quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Amor...






Só quando a alegria de outra pessoa
for também a sua alegria
você terá entendido o significado do amor.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Oração Pai Nosso em Aramaico








ORAÇÃO

PAI NOSSO

( em Aramaico )


Esta oração está escrita em aramaico,
numa pedra branca de mármore,
em Jerusalém - Palestina, no Monte das Oliveiras,
na forma que era invocada pelo Mestre Jesus.



"Abvum d'bashmáia
Pai-Mãe, respiração da Vida,
Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos ! 
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós
Para que possamos torná-la útil.

Netcádash shimóch
Ajude-nos a seguir nosso caminho
Respirando apenas o sentimento que emana do Senhor.

Tetê malcutách
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu,
para que caminhemos com todas as outras criaturas.

Nehuê tcevianách aicana d'bashimáia af b'arha
Que o Seu e o nosso desejo, sejam um só, em toda a Luz,
assim como em todas as formas, em toda existência individual,
assim como em todas as comunidades.

Hôvlan lácma d'suncanán iaomána
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós,
pois, assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.

Uashbocan háubein uahtehín aicána dáf quinan shbuocán l'haiabéin
Não permita que a superficialidade e a
aparência das coisas do mundo nos iluda,
E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento.

Uêla tahlan l'nesiúna êla patssan min bíxa
Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento
de que o Senhor é o Poder e a Glória do mundo,
a Canção que se renova de tempos em tempos
e que a tudo embeleza.

Metúl diláhie malcutá uaháila uateshbúcta l'ahlám almín
Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.

Ameyn !!!

Amém !!!

Que assim seja !!!"




Se você quiser escutar a Oração Pai Nosso em Aramaico,
enquanto você ouve a oração Pai Nosso,
concentre-se 
e faça mentalmente seus pedidos
ao Divino Mestre Cristo Jesus.


Esta oração poderá mudar a sua vida!


Bênçãos para você!






terça-feira, 1 de novembro de 2016

Uma didática da invenção (Manoel de Barros)







Uma didática da invenção

I

Para apalpar as intimidades do mundo é preciso saber:
a) Que o esplendor da manhã não se abre com faca
b) O modo como as violetas preparam o dia para morrer
c) Por que é que as borboletas de tarjas vermelhas
têm devoção por túmulos
d) Se o homem que toca de tarde sua existência num fagote,
tem salvação
e) Que um rio que flui entre 2 jacintos carrega mais ternura
que um rio que flui entre 2 lagartos
f) Como pegar na voz de um peixe
g) Qual o lado da noite que umedece primeiro.
etc.
etc.
etc.
Desaprender 8 horas por dia ensina os princípios.


II

Desinventar objetos.
O pente, por exemplo.
Dar ao pente funções de não pentear.
Até que ele fique à disposição de ser uma begônia.
Ou uma gravanha.
Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma.


III

Repetir repetir — até ficar diferente.
Repetir é um dom do estilo.


IV

No Tratado das Grandezas do Ínfimo estava escrito:
Poesia é quando a tarde está competente para dálias.
É quando
Ao lado de um pardal o dia dorme antes.
Quando o homem faz sua primeira lagartixa.
É quando um trevo assume a noite
E um sapo engole as auroras.


V

Formigas carregadeiras entram em casa de bunda.


VI

As coisas que não têm nome são mais pronunciadas por crianças.


VII

No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz:
Eu escuto a cor dos passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos —
O verbo tem que pegar delírio.


VIII

Um girassol se apropriou de Deus: foi em Van Gogh.


IX

Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até o mato sair na voz .
Hoje eu desenho o cheiro das árvores.


X

Não tem altura o silêncio das pedras



Por Manoel de Barros