quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Nego submeter-me ao medo... (Antroposofia)



Nego submeter-me ao medo,
Que tira a Alegria de minha Liberdade,
Que não me deixa arriscar nada,
Que me torna pequeno e mesquinho,
Que me amarra...
...Que não me deixa ser direto e franco,
Que me persegue,
Que ocupa negativamente a minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.


No entanto,
não quero levantar barricadas por medo do medo.


Eu quero viver, não quero encerrar-me.


Não quero ser amigável por medo de ser sincero.


Quero ser firme porque estou seguro.


E não porque encobri meu medo.


E quando me calo quero fazê-lo por amor.


E não por temer as conseqüências de minhas palavras.


Não quero acreditar em algo só por medo de acreditar.


Não quero filosofar
por medo de que algo possa atingir-me de perto.


Não quero dobrar-me
só porque tenho medo de não ser amável.


Não quero impor aos outros,
pelo medo de que possam impor a mim.


Por medo de errar não quero tornar-me inativo.


Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável,
por medo de não me sentir seguro no novo...


Por convicção e amor,
quero fazer o que faço
e deixar de fazer
o que deixo de fazer.


Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.


E quero muito crer no reino que existe em mim.




Rudolf Steiner