sábado, 30 de novembro de 2013
A memória do coração...
"No bolo da gratidão,
O ingrediente é o “coração”.
Para a massa ter sustento,
Só entre em casa com bom sentimento.
Nada de reclamar da vida,
Valorize a sua lida!
Quem não sabe agradecer
Precisa aprender.
Conchas da areia, sobre a mesa,
estimulam, na alma, a beleza.
Cultive violetas e humildade.
Com a lavanda, a serenidade.
Ramos de angélica, elevação.
Rosa branca, purificação.
Deixe as pétalas ao luar,
Leve ao forno para secar.
Pingue óleo essencial
Para reforçar o bem, o principal.
O fermento desse bolo é a fé.
Na vida, em Deus, em si até.
Um pensamento de gratidão
É a mais perfeita oração.
Felicidade é aceitar
O que a vida lhe reservar.
Ficou triste, perdeu a luz?
Reze pela casa fazendo o sinal da cruz.
Um ramo verde atrás da orelha, na hora da tensão,
Acalma, distrai a mente e Afasta a confusão.
Esconda no travesseiro, Sem tempo a perder,
Algo que faça o seu sonho florescer:
Melissa pela auto-estima,
E para ajudar a rima.
Manjericão para expressividade,
Malva pela verdade.
Escreva coisas bonitas e Ponha junto à cama:
Amor, cura, amizade e Respeito a quem se ama.
Margarida branca, seca, sob o colchão
Atrai amores felizes e mais Compreensão.
Asse o bolo da alegria No fogo do celebrar.
Quanto mais se celebra a vida, Mais haverá para amar.
Agora vamos comer, faça uma reunião!
Que delícia, meu Deus, Que santa gratidão!
Encha de flores o lugar,
Rime cantar com dançar.
Isso merece um sorriso!
A gratidão é o paraíso?
Depois da festa tudo se cala.
Acenda uma vela, agradeça à sua sala.
Dependure as flores, deixe secar.
Depois embale e pode guardar.
Espalhe em casa, Após uma faxina do mês,
As pétalas amadas, um pouco por vez.
Se alegrando e agradecendo ao bem
Por tudo de bom que você tem!
Com este cuidado profundo,
Você deve olhar o mundo.
Ajude no que for possível, Supra uma necessidade,
É assim que você encontra mais Felicidade."
Carlos Solano
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Ilha cercada do desconhecido...
"Eu estou muito interessado hoje em dia
na questão do conhecimento,
o quanto a gente pode conhecer sobre o mundo.
E uma maneira de você representar isso,
metaforicamente, é você pensar
que tudo que a gente conhece está numa ilha
e essa ilha é cercada pelo desconhecido,
E à medida em que o conhecimento vai avançando,
e a gente vai desenvolvendo novos instrumentos, novas teorias,
essa ilha vai crescendo
e à medida que ela cresce,
cresce também a margem que ela faz, a fronteira,
que ela faz com o desconhecido,
ou seja, quanto mais a gente conhece sobre as coisas,
mais a gente desconhece também, mais perguntas surgem,
e essa questão está ligada profundamente
com quanto a gente pode conhecer do mundo,
porque o ponto é que esse oceano do desconhecido,
em princípio é infinito.
Mesmo que o conhecimento humano aumente com o tempo,
a gente nunca vai poder conhecer tudo sobre o mundo
e temos que viver com essa sabedoria,
a de que a gente nunca vai poder ter uma visão completa do mundo,
o que não nos torna menos humanos,
na verdade nos torna mais humanos e menos deuses."
Marcelo Gleiser
(Filme Eu Maior)
(Filme Eu Maior)
sábado, 23 de novembro de 2013
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
...peso da luz...
"Minha alma tem o peso da luz.
Tem o peso da música.
Tem o peso da palavra nunca dita,
prestes quem sabe a ser dita.
Tem o peso de uma lembrança.
Tem o peso de uma saudade.
Tem o peso de um olhar.
Pesa como pesa uma ausência.
E a lágrima que não se chorou.
Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
Clarice Lispector
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
A casa do Amor
O Porão
O Porão da Casa do Amor pode ser um lugar bastante triste e seu ambiente sempre nos afeta.
Quando estamos no porão estamos profundamente infelizes. Achamos que o mundo está contra nós. Mesmo as pessoas mais próximas viram inimigas.
O objetivo da nossa permanência no porão é aprender a reconhecer as coisas que precisam ser curadas em nós e entender de que forma contribuímos para nossa própria infelicidade.
Enquanto estamos no porão não fazemos idéia de que precisamos curar alguma coisa, o problema é com os outros, não conosco.
No porão precisamos olhar os relacionamentos que estão à nossa volta como um reflexo de nós mesmos, para que possamos descobrir o lugar que queremos ocupar em qualquer relacionamento. A única maneira de fazer isso é dispondo-se a fazê-lo.
Temos que estar dispostos a liberar as coisas que não estão funcionando, abrindo-nos para escutar as verdades que não quisemos ouvir até agora.
Os dispositivos indispensáveis para sair do porão são vontade e disposição.
O Primeiro Andar
O primeiro andar da vida é o lugar onde moramos quando sabemos que precisamos nos curar, mas ainda não sabemos exatamente o quê há de errado.
Durante essa fase admitimos que estivemos envolvidos em relacionamentos e situações que nos deixaram infelizes e, em vez de culpar outras pessoas, olhamos para nós mesmos.
Este pode ser um lugar assustador, porque é no primeiro andar que devemos admitir: “Sei que contribuí de alguma forma para minha própria infelicidade, mas não sei como e nem por quê”.
Começar o questionamento dá início ao processo de cura.
Fazer perguntas significa abrir-se para respostas e estar em busca da verdade.
Os dispositivos para sair do primeiro andar são verdade e responsabilidade.
O Segundo Andar
O segundo andar da casa do amor é o mais importante de todos, pois nele se inicia um nível mais profundo de aprendizado.
A primeira, última e única lição que você tem que aprender neste andar é: “Não existe nada errado comigo ou com as outras pessoas”.
Agora você entende que todas as experiências, todos os relacionamentos, todos os acontecimentos dolorosos ou constrangedores foram necessários para o seu crescimento.
Irá descobrir que Deus sempre amou e irá amar você, não importa o que tenha feito ou o que possa fazer.
E você descobre isso quando percebe que só o amor de Deus poderia ter retirado você do porão.
Renunciar é o detergente espiritual para o trabalho que você tem que fazer neste andar.
A renúncia funciona melhor quando usada junto com o perdão.
No segundo andar, você está realmente mudando do modelo passivo/agressivo para uma abordagem receptiva/ativa.
Tendo se livrado de grande parte das bugigangas mentais, pode agora ouvir seus próprios pensamentos e escutar outras pessoas.
Os dispositivos para sair do segundo andar são renúncia e perdão.
O Terceiro Andar
Agora você está a caminho de descobrir a verdade sobre si mesmo.
A esta altura saberá o que está errado e o que fazer a respeito.
Isso por si só já é difícil, mas existe outro problema: ao subir do segundo andar para o terceiro, cada vez que aplicar o que sabe, irá surgir outra situação para testar sua confiança e paciência.
O que faz a experiência da passagem do segundo andar para o terceiro mais desafiadora, é o fato de cada degrau entre os dois andares estar coberto por suas experiências.
Você deve aprender que : “Amar a si mesmo é a única coisa importante, porque quando nos amamos podemos amar a todos e a qualquer um”.
Nesta parte do aprendizado, a tentação de desistir aparecerá muitas vezes.
Você vai querer reclamar, emburrar, voltar atrás...
Não desista, pois você já percorreu uma grande parte do caminho, tenha paciência e continue em frente.
Nesses momentos seu equipamento parecerá precário, mas tenha certeza de que você chegará lá.
E um dia quando você menos esperar, verá a luz.
Irá experimentar o esplendor de morar no terceiro andar da Casa do Amor.
Sentirá paixão por si mesmo e pela vida.
Você conseguiu!
Ainda que a cura não seja completa, sabe o que fazer, como fazer e por que é necessário manter o amor no centro de tudo.
Começará a ensinar as pessoas o que aprendeu, compartilhando suas histórias pessoais sem medo do que possam pensar de você.
Perceberá que enquanto estava aprendendo, lembrando e recriando suas idéias a respeito do amor, o amor estava ao seu lado ouvindo-o, observando-o...
Vai descobrir que o seu papel na vida é servir ao próximo e, ao mesmo tempo gostar de si mesmo.
Muitas pessoas se tornam moradores permanentes do terceiro andar.
Isso é perfeitamente aceitável.
Você pode morar nesse lugar e nesse estado de consciência durante muito tempo e sentir total satisfação.
Mas, um dia irá perceber que existe um andar acima e que a única coisa que precisará fazer para subir é uma ligeira mudança.
No terceiro andar voce precisa de confiança e paciência.
O Sótão
O sótão da Casa do Amor é como a consciência das crianças, que vivem totalmente confiantes, aceitando a si mesmas e aos outros.
No sótão, nos comprometemos a mudar nossa consciência para um estado de amor, amor-próprio incondicional.
Neste nível de seu desenvolvimento, você limpou tão bem o seu subconsciente, que não importa o que você pense, o amor irá se manifestar.
Você estará em boa companhia, terá muito apoio e proteção.
Este é o "Reino do Espírito".
É a mais alta faculdade da sua mente.
Quando você ultrapassa todas as suas questões humanas e chega a este nível de consciência está em companhia dos mestres, dos anjos, dos arcanjos.
Você se tornou a “luz do mundo”.
Por isso, eu peço calorosamente a você que faça tudo o que estiver ao seu alcance para deixar brilhar a sua luz!
Por Iyanla Vanzant
Livro Enquanto o amor não vem
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