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sexta-feira, 5 de outubro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Evangelho dos Essênios
Pois é Ela a doadora da vida
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás
Saibas que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela
Borbulha nos riachos das montanhas
Flui abundantemente nos rios das planícies
Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta
Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra
Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra
Ela está em ti e tu estás Nela
Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente
Segue portanto as suas leis
Pois teu alento é o alento Dela
Teu sangue, o sangue Dela
Teus ossos, os ossos Dela
Tua carne, a carne Dela
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também
Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra
Não morrerá jamais
Conhece esta paz na tua mente
Deseja esta paz ao teu coração
Realiza esta paz com o teu corpo.
Evangelho dos Essênios
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Mãe Terra e Pai Céu
Tire todos os pensamentos de sua mente
e deixe-me levá-lo
A tempos atrás
para a terra de meu povo
e o Universo da Vida
Nada é mais poderoso que a Terra e o Céu,
Nesse momento,
entre,
feche os olhos , e
Deixe seu corpo flutuar através do fluxo do oceano
E sua mente viajar através de águas desconhecidas
É o começo...
O Criador da Terra criou as estrelas
Ele pegou água e esguichou até o Céu
Mas, na primeira noite
Suas estrelas não tinham a luz suficiente
Então,
ele pegou um cristal de quartzo e quebrou,
E o arremessou em minúsculas peças até acima do Céu
Para misturar com a água e as estrelas
e desde então, houve luz suficiente.
Nosso povo passou a chamá-los Pai Céu e Mãe Terra
Desde o começo
Mãe Terra e Pai Céu foram sempre se mudando
Como fumaça ao vento,
eles poderiam se manifestar em qualquer forma no futuro.
Eles mudavam a si próprios,
Até o homem e a mulher
Na beira de cada mundo...
campos,
plataformas de montanhas
separavam campos de outros campos
E Mãe Terra declarou:
Devo ser um lar para as minhas pequeninas crianças.
Através de meu peito eles devem se alimentar.
Nuvens brancas devem flutuar sobre estas Grandes Águas
e ao redor do mundo.
As nuvens devem estar firmes
e repartidas pelo frio do Pai Céu,
Vertendo para baixo em jatos de chuva A Água da Vida,
até todos os lugares.
Espécies humanas e criaturas estarão aconchegadas do frio.
Ao entardecer as árvores nas altas montanhas,
Próximas as nuvens e Pai Céu,
Abaixam em direção a Mãe Terra para calor e proteção.
Calor é mãe Terra
Frio é Pai Céu
Alinhado como a mulher que é quente,
E o homem que é o frio
Estações chegariam
e viriam distintas e diferentes como seus nomes:
Primavera, Verão, Outono, Inverno.
As estações se articulam
e formam o círculo da vida
para o nosso povo acompanhar,
Tudo o que os nativos americanos fazem é num círculo
É porque o poder do mundo sempre trabalha em círculos.
Assim,
enquanto o arco sagrado não quebra o povo floresce,
No interior da floresta quando a noite está negra,
Enquanto a Terra descansa,
a coruja permanece em guarda,
Seus olhos incandescentes empoleiram-se ao alto
mostrando a silhueta da Lua e caçando as estrelas.
A Estrela da manhã está de pé.
O cheiro de doces trevos vestem-nos.
A floresta surge viva.
Saboreia-me...
Eu sou o Vento .
Veja-me...
Eu sou o Urso que fica no Oeste.
Toque-me...
Eu sou o cinzento e magro Alce
Dançando na floresta.
O rio é a vida
suas águas geladas espirram espumas de água
através das montanhas em direção à superfície.
O arco-íris vislumbra no nevoeiro
que vem apagando as águas cristalinas.
O que é a vida?
Ela é o clarão dos vaga-lumes na noite,
É a respiração do búfalo no tempo do inverno.
O que é a morte?
É um inexorável bater do Sol ,
Formando raios...
Queimando abaixo o solo do deserto.
Você é chuva...
E você pode trazer fertilidade...
Ou pode trazer destruição,
Você pode fazer com que o Arco-Íris
venha com toda a sua gloria esplendorosa
com suas cores vívidas e coloridas
Você sente facilidade para tocar...
Sim, você é a chuva...
Você traz a vida para plantas e flores,
para as cachoeiras sem fim,
Rios, correntezas que fluem...
Você é chuva.
O rio corre para o mar.
O movimento do Oceano
é como o coração batendo de vida
E profundamente abaixo é o silencio do Universo,
Dentro de nós mesmos.
Nós somos parte de todo o universo.
O centro do Oceano é como nossa consciência profunda,
E o arrebentar das ondas são nossos pensamentos,
Chegando de fora para o nosso interior profundo.
Vida do Oceano trazendo vida para as Terras.
Grandes nuvens de águias,
levantem-me com seus ventos.
Tragam-me para a entrada da Terra.
Senhor do Céu,
que voa próximo ao Grande Espírito,
Deixe-me ver onde você me leva...
Deixe-nos vivos na casa da harmonia,
Que através de minha cabeça possa ser feliz.
Que por meus pés possa ser feliz.
Que onde que eu esteja possa ser feliz.
Que tudo ao meu redor possa ser feliz.
Eu sou belo e lindo!
Tudo é beleza à minha volta!
Salve Mãe Terra e Pai Céu!
Ahee hee!
sábado, 21 de julho de 2012
A Flor de Lótus e sua simbologia
No oriente, a Flor de Lótus significa pureza espiritual. O lótus (padma), também conhecido como lótus-egípcio, lótus-sagrado ou lótus-da-índia, é uma planta aquática que floresce sobre a água.
No simbolismo budista, o significado mais importante da flor de lótus é pureza do corpo e alma. A água lodosa que acolhe a planta no local em que ela nasce é associada ao apego e aos desejos carnais, e a flor imaculada que desabrocha sobre a água em busca de luz é a promessa de pureza e elevação espiritual.
É simbolicamente associada à figura de Buda e aos seus ensinamentos e, por isso, são flores sagradas para os povos do oriente. Diz a lenda que quando o menino Buda deu os primeiros passos, em todos os lugares que pisou, flores de lótus desabrocharam.
Nas religiões asiáticas, a maior parte das divindades costumam surgir sentadas sobre uma flor de lótus durante o ato de meditação.
Na literatura clássica de muitas culturas asiáticas, a flor de lótus simboliza elegância, beleza, perfeição, pureza e graça, sendo frequentemente associada aos atributos femininos ideais.
É uma flor que pode representar sabedoria, conhecimento, pureza, amor e outros sentimentos ligados ao coração.
Na ioga, a posição de Lótus (Padmásana) é a postura tradicional de meditação, em que a pessoa sentada entrelaça as pernas e pousa as mãos sobre os joelhos.
domingo, 1 de julho de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
Declaração Universal dos Direitos da Água
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos da Água, ela é a seiva do nosso Planeta e condição essencial da vida na Terra.
Confira os artigos:
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Fonte:
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A Senhora do Mar
“...Sou a estrela que surge do mar, o mar do crepúsculo,
Trago aos homens os sonhos que regem os seus destinos
Trago as marés do sonho às almas dos homens
As marés que fluem e refluem e tornam a fluir,
As silenciosas marés íntimas que governam os homens;
Elas são o meu segredo e pertencem a mim...”
A sacerdotisa do mar - Dion Fortune
O mar engloba as misteriosas origens da vida, que, após inúmeras transmutações e percursos, para ele volta no final do seu ciclo. Desde o instante em que nascemos do líquido salgado do ventre materno, até quando os nossos pulmões se preenchem com os fluidos corporais no momento da morte, somos um receptáculo para o caminho da água, o nosso mais precioso e sagrado presente. Desde a antiguidade o mar simbolizou vida, magia e mistério, sendo o berço da própria vida, pois ele existiu desde o começo dos tempos, antes que a terra fosse formada. Em muitas culturas a primeira imagem do mundo era de um oceano, ilimitado, indefinido e eterno, pleno de energias que podiam criar as variadas formas da vida. O primeiro estágio do mundo era descrito como uma massa aquática inerte, da qual emergiram a Terra, o céu e todos os seres. O mar primordial, informe, escuro e silencioso representava um modelo para o caos, que existia antes da criação e uma metáfora para o líquido amniótico que sustentava a vida.
Os povos antigos respeitavam o mar como uma força criadora e nutridora, mas também temiam o seu poder destruidor. O mar detinha segredos e mistérios, suas profundezas ocultavam seres sobrenaturais - benéficos ou não - e divindades que moravam em palácios repletos de riquezas e tesouros. As lendas sobre os tesouros enterrados no fundo do mar na realidade são as reminiscências das antigas lendas sobre as divindades que governavam a fertilidade representada pela riqueza da fauna e flora aquáticas.
A Deusa se manifesta em todos os elementos, Ela é a Mãe Terra, o Sopro da Inspiração, a Senhora das Chamas, mas o elemento em que A encontramos mais facilmente é a água, pois assim Ela está presente em todos nós. A vida começou no mar e o nosso corpo guarda esta lembrança no líquido amniótico, nas lágrimas, no sangue, nas células e nos fluidos corporais. Nossos ventres e nossas emoções respondem ao chamado das marés e da Lua e retornaremos ao ventre primordial seguindo o eterno fluir do tempo, do seu inicio até o fim. A Grande Deusa é a quintessência fluida formada das águas, as celestes e as subterrâneas (onde pertencem os córregos, riachos, rios, cachoeiras, fontes, lagos, mares), em cujo ventre a vida se formou como se fosse um peixe.
A Mãe do Mar aparece de várias formas, às vezes Ela é escura e profunda como o vazio primordial onde a vida apareceu primeiramente. Outras vezes Ela brinca e ri com as ondas na areia, brilha com a luz do Sol ou da Lua ou se enfurece e rodopia com o rugido da tempestade. A sua presença foi louvada e honrada em inúmeras canções e poemas, apareceu em mitos, histórias, contos e lendas em vários lugares do mundo. Dion Fortune - escritora, ocultista e sacerdotisa da Deusa - vê o mar como “origem de todos os seres, a vida nela aparecendo como uma onda silenciosa que segue seu rumo e volta para recolhê-la no final.”
Ao longo dos milênios a Mãe do Mar recebeu muitos nomes e representações, Ela era a Grande Deusa cujas marés seguiam as fases da Lua e que foi vista como Tiamat, o dragão das profundezas, Atargatis e Derceto, deusas sírias com caudas de peixe e regentes da fertilidade, equivalentes das deusas venusianas Astarte e Ishtar, Ísis e Maria adoradas como Stella Maris, a Estrela do Mar ou Iemanjá, a nossa Mãe das águas.
A Mãe do Mar como “Senhora dos peixes” tem uma origem muito antiga, foram encontradas esculturas de uma deusa–peixe datadas de 6000 a.C. no sitio arqueológico de Lepenski Vir na antiga Iugoslávia, indicando um culto exclusivo de moças, que nos períodos de seca ou enchente se ofertavam à Deusa - deixando-se levar pelos redemoinhos do rio Danúbio - para implorar Sua benevolência.
Na Grécia existiam antigos cultos da Senhora da navegação e da Mãe das criaturas marinhas que tinham vários altares. A Mãe do mar é um emblema universal do nascimento e renascimento, reproduzido nas religiões patriarcais de maneira oculta e simbólica pelo batismo e a pia batismal. O peixe é totem da Deusa Mãe e aparece como sua montaria ou emblema, estilizado como yoni, símbolo do órgão sexual feminino, uma imagem central do ventre nos mitos de fertilidade e renascimento, adotado depois como símbolo cristão (por ter sido considerado Cristo o pescador das almas).
No mito babilônio da criação o primeiro ser foi Tiamat, Mãe de todos os deuses e detentora das tábuas dos destinos, que se apresentava como uma grande serpente – ou dragão- e regia as águas salgadas dos mares. Fecundada pelas águas doces pertencendo ao seu amado Apsu, do seu imenso ventre nasceram todas as formas de vida, perfeitas e monstruosas, até que no final nasceram os deuses. Após um tempo, os filhos divinos se revoltaram contra seus pais, mataram Apsu e o primogênito Marduk despedaçou Tiamat, criando das metades do seu corpo o céu, a Terra e todas as águas.
Mari significava mar e ventre na tradição suméria, Afrodite Mari era conhecida como a Mãe de todos, nascida do mar e Criadora da essência da água. Como Afrodite, Pandemos é representada cavalgando um golfinho e foi reverenciada na Síria como Atargatis.
A Mãe primordial grega era Rhea, que separou os elementos sólidos e líquidos do abismo primordial e criou assim a Terra e o mar. Tetis, descrita como a Grande Rainha grega do oceano, filha de Gaia e Urano, chamada de Mare Nostrum pelos romanos, era mãe de 6000 filhos, suas 3000 filhas sendo as Ocêanides. Depois da revolta e vitória dos deuses olímpicos sobre as divindades pré-helênicas, a regência do mar foi conferida a Posêidon. Para poder governar ele teve que casar-se com a regente ancestral do mar, a deusa Anfitrite, que continuou governando as profundezas do mar, enquanto Posêidon dirigia sua carruagem na superfície das ondas, acompanhado pelas ninfas marinhas, as Nereidas. Na mitologia celta a deusa Fand também regia as profundezas do mar, enquanto seu marido Manannan Mac Lyr navegava na superfície. O casal de gigantes nórdicos Ran e Aegir era temido pelos navegantes, que lhes pediam proteção fazendo oferendas e orações, para evitar que as tempestades levassem seus barcos para as moradas divinas do fundo do mar. Suas filhas, as Donzelas das Ondas em número de nove eram as mães do deus Heimdall, o guardião de Bifrost, a ponte do arco-íris da mitologia nórdica. Temu era o nome egípcio do vazio uterino cósmico e primordial, do qual foram criadas as divindades e os mundos.
Na China existe a lenda de uma moça - Lin Mo Ning - cujas qualidades extraordinárias de devoção a Kwan Yin, a sua bondade e as curas milagrosas por ela realizadas lhe permitiram a iluminação e ascensão. Aos 28 anos ela foi elevada para o céu em uma nuvem dourada e se transformou em um arco-íris, equivalente chinês do dragão e símbolo de cura e boa sorte. Ela foi deificada e tornou-se Mat-su ou Mazu, a deusa do mar reverenciada até hoje em inúmeros templos a Ela dedicados, como protetora dos barcos nas tempestades e das pessoas nas inundações.
O mito de Sedna, deusa do mar dos inuits - Senhora dos animais marinhos, Doadora da fertilidade - retrata a trajetória mítica de uma jovem mortal passando por decepções afetivas e filiais. Ao ser sacrificada pelo seu pai (para ele se salvar) representa o caos seguido pela abundância, pois ao mergulhar nas profundezas do mar, a jovem Sedna se transformou na mãe arquetípica fornecedora do alimento para o seu povo.
Na África a regência do mar é dividida entre Olokun (que aparece ora como orixá masculino, ora como feminino) e Yemayá ou Iemanjá, também honrada como Iyá Mo Ayé, a Mãe dos mundos, Criadora do céu e do mar. Originariamente Iemanjá era divindade das águas doces, regente do rio Ogum, associada à fertilidade das mulheres, maternidade, criação do mundo e continuidade da vida. Por ser regente do plantio e colheita (dos inhames) e da pesca, seu nome ficou Yeyé Omo Ejá, a “Mãe dos filhos peixes”. Nas representações míticas e nas várias imagens seus poderes - gerador e nutridor - são revelados pelos seios fartos e as ancas largas. Nos mitos Ela aparece como uma Grande Mãe, protetora das cabeças dos mortais, generosa nas suas dádivas e representando os diversos papéis da mulher: mãe, filha, esposa, irmã.
Na transposição para o Brasil foi transferido para Iemanjá a regência do mar, que na África pertencia a seu pai ou mãe, Olokun, pois segundo conta uma lenda “ as lágrimas derramadas pelos escravos na travessia do oceano salgaram as águas doces de Iemanjá”. Mas mesmo considerada orixá do mar, Iemanjá continua sendo saudada no Candomblé como Odo Iyá, Mãe do rio, da qual sua filha Oxum herdou o domínio das águas doces. Outro aspecto de Iemanjá no Brasil é relacionado à sua denominação deRainha do mar, que a associa à figura da sereia, de origem africana (as três sereias de Angola: do mar, do rio e da lagoa) e europeia (dos mitos gregos, celtas, e nórdicos). Como divindade marinha Iemanjá tem um papel duplo: de mãe que controla as marés e propicia a pesca, e também de sereia sedutora e sensual que atrai o pescador ou o navegante para as profundezas do mar.
Concebida popularmente como a Mãe propiciadora de saúde, prosperidade e boa sorte, além de garantir sanidade, equilíbrio e clareza mental como “dona das cabeças”, Iemanjá aos poucos foi perdendo seus atributos originais de divindade guerreira e mulher sensual dos mitos africanos e foi sendo ampliado o seu papel de deusa mãe. À medida do fortalecimento do seu papel materno, Iemanjá foi sendo aproximada da figura de Nossa Senhora com quem Ela é sincretizada em Cuba e Brasil e suas festas comemoradas de acordo com o calendário católico (como Nossa Senhora das Candeias na Bahia, do Carmo no Recife, dos Navegantes no Rio Grande do Sul, da Conceição em São Paulo). Aos poucos Ela foi assumindo novos aspectos iconográficos trocando seus traços africanos por características europeias e sendo retratada como uma mulher branca, com longos cabelos negros e lisos, de vestido azul com cauda, caminhando sobre as ondas do mar, espalhando rosas brancas e usando uma tiara em forma de estrela, aparecendo assim como a própria Stella Maris. Na Umbanda foi atribuída à Iemanjá a chefia de falanges de “caboclos e caboclas do mar”; associada a diferentes Mães d’Água indígenas foi sendo chamada de Iara, a Mãe d’Água ou Senhora Janaina. Seus atributos de sedução e sensualidade foram transferidos para uma entidade complexa e controvertida - Pomba Gira - e realçados apenas os atributos maternos e protetores. Na Santeria cubana Iemanjá é sincretizada com La Virgem dela Regla e retratada como uma Madona Negra, protetora dos navegantes.
A crescente participação da população nas Suas festas nas praias brasileiras - principalmente nos dias 31 de janeiro e dois de fevereiro - tornou Iemanjá o orixá mais popular e reverenciado no Brasil, não somente pelos adeptos de Candomblé e Umbanda, mas pela sociedade como um todo.
Transcendendo as tradições afro-caribenhas que deram origem aos cultos modernos, Iemanjá é cultuada atualmente pelos círculos sagrados femininos, os adeptos dos grupos da tradição Wicca e neo-pagãos, nos Estados Unidos e no Brasil, como uma Deusa Mãe. Apesar das suas modificações ao longo do tempo e espaço, os atributos de amor e nutrição que Iemanjá traz para seus adeptos são prova do seu poder milenar como protetora das crianças, mulheres e famílias. Enquanto Olokum detém os poderes de destruição subindo enfurecida das profundezas do mar, Iemanjá rege em contrapartida a superfície e a calmaria. A suavidade da filha pode acalmar a fúria da mãe, pois ambas representam os ciclos de mudança: dar a vida, proteger, abrigar, nutrir, transformar ou dar-lhe o fim. Com a ajuda de Iemanjá podemos superar as marés e mudanças na nossa vida e buscar a tranqüilidade mesmo no meio da tempestade.
Os mitos da Mãe do Mar refletem o mundo natural ao nosso redor e principalmente o poder do oceano, que inspira respeito e medo pela sua força destruidora como vemos nostsunamis, tufões e maremotos. A mutabilidade do mar nos ensina como buscar o equilíbrio e a conciliação dos opostos na nossa própria natureza, alternando a ação e a quietude, a aceitação da dor e da alegria, as fases de tumulto ou de estagnação.
Ao longo dos séculos os seres humanos lidaram com os desafios do mar e por isso o reverenciavam por saberem que estavam à mercê das suas forças. Mas agora, pela primeira vez na história da humanidade, os homens têm o poder de envenenar as suas águas, de matar sem discernimento ou necessidade os seres vivos que nele habitam. Para continuarmos a receber as bênçãos e dádivas da Mãe do Mar precisamos nos envolver em alguma atividade ecológica para impedir a destruição dos recifes de corais, a extinção das espécies marinhas, a poluição pelos resíduos industriais e domésticos. Precisamos honrar a Mãe do Mar e lhe pedir compaixão e generosidade para o nosso renascimento, nos elevando da cobiça, violência, falta de respeito e compaixão com os outros seres para a harmonia, o convívio pacifico e a serenidade, exterior e interior.
“Devemos nos lembrar de que o nosso espírito nos leva de volta para a água, pois ele flui no pulsar do rio e retorna para o mar onde a vida começou. Nossas almas são pesadas com tanta dor e decepção e difíceis de carregar, mas nós pediremos ao rio levar nosso peso para o mar e oraremos ao mar lavar e renovar os nossos espíritos. Nossas lágrimas de dor e tristeza lavam nossas almas e nos libertam de tudo o que nos atordoa, removendo as marcas de sofrimento. Levantemo-nos radiantes e sigamos em paz, pois o nosso espírito foi lavado pelas ondas do mar e por elas renovado”.
Adaptado do “Book of Daily Prayer for Today’s Changeable World”
Mirella Faur
Fonte:
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
...somos heróis...
quando enfrentamos
uma tremenda transformação,
tanto psicológica, quanto física,
deixando a condição de criaturas aquáticas,
vivendo no fluido amniótico,
para assumirmos,
daí por diante,
a condição de mamíferos
que respiram o oxigênio do ar
e, que, mais tarde,
precisarão erguer-se
sobre os próprios pés."
Otto Rank
segunda-feira, 25 de julho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
Home / Documentário
Sensacional documentário alemão: HOME,
com áudio em inglês (tempo: 1 hora e 33 min).
Clique abaixo para assistir:
Clique em Documentários à direita em marcadores deste blog
e assita também: I Am por Tom Shadyac,
One: The Movie, O Silêncio das Abelhas, e outros.
sábado, 2 de abril de 2011
Agricultura Biodinâmica / A arte de cuidar da Terra
Uma compreensão profunda das leis da vida, adquirida através de uma abordagem qualitativa e global da Natureza é a base da agricultura biodinâmica.
Ela abre novas vias para que o Homem se reconcilie com a Natureza e cumpra a sua missão de mediador entre o céu e a terra.
A agricultura biodinâmica foi fundada na Alemanha, em 1924, por Rudolf Steiner. Em resposta a um grupo de agricultores, que lhe solicitaram orientações para resolver os problemas de degradação ambiental decorrentes das práticas agrícolas, Steiner criou então o “curso aos agricultores”. As conferências que o integraram estão reunidas num livro que constitui os fundamentos da biodinâmica.
A abordagem proposta por Steiner baseia-se numa compreensão profunda das leis que regem o que é vivo, tendo por pano de fundo “a fecundação das forças terrestres pelas forças cósmicas”.
Esta ciência agrícola não é um simples método ou um conjunto de receitas; é antes um caminho, uma arte de cuidar da terra, onde cada agricultor ou jardineiro precisa de desenvolver uma percepção e sensibilidade abrangentes. Através delas, pode adaptar a prática agrícola às condições concretas de cada região e entender o que se passa na sua quinta ou jardim.
Segundo a concepção biodinâmica, a Natureza está de tal modo degradada pelo Homem que já não é capaz de se regenerar por si mesma. Hoje, é necessário que o mesmo Homem exerça uma ação terapêutica para incrementar a vitalidade e a saúde do solo, das plantas e dos animais. Esta ação é essencial para se produzir alimentos saudáveis e melhorar a qualidade do ambiente.
Em Sintonia com o Universo
Na perspectiva biodinâmica, o Homem tem uma missão a cumprir na terra: trazer a ordem do Universo à matéria virgem, espiritualizando-a.
Para isso, deve procurar entender a dinâmica da vida e equilibrar as duas categorias de forças que atuam nos seres vivos: as forças da luz e as forças da terra.
Assim, o agricultor biodinâmico coopera com as diferentes formas de vida, criando relações com todos os reinos da Natureza, e promove a canalização e concentração de energias para transformar a matéria.
A ideia subjacente é a de que “o Céu faz nascer, a Terra alimenta e o Homem afina”.
As quintas biodinâmicas funcionam como antenas que captam a energia cósmica e impregnam a matéria com essa informação. Como resultado, o agro-sistema é vivificado e são produzidos alimentos que, pelas suas qualidades, ajudam o homem a sintonizar-se com a sua natureza espiritual.
Na prática, a agricultura biodinâmica partilha alguns aspectos com a agricultura biológica.
As unidades produtivas têm uma elevada diversidade biológica, o que minimiza o desenvolvimento de pragas e doenças. São usadas a rotação e a consociação de culturas, bem como a fertilização orgânica e é totalmente rejeitado o uso de agro-químicos. No entanto, a biodinâmica toma em consideração outros aspectos para além dos meramente materiais.
O que a distingue são três elementos fundamentais: o uso de preparados biodinâmicos para tratar o solo e as plantas, o composto usado como fertilizante e a utilização de um calendário astrológico na escolha dos momentos para realizar as actividades agrícolas.
Religar a Terra ao Céu
Este calendário, desenvolvido por Maria Thun, indica, para os dias de cada ano, as atividades que devem e não devem ser realizadas, de acordo com as energias cósmicas que chegam à Terra (interpretadas à luz de conhecimentos astrológicos).
Através dele, o agricultor sabe quais são os momentos favoráveis para impregnar o solo e as plantas com as qualidades que os vivificam.
Por exemplo, ao lavrar um solo num momento favorável a esta prática, ele concentra energias que promovem a vida microbiana e a microfauna que nele vivem - e são fundamentais à sua fertilidade.
As constelações zodiacais simbolizam (ou informam sobre) as forças formadoras que atuam na Terra. O calendário leva em linha de conta não apenas os signos em que os planetas transitam mas também os ângulos que estes formam entre si, tomando a Terra como referencial. São ainda considerados os movimentos ascendentes e descendentes do Sol e da Lua (relativamente à altura máxima face ao horizonte terrestre), pois a eles está ligada a actividade dos elementais.
As três atividades agrícolas mais fortemente influenciadas pela energia que chega do céu, e que, portanto, devem seguir mais de perto as indicações do calendário são: as lavouras, as sementeiras, e a dinamização e aplicação do preparado 501, que regula a assimilação da luz por parte da clorofila.
Nas palavras de Xavier Florin, engenheiro agrónomo do Mouvement de Culture Bio-Dynamique (Confederação das Associações de Biodinâmica Francesas), “o calendário ajuda a pôr-nos novamente em contacto com o cosmos”. Porém, não basta seguir as indicações nele contidas para promover esta ligação: um sistema agrícola convencional (onde a fertilização é química e se utilizam pesticidas e herbicidas) praticamente não reage à utilização do calendário.
O organismo agrícola
Para que uma unidade agrícola possa responder às influências cósmicas, é necessário que nela se cultive segundo o método biodinâmico já há algum tempo, dado que este permite reduzir a poluição (que está na base da não resposta face às forças da luz). Aliás, quanto maior for o número de anos de cultura biodinâmica, maior é essa resposta.
Ao contrário da agricultura convencional, o método biodinâmico não tem por objetivo a maximização das produções no curto prazo.
No centro do seu interesse está a vida.
Toda a prática converge no sentido da busca da saúde, da beleza (como resultado da harmonia) e da perenidade.
Assim, as quintas biodinâmicas são concebidas como um organismo vivo, onde as suas componentes mineral, vegetal e animal estão em equilíbrio.
Enquanto que na agricultura biológica pode haver uma unidade que apenas produz vegetais, numa quinta biodinâmica há sempre uma grande diversidade de animais, em relação de equilíbrio com as produções vegetais.
Essa diversidade também é procurada relativamente às plantas, incluindo-se muitas que não se destinam à produção agrícola.
Cada planta tem uma relação com o céu e nela há influências planetárias dominantes. Por isso, a escolha das plantas e da sua disposição espacial numa quinta tem em conta estas influências, para criar harmonia e equilíbrio de forças. É respeitada também a simpatia e a antipatia que existe entre plantas vizinhas para que se desenvolvam melhor.
O solo de uma quinta biodinâmica é considerado um órgão vivo do sistema e não um mero suporte para as culturas. A própria fertilização, mais do que alimentar quantitativamente as plantas, visa manter e estimular a vitalidade do solo. É por isso que é dada uma tão grande importância ao processo de compostagem, com vista a integrar os minerais em formas vivas e utilizáveis pelas plantas. Para guiar o processo de maturação do composto são usadas preparações feitas a partir de aquilea milfolhas, camomila, urtiga, casca de carvalho, dente de leão e valeriana.
Procurando minimizar os danos à estrutura do solo, as lavras são superficiais e em número reduzido. O solo é modelado em micro-relevos (faixas sobrelevadas de 60 ou 120 centímetros de largura) para promover um maior arejamento e, portanto, uma maior interpenetração das forças terrestres e da água com as energias cósmicas. Para além das vantagens ao nível de uma maior estruturação do solo e do incremento da infiltração e retenção da água, o cultivo em montículos estimula o desenvolvimento radicular profundo, tornando as plantas menos frágeis face às variações externas.
A semelhança das chamadas medicinas alternativas, a biodinâmica considera que os parasitas surgem em plantas doentes. As plantas atraem-nos para corrigir o dano que existe na sua força vital. Por isso, a atenção do agricultor centra-se nas causas desse dano. Entretanto, são muitos os truques usados para proteger as culturas de pragas e doenças. Usam-se plantas que atraem os pulgões, para que estes não ataquem as árvores de fruto. Planta-se eufórbia para afastar as toupeiras. Dispõem-se algas marinhas calcáreas sobre o solo para afastar as lesmas. Coloca-se rede sobre as culturas para as proteger dos pássaros.
Ação terapêutica
Os desequilíbrios ao nível da força vital das plantas são corrigidos com a aplicação de preparados biodinâmicos, feitos a partir de plantas, minerais e estrume de vaca, e administrados como se de medicamentos se tratassem.
Para além das preparações usadas no composto (da 502 à 507), utiliza-se uma preparação sobre o solo (a 500), antes de este receber as sementeiras ou plantações, a fim de incrementar a vida microbiana, essencial à absorção de minerais por parte das plantas. A aplicação deste preparado, feito a partir de estrume de vaca, estimula o desenvolvimento das raízes.
Sobre as plantas utiliza-se o preparado 501. Consiste em cristais de quartzo moídos, que foram enterrados no solo, da Páscoa ao Outono, dentro de um corno de vaca. Este preparado intervém ao nível da maturação e frutificação, tendo uma ação determinante nos processos ligados à formação do gosto, do aroma e da coloração dos frutos.
Os preparados 500 e 501 são dinamizados antes da aplicação. Após diluição numa grande quantidade de água, submetem-se a uma agitação rítmica, feita manualmente, durante uma hora. Esta prática permite estabelecer uma ponte com alguns dos princípios da homeopatia.
As preparações biodinâmicas chamam as forças necessárias às plantas e ao solo, quando aplicadas no momento cósmico favorável. Não atuam como adubos químicos, que restituem uma substância em falta, nem combatem os sintomas; agem estimulando o organismo vivo no seu meio natural, levando-o a um estado ótimo, de sanidade.
Qualidade versus Quantidade
Devido a esse fato, a utilização de preparados biodinâmicos não tem relação direta com a produtividade das culturas agrícolas.
Os estudos científicos realizados desde os anos 50, comparando os efeitos dos métodos convencionais, biológicos e biodinâmicos, mostraram que em solos naturalmente ricos os preparados tendem a baixar o rendimento das culturas. Pelo contrário, em solos pobres, conduzem a produções mais abundantes do que os dois outros métodos agrícolas.
A explicação destes resultados reside no efeito de harmonizar e compensar os desequilíbrios devidos ao solo, clima ou outros fatores externos. Se uma cultura tende a produzir demasiadas substâncias por um crescimento desmesurado, os preparados baixam um pouco o rendimento em favor da qualidade.
Apesar dos inequívocos benefícios ambientais decorrentes da prática da biodinâmica, é neste ponto - a qualidade dos alimentos - que reside a maior distinção entre os três métodos agrícolas.
Ao falar-se aqui de qualidade nutritiva, alude-se não apenas ao aumento do teor de certas substâncias essenciais, como as vitaminas, mas também ao incremento de uma certa forma de vitalidade.
Recorrendo a métodos qualitativos, que permitem uma abordagem global, pode testar-se esta qualidade supra-material. As cristalizações sensíveis de cloreto de cobre, desenvolvidas por Ehrenfried Pfeiffer, permitem objectivar e verificar essa vitalidade, ou seja, a vida na matéria. Uma solução do produto a ser testado e cloreto de cobre é cristalizada sobre uma placa de vidro, resultando uma imagem que traduz a qualidade do produto.
É curioso comparar-se, por exemplo, as cristalizações sensíveis de uma amostra de leite biodinâmico cru e do mesmo leite após ter sido submetido a 2 minutos de fervura. O padrão de cristalização encontrado no primeiro é meramente residual no segundo, apesar de quimicamente o produto se manter inalterado.
São usados ainda outros métodos qualitativos, como a morfocromotografia ou as gotas sensíveis (que não cabe aqui descrever) para testar objetivamente a qualidade sutil dos produtos. Estes testes têm revelado que a agricultura biológica traz um acréscimo de vitalidade (forças de crescimento) aos alimentos, enquanto que o contributo da biodinâmica se traduz numa estruturação mais equilibrada (forças de organização).
Costuma dizer-se que “somos aquilo que comemos”. Não será de estranhar, então, que vários autores refiram que comer alimentos biodinâmicos facilita uma ligação mais consciente com o universo.
Peter Kunz afirma que “Todas as percepções estimulam processos interiores no ser humano, vivificam ou perturbam parcialmente órgãos específicos e influenciam o nosso estado geral”. Reforçando a qualidade sensorial dos alimentos, permite-se aos seres humanos reencontrar as suas forças formativas.
Neste momento, em que o ser humano mergulhou profundamente na materialidade, e a poluição cria um ambiente de “excesso de forças da terra”, a biodinâmica parece ser um caminho certo para nos ajudar a evoluir no sentido de uma maior espiritualização.
Cristina Nogueira Baptista
Fonte
biosofia net
quinta-feira, 31 de março de 2011
Vibração de AMOR pela ÁGUA por Masaru Emoto
ORAÇÃO de AMOR e GRATIDÃO para a ÁGUA
Será que realmente não existe nada para fazer?
Eu acho que existe.
Durante mais de vinte anos de pesquisa e tecnologia de medição HADO fotografando águas cristalinas, tenho testemunhado que a água pode tornar-se positiva quando recebe a vibração pura da Oração humana, não importa o quão longe ela está.
A fórmula de Albert Einstein, E = MC2 significa realmente que a Energia = número de pessoas sintonizadas vale o dobro da consciência destas pessoas.
Agora é a hora de entender o verdadeiro significado. Vamos todos nos unir nesta Cerimônia de Oração, como cidadãos do Planeta Terra.
O processo de Oração é a seguinte:
" Vamos mandar nossos pensamentos de AMOR e GRATIDÃO a toda a ÁGUA "
" Águas nos Perdoe.
Nós te Agradecemos, e nós te Amamos .
Muito grata(o) de Coração. "
Com amor e gratidão,Eu Sou Masaru Emoto
Mensageiro da Água
" Vamos mandar nossos pensamentos de AMOR e GRATIDÃO a toda a ÁGUA "
Pronuncie isso em voz alta ou mentalize em sua mente:
Repita três vezes colocando as mãos juntas em posição de Oração, oferecendo sua Oração Sincera.
" Águas nos Perdoe.
Nós te Agradecemos, e nós te Amamos .
Muito grata(o) de Coração. "
Com amor e gratidão,
Mensageiro da Água
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terça-feira, 22 de março de 2011
Declaração Universal dos Direitos da Água / Dia Mundial da Água
História do Dia Mundial da Água
O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.
Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido?
A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.
No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.
Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.
Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Dicas para um bom sono!
O organismo tem horários. Desta engrenagem não podemos fugir. A hora do sono é sagrada para a reposição celular, para rebobinar o cérebro, permitir o rejuvenescer. O metabolismo basal fica no mínimo, em marcha lenta, permitindo o repouso, a restauração. As avós falavam para as crianças: quem não dorme não cresce. Para os adultos: quem não dorme não se restabelece não se regenera.
Bem, as dicas para um sono de qualidade, ou seja, restaurador e rejuvenescedor são:
1) Sempre tomar um bom banho antes de dormir. Ou seja, jamais dormir com o corpo sujo, pois as vibrações de frescor, relaxamento e limpeza que um banho dá, irão sustentar a qualidade do sono.
2) Evitar tomar café, chás com cafeína (como chá preto e chá mate) e refrigerantes derivados da cola, pois todos são estimulantes.
3) Evitar dormir com a televisão ligada, uma vez que isso impede que a pessoa chegue à fase de sono profundo.
4) Se a pessoa dorme cedo - 20 a 21 horas - seu jantar (leve) deve ser realizado no máximo às 19 horas para dar tempo do organismo digerir e o sono não sofrer interferências da demanda energética para digestão.
5) Se a pessoa dorme tarde - depois das 22 horas - sua última refeição (um lanche leve) deve ser realizada até 1 hora antes, pelo mesmo motivo mencionado acima.
6) Concordo com algumas linhas terapêuticas que indicam que qualquer refeição ou lanche realizado após as 19 horas deve ser na forma líquida para poder acelerar o processo digestivo e evitar interferências na qualidade do sono. Exemplos: um arroz com feijão? Bata no liquidificador e tome na forma de sopa. Uma salada de frutas com sorvete? Bata no liquidificador e tome uma vitamina geladinha.
7) Ideal praticar uma atividade física ao longo do dia para evitar o sedentarismo, liberar substâncias que aumentam o estresse e mobilizar a energia basal. Para quem tem insônia, recomendo ainda uma atividade corporal ou meditação ativa antes do banho e de dormir. Tipo dançar, uma série da yoga ou de alongamentos.
Aproveite para orar e colocar intenções para este momento de meditação e descanso. Sempre peço aprendizados, sonhos bons, expansão da consciência, soluções para desafios, enfim... Para pessoas com insônia ou fibromialgia, recomenda-se inclusive aulas de natação ou hidroginástica e, assim, provocar um duplo relaxamento: pela atividade física e pela ação do banho de imersão.
8) Na hora de deitar, colocar um copo de água na cabeceira e repetir suas intenções, como desejando que todas as coisas boas destas intenções se materializem nesta água durante o repouso do sono. Pela manhã: beber esta água em postura de gratidão e receber tudo que nela se cristalizou.
9) Existe uma técnica bastante interessante sugerida como prática para insones, que consiste em fazer um ‘escalda-pés’ de 5 minutos em água gelada exatamente antes de deitar. A pessoa já o faz 100% preparada para deitar na sequência. Minha compreensão deste procedimento é mobilizar a energia concentrada na cabeça para as extremidades do corpo, aliviando assim a mente e suas neuroses.
10) Apagar todas as luzes, inclusive a do abajur, do corredor e do banheiro, pois a luminosidade impede a liberação da melatonina, hormônio responsável pela primeira fase do sono.
11) Não levar livros, laptops ou qualquer estimulante de trabalho ou preocupação para a cama.
12) Tirar da cabeceira o telefone, celular e relógios.
13) Esta é óbvia, mas não custa lembrar: usar colchão e travesseiro de boa qualidade e adequado ao seu peso e tamanho.
14) Recomendo uma sinergia da aromaterapia que chamo "Doril na Ansiedade e Insônia". Ela é uma mistura dos óleos essenciais de Limão Tahiti, Laranja Pêra e Lavanda Mont Blanc, que tem como função proporcionar relaxamento, vontade (alegria) de estar consigo e de se respeitar. Ela pode ser usada (à noite) na água da banheira (adultos 3 gotas, bebês 1 gota, crianças 1 a 2 gotas - ou pode ser colocada no travesseiro dos adultos (1 a 3 gotas). No caso de crianças, pode ser colocada (1 a 3 gotas) num pires ao lado da cama. No caso de bebês basta o procedimento da banheira.
15) Ao despertar, após tomar aquele copo de água (ensinado acima), ainda deitado, junte as mãos e esfregue uma na outra até ficarem quentinhas. Faça carinho no seu rosto simulando que está ensaboando e lavando o rosto. Relaxe seu primeiro semblante do dia. Depois, esfregue novamente as mãos e massageie seu abdômen. Faça carinho nele e lembre que o dia vai começar e ele precisa acordar, ou seja, está chegando a "hora de troninho". Depois, este carinho pode se prolongar para as demais partes do corpo, sempre com o propósito de acordar-se com muita celebração, gratidão e carinho.
16) Uma vez que levantou, antes do "troninho", ir até a cozinha e tomar 1/2 copo de água idealmente morna + suco fresco de 1 limão. Esta é uma receita da milenar medicina Ayurvédica para purificar (ação bactericida), aliviar (ação laxante) e sanar (ação harmonizadora, alcalinizante) todas as dificuldades do organismo. Espere 20 a 30 minutos para realizar a refeição matinal.
As posições de dormir
De lado: é a melhor postura! Mas, deve-se colocar um travesseiro que preencha o espaço entre o ombro e a cabeça. É recomendável abraçar um travesseiro e colocar uma almofadinha entre os joelhos.
De barriga para cima: é uma posição aceitável, mas recomenda-se um travesseiro não muito alto e deve-se colocar um apoio (almofada) abaixo dos joelhos, o que ajudará a manter a coluna reta.
De bruços: é uma posição não recomendável. Diz-se que nessa posição não há como evitar uma lesão na coluna cervical, que pode criar contraturas no pescoço, dificultando o relaxamento e o sono profundo.
Por Conceição Trucom
Fonte:
Este texto faz parte do livro Simples - Mente - Feliz
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