quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A Árvore de Natal (Antroposofia)


Uma conífera desempenha papel muito importante na vida de uma criança, uma vez por ano, como árvore de Natal. Ela é, então amorosamente enfeitada, guarnecida de velas, nela penduradas maçãs e nozes e, com ouro e prata, ela é decorada o mais lindamente possível. Quanto cuidado é empregado nisso, e que esplendor irradia dela quando as velas são acesas!

Perguntamo-nos, às vezes, por que tudo isso é feito dessa maneira! Por que tem de ser justamente uma conífera, seja um abeto ou uma epícea? É evidente que precisa ser uma árvore que também no inverno, isto é, quando nela prendemos as velas. Sim, a chama das velas é a flor das coníferas!

Pensando então que o pinheiro é um tipo de árvore que também no verão não tem flores – isto é, nenhuma como, por exemplo, a da macieira – então as velas colocadas nele nos parecem cheias de significado. Ele, que no meio do inverno floresce tão maravilhosamente, anuncia-nos, naturalmente, a grande e clara luz da alma que veio ao mundo através do nascimento do menino Jesus.

A árvore de Natal deve mostrar-nos que tudo pode ser redimido e pode reluzir como as flores de luz magicamente implantadas em suas agulhas. São flores que ainda não podem tornar-se visíveis e que só revelam pelo aroma da resina. Com as velas acesas é que elas são, pelo menos simbolicamente, libertadas.

Em algumas casas, é também costume pôr ainda rosas vermelhas na árvore de Natal. Podem até ser rosas de papel, isso não importa.

É claro que uma árvore dessas também pode estar carregada de frutos. Antes do Natal não podia, mas agora pode. Por isso, penduramos tantas maçãs nos galhos que eles quase se dobram, e também penduramos nozes. Porém, para mostrar que se trata de frutos celestiais, as nozes precisam ser douradas. Naturalmente, podemos até pendurar pães-de-mel e outros deliciosos quitutes. Eles também desempenham o papel de frutos, pois podemos comê-los. Ouro e prata nos galhos faz tudo ficar especialmente solene e festivo. Assim, fazemos com que a conífera, na época do Natal, brilhe, floresça e dê fruto.

A Árvore de Natal, uma conífera luminosa que floresce e dá fruto.

Gerbert Grohmann
(do “Livro de Leitura sobre Botânica”)