sábado, 8 de setembro de 2012
Um exemplo especial para a saúde no Brasil: Dra. Terezinha Rêgo / Fitoterapia
O Maranhão possui um grande exemplo de profissional dedicado à saúde. Trata-se de Dra. Terezinha de Jesus Almeida Silva Rêgo, Doutora que há mais de cinquenta anos dedica sua vida à Pesquisa Científica, no estudo da Fitoterapia, Hortas Medicinais, Medicina Popular, Pré-Amazônica, Etnobotânica e Espécies Medicinais. Leia a entrevista a seguir e conheça mais sobre a incrível trilha de luz que ela tem deixado por onde passa por todos esses anos.
NEP-MA (São Luís) – Há mais de cinquenta anos a Professora Dra. Terezinha de Jesus Almeida Silva Rêgo dedica sua vida à Pesquisa Científica, no estudo da Fitoterapia, Hortas Medicinais, Medicina Popular, Pré-Amazônica, Etnobotânica e Espécies Medicinais. Doutora em Botânica pela Universidade de São Paulo (USP), Membro – Fundadora da Academia Maranhense de Ciências, Coordenadora do Pólo de Biotecnologia do Maranhão, Professora do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Maranhão e especializada em Fitoterapia pela Universidade de Havana, Cuba, é uma das “pioneiras” na pesquisa de plantas com potencial terapêutico no país, suas pesquisas com ervas medicinais são responsáveis, por exemplo, pela produção de três medicamentos que combatem a pneumonia asiática na China.
A equipe do NEP-MA realizou visita ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Farmacia, Herbário Ático Seabra para realizar entrevista com a Professora Dra. Terezinha Rêgo, Coordenadora do Programa de Fitoterapia da Universidade Federal do Maranhão, que tem como linha de ação o aproveitamento da flora medicinal, oferecendo tratamento de saúde alternativo de elevado alcance social.
NEP-MA – Dra. Terezinha Rêgo, quais os objetivos principais do Programa de Fitoterapia?
Dra. Terezinha Rego – O Programa de Fitorerapia visa a melhoria da qualidade da saúde, através de medicamentos extraídos das plantas, com efeitos colaterais mínimos, e de melhor acesso às comunidades menos favorecidas.
NEP-MA - Existe um Plano de Ação elaborado para o ano de 2012, para disseminar as informações sobre o Programa?
Dra. Terezinha Rego – O Programa vai as comunidades que nos procuram, e ele traça um projeto de verificar quais as doenças mais comuns na comunidade. Passe-se um questionário cujo as informação mais importantes, é quais as doenças mais comuns e qual tipos de ervas essa comunidade já vem cultivando. Baseado num diagnóstico da realidade de saúde de cada comunidade que nos procura.
NEP-MA - Em média quantas pessoas são atendidas pelo Programa? Existe um público-alvo específico? Ou se é só aqui nas comunidades próximas à Universidade?
Dra. Terezinha Rego – O projeto se estende visitando as comunidades e implantando as chamadas hortas medicinais. Em média mais de 1.800 pessoas mês levando esse programa para os interiores do Maranhão. Está interiorizado, nós já temos vários interiores que cultivam as hortas ele já vem programando. Ele visa três faixas etárias a criança, na pediatria, na adolescência e na terceira idade. Como é que a gente age para atingir essas 3 faixas etárias?
Nas crianças a gente procura levar as crianças a criar a sua própria imunidade sem os efeitos colaterais dos remédios alopáticos. Crianças muitos pequenas, que vivem já tomando muito antibiótico, corticóide que nós sabemos que é prejudicial porque o sistema imunológico ainda não está pronto. Nós criamos uma linha de mais de 16 xaropes, para que a gente possa combatar essas enfermidades das crianças.
Na adolescência a gente já trabalha com os meninos e meninas de rua que entraram na vida sexual muito cedo sem nenhum preparo e que não tem condições de acompanhar o tratamento das doenças sexualmente transmissíveis pelo tradicional, por que são caríssimos os medicamentos e eles não tem acesso. A gente criou essa linha o que nos deu oportunidade de trabalhar com os portadores do HIV. Nós atualmente temos 27 portadores, que não é a cura, mas a gente começa a trabalhar nas chamadas doenças oportunistas ou que vem depois da decorrência da queda do sistema imunológico pela química pesada dos medicamentos tradicionais. Então nós temos 12 medicamentos que eles usam para minimizar essas chamadas infecções paralelas e oportunistas. Esse, é nosso trabalho com os adolescentes.
E, a terceira idade nós mantemos um curso anual, sendo primeiro semestre e segundo semestre, com pessoas na faixa etária de 60 em diante, é uma média de 60 participantes por semestre. Eles vêem toda terça-feira para cá, passam a manhã com a gente e a gente começa a ensiná-los a começar a usar os medicamentos naturais em caso de doenças que são inerentes a nossa faixa etária, porque as nossas células não se renovam mais com a mesma intensidade e a gente não pode ficar tomando os medicamentos que tem esses efeitos colaterais muito pesados que as nossas células não conseguem reagir e não se ronovam mais. Então, nós temos uma linha, pegamos as doenças mais comuns na terceira idade, eu já estou na terceira, já estou com 78. Então a gente fica monitorando isso para que elas não sejam... por uma dor reumática, nós temos uma fricção, temos uma tintura com a sucupira que alivia a dor, porque não tem cura, então não adianta estar enchendo de corticóides e antibióticos. Excelente o tratamento que a gente faz. Então nós temos dois grupos 60 alunos no primeiro semestre e 60 no segundo semestre, essas são as três faixas etárias que a gente trabalha bastante.
NEP-MA - Quais são os tipos de doenças que têm maior procura? E onde se busca esses maiores tratamentos? Porque na verdade como a senhora acabou de falar, as dificuldades inerentes às comunidades pobres é que quando elas adoecem a medicação é muita cara e aí elas ficam sem o acesso.
Dra. Terezinha Rego – E o acesso até chegar a um médico, a um profissional para dizer: faz isso e dá um diagnóstico é muito difícil.
NEP-MA – Então a senhora citou.
Dra. Terezinha Rego – Os portadores de HIV; reumatismo; as doenças oportunas da terceira idade e com as crianças, são as doenças respiratórias. Nós temos por causa do nosso clima, estamos em uma ilha e que a mudança de clima é frequente, aquele calor enorme e vem aquele vento da brisa do mar, isso faz com que as pessoas gripem com muita facilidade, então a gente monitoriza isso, botando xaropes e já criamos até uma tintura para os diabéticos, temos nossos produtos para sinusite, renite alérgica e adenóide, que já me deu prêmio até na China, a cabacinha, que é um sucesso no mundo inteiro, então tudo isso a gente faz justamente para puder mostrar para eles que eles tem um recurso até chegar ao atendimento tradicional. Essa que é a nossa preocupação é a demora nesse tratamento alopático, muito, muito longo.
NEP-MA - O Programa de Fitoterapia possui ações em escolas públicas aqui em São Luis? E no interior do Maranhão?
Dra. Terezinha Rego – Possui. Nós temos um trabalho belíssimo, porque nós estamos pegando as escolas de segundo grau, as escolas tanto do estado como do município e as particulares que tem áreas imensas abandonadas que não aproveitam. Onde ensinamos os alunos a cultivar as suas hortas e atender. Temos um trabalho belíssimo no Liceu Maranhense, que o colégio mais conceituado daqui de segundo grau no estadual. Então nós temos uma horta, que eu até convido vocês para ir lá visitar. Tem 105 espécies de plantas já produzindo num horto belíssimo que fica no fundo do colégio. Onde a gente atende, tem a minha salinha, onde eu dou consulta duas vezez por mês, uma manhã, passo a manhã inteira com eles e dando assistência fitoterápica para os alunos, professores e o corpo do pessoal que trabalha administrativo. Tem um fundo emocional muito grande e emotivo, eu fui ex-aluna, e sou aposentada como professora do Liceu Maranhense, então é muito gratificante voltar depois de realizada profissionalmente e puder mostrar já realizado um trabalho que pode se fazer muita coisa em benefício da saúde.
NEP-MA - Outros estados já implantaram o Programa de Fitoterapia?
Dra. Terezinha Rego – Já, nós temos um trabalho belíssimo no Acre, onde nós começamos em 1968, e a dar treinamento para os agentes de saúde na Fundação Chico Mendes e com isso nós treinávamos 100 monitores de saúde, os prestadores de serviço que se deslocam para as comunidades com essas informações. Já participamos através do Congresso Nacional de Botânica, porque eu sou representante da Sociedade de Botânica do Brasil no Maranhão, nós já visitamos todos os estados do Brasil, levando a nossa experiência. Na ECO 92, nós tivemos uma vitória muito grande que nós conseguimos o nosso trabalho é o único trabalho de fitoterapia incluído na Agenda 21 Nacional. De todos os estados da federação o único estado que ainda não tive oportunidade de ir foi ao Tocantins que ele é muito recente e não me convidaram ainda mas todos os estados eu já estive levando esta minha experiência.
NEP-MA - Porque se ouve falar tão pouco sobre a Fitoterapia no Brasil? O Programa possui algum projeto no sentido de divulgar mais as suas ações?
Dra. Terezinha Rego – A divulgação até que eu acho que ela vem... no exterior eu sou mais conhecida do que aqui no Brasil. China, Índia. Semana passada eu recebi um troféu do laboratório mais importante da India, gratificante, muito gratificante pelo meu trabalho. Aqui a gente tem o problema é a concorrência e as multinacionais. Eu não sei se vocês notam que toda vez que deslancha um medicamento natural vem logo mostrando que aquela planta não tem nenhum valor. Porquê? Por que ela vai incomodar as multinacionais. Porque as nossas plantas o Brasil é o país mais rico na flora. Eles levam as nossas plantas, elas são patenteadas lá. Porque nós não temos nenhum apoio. Não existe apoio no país para pesquisa e extensão nessa área. A gente sente isso eu carrego esse projeto nas costas desde 1957 quando eu ainda era acadêmica de farmácia. E a gente nota que... A indústria famacêutica vem em cima porque começa a exigir uma série de coisas, e o projeto vai … porque não tem, nós precisaríamos de um laboratório de alta tecnologia para controle de qualidade. Para que não acontecesse o que aconteceu com a minha cabacinha. Eu levei vinte anos para isolar o princípio ativo da “luffa operculata”, porque nós não tínhamos condições nenhuma para fazer isso. Eu acabo de voltar agora de Brasília, eu saí daqui cega já, sem enxergar quase nada, uma vista totalmente perdida e a outra já comprometida só de trabalhar em microscópio que não tem... a potência muito ruim, não tem o calibre ou a tecnologia dos atuais e com isso eu perdi a vista, eu voltei a enxergar graças a cirurgia que eu fiz agora em Brasília, foi uma grande vitória. Mas o primeiro prêmio de Etbotânica eu ganhei em Córdoba na Espanha, levando um trabalho em 1990 com os indios canelas. Eu passei 15 dias na aldeia dos índios selecionando e classificando as plantas deles para poder fazer esse trabalho, que hoje esse trabalho faz parte dos anais da sociedade botãnica nos cinquenta anos de Fundação. Quando eu cheguei em Córdoba eu me assustei fui procurada por um casal de espanhóis que moram em Barcelona, foram me buscar, passaram doze anos aqui no Brasil, na Amazônia, em Manaus, foram me buscar para olhar o laboratório deles, eles tinham já 105 espécies de plantas nossas, cultivadas, e que eles já sabiam... enquanto eu levo vinte anos para dizer aqui tem alcalóide, tem fravonóide, tem uma proteina, em minutos eles sabem tudo que a planta tem pela alta tecnologia deles. Eles metem lá numa máquina, mexem os botões e já vem tudinho. Não é como nós pesquisadores aqui. Tinha um órgão que era o defensor dos nossos produtos naturais que se chamava Central de Medicamentos. É incrivel como eles acabaram. Eu era consultora da central de medicamentos. Acabaram com a central que era a único órgão deste pais que fiscalizava a saída de nossas plantas. Agora me pergunte pagaram alguma coisa para poder essas plantas irem para lá? Não pagaram absolutamente nada. Quando eu comecei a ser consultora da Central de Medicamentos eu ia toda semana para os correios despachar as nossas espécies que era para ser distribuida para Escola Paulista de Medicina para esse polos maiores, que tinha mais condições de dar resposta. Você acredita que eu fui barrada nos correios pela Polícia Federal na época, um representante lá chamaram pela frequencia com que eu transportava as plantas, como se eu tivesse traficando. Como se tivesse mandando maconha ou outro medicamento. Eu que lido com isso desde oito anos de idade eu estudo plantas, eu fui chamada e esses que levam as nossas plantas para lá? Eles são ao menos autuados? Não são autuados. É uma tristeza viu. A gente sente uma revolta muito grande.
NEP-MA - A Universidade Federal do Maranhão ela não poderia dar mais apoio?
Dra. Terezinha Rego – O problema é o seguinte, a Universidade eu estou aqui como assessora.Todo reitor que entra me coloca como assessora. Eu acho que eles me mantém assim mais por respeito pela minha pessoa, pelos anos de dedicação, eu era titular da cadeira de botância na faculdade de farmácia eu fiz a minha livre docência na época não tinha para o doutorado e mestrado eu fiz livre docência na Universidade de São Paulo, depois eu fui para Cuba fazer estágio em Fitoterapia, porque não tinha aqui no Brasil, essa especialidade. Agora o cuidado que a gente tem é o seguinte: na hora que a gente detecta a planta aqui, a gente faz as nossas análises precariamente como a gente pode e manda esses dados para esses laboratórios de São Paulo e eles confirmam as nossas... porque nós estamos trabalhando com o ser humano nós não podemos de maneira alguma é mandar tomar o medicamento que a gente não tenha a real informação de que ele realmente tem uma ação medicinal.
A Universidade ela me deu esse... eu não tinha nenhum espaço, eu me lembro em 1966 o globo rural veio aqui e fez uma reportagem muito ampla comigo e, mostrando eu pegando ônibus para ir para as hortas. E, começaram há... todas as vezes que o reitor chegava lá, que nessa época era o Professor Aldyr Melo, porque o senhor não ajuda essa pesquisadora? Professora está insustentável, a gente chega em Brasília e todo mundo já sabe do seu projeto, por causa do programa. E ele me conseguiu... isso aqui era uma área abandonada que era da parte de artes, eles vinham para cá, bebiam, fumavam, estava tudo abandonado. E, ele transformou nesse pequeno, é o meu mundo aqui. Eu tenho uma coleção de 10.800 espécies catolagadas, eu tenho dois livros publicados, eu vou dar um exemplar para vocês eu atendo a comunidade, me chamam eu vou, até nos próprios hospitais municipais eu tenho ido prestar auxílio, dizer o que a gente pode fazer em benefício. Mas a gente nota que há um descaso muito grande no programa. O programa porque é valente a gente tem uma decepção aqui hoje. A gente vai. Para vocês terem uma idéia a gente passou a cobrar uma consulta, para quem pode pagar porque era tudo..nós temos um grupo pela extensão que não paga nada, os remédios são de graça e o atendimento. Começamos a cobrar para puder porque a gente manda buscar os vidros em São Paulo, tudo isso. E, é com esse dinheirinho, que a gente paga o pessoal que trabalha aqui com a gente. A gente só tem da universidade dois funcionários, três aliás, é um engenheiro agrônomo, uma secretária e um auxiliar. O resto tudo é pago pelo projeto. Olha tem mês que o dinheiro arrecadado não dá para cubrir a folha e a gente tem que entrar nos recursos da gente. Mas eu digo que é meu oxigênio, eu acho que na hora que eu tiver que sair é a hora de ir embora, da grande viagem.
NEP-MA - E no tratamento dos pacientes internados no Hospital Dutra, o Programa possui algum tipo de atendimento?
Dra. Terezinha Rego - Procuram mas eles proíbem o uso paralelo e a gente vê aqui,eu tenho vários bilhetes de médico mandando eles trazem os netos para tomarem o xarope e tudo mas na hora de procure, faça,tem valor.
NEP-MA - Todos sabemos que a senhora está há mais de 50 anos envolvida com esse trabalho de pesquisa científica, o que mudou efetivamente, na prática, para melhor?
Dra. Terezinha Rego – Da importância e da eficácia da fitoterapia esse é que o nosso grande prêmio é a aceitação. Você vê, hoje a gente tem uma procura enorme, dantes era só as pessoas menos favorecida agora aqueles que podem nós temos desembargadores, juízes.Temos a classe alta. Que a média já acabou não temos mais essa é eles lá em cima e nós aqui embaixo, acabou a classe média.
NEP-MA - E quanto aos objetivos do milênio? Existe uma preocupação de todos os países em alcançá-los? Por exemplo: Objetivo 4 – Reduzir a mortalidade infantil, Objetivo 5 – Melhorar a saúde das gestantes, Objetivo 6 – Combater a aids, a malária e outras doenças, Objetivo 7 – Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. Pelo que eu senti a senhora nos respondeu um pouco atrás que existe aqui três faixas etárias e dentro dessas 3 faixas etárias me parece que estão contemplando esses objetivos...
Dra. Terezinha Rego – Todos esses objetivos estão contemplados.
NEP-MA – Com relação à malária, existe assim algum...?
Dra. Terezinha Rego – A malária nós temos um outro grupo aqui na Universidade comandado pelo Professor Rafael, Dr. Rafael com uso da alopatia. Pelo folder você vão ver o que a gente já conseguiu obter para melhoria a parte digestiva como todo. Mas tem ainda coisas que a gente ainda não alcançou porque para gente chegar num medicamento desse para passar para comunidade para eles começarem a usar é uma luta de muitos anos por causa da precariedade do que nós temos somos verdadeiros heróis conseguir tudo isso que a gente já conseguiu mas a gente fica feliz.
Agradecimento do NEP-MA:
O Programa Nacional de Gestão Pública agradece a sua atenção e todo apoio a essa entrevista, todo esse material, toda essa sua fala gentil, toda essa sua fala técnica vai ser exposta nos nossos portais. Para que as autoridades tomem ciência da importância do trabalho que aqui existe. E, que os objetivos do milênio sim, estão sendo alcançados pela senhora, da melhor forma possível, atingindo quem merece tê-los que é a sociedade, o cidadão comum que está lá fora precisando dos seus serviços. O Brasil agradece muito pelo seu trabalho. E nós agradecemos a senhora.
Entrevista concedida ao Programa Nacional de Gestão Pública
Lugar: Campus do Bacanga
Fonte: Ascom/UFMA
Fonte:
http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=11782