprova a característica de partícula da luz.

Isso só foi possível graças a uma nova abordagem dos pesquisadores de Lausanne. Eles usaram um microscópio ultrarrápido para fazer a observação em um nanofio metálico que foi atingido por um laser. O laser adicionou energia às partículas com carga no fio, o que as fez vibrar. A luz então viajou através do nanofio em dois sentidos. Isso gerou duas ondas que se chocaram frente a frente e, por isso, a onda final parece estática. Foi esse momento que o microscópio capturou na imagem.

Esse experimento é um grande passo para a física quântica, mas pode ser especialmente benéfico para uma área mais específica, como a computação quântica. Fazer a luz viajar dessa maneira em nanomateriais é basicamente o que deve acontecer em um computador com essas características. O que devemos aprender agora é como controlar esse fluxo para transportar informações na velocidade da luz.


FONTE(S)Nature


EurekAlert



IMAGENS NatureDeviantArt

domingo, 1 de março de 2015

Todas as Vidas de Cora Coralina





Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé
do borralho,
olhando para o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço…
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo…
Vive dentro de mim
a lavadeira
do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde
de São-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada,
sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
Enxerto de terra,
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha…
tão desprezada,
tão murmurada…
Fingindo ser alegre
seu triste fado.
Todas as vidas
dentro de mim:
Na minha vida
a vida mera
das obscuras!

Cora Coralina