quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estimulação da Energia Vital



Estimulação da energia vital

Os poderes da vontade, da imaginação, do raciocínio e da emoção, não podem por si sós efetuar cura física alguma.


Eles operam somente como agentes diversos os quais, de acordo com o temperamento de cada indivíduo, podem estimular a energia vital; mas é esta que cura a enfermidade.


Em caso de paralisia do braço, por ex., se a vontade ou a imaginação são estimuladas de forma contínua, a energia vital pode fluir repentinamente aos tecidos enfermos, restabelecendo a normalidade do braço.

A repetição das afirmações deveria realizar-se de forma firme e continuada, para que a força da vontade, da razão ou da emoção, possua a intensidade suficiente para estimular a energia vital inativa, recanalizando-a para as funções normais.


Jamais se deveria desprezar a importância dos esforços repetidos com uma profundidade cada vez maior.

Quando se planta uma árvore, o êxito depende de dois fatores: a potência da semente e as condições do terreno.


Da mesma forma, quando se trata de curar uma enfermidade, dois fatores são essenciais: o poder do terapeuta e a receptividade do paciente.

Eis aqui duas citações bíblicas que demonstram que tanto o poder do terapeuta como a fé do enfermo são necessários: "Logo Jesus, sentindo em si mesmo a virtude ( a força curativa) que havia saído dele....." "E ele lhe disse: Filha, tua fé te curou".

Os grandes homens dotados de realização divina e do poder de curar os outros, não curam as enfermidades de maneira acidental, mas sim aplicam um conhecimento preciso.


Compreendendo plenamente o controle da energia vital, eles projetam para o enfermo uma corrente estimulante, a qual, ao penetrar-lhe, é capaz de harmonizar o fluxo desta energia em seu organismo.


Durante o processo de cura, tais homens provam como as leis psicofísicas da Natureza operam nos tecidos do enfermo, restabelecendo a normalidade.

Pessoas dotadas de maior grau de realização espiritual também são capazes tanto de curar-se a si mesmas como a outros, dirigindo mentalmente o fluxo da energia vital, através da representação visual interna, até a região afetada.

O restabelecimento da saúde física, mental ou espiritual, pode produzir-se instantaneamente.


A escuridão produzida por um período de tempo em um determinado aposento, pode ser dissipada num instante, com o acender de uma luz mas não lutando por afugentar as trevas ou a escuridão.


Porém, ninguém pode predizer precisamente o momento da cura, de modo que nunca se deveria fixar um limite de tempo determinado para o acontecimento.


É a fé - e não o tempo - o que determinará a consumação da cura.


Os resultados dependerão do despertar correto da Energia Vital e do estado em que se encontrem as mentes consciente e subconsciente do indivíduo afetado.


A falta de fé paralisa a Energia Vital, criando obstáculos à obra perfeita deste médico divino, arquiteto do corpo e operário perfeito.

O esforço e a atenção são fundamentais para alcançar o grau de profundidade na fé, na vontade ou na imaginação, que impulsionarão automaticamente a energia vital a operar a cura.


Tanto a ansiedade como a expectativa com relação aos resultados debilitam a força da verdadeira fé.


Se o homem não emprega sua vontade e sua fé, a energia vital permanece adormecida, inoperante.

Se requer certo tempo para revivificar a força de uma vontade, de uma fé ou de uma imaginação debilitadas num paciente que sofre de uma enfermidade crônica, pois os pensamentos mórbidos encontram-se sutilmente gravados em suas células cerebrais.


Assim como o mau hábito da "consciência da enfermidade" necessita de um longo tempo para desenvolver-se, precisa-se também de um certo tempo para que o bom hábito da "consciência da saúde" se restabeleça.

Se afirmas, por ex.: "Sou saudável", mas simultaneamente pensas, no mais fundo da tua mente, que essa afirmação é irreal, o resultado será semelhante ao que se obteria ingerindo-se uma potente droga, tomando ao mesmo tempo outro fármaco que fosse oposto aos efeitos da primeira.


Igualmente ao uso de qualquer medicamento, quando se emprega o pensamento com o objetivo de obter uma cura, deve tomar-se a precaução de não neutralizar os pensamentos curativos mediante pensamentos negativos.


Para que um pensamento possa operar com êxito, deverá estar imbuído de uma força de vontade tal que seja capaz de resistir a oposição de pensamentos contrários.


Paramahansa Yogananda