História do biomagnetismo
Na Grécia antiga o pastor de ovelhas Magnes, percebeu que os pregos de suas sandálias eram atraídas por uma rocha devido a alguma força desconhecida. Essa rocha passou a ser chamada como Magnes e hoje é conhecida como Magnetita. Magnes utilizou pedaços pequenos dessa rocha em suas sandálias de modo que caminha-se longas distâncias sem se cansar. Salgado[2007].
O professor Adilson de Oliveira do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos, “há evidências de que os chineses, há cerca de 3.500 anos, descobriram que uma agulha sobre um determinado tipo de material, quando deixado livre, sempre apontaria para uma direção particular” (a direção Norte-Sul), que hoje conhecemos por bússola. Manfrinato [2007].
Os povos antigos árabes, chineses, egípcios, usavam ímas para efeitos curativos. Geomânticos chineses registraram efeitos sutis sobre o campo magnético da terra sobre a saúde das pessoas, utilizando bússolas sensíveis para monitorar as condições geomagnéticas, no primeiro século depois de Cristo. O médico persa Ali Abbas usava o magnetismo para tratamento de “espasmos” e ”gota”. Gerber [2002].
Sabemos que na Segunda Guerra Mundial, pombos foram utilizados como mensageiros, por sua capacidade de voar acima das linhas dos campos magnéticos da terra; campo geomagnético e desse modo conseguir se orientar por elas de forma a retornar a seu local de partida. Mas além dos pombos, as borboletas, as abelhas, moscas, golfinhos, baleias e tartarugas também utilizam o campo geomagnético para se orientarem, criando uma nova área de estudo que a Magnetobiologia. Manfrinato [2007].
Biomagnetismo é a ciência que estuda os campos magnéticos gerados pelo nosso corpo. Não é um fenômeno que ocorre somente na natureza, também ocorre com os seres humanos. Salgado [2008].
Campos magnéticos no ser humano
Com o avanço das pesquisas possibilitou o estudo de como esses campos magnéticos são gerados no corpo humano.
O cérebro gera constantemente correntes elétricas. Alguns órgãos, como o estômago e o coração geram seu campo magnético através da contração.
O coração gera seu campo no momento de bombear o sangue para o corpo e o estômago no momento da digestão. A contração produz uma corrente que gera um campo magnético e esse fato é conhecido como a Lei de Ampére.
Os órgãos apresentam diferentes graus de magnetismo.
O coração, o baço e o fígado apresentam o paramagnetismo, que é um fato que ocorre constantemente em todo o nosso corpo.
Já o fígado como contém ferritina, quando ocorre o paramagnetismo os íons de ferro tende a se alinhar e reforçar o campo.
Temos substâncias diamagnéticas, ou seja, gera um campo magnético em oposição ao campo aplicado, repelindo-o e isso ocorre pela maior parte dos tecidos de nosso corpo que possui água em abundância. Temos também ferromagnetismo, ou seja, que se orientam na direção do campo aplicado, ou seja, é a atração dos matérias que contém ferro (dos íons de ferro na mesma direção). Manfrinato [2007].
O professor Oswaldo Baffa, da Universidade de São Paulo, campus Ribeirão Preto “As moléculas de hemoglobina do sangue têm átomos de ferro. Diversas enzimas possuem metais no seu centro ativo para fazer a catálise e, portanto, possuem ferro e manganês”. Assim sendo, o nosso corpo possui partículas magnéticas. Manfrinato [2007].
Temos mais de 23 elementos químicos em nosso corpo.
Sendo o Oxigênio faz parte da água e das moléculas orgânicas (carbono e hidrogênio), como também é necessário para a respiração celular, produz trifosfato de adenosina, substância rica em energia.
O Carbono é encontrado em toda molécula orgânica.
O Hidrogênio faz parte da água e de todas as moléculas orgânicas.
O Nitrogênio componente de proteínas e ácidos nucléicos.
O Potássio é o cátion mais abundante dentro da célula, é importante na condução de impulsos nervosos e na contração muscular. A falta ou excesso pode fazer o coração parar.
O Cobre é antioxidante, compõe diversas enzimas que ajudam na produção da energia celular, na formação de tecidoos conectivos e na produção de melanina.
O Flúor protege os dentes.
O Sódio controla o volume do sangue que circula no organismo, como também, para a condução de impulsos nervosos e contração muscular.
O Cálcio contribui para a rigidez dos ossos e dentes, necessário para a coagulação sanguínea e contração muscular.
O Manganês é antioxidante, ativa enzimas que metabolizam os carboidratos, aminoácidos e colesterol, como também na formação de cartilagem e ossos.
O Molibdênio auxilia em várias reações no organismo como no metabolismo de aminoácidos e toxinas, como também na formação de ácido úrico, sua eliminação é pela urina e bile.
O Selênio é antioxidante e participa da síntese de hormônios tireoidianos.
O Ferro é antioxidante, envolvido no transporte de oxigênio para a célula, transporte de elétrons para a energia e síntese de DNA.
O Zinco participa do metabolismo de aproximadamente cem enzimas é importante para o crescimento, a imunidade do organismo, na reprodução, na função neurológica.
O Fósforo fundamental para o desempenho celular, como produzir e estocar energia. Junto com o cálcio forma ossos e dentes.
O Cobalto compõe a vitamina B12, formadora das células vermelhas do sangue.
O Enxofre elimina metais pesados como mercúrio e o chumbo.
O Cromo potencializa a insulina, evitando o acúmulo de açúcar no sangue.
O Magnésio ajuda na produção de energia, síntese do DNA, RNA e proteínas e transporte de ferro para a membrana celular.
O Cloro neutraliza os fluídos.
O Iodo fundamental nos hormônios tireoidianos, que são responsáveis pelo crescimento, metabolismo, função reprodutiva.
O Alumínio, Boro, Estanho, Silício e Vanádio são encontrados em doses mínimas mas fundamentais para o equilíbrio do organismo.
Tecnologia
Hoje em dia temos: Eletrocardiograma que mede os impulsos elétricos do coração, o eletroencefalograma mede a corrente elétrica do cérebro. O SQUID (Dispositivo Supercondutor de Inferência Quântica) que mede o campo magnético em volta do corpo, ou, o coração do feto dentro da barriga da mãe, como também tem outras aplicações como medir de ondas gravitacionais e etc. Temos também, o Vegatest que foi desenvolvido na Alemanha e regulado em alta sensibilidade, utilizando pontos do EAV3, para determinar o mais apropriado medicamento homeopático, além de diagnosticar o nível energético dos órgãos. Manfrinato [2007].
Os fenômenos do corpo podem ser medidos por meio elétricos, mecânicos, térmicos e medicamentosos.
MUDRÁS
Mudrás são selos, gestos, é uma palavra sânscrita, derivada das raízes “mud” significa encanto e “rati” dar.
Os mudrás são utilizados para despertar e harmonizar a energia que circulam nos chakras.
"Hastas mudrás" são mudrás com as mãos.
Sendo que cada dedo tem sua representatividade, como também possuem terminações nervosas e são canais de energia.
Yogi Kumar é um senhor que ensina yoga e Mudrás de cura. Pratica mais de 20 Mudrás por dia e crê que pode curar qualquer doença por meio dos Mudrás. De acordo com Rajendar os Mudrás podem melhorar o corpo; proporcionar paz, como também alívio instantâneo de muitas doenças; pode curar indisposições de ouvido até ataque cardíaco. Menen [2007].
As mãos possuem uma linguagem universal.
Mãos que estendem em concha para pedir e se deslocam convexas para dar e que se fecha para guardar o que não pode ser revelado. Como também, “Dar uma mão” é prestar ajuda; “Estar em boas mãos” é entregar alguém a confiança de outrem; “Ficar na mão” é ser enganado; “Dar a mão a palmatória” é admitir que errou e o que é “Feito com mãos de mestre” é fazer com habilidade.
Bem as mãos são objetos da filosofia, da poesia, prosa. O orador romano Sêneca disse: “Uma mão lava a outra” ao se referir ao ato de solidariedade. As mãos transmitem imagens dramáticas, como também podem ser de “veludo” quando acariciam ou roubam, como podem ser de mártir quando suplicam por justiça. Podem “chorar” ou “rir”, como podem “amaldiçoar” como “abençoar’’ OastesA [1990]. A união das mãos como gesto de oração. Esse gesto foi reconhecido pelo Papa Nicolau I (857-867) como um gesto dos cristãos reconhecendo que são servos e prisioneiros do Senhor. A mão erguida como gesto de poder. Para Moisés, foi à abertura do Mar Vermelho. “E Tu, levanta o teu cajado, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. (Êxodo 14:16)” Bonwitt [1987].
Os Mudrás são utilizados no budismo tibetano e japonês, no tantrismo, na dança indiana e grega, no Hatha Yoga. Sendo no tantrismo ele está ligado ao ritual do corpo – mudrás, da palavra– mantra, do espírito - visualização, a invocação da imagem de deus ou da deusa para que a pessoa se torne uma divindade.
A dança indiana e a grega é um modo utilizado para a comunicação com os deuses. Os gregos utilizavam movimentos manuais para se expressar. Aristóteles dizia que a arte gestual era uma imitação dos tipos de ações humanas. Já segundo Bharata dizia que a dança é a imitação de estados interiores. Bonwitt [1987].
PRÁTICA DOS MUDRÁS
Os mudrás podem ser praticados a qualquer hora e a qualquer momento.
Se você é iniciante, o melhor é praticá-lo em um local em que se consiga concentrar com maior facilidade, ou seja, um lugar tranqüilo e arejado.
Acomode o corpo de forma confortável em uma cadeira ou assente - se no chão sobre uma almofada com as pernas cruzadas.
O importante é manter a coluna ereta, de modo confortável sem dor.
Não pratique quando estiver de estômago cheio, pois a energia de seu corpo-mente estará concentrada no abdômen.
Aguarde uma hora para iniciar a prática.
Se você é iniciante, o tempo para realizar um mudrá é de três minutos e ao menos duas vezes ao dia. Esses minutos são essenciais para se acostumar a concentrar, a direcionar o pensamento para o sentido do mudrá que esteja realizando e assim sentir a energia circulando em seu corpo.
Assim que conseguir evocar sua energia, aumente o tempo para onze minutos, e por fim pratique trinta minutos uma vez por dia.
A respiração é fundamental, respire lento e profundamente.
Ao inspirar, relaxe o abdômen e permita que o peito se expanda, ao expirar, esvazie o peito e contraia o estômago para esvaziar o ar da parte baixa dos pulmões.
Essa respiração o ajudará a relaxar, acalmar.
Alguns mudrás exigiram uma respiração curta e rápida.
Para as pessoas que possuem problemas cardíacos e pressão alta, devem executá-la com menos vigor e poucas vezes.
Se sentir que a mente está longe volte a se concentrar na respiração.
Quando estiver mais centrado você concentrar em um ponto entre as sobrancelhas, ou seja, no terceiro olho.
O olhar feche os olhos e olhe para dentro de você.
Você tem também a opção de manter os olhos semi-abertos ou olhar fixamente um ponto a sua frente na linha dos olhos.
Outra opção é concentrar-se no terceiro olho.
Faça o modo mais confortável para você.
Ativar a mente é outro ponto a ser considerado na prática nos mudrás.
Para realizá-la primeiro utilizaremos a visualização.
Por exemplo: o mudrá para a orientação.
Primeiramente temos que nos acalmar e nos concentrar. A sabedoria é um dom que temos e as soluções para os nossos problemas encontram-se dentro de nós. Então peça e receberá e visualize-se tranqüilo e sinta-se como se o problema estivesse solucionado, visualize uma luz branca e faça afirmações positivas, oração ou um mantra. Assim você ativará a mente em busca da sabedoria espiritual, a sua energia entra no Universo e a solução surgirá.
Chakras
Os chakras são centros energéticos, localizados ao longo da coluna vertebral e sua energia percorre nosso corpo sempre em sentido horário, influenciando na nossa saúde emocional, espiritual e física.
O primeiro chakra é o Muládhara , localizado na base da coluna, sua cor é vermelha e a glândula de atuação são as gônadas (ovários e testículos), representa a sobrevivência, determinação, coragem.
O segundo chakra é o Swadhisthána, localizado na área dos órgãos sexuais(na virilha e entre os ovários) sua glândula de atuação são as gônadas e sua cor é laranja.
O terceiro Manipúra localizado no umbigo (Ego) e suas glândulas de atuação são as glândulas supra-renais/pâncreas e sua cor amarela.
O quarto Anáhata, localizado no centro do tórax (Amor) e sua glândula de atuação é o timo e sua cor verde.
O Quinto Vishuddha, localizado no centro da garganta (verdade) e sua glândula de atuação é o tireóide / paratireóide e sua cor azul.
O Sexto Ajna, localizado entre as sobrancelhas (intuição) e sua glândula de atuação pituitáriae sua cor é a índigo.
O Sétimo Sahasrára, localizado no topo da cabeça e sua glândula de atuação é a pineal( Sabedoria Divina) e a sua cor é a violeta. Yoga [2007].
Mas Mesko [2000] informa que o segundo chakra que atua nas glândulas supra-renais, o sexto chakra atua na glândula pineal e o sétimo na glândula pituitária. As fontes informam divergências o que nos leva a crer que devemos levar em conta o bom senso.
Além dos setes chakras que são canais de energia, o Hatha Yoga pradipika cita 72 mil canais ou correntes elétricas chamadas de Nadis, que partem da nossa coluna para todo o corpo. Cada mudrá, ativa, direciona e libera a energia que flui por esses canais, estimulando os centros nervosos, os órgãos, músculos e glândulas.
As cores são utilizadas para energizar as partes do corpo. Visualizar as cores em todo o corpo ou direcionar ao chakra, determinada cor e local especifico, irá ativá-lo e alterando o seu estado de espírito.
O vermelho representa vitalidade, ligando – o a terra.
O laranja representa a criatividade, fortalece a sexualidade.
O amarelo representa energia.
O verde representa saúde.
O azul representa a tranqüilidade.
O índigo representa a intuição.
O violeta representa ligação com a Consciência Cósmica.
O branco representa pureza.
A cor é formada de sete faixas, cada faixa tem uma cor que está relacionadacom a cor dos chakras.
A aura é formada de vibrações eletromagnéticas, um elemento etéreo, imaterial que emana e envolve seres.
A aura nos mostra a leitura emocional do nosso corpo físico.
A fotografia Kirlian é um modo de leitura desse campo energético. Wikipédia [2008].
Os dedos possuem várias representações, a representação escolhida neste documento foi:
polegar – fogo,
indicador – ar,
médio – éter,
anular – terra,
mínimo – água.
Ao executar os mudrás, simplesmente sinta o seu corpo, seja um observador de si mesmo.
Fonte:
Ariane Luciano Paulino
Padmi Núcleo de Yoga