O "não ser" e o "ser"
Vivemos em um mundo sensível e inteligível, o metafísico está no mundo sensível, nas mudanças, aparências, no que não ocupa tempo, espaço. O inteligível é diferente, é um princípio onde as “coisas concretas”, onde está a permanência, a verdade do conhecimento pelo intelecto. Logo, o mundo sensível é o mundo do “não-ser”, esse mundo e tudo que não é provado cientificamente pelo homem; existe a teoria mais nunca se conseguiu chegar a uma verdade concreta. Como por exemplo: a Fé é metafísico, a alma, a criação do mundo, ou as dúvidas filosóficas: De onde viemos? Para onde vamos? Tudo isso envolve a metafísica é realmente o “não-ser”, o não ser é: nos fundamentos que e onde não encontramos as respostas necessárias.
Deus é um ser metafísico, não conseguimos entender, ver, tocar, ouvir, mais acreditamos em tal, pois a Fé nos faz acreditar, logo a Fé também é metafísico, é o “não-ser” da alma humana. Todas as perguntas que não tem uma resposta científica envolvem o “não-ser”, e automaticamente o “Ser”, o “ser” que está no mundo inteligível é algo provado, concreto é o verdadeiro, logo essa verdade é tudo aquilo que posso provar de maneira cientifica e racional.
“A Metafísica Moderna”
Um período da metafísica onde se encontra a incompatibilidade entre a Fé e a Razão, período em que nota-se que ambas tem a necessidade de seu campo próprio de conhecimento e atuação. A Fé como o “não-ser”, o interior do homem e a razão como o “ser”, o intelecto, a verdade. Uma época marcada pelo reconhecimento da substância como um “ser”, logo, essa substância é a alma, o corpo e Deus como o ser infinito. A causa como responsável pela matéria. Os filósofos modernos afirmavam que a causa é tudo aquilo que tem e produz um efeito.
“Crise da Metafísica”
Um período onde as teorias que existiam sobre o “ser” não eram consideradas verdadeiras como afirma Hume, que considerou que as teorias dos princípios racionais, o principio da identidade, não-contradição, razão suficiente ou da causalidade estavam totalmente equivocados; a metafísica passou por uma crise de identidade, pois para Hume a metafísica era praticamente impossível, logo, todas as teorias eram erradas segundo Hume, ele estava prevendo o fim da metafísica.
“Fim da Metafísica”
Hume deixa a metafísica um pouco “apagada” e Kant é quem desperta a metafísica. Kant prova pela metafísica que existe uma realidade. Com Kant o conhecimento do “verdadeiro” veio à tona, tornou a metafísica possível, mais a própria metafísica não prova seu juízo sintético.
Kant elaborou uma teoria: "de que antes de toda idéia é necessário conhecer a capacidade do próprio conhecer", com isso a metafísica desperta do sono “dogmático”, segundo Kant afirma, a partir de Hume, a metafísica só pode ser considerada ciência se provar o seu juízo sintético. Segundo Kant é você provar algo que seja universal, assim como a física e a matemática, algo que diante do mundo seja verdadeiro. O objeto de estudo metafísico vem a partir do pensamento, pelo qual não é um objeto de conhecimento possível ”o não-ser”, é tudo aquilo que a ciência ainda não encontrou provas esclarecedoras. Para o filósofo Kant a metafísica é uma insensatez dogmática, pois não conhecem aqueles seres que escapam dos juízos universais e necessários: tempo, espaço, quantidade.