sábado, 26 de maio de 2012

Que cântico é esse?


Que Cântico é este, 
que nos inspira milênios afora, 
desertos adentro? 

Que Cântico é este, 
que faz transbordar corações abertos 
e mentes altaneiras? 

Que Cântico é este, 
de magia pura, 
que jamais se esgota, 
que jamais se cansa? 

Que Cântico é este, 
de mistérios tantos, 
que é sempre o mesmo, 
que é sempre outro? 

Que Cântico é este, 
fatal e terno, 
tão distante e próximo? 

Que Cântico é este, 
trovejante e doce, 
que nos condena 
a nos tornar plenamente humanos?... 

Por certo, 
é o Cântico do Amor.

Roberto Crema