Os ensinamentos dos hunas ou kahunas havaianos constituem uma ciência secreta que chegou ao Ocidente através do trabalho de Max Freedom Long. Inicialmente, Long aprendeu a respeito com William Tufts Brigham, que vivera quarenta anos no Hawaí tentando compreender o segredo desses ensinamentos. Ele conseguira obter muitas informações, porém nunca chegara ao âmago dos ensinamentos. Long tinha ouvido falar sobre o interesse de Brigham nos hunas e o procurou. Brigham percebeu, após uma breve conversa, que, aos oitenta e dois anos de idade, havia encontrado o homem que levaria adiante seu estudo e sua pesquisa pela essência dos ensinamentos dos hunas que ele não fora capaz de encontrar.
Max Freedom Long estudou o trabalho de Brigham e, de fato, o levou adiante. Porém , deparou-se com os mesmo obstáculo encontrado pelo pesquisador.
Os ensinamentos dos hunas eram tradição antiga que havia sido transmitida oralmente. Toda vez que Max Freedom Long fazia um esforço para compreendê-los , encontrava um obstáculo. Os poucos kahunas que ainda restavam no Hawaí recusavam-se a falar-lhe. Por muitos anos ficou preso num impasse.
Então, em 1935, teve uma inspiração. Ao despertar, teve o vislumbre de fazer uma nova tradução dos cânticos e orações gravadas, baseando-se nas raízes das palavras, (Observação: A língua havaiana é feita de palavras longas construídas a partir de palavras de raízes curtas ). A nova tradução foi a chave que liberou o segredo de como os kahunas realizavam seus feitos aparentemente mágicos.
Max Freedom Long passou os quarenta anos seguintes estudando e trabalhando com os ensinamentos hunas até sua morte em 1971. Foi nessa época que o aprendizado passou para E. Otha Wingo. Este é o chefe do Huna Research Associates ( Associados da Pesquisa Huna ) e é autor do Curso por Correspondência Huna em Doze Lições. Esse curso ensina a aplicação prática dos ensinamentos hunas.
O que apresento a seguir baseia-se nos ensinamentos hunas do modo como compreendi a partir de Max Freedom Long, de E. Otha Wingo e do sacerdote kahuna.
A essência desses ensinamentos é que o ser humano tem três eus, ou mentes:
- mente subconsciente,
- mente consciente e,
- mente superconsciente.
Os kahunas chamam a mente consciente de "UHANE", ou eu médio. Esse eu médio é a parte de um ser humano que é consciente de sua própria existência e tem a capacidade de raciocinar. Também tem livre-arbítrio para criar como quiser, junto com o eu inferior.
A mente subconsciente é chamada "UNIHIPILI", ou eu inferior. É a parte do ser humano que apresenta o material inconsciente à mente consciente e assim ela pode argumentar a favor ou contra ele. O eu inferior é o depósito de toda a memória e o lugar das emoções. Sua forma de atividade mental é considerada como sendo a do raciocínio em nível animal. O termo "inferior" não tem conotação de grau ou importância e refere-se apenas aos fatos de estar abaixo do nível de consciência do eu médio e de seu centro corporal encontrar-se no plexo solar, e não na cabeça.
A terceira parte é o eu superior , chamado "AUMAKUA" pelos kahunas. O eu superior é o "mais velho, inteiramente confiável, aparentado eu do espírito." Esse eu superior vive num plano mais elevado de consciência fora do corpo físico. Ele não intervêm nos assuntos da vida a menos que seja solicitado. Essa é uma lei cósmica e o eu superior precisa segui-la.
O eu superior tem uma forma de atividade mental mais elevada do que a do eu médio e a do eu inferior. É a parte que dirige os sonhos, as intuições e premonições por meio do eu subconsciente. Os ensinamentos hunas dizem que o eu superior constrói seu futuro a partir dos pensamentos, esperanças e receios dos eus médio e inferior.
O eu superior deve ser capaz de ver o futuro dentro do limite em que seus pensamentos foram cristalizados. Como os pensamentos mudam diariamente na vida dos eus médio e inferior , de acordo com os ensinamentos hunas, o futuro também muda. Também a comunicação com o eu superior ocorre muito naturalmente durante o sono. Nesse contato, a maioria dos pensamentos do dia devem ser calculados pelo eu superior e utilizados, por algum mecanismo misterioso, para materializar as condições do futuro.
Nos ensinamentos hunas, cada um dos três eus tem seu papel apropriado para desempenhar na vida de cada pessoa. Vida, saúde e felicidade relacionam-se à integração, combinação e harmonização desses três eus.
O outro ensinamento básico huna é que as pessoas são constituídas de dez elementos básicos. Para compreender esse conceito é necessário entender a tríade mente-força-matéria.
Já mencionei os três níveis da mente: subconsciente, consciente e superconsciente. Acredita-se também que a força vital básica, ou energia, no corpo de uma pessoa é dividida em três voltagens. A voltagem mais baixa é a do eu inferior ou subconsciente. Essa mesma força vital, quando utilizada pelo eu médio, ou mente consciente, é elevada a uma voltagem maior. Do mesmo modo, quando a força vital é elevada ao nível da consciência do eu superior, ela é elevada, outra vez, a um nível ainda mais alto. A força vital básica de uma pessoa muda segundo o eu que está usando aquela energia.
O último elemento dessa tríade é o da matéria. Os ensinamentos hunas dizem que cada um dos três eus tem um corpo sombra, o corpo etérico. Os corpos sombras são corpos metafísicos e duplicatas exatas de tudo o que existe no mundo físico. São esses moldes energéticos que mantêm todas as formas físicas juntas. Tudo o que já foi criado tem um corpo sombra.
O corpo sombra do eu inferior é um molde de todos os tecidos do corpo físico. Dessa forma, o corpo sombra do eu inferior se parece exatamente com o corpo físico, exceto pelo fato de ser metafísico na forma. Toda a memória é armazenada nesse corpo sombra do eu inferior. O corpo sombra do eu médio é um corpo de energia na região da cabeça física. Dessa forma, os eus inferior e médio , interpenetram o corpo físico com seus corpos sombras.
O eu superior também tem um corpo sombra, mas ele não interpenetra o corpo físico. O eu superior está conectado ao eu inferior por um cordão de energia. Esse cordão tem sido chamado o cordão de prata em outros ensinamentos.
Até aqui mencionei nove elementos. O décimo elemento é o corpo físico, que é o veículo ou instrumento pelo qual o eu inferior e o médio operam e vivem.
Os ensinamentos hunas dizem que o eu superior exprime todas as qualidades divinas: compaixão, paciência, amor, perdão. É o ideal ao qual o eu médio aspira. É um passo avançado nos poderes mentais e nas capacidades criativas. O eu superior também é considerado como uma comunidade combinada de espíritos. Eus superiores são considerados como sendo individuais quanto à identidade e, no entanto, um com todos os outros eus superiores ao mesmo tempo. O eu superior também é considerado uma perfeita fusão do masculino e do feminino, um eu andrógino.
Os corpos sombras dos três eus são feitos de uma substância chamada "aka", que tem uma qualidade pegajosa e elástica e pode se esticar sem romper. Essa substância também é um transportador e condutor perfeito da força vital. De acordo com os ensinamentos hunas , o corpo sombra do eu inferior é capaz de mudar de forma, temporária ou permanentemente, para formar um fio de conexão entre os eus médio e superior. Se você tem um bom relacionamento e uma forte forte ligação com seus eus inferior e superior, você transformou esses fios "aka" em cordões "aka". A força vital e as formas-pensamento transitam sobre esses fios e cordões "aka".
Toda vez que você entra em contato com seu eu inferior, seu eu superior, qualquer objeto ou qualquer pessoa no mundo, vocês estão enviando fios "aka". Quando o contato é feito entre duas pessoas, um fio longo e pegajoso se forma entre elas. Outro contato acrescenta outros fios "aka", e eles se entrelaçam juntos, formando um cordão "aka". Este resulta numa forte compatibilidade entre as duas pessoas.
A comunicação telepática, de acordo com os ensinamentos hunas, relaciona-se com o trânsito da energia vital e de formas-pensamento ao longo dos cordões "aka". Essa transmissão telepática de formas-pensamento e energia vital pode ocorrer entre os eus médio, inferior e superior e entre duas pessoas que têm uma forte conexão de cordão "aka".
Todo pensamento também tem um corpo sombra ao seu redor. Quando um pensamento é formado, ele é ligado por um fio de "aka" aos fios do pensamento que vieram antes dele. Esse conceito é a explicação para a associação de ideias reconhecida pela psicologia moderna. Em outras palavras, um dado pensamento atrai os fios de todos os pensamentos semelhantes.
Outro aspecto extremamente importante dos ensinamentos hunas é a importância do "mana", ou força vital. Mana é a energia básica em tudo. Os ensinamentos hunas dizem que o mana é retirado do alimento e do ar pelo eu inferior e armazenado no corpo sombra do eu inferior. Essa força vital no corpo sombra do eu inferior pode ser utilizada para qualquer coisa que o eu médio queira. Quando utilizado pelo eu médio, o mana é elevado do corpo sombra do eu inferior para a região física da cabeça do eu médio e, no processo em que é elevado, muda de alguma forma sutil. Essa força, quando elevada, chama-se vontade pela psicologia moderna. Quando o eu médio não utiliza essa força de vontade como deveria, o eu inferior entra em cena e passa rapidamente de uma atividade para outra sem transportar nenhuma sugestão ou comando eficazmente.
O eu inferior ou subconsciente é como uma criança. Ele precisa ser amado e tratado com firmeza e de maneira disciplinada. Se a criança for mimada e não receber nenhum tipo de disciplina, vai se expressar descontroladamente. Dá-se o mesmo com o eu inferior. Por isso é essencial que o eu médio eleve o mana para utilizá-lo como força de vontade. O eu médio é a mente que raciocina, é como o pai do eu inferior, do mesmo modo como o eu superior é o pai do eu médio. Os três eus são graduações de consciência.
Os kahunas acreditam que tudo no Universo está em evolução, incluindo os elementos, as plantas, os insetos, os animais, os eus inferiores, os eus médios e os eus superiores. Eles vêem todo o Universo como graduações de consciência.
Os kahunas acreditam que o Criador é um ser trino, da mesma forma que as pessoas. Eles acreditam que o Criador é uma trindade de níveis de espírito; e chamam esses três níveis de Kua, Kane e Kanaloa. Esse conceito do Criador é correlato ao de outras religiões, como o cristianismo ( Pai , Filho e Espírito Santo ) e o hinduísmo ( Brahma , Vishnu e Shiva ). Os kahunas acreditam que o processo de evolução é de mudança por meio desses níveis de consciência de volta ao final com o Criador, ou Kua.
Fazer orações para o eu superior é semelhante ao processo utilizado entre o eu inferior e o médio. Uma vez que o eu médio tenha elevado a energia vital do corpo sombra do eu inferior para utilizá-la como vontade, ele pode fazer qualquer coisa que quiser com essa energia. Essa vontade pode ser utilizada para exercício físico, ou para controlar o eu inferior ou para pensar, ou orar, ou o que quer que seja. O processo de orar ao eu superior envolve elevar a força vital, ou mana, para cima, do eu médio à voltagem próxima.
O aspecto único dos ensinamentos hunas é que o eu inferior leva a oração ao eu superior. Se o eu inferior tem um complexo, por exemplo, de pecado, culpa, falta de merecimento ou dúvida, ele nunca entregará a oração. O eu inferior usa o mana que o eu médio elevou e envia essa energia vital para cima ao cordão "aka" com a oração.
Os kahunas crêem que o eu superior não pode manifestar uma oração a menos que receba o mana necessitado dos eus médio e inferior. Assim, é essencial, de acordo com o ensinamento huna, acumular uma sobrecarga de força vital antes de começar a orar ao eu superior. Uma grande ênfase é dada a como isso é feito. Como mencionei antes, uma certa quantidade de força vital é criada a partir a partir do alimento que você ingere e do ar que você respira. Os ensinamentos hunas falam de vários outros meios para acumular energia extra :
- Pedir ao eu inferior e comandá-lo para acumular uma sobrecarga de energia vital para uso na oração;
- Exercício físico;
- Respiração profunda, que provoca a queima de mais açúcar do sangue ( o método principal );
- Posturas;
- Alimentação nutritiva;
- Visualizar a força vital elevando-se como uma fonte de água da base da coluna para cima até o alto da cabeça;
- Manter uma atitude mental para ganhar poder e força pessoal, como a atitude que você manteria ao se preparar para uma corrida;
- Sono e descanso apropriados;
- Afirmações ditas em voz alta , como: "A força de vida Universal está fluindo em mim agora. Eu a sinto."
Além da necessidade de uma sobrecarga de mana, há a necessidade de "Clarificar o Caminho". Isso significa remover todas as formas-pensamento que possam sabotar a oração. Essas formas-pensamento podem ocorrer na mente consciente ou na subconsciente. Por exemplo, se você fizer uma oração de cura e depois disser que acha que não vai funcionar, então você está, obviamente, sabotando seus esforços com formas-pensamento opostas. Também pode ocorrer que sua mente consciente esteja atrás da oração, mas sua mente subconsciente não esteja. O eu inferior pode transmitir a oração, porém arruiná-la com formas-pensamento de dúvida ou medo. Outra possibilidade é a de o eu inferior recusar-se a transmitir a oração em virtude de suas fixações com sentimentos de culpa e falta de merecimento. Por isso, o relacionamento entre o eu médio e o eu inferior é essencial antes de você pode envolver eficazmente o eu superior.
De acordo com as orações hunas, o único pecado que existe é o de ferir outra pessoa. Não é possível pecar contra o Criador ou contra o eu superior. Para clarificar o caminho, você deve reparar ou saldar as mágoas infligidas a outrem. Isso pode ser feito de infinitas maneiras, com a condição de o eu inferior estar convencido de que foram feitos reparos. Algum tipo de ação ou estímulo físico, em geral, é mais convincente para o eu inferior. Qualquer ato percebido como um sacrifício, ou um serviço prestado a outros, pode ajudar a equilibrar complexos de culpa e sentimentos de falta de merecimento.
O eu médio e o eu inferior podem ser treinados para conhecer o que é pecaminoso de verdade, em oposição ao que é considerado pecaminoso segundo o dogma da religião tradicional. Uma vez que a clarificação do caminho tenha sido realizada, o eu inferior pode enviar o mana acumulado e orações em forma-pensamento diretamente do cordão "aka" (o "antakarana", na terminologia hindu) ao eu superior.
O último passo no processo é criar um pensamento apropriado em forma de oração. As orações hunas ensinam que pensamentos são como sementes. De alguma forma sutil, o eu superior utiliza seus pensamentos para criar seu futuro. A ação daquele que ora é um meio de enviar novas formas-pensamento ao eu superior, a fim de materializar um resultado desejado no plano terrestre.
Ao fazer orações, os kahunas enfatizam a importância de preparar, com muito cuidado, as sementes em forma-pensamento que você deseja criar. Uma regra é que aquilo que você pede não fira outros e seja um pedido razoável de algo sinceramente necessitado por você ou outros. Sugere-se que as palavras exatas da oração sejam escritas em papel; assim, um quadro preciso daquilo que é desejado pode ser visualizado. Também é essencial que a oração seja pronunciada em linguagem positiva e não negativa.
Os ensinamentos hunas dizem que uma oração de cura deve ser articulada em palavras de maneira a descrever o resultado desejado, em vez de mencionar a doença. Por exemplo, uma oração fraca, segundo eles, seria: "Curai minha perna machucada." Mencionar a perna machucada é apresentar a forma-pensamento negativa. Um modo melhor de fazer essa oração é: "Peço que minha perna seja curada de modo que eu possa correr, saltar e andar, com facilidade, equilíbrio e conforto perfeitos, para alegria de meu coração." Nesse exemplo, a forma-pensamento não menciona a lesão, mas, antes, visualiza o resultado da cura. A visualização da forma-pensamento desejada é um meio de fortalecer os pensamentos da semente enviados ao eu superior.
Em suma, o método de oração huna inicia-se clareando o caminho, removendo todas as formas-pensamento negativas dos eus médio e inferior que impediriam o eu inferior de levar a oração em forma-pensamento ao eu superior.
O segundo passo consiste em criar a oração em forma-pensamento exata, inclusive escrevê-la em papel, e desenvolver uma nítida visualização do resultado.
O terceiro passo é promover o acúmulo de energia vital no corpo sombra do eu inferior para uso do eu médio quando tiver início a ação da oração.
Quando esses três passos tiverem sido cumpridos, a oração é repetida em voz alta, três vezes, e você utiliza a sua vontade para imprimi-la no eu inferior e construir fortes grupos de formas-pensamento. Tendo sido pronunciada dessa maneira, a oração fica retida na mente e o eu inferior recebe a ordem de levá-la ao eu superior ( a alma ). Quando se sente um formigamento elétrico, a oração é chamada de volta, ou repetida em voz alta, de modo a poder ser enviada ao eu superior com o suplemento extra de força vital necessário para materializar as formas-pensamento da oração no presente ou no futuro.
A parte final da oração deve ser definida; caso contrário, há o perigo de fazer uma mixórdia de pensamentos contaminados na forma-pensamento preparada. Os kahunas terminam suas orações com as seguintes palavras: "A oração alça vôo. Que caia a chuva de bênçãos." Essa declaração é importante, pois o eu superior só manifestará o que lhe for pedido para manifestar; "Que caia a chuva de bênçãos" é o pedido para que a oração seja atendida.
O término formal de uma oração pode ser adiado de quinze segundos a um minuto, para permitir ao eu inferior realizar seu trabalho de enviar a força vital e a oração em forma-pensamento para cima, ao cordão "aka". Durante esse período, é essencial que o eu médio relaxe, a fim de evitar que o eu inferior seja chamado para retornar de imediato e iniciar outra tarefa.
Quando a oração tiver sido completada, ela precisa ser liberada para a guarda do eu superior. Então, é necessário apenas que o eu médio e o inferior sintam fé e confiança em que a oração será respondida. Qualquer pensamento diferente sabotaria o procedimento da oração. O modo como a oração será respondida deve ser deixado a cargo do eu superior.
Nesse ponto, é extremamente importante, que o eu médio, você, a personalidade consciente que fez o pedido, faça tudo o que for humanamente possível para ajudar a manifestar a oração. Só porque uma oração foi feita não significa que você pode limitar-se a ficar sentado no quarto esperando a manifestação dos resultados. O eu médio e o eu inferior devem continuar a cumprir sua parte para manifestar a oração, enquanto evitam pensamentos negativos.
Também é importante que você não fale sobre a oração com ninguém que viesse a sugerir qualquer dúvida ou negatividade sobre a manifestação dela.
Quando uma oração é feita para a cura de outra pessoa, esta deve ser purificada de todos os complexos negativos como condição preliminar; caso contrário, seu eu inferior impedirá a cura.
O último ponto nesta apresentação do método de oração huna é que você deve estar preparado para rezar da mesma e exata maneira diariamente , até o resultado que deseja alcançar.
O fenômeno da cura instantânea pelo eu superior, de acordo com esses ensinamentos, envolve o corpo sombra ou etérico do eu inferior. Como foi explicado acima, o corpo sombra do eu inferior é um molde metafísico perfeito do corpo físico. Um osso pode quebrar no corpo físico, porém o projeto ou molde perfeito no etérico, não será afetado.
No processo de cura instantânea, o molde esvaziado de tecidos rompidos ou doentes é preenchido outra vez com substâncias básicas que estão de acordo com o molde não afetado. De algum modo sutil isso é feito pelo eu superior, quando lhe for pedido, quando o caminho estiver claro e a força vital necessária para fazer a mudança tiver sido fornecida.
O mesmo processo explica o fenômeno dos aportes. Usualmente, isso se refere à mudança de objetos físicos através de longas distâncias por espíritos desencarnados. A explicação é que , de algum modo, o espírito obtém um acúmulo de energia vital extra e a utiliza para desmaterializar o objeto físico para sua forma etérica ou sombra e depois leva o objeto para o lugar desejado e o materializa outra vez na fisicalidade.
Ainda por esses ensinamentos , também é possível ao eu superior controlar coisas, como o tempo, os animais, os insetos, a vida vegetal – de fato, tudo o que for tri ou quadridimensional no plano da realidade.
A presença de espíritos numa sessão ocorre porque eles utilizam a força vital do médium e do grupo para se formar em matéria mais densa.
Há uma observação interessante sobre a força vital e seu uso pelos kahunas , relacionada à época da guerra do Hawaí. Um kahuna pegaria um bastão e o encheria de força vital. Quando jogasse sobre o inimigo próximo, este seria atingido e nocauteado na hora, ficando inconsciente. Por isso, da importância de ser ético em todas as situações da vida.
O processo da psicometria envolve em dar ordem ao eu inferior para seguir os fios "aka" de um objeto até seu proprietário, que pode estar do outro lado do mundo ou em outras dimensões. Aparentemente, isso não tem importância para o eu inferior. Os pensamentos, memórias e aparência da pessoa são anotados e, então, levados de volta e entregues ao eu médio.
Como o corpo sombra do eu inferior é uma duplicata do corpo físico, o eu inferior, em conseqüência, tem cinco sentidos interiores, do mesmo modo que o corpo físico tem cinco sentidos exteriores. O eu inferior pode ser treinado para obter a informação que seria impossível ao eu médio conseguir. O fenômeno da viagem astral ocorre quando o eu inferior, ou o eu inferior e o médio, deixam o corpo físico por um certo período de tempo e viajam na frequência astral. Os hunas ensinam que todas as pessoas fazem isto todas as noites durante o sono, ainda que não se lembrem de nada ao acordar. Também você pode se projetar em dimensões superiores através do seu eu superior ou "aumakua" que, na verdade, jamais está encarnado.
Acredita-se que depois da morte física, a pessoa cria uma forma-pensamento, ou "purgatório", na qual ela, como num sonho, passaria por todas as experiências e acontecimentos pelos quais teria de passar.
O último ponto que eu gostaria de apresentar sobre os ensinamentos hunas é o conceito de vida formal. A integração dos três eus era o objetivo, porém os kahunas acreditavam que cada coisa viva estava em seu estágio de evolução intencionada e que havia tempo suficiente para tudo crescer para o alto. Eles acreditavam que a vida familiar e toda vida normal eram boas. Não pregavam uma doutrina de ascetismo ou de negação de si mesmo. Eles achavam que o eu inferior era tão importante no mecanismo da vida quanto o eu superior e que o Criador não podia ser alcançado indo-se diretamente para cima, mas vivendo-se adequada e normalmente, e em irmandade na Terra. Mas, às vezes, os indígenas hunas conseguem fazer uma conexão direta com a Fonte Cósmica , mesmo que não lembrem das experiências depois.
Agora para terminar vamos passar um exemplo de oração huna, mudando alguns seres evocados :
"Amada Presença da Fonte Cósmica, minha Poderosa Presença do Eu Sou, minha Mônada, Mestres Ascensionados, Logos Planetário, meu Eu Superior, Comandos Extra-Planetários, Comandos Suprafísicos ou Intraterrenos, Comandos Intraoceânicos e Atmosféricos, Seres Dévicos, Seres Elementais e a Hieraquia Planetária Terrestre, Eu (nome) venho pedir e orar, de todo o meu coração, de toda a minha alma, de todo o meu entendimento e de toda a minha força, rogando a sua divina ajuda, orientação, conselho e divina intervenção na minha vida, para que eu – aqui você define o que quer manifestar em sua vida. Assim é."
Repita três vezes em voz alta.
"Minha amada mente subconsciente, peço e ordeno, que você leve esta oração-forma-pensamento à Fonte Cósmica, por meio da minha amada Mônada, com toda a força vital e o mana necessários e imprescindíveis à manifestação e à expressão desta oração."
Aguarde quinze segundos a um minuto e visualize a oração jorrando para cima pelo Chacra da Coroa, no topo da cabeça, como um gêiser.
"A Oração alça vôo, que caia a Chuva de Bençãos!"
Sinta a Chuva de Bênçãos cair sobre voce.
Desconheço a autoria do texto.