sexta-feira, 18 de março de 2016

Autopsicografia poema de Fernando Pessoa





"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."

Fernando Pessoa


quarta-feira, 9 de março de 2016

A história do poeta Raimundo Arruda Sobrinho ex-mendigo






Ele viveu 35 anos na rua escrevendo em um caderno. Até o dia em que uma moça leu tudo e mostrou ao mundo

Ele viveu 35 anos na rua e ficou 20 sem ver os familiares. A história de Raimundo Arruda Sobrinho, ex-mendigo, é surpreendente.

Raimundo vivia pelas ruas de São Paulo, escrevendo poemas em seu caderninho e sem ser notado pelas pessoas que passavam ao seu redor e o julgavam como louco.

Invisível aos seus olhos, ele vestia-se de sacos de lixo pretos e, por ter problemas para se locomover, passava boa parte do dia em um banquinho de madeira.

Mas o que muitos não sabiam era que ele era um homem com um passado incrível: culto, amante de livros e de música clássica.

É melhor não estragar a história e você ir direto clicar no play.

O final é simplesmente emocionante!

Fonte: Best of Web



sexta-feira, 4 de março de 2016

Sobre o medo...









"Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.

Olha para trás, para toda a jornada... os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.

Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar atrás.

Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.

E, somente quando ele entra no oceano, é que o medo desaparece.

E, então, o rio saberá, que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento, e por outro lado, é renascimento."

Osho