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domingo, 23 de novembro de 2014

Aprendendo a conhecer sua Consciência






"Todos nós caminhamos pela vida como um pacote constituído de corpo e mente. Enquanto todos nós estamos conscientes, o nível das nossas funções da consciência (que são subjetivas) variam de pessoa para pessoa. A realidade é imensamente complexada com sistemas solares, galáxias, luas e sóis, mas também com reações químicas, partículas, bactérias e ecologia. A vida esta toda em torno de nós, grandes e pequenos. Todos nós somos uma criação e nós estamos de alguma forma vivos em uma galáxia que é aparentemente sem vida. Sua consciência é um dom, ou um pouco de sorte como você pode achar. Consciência é sua capacidade de vigília para participar na vastidão da vida, em vez de apenas ficar operando internamente, dentro de sua própria mente."

Mikey O’Connell







Abaixo têm uma guia para te ajudar a descobrir qual é seu nível de consciência. Por entender onde você está, você pode começar a fazer mudanças e se entender a motivação que existe por trás do seu pensamento. Eu encorajo todos a pegar esse guia com o coração.  E uma vez que você entenda bem sobre o nível que você está, tente operar sobre o outro level de consciência acima até que você naturalmente se adapte a ele.

É estranho eu aparecer do vazio falando sobre isso aqui, mas é que eu lendo meus antigos tópicos sobre teoria do destino e da existência eu notei que eu tratava consciência como se fosse imaginação, mas a 4 anos atrás eu não tinha muitos insumos para determinar o que eu realmente queria dizer. Aproveito pra dizer que toda essa teoria de níveis de consciência  representa a maior parte da base de todo meu pensamento em qualquer campo. Atualmente tenho deixado meus estudos na psicologia Junguiana para tirar conclusões mais individuais sobre tudo isso. Então, prosseguindo :

Por Steve Pavlina : 
(com alguns comentários meus).

No livro “Poder vs. Força” de David R. Hawkins, existe uma hierarquia dos níveis da consciência humana. É um paradigma interessante. Se você ler o livro fica muito mais fácil figurar onde você está nessa hierarquia se baseando no seu atual estilo de vida.

Do mais baixo pro mais alto, os níveis de consciência são : vergonha (shame), culpa (guilt), apatia (apathy), dor (grief), medo (fear), desejo (desire), raiva (anger), orgulho (pride), coragem (courage), neutralidade (neutrality),  complacência (willingness), aceitação (acceptance), razão (reason),  amor (love), alegria (joy), paz (peace) e iluminação (enlightenment).

Níveis de consciência são como tipos psicológicos, você normalmente fica saltando de um para outro mas normalmente existe um estado predominante (que é o estado normal) para cada um de nós. Se você ainda está aqui nesse artigo existem chances de você está na coragem pois se você estivesse em um nível menor muito provavelmente você não teria nenhum interesse consciente em crescimento pessoal.

Vamos descrever os níveis em ordem, mais focando mais entre coragem e razão já que esses são os quais você tem mais chances de estar. Os nomes são de Hawkins. A descrição de cada nível são baseadas nas descrição de Hawkins mas unidas com os pensamentos do Steve e os meus. Hawkins define a lista como uma escala logarítmica, ou seja, existem muito menos pessoas nos níveis mais altos do que nos mais baixos. Subir de um nível para outro representa uma mudança enorme na sua vida.




Os Níveis da Consciência

Vergonha (shame) - Apenas um passo acima da morte. Você está provavelmente pensando em se suicidar nesse nível. Ou então você é um serial killer. Pense nesse nível como o nível do extremo ódio pessoal. Existem certas epifanias da vida que caso você não esteja num nível muito longe desse podem fazer com que você caia diretamente para este.

Culpa (guilt) - Um passo acima da vergonha, mas ainda assim você tem pensamentos sobre se suicidar. Você pensa em si mesmo como um pecador, incapaz de se perdoar por transgressões do passado.

Apatia (apathy) - Vitimização e  ausência de esperança. O estado do desamparo aprendido. Muitos sem-teto estão presos aqui. Além de ser o estado que representa uma visão muito conveniente da sociedade quando descrita como a sociedade da vitimização.

Dor (grief) - O estado de tristeza e perda perpétua. Normalmente você cai aqui quando perde um amor. Depressão.  Só está acima da apatia pois aqui você está começando a se livrar da paralisia pesada que existe na escalada de qualquer level abaixo desce para um acima.

Medo (fear) - Vê o mundo como perigoso e inseguro. Paranoia. Normalmente você vai precisar de ajuda para sair desse nível, ou então você vai permanecer preso por bastante tempo, é como uma relação de abuso infantil, sexual.

Desejo (desire) - Não confundir com alcance ou definição de metas, esse é o nível do vício, desejo e luxúria – por dinheiro, aprovação, poder, fama, etc. Consumismo. Materialismo. Esse é o nível do fumo, da bebida e de outras drogas.

Raiva (anger) - o nível da frustração, normalmente por não ter seus desejos alcançados no nível abaixo. Esse é o nível que pode estimular você a fazer coisas relacionadas à níveis mais altos, ou então te deixar preso num estado de ódio. Numa relação de abuso você normalmente vê uma pessoa no estado da raiva com alguém no estado do medo.

Orgulho (pride) - O primeiro nível que você começa a se sentir bem, apesar de ser uma falsa sensação. É totalmente dependente de circunstâncias externas (dinheiro, prestígio, etc), ou seja: é altamente vulnerável. Esse é o estado que leva ao nacionalismo, racismo e guerras religiosas. Pense nos nazistas. Um estado totalmente irracional de negação e defesa. O fundamentalismo religioso também é preso a esse nível. Você se torna tão intimamente ligado as suas crenças que um ataque a elas se torna um ataque a você.

Coragem (courage) - O primeiro nível de força real. É aqui que você começa a ver a vida como desafiante e emocionante ao invés de opressora. Você começa a ter um pequeno interesse em crescimento pessoal porém nesse nível você provavelmente chama isso de outra coisa : aumentar habilidades, melhorar curriculum, educação, etc. Você começa a ver seu futuro como uma melhoria sobre o passado ao invés de simplesmente a continuação do mesmo.

Neutralidade (neutrality) - Posso descrever esse daqui com a frase: “viva e deixe viver”. É flexível , relaxado e solto. O que acontece, acontece. Você não tem nada para provar. Você se sente seguro e lida bem com outras pessoas. A grande quantidade dos empreendedores estão nesse nível. É realmente um lugar muito confortável. Também é o nível da complacência e da preguiça. Você está cuidando das suas necessidades mas você não pega muito pesado no batente.

Complacência (willingness) - Agora que você está seguro e confortável, você começa a usar sua energia de maneira mais eficiente. Só viver e deixar viver não é mais o suficiente. Você começa a se preocupar em fazer um bom trabalho – na verdade, o melhor que você puder. Você pensa sobre gerenciamento do tempo e produtividade além de começar a se organizar, coisas que não eram tão importantes quando você estava no nível da Neutralidade. Pense nesse aqui como o nível do desenvolvimento da força de vontade e da auto-disciplina. As pessoas daqui são os “soldados” da sociedade: eles fazem as coisas bem e não reclamam sobre quase nada. Se você está na escola provavelmente você é realmente um bom aluno : estuda seriamente e organiza bem seu tempo para estudar. É exatamente aqui que sua consciência se torna mais organizada e disciplinada.

Aceitação (acceptance) - Aqui acontece um movimento poderoso de energias e você acorda para as possibilidades de se viver proativamente. No nível da complacência você se torna competente e aqui você quer colocar suas habilidades para fazer algo bom. É aqui que você define e alcança metas. Eu não gosto do termo ‘Aceitação’ que o Hawkins usou aqui, mas aqui basicamente quer dizer que você começa a aceitar sua responsabilidade pelo seu papel no mundo. Se algo não está certo na sua vida (sua carreira, saúde, relacionamento, etc), você define o fim que quer que isso tenha e o muda. Você começa a ver a “grande figura” da sua vida mais claramente. Esse nível leva muitas pessoas a mudar de trabalho, começar um novo negócio ou até mesmo mudar sua dieta.

Razão (reason) - Aqui você transcende os aspectos emocionais dos níveis abaixo deste e começa a pensar mais claramente e racionalmente. Hawkins define esse como o nível da medicina e da ciência. O modo que eu vejo isso é que, quando você alcança esse nível, você se torna capaz de usar suas habilidades racionais (relativas a raciocínio) no seu potencial máximo. Aqui você tem a disciplina e a pró-atividade para explorar por completo suas habilidades naturais. Você chegou no ponto onde você diz : “Wow. Eu posso fazer tudo isso, e eu sei que eu posso colocar isso em um bom uso. Então qual é o melhor uso para os meus talentos?” Você olha ao redor do mundo e começa a fazer contribuições significativas para o mesmo. E no fim, de forma bem elevada esse é o level do Einstein e do Freud. É muito óbvio que a maioria das pessoas nunca chega nesse nível mesmo vivendo por muito tempo.

Amor (love) - Eu não gosto do título que Hawkins dá para este nível pois o mesmo não é sobre a emoção do amor. É amor incondicional, um entendimento permanente sobre sua conexão com tudo que existe. Pense em compaixão. No nível da razão você vive em serviço do seu cérebro. Mas isso eventualmente se torna um beco sem saída pois você cai na armadilha do excesso de intelectualização (pra quem conhece Freud mais a fundo pode-se concluir que ele caiu nessa armadilha, e ficou preso nela). Você vê que precisa de um contexto maior do que apenas pensar para sua própria consciência. No nível do amor você coloca sua cabeça e todos os seus talentos e habilidades no serviço do amor (não as suas emoções, mas sim seu senso maior do que é certo e errado – sua consciência). Eu vejo esse nível como o estado em que você realiza seu verdadeiro propósito. Suas motivações nesse nível são puras e incorruptíveis pelos desejos do ego. É aqui o estado do serviço para a humanidade. Pense em Gandhi, Madre Teresa, Dr. Albert Schweitzer. Nesse nível você também começa a ser guiado por uma força maior do que você. É um sentimento de se deixar levar. Sua intuição se torna extremamente ‘forte’. Hawkins diz que esse nível é alcançado apenas por uma em 250 pessoas durante todo o seu tempo de vida.

Alegria (joy) - É um estado de felicidade penetrante e inabalável. É o nível dos santos e dos mais ‘avançados professores de espiritualidade’. Só de estar perto de pessoas nesse nível faz com que você se sinta incrível. Nesse nível a vida é totalmente guiada pela intuição e sincronicidade (as coisas começam a acontecer por relação de significado). Não existe mais a necessidade de declarar metas ou de criar planos detalhados – a expansão da sua consciência permite que você opere sobre um nível muito mais elevado. Uma experiência de quase morte pode temporariamente (e quase sempre faz) deixar você nesse nível.

Paz (peace) - Total transcendência. Hawkins diz que esse nível só é alcançado por uma pessoa em 10 milhões.

Iluminação (enlightenment) - O maior nível da consciência humana, onde a humanidade  se une com a divindade. Extremamente raro. É o level do Krishna, Buddha e até mesmo Jesus. Só o fato de pensar sobre pessoas desse nível pode fazer com que você aumente seu nível de consciência. É aqui que acontece o estado da “Consciência Elevada” tão bem conhecido como “Super Consciência”. Você vê o mundo como ele realmente é. Indescritível.

Bem, acabou. Eu não espero que você aceite tudo acima como verdade e sim pelo menos considere esse modelo como válido de reflexão. Não só pessoas mas também objetos, eventos e sociedades completas podem ser rankeadas sobre esses níveis. Dentro de sua própria vida, você provavelmente pode observar que algumas partes dela estão em níveis totalmente diferentes do que outras, mas você deve ser capaz de identificar seu atual nível padrão. Você pode estar no nível da neutralidade mas ainda assim ser viciado em fumar (nível do desejo). Os níveis mais baixos que você encontra dentro de você vão servir como resistência para seu crescimento. Mas você também vai encontrar níveis elevados na sua vida. Você pode estar no nível da aceitação porém pode ter acontecido algo que te deixou realmente inspirado e te levou por um tempo à um nível maior. Pense sobre as maiores influencias da sua vida agora. Quais aumentam seu nível de consciência? Quais abaixam?



Fonte:

http://worldgarbage.wordpress.com/2012/10/03/aprendendo-a-conhecer-sua-consciencia/

domingo, 2 de dezembro de 2012

Advento: e seu significado (Antroposofia)



A Época do Advento inicia-se logo após os dias de finados, quando estamos envolvidos com os entes falecidos, com o tempo já ido, com o passado. 

No Advento, dirigimo-nos ao futuro, a época vindoura, assim como se expressa a composição da palavra ADVENTO: “aquele que vem”. É uma época cheia de tradições e, aqui, vamo-nos aprofundar um pouco em alguns de seus símbolos.

No advento, deveríamos atravessar um portal enorme e silencioso: o que nos conduz do exterior, que nos rodeia, para dentro do nosso mais oculto interior. O sol, o calor, a vegetação exuberante chamam a nossa alma para fora de nós; isto está certo e correto quando ocorre na ocasião e hora certa. A alma até deve poder viver em um mundo de sensações e de beleza natural. Porém, no advento, devemos iniciar uma introspecção, uma vivência interiorizada.

Se nos interiorizarmos, haveremos de ver como nós somos e nos prepararmos para o SER que virá, sem a necessidade de usar chavões, posturas adquiridas, máscaras. Lembremo-nos do dito popular: “ouça os milagres do silêncio; a sabedoria não reside aos ruídos”.

Chegou a hora certa de contar a lenda do diabo, para quem a festa do Natal era constante razão de aborrecimento. “Se eu não conseguir acabar com esta festa, todo o ano a Humanidade vai ter novamente a visão do céu e esta saudade voltará sempre. Deste modo, não conseguirei acabar com o cristianismo”. E matutou muito; chegou a ficar pálido, mais magro e cheio de preocupações, quando, repentinamente, soube o que fazer! E o que foi? Inventou a febre natalina! O comerciante PRECISA lucrar. Eis que surgem os dias “dourados”. E ao anoitecer da data máxima da cristandade, o homem está acabado; talvez ainda consiga contar seu dinheiro... e provavelmente precisará ter um longo sono! A dona da casa, porém, que deve se preocupar com filhos e parentes, com todos os tios e tias, com os preparativos da casa, quase desfalece no sofá ao chegar a noite santa. “Deixem-me em paz! Não posso mais!”

Estes dois instrumentos infernais, o barulho e a pressa, amortecem em nossa alma todos aqueles sentimentos delicados e suaves que nos querem “re-ligar” à nossa origem celeste, mundo que foi perdido e esquecido.

Esta é uma das tarefas, provavelmente a mais difícil, que nos fica por tentar cumprir na época do Natal: precisamos treinar conscientemente a achar o silêncio, a compenetração e a reflexão. Não somente combatendo ruídos e interferências exteriores, porém, principalmente, tentando encontrar, ou melhor, encontrando uma ligação nova com o mundo espiritual.

Sabemos como é benéfica e cheia de paz uma contemplação prolongada do céu estrelado: sentimo-nos acalmados, mais abertos e confortados até o fundo da nossa alma. Há inúmeros versos e canções a este respeito. Este fato é como um chamado de alerta para a alma: assim como as estrelas querem iluminar a escuridão terrestre, igualmente, nós devemos achar em nossa vida terrena pontos de luz dentro de nós; devemos nos iluminar com o que achamos dentro de nós, com o que vem do mundo espiritual.

A cor que corresponde ao advento é o azul, como a do manto de Maria e ele simboliza a vontade que temos de nos ligarmos novamente com a nossa origem. O azul representa a escuridão que foi permeada de luz. Este azul é a cor do terreno que deve envolver o espiritual, assim como o manto azul de Maria envolve o espírito vindouro, a criança , o germinar celestial que está por vir.

Conseguiremos iluminar-nos interiormente? Conseguiremos que nossa alma possa manifestar sua luz e, com isto, transformar a escuridão em luminosidade? Vejamos, pois, o símbolo da TRANSPARÊNCIA.

Esta é uma forma muito profunda para demonstrar-nos o que nossa alma pode ser: uma iluminação que vem do nosso interior. Podemos comparar cada ser humano com uma transparência que ele mesmo fez de si próprio - com suas peculiaridades, suas dificuldades e seus dons, cada um, dentro do que pode ou quis, recortou, colou, tirou ou adicionou seu papel de seda ou retalhinho colorido. Todos ainda sem a luz interior um mais harmonioso, outro pouco chamativo, mas cada um bem individual, bem “ele mesmo.” Porém, ao acender, as velas de cada um sairá luminosidade, cada um, sem exceção, será iluminado, nenhum ficará esquecido ou precisará de luz quando a vela o iluminar de dentro para fora.

Se observarmos um vitral na janela de igrejas, a impressão será bem diferente daquele que teremos ao ver uma foto, por melhor que seja, desse mesmo vitral. É o segredo é a magia da iluminação através de algo, da transparência. A transparência deixa isto bem claro: cada ser humano é um “eu” particular e original, inicialmente sem iluminação, ainda escuro. Ele precisa achar a luz interior, que é a MESMA para cada um no mundo, e com esta luz iluminar o seu próprio eu, sem ser necessário amoldar este seu “eu”! Cada individualidade deve manter ( e não esconder) o que lhe é peculiar e pessoal e isto com a luz que é igual para todos! Com esta luz, não só cada um deve trazer ao mundo o que é pessoal e seu, mas com este seu eu iluminado, deve trazer claridade ao mundo TODO!

E damos, então, o passo para o símbolo da VELA. A vela seria como a luz que brilha IGUALMENTE para todos. E é clara e quente; não uma luz ofuscante como a luz artificial e nem somente quente como o calor, mas suave no clarear e no esquentar. A vela é como deveriam ser a cabeça e o coração do homem: clara no pensar e quente no amar. E, assim como a vela se consome ao ofertar luz e calor, o ser humano também deve-se exaurir, sacrificar-se, queimando, para poder dar luz e calor a tudo e a todos!

Se perguntarmos, retrucar-nos-ão que sempre existiu a coroa do advento! E que nasceu junto com o pinheiro de Natal! Mas foi somente no início deste século vinte que ela começou a expandir-se largamente e se divulgou bastante durante o movimento juvenil dos alemães andarilhos (caminhadores, excursionistas). Eles costumavam enviar aos companheiros falecidos em combate uma coroa com velas acesas por cima de lagos e lagoas, como símbolo da viagem ao mundo do além. E, com isto, surgia uma crença e força grande para viverem esperançosos e, principalmente confortados pela fé. Levamos coroas aos túmulos dos falecidos como símbolo de um círculo vital que se completou. E, assim como a natureza que fenece transforma-se em novo crescimento, em florescer e amadurecer, igualmente, a morte do ser humano é apenas uma passagem para um mundo diferente, se contemplarmos o fato através do milagre do nascimento de Cristo.

Uma grande esperança surge-nos desta visão e todo o peão (talvez esta palavra esteja errada) que sentimos se desfaz e nos sentimos aliviados e leves. E o luto fica na terra. A coroa de flores que ficara por terra deitada no túmulo eleva-se a gravita, flutua, como que livres do seu peso físico. E se a dependurarmos abaixo do teto, será um símbolo da vida futura, que fechará seu círculo iniciado na vida física sobre a terra. A coroa, então, espelha a espera e a vinda do que a nossa alma já esta sentindo.

Suas quatro vela, acesas em sequência de quatro domingos, cada domingo uma a mais até se queimarem todas, mostram-nos quatro direções na imensidão dos mundos, aonde os doze signos do zodíaco se fecham, também em um círculo. As quatro velas do advento são sua cruz luminosa: a cruz dos quatro evangelistas, a quem o simbolismo cristão deu, também, um signo:

Mateus – o homem / aquário
Marcos – o touro
Marcos – o leão
João     - a água que no futuro trará a vitória sobre o escorpião

Se as quatro velas da coroa flutuante estão acesas, o caminho para a vinda ao mundo do “Senhor dos Elementos” (como diziam os Celtas D’Aquele que está por vir) estará iluminado.

O nosso modo tradicional de colocar a árvore de Natal de pé na sala faz perder muito do simbolismo original tão abrangente. Há pessoas na Tchecoslováquia e outras regiões que se recordam de terem sido, também, as árvores penduradas como flutuantes, nos tetos. Assim, seriam um símbolo das amplidões dos mundos. No pé da árvore dependurada pendia uma maça como símbolo da terra, para a qual o milagre da luz havia acontecido. Esta terra, fruto e sinal do pecado original do tempo, vivencia do Natal o milagre da libertação e redenção pelo amor demonstrado por Deus, redimindo e elevando-nos para uma nova humanidade.

O dia 24 de Dezembro chama-se Adão e Eva e esta relação já foi praticamente esquecida. Mas até o começo do século apresentava-se neste dia a peça do paraíso e dos pastores ( o nascimento de Cristo) em Oberufer {Alemanha}, tradição que as Escolas Waldorf continuam, para a alegria de muitos.

Este lembrar-se, este reatar dos símbolos antigos com a história da humanidade no aspecto anímico-espiritual é que nos dará todo o potencial, a base ( o “background”) que nos dias de hoje irá nos ajudar a reconhecer as forças novas que anunciam a vinda, o advento.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Oração 'Fica Comigo Senhor' / Padre Pio


Fica comigo, Senhor, pois preciso da tua presença para não te esquecer. 
Sabes quão facilmente posso te abandonar. 
Fica comigo, Senhor, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair. 
Fica comigo, Senhor, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor. 
Fica comigo, Senhor, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão. 
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade. 
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga. 
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia. 
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel. 
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor. 
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. 
Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho. 
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. 
Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio. 
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti. 
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração. 
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor. 
Fica comigo, Jesus. 
Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico! 
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais. 
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. 

Amém.

sábado, 29 de setembro de 2012

O Mal no caminho do Desenvolvimento Humano (Antroposofia)


Observem a imagem do arcanjo Micael empunhando uma espada com seus braços fortes.

A espada ou lança é de ferro, que é a substância usada no combate.

Esse elemento (ferro) está relacionado às forças de Marte, também ligado à qualidade da fala, a força da palavra.

Um grande artista brasileiro da palavra foi Guimarães Rosa.

Seria possível fazer um estudo do encontro com o mal a partir do “Grande Sertão : Veredas”?

Guimarães faz conscientemente o uso da palavra contra o mal. Mais do que uma escrita, o livro é uma fala, tudo tem som, a força da fala está presente. O livro não é dado de presente, mas quando se termina de lê-lo, a pessoa não é mais a mesma que o começou. As primeiras trinta páginas tem todo o conteúdo, é difícil, mas é um processo transformador.

Até que ponto no combate ao mal, não nos tornamos tão maus quanto aqueles que queremos combater?

O que se faz para combater o terrorismo? 

Como reconheço esse mal? 

Como posso superar esse mal não sucumbindo a ele?

Para combater qualquer coisa é preciso conhecê-la, e não dá para combater aquilo que negamos.

Os seres do mal são seres espirituais. Conhecer o mal é tarefa do ser humano.

O anseio pelo conhecimento do mal é motivo do personagem principal do Grande Sertão, Riobaldo – 'rio baldo', aquele que faz a travessia, um épico, como um conto de fadas. Ele está o tempo todo perguntando.

Os seres demoníacos da terceira hierarquia se atrasaram na sua evolução; seu grupo fazia isto, mas eles não o fizeram naquela época e agora vêm fazer o que não foi feito, ou seja, o desenvolvimento do Eu, da individualidade.

Esses seres que na antiga Lua não desenvolveram sua individualidade são os seres Luciféricos – agora eles usam o ser humano para essa finalidade e são afins com o corpo astral.

Similarmente, no antigo Sol, os seres Arimânicos que se atrasaram na sua evolução são afins com o corpo etérico do ser humano, e, da mesma forma, no antigo Saturno, os seres que se atrasaram são os Azuras, afins com o corpo físico humano.

Esses seres não podem atuar diretamente nos corpos, mas na alma humana.

Assim temos :
  • No corpo astral, a alma da sensação, os seres luciféricos (Lúcifer).
  • No corpo etérico, a alma do intelecto, os seres arimânicos (Ariman).
  • No corpo físico, a alma da consciência, os azuras (Azuras).
E além desses três , Rudolf Steiner se refere ao Zorat, demônio do Sol, anterior à evolução humana em Saturno, que atua o Eu humano no Cosmos – carmicamente um Anti- Eu.

A vivência do Cristo etérico é uma vivência da separação do Mal na alma humana. 

O primeiro âmbito para superar as forças do Mal é na alma da sensação, dos sentimentos, e assim por diante. Essa luta tem que ser travada dentro de cada um, no interior da alma individual.

A estória de Riobaldo é muito emblemática, acontece no interior e no exterior do ser humano. 

Sinaliza o fim do Kaliyuga e o começo da atuação de Micael na Terra.

Com relação à alma da sensação, a superação do Mal ocorre na medida em que o homem se preocupa em transformar suas tendências amorais, seu egoísmo, seus baixos instintos, e consegue isso através de auto conhecimento e reconhecimento .

Com relação à alma do intelecto, o homem tem que superar a mentira, toda forma de medo, e a tendência para o materialismo através de decisões justas, juízos corretos, organizações socialmente justas, formar considerações apropriadas através do estudo de assuntos que não domina; desenvolver um conhecimento individual interno, um pensar vivo, orgânico, espiritual, do coração, capaz de superar o pensar frio e puramente racional.

Com relação à alma da consciência, e para se contrapor aos azuras neste lugar, o homem tem que dar um passo para se apossar da sua própria liberdade – vivência do limiar, processo de iniciação, encontro com o guardião do limiar. “Viver é muito perigoso”, é o mote do livro.

É quando os controles externos desaparecem e então, tudo se pode.

O perigo do ser humano que passa por esse processo é a vivência do poder, pois com ele pode-se tudo para o bem ou para o mal.

A responsabilidade do ser humano passa por aqui. 

Ele tem que resistir às tentações.

De onde provém o poder? 

O ser livre percebe a quem obedece.

Só se pode contrapor ao Não Sou com o Eu Sou, através do Eu do Cristo.

O ser humano precisa deixar de ser para ser através do paradoxo, ser “ O Cristo em mim”.

Diadorim é um dos personagens mais misteriosos da estória, um bom lutador com faca. Um anjo micaélico?

A experiência do Cristo também se dá na impotência – o ser humano deve ser capaz de passar pela impotência interior e da ressurreição originada nela, na vivência do “não poder” tem-se a experiência do Cristo.

A peça esculpida em madeira por Rudolf Steiner, da Figura do Homem, traz claramente a imagem do equilíbrio das forças, assim como a meditação da pedra fundamental , que apela à alma humana e às hierarquias superiores na direção da luz do Cristo.

Por Marilda Milanese

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Experimente olhar...


Experimente olhar tudo em seu fluxo feito de conexões e desconexões eternas e começará a compreender a complexidade da tarefa de viver.

Vida é o drama criativo da existência. Existir e insistir será sempre problemático. Impõe cautela, acuidade, observação, ausência de plenas respostas. Viver dói, mas cura. Apesar dos erros.

Repare em tudo o que começa a dar certo dentro de você, compatibilizando seu ser com a sua vida. Prepare-se para o que começa a se encaminhar para o que é bom em você!

Seja capaz de aceitar e também enfrentar tudo de melhor que tem. É preciso força e coragem para aceitar o bem que mora em nós. Coragem serena, não arrogância.

Prepara-se para a sua capacidade de amar, para sua melhor beleza, para fazer cada vez melhor o que você sabe, seja quindim, amor, coleção de selos, estudos transcendentais, harpa, pipoca, sinuca ou cirurgia ocular.

Prepara-se para dar certo. Para ser querido. Para merecer o amor que teme. Aceite a pluralidade da vida. Somos vários num só e há muitas verdades no mundo, todas precárias. “Há tantas religiões quanto pessoas”, dizia Ghandi. Há tantos métodos quanto indivíduos.

Experimente descobrir e até, se for possível, aceitar a visão da verdade que impulsiona o seu adversário e anima a luta de seu inimigo. Ouça o que ele tem a ensinar, ainda que sob o manto da maldade ou da injustiça.

Pense em todas as direções, com mão e contramão em cada estrada. Repare que só cresce e melhora quem entra, enfrenta e aceita o seu pior.

Abra-se sem receio para tudo o que seja compreensão, até do que nunca foi nem será entendido. Aceite a complexidade que faz a vida e anima o homem a se agitar neste mundo, buscando realizar o que nunca conseguirá plenamente, mas lhe dará o alívio do dever cumprido uma das grandes Graças de Deus.

Arthur da Távola

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Amor sem Medo / Yehuda Berg


"O coração não pode conter medo e amor ao mesmo tempo. 
Quando em nossos corações tem o medo, 
não podemos amar. 
O medo é a preocupação 
de não recebermos 
o que precisamos. 
Amar é compartilhar com outra pessoa.
Quando caminhamos com amor no coração, 
vivendo com amor, 
estabelecemos afinidade com o Criador 
e não há necessidade de ter medo. 
O amor é a mais forte de todas as energias."

Por Yehuda Berg

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Prece Indígena


Oh! Grande Espírito, 
cuja voz eu escuto nos ventos, 
e cuja respiração dá vida a todo o mundo: 
Escute-me!

Eu estou perante você, um dos seus filhos. 
Eu sou pequeno e fraco. 
Eu preciso de sua Força e Sabedoria. 


Deixe-me caminhar em sua Beleza 
e faça meus olhos observarem para sempre 
o pôr do sol vermelho e púrpura.

Faça minhas mãos respeitarem 
as coisas que você fez, 
e meus ouvidos aguçados para escutar sua voz.

Faça-me Sábio, 
para que eu possa conhecer as coisas 
que Voce ensinou ao meu povo, 
e as lições que Voce 
escondeu em cada folha e em cada rocha.

Eu busco a Força 
não para ser superior a meus irmãos, 
mas para ser capaz de lutar 
com meu maior inimigo: 
"Eu mesmo". 

Prepare-me para ir até Voce, 
com as mãos limpas e olhos corretos, 
então, 
quando a vida 
desvanecer-se 
assim como o pôr-do-sol, 
meu espírito irá até Voce 
sem nenhuma mancha.

Deixe sua voz sussurrar em nossos ouvidos 
através do vento oeste no final do dia. 

Deixe-nos ser confortados com Amor 
por nossos irmãos e irmãs sem nenhuma guerra.

Deixe-nos preservar boa saúde física e mental 
e para solucionar nossos problemas 
e realizar algo para as futuras gerações. 

Deixe-nos ser sinceros com nós mesmos 
e nossa juventude 
e fazer do mundo um lugar melhor para viver.


Falcão Amarelo, Chefe Sioux

segunda-feira, 26 de março de 2012

O vazio criador


"Amados seres,

Escutem! Despertem sem medo porque vocês já me conhecem. Eu sou apenas um reflexo do ser ou a consciência de vocês ampliada. Portanto, não há o que temer.

Eras e eras se escoaram até que a escuridão se dissipasse, para que finalmente presenciássemos o alvorecer dourado, onde todos irão se reconhecer como filhos da Luz!

Venho lhes falar de um tempo novo, o que chamam de nova era. Na verdade, não é algo novo que vai acontecer, mas o despertar completo, amadurecido de todos aqueles que já vinham se preparando há tanto tempo para essa jornada...

Houve um longo processo para que chegassem até aqui. No plano divino, amorosamente trabalhamos e aguardamos o momento em que estivessem em condições de se revelarem. Vocês já não precisam agir como crianças, por isso a verdade está pulsando mais forte em suas consciências, porque agora têm capacidade de assimilar o que é essencial em suas vidas e de fazerem suas escolhas. Os véus do esquecimento tendem a se rasgarem, à medida que forem revelando suas verdadeiras identidades. E vocês verão o quão maravilhosos são!

O que demonstraram até aqui, foram apenas algumas partes de vocês sendo aprimoradas, porque esse é um dos objetivos desse longo aprendizado. Deixar vir à tona o que está incompleto, mal acabado para ser lapidado, purificado, recriado.

Por esta razão é extremamente importante que sejam honestos com vocês mesmos, abram seus corações e façam uma varredura de tudo o que precisa ser mudado. Vamos, coragem!

Eu sei que vocês temem encontrar o vazio. Mas não temam! Essa terrível ausência de alguma coisa é o prenúncio do grande encontro com o Ser Total. Na verdade, são suas consciências se expandindo, abrindo espaço para percepções mais elevadas. Necessitando mudar de dimensão para que possam se ampliar, aumentar suas auras, desdobrar seus vários seres e abrirem-se para o Universo...

Então, esqueçam este temor infantil e se permitam ir além do ponto em que chegaram. Vocês terão uma maravilhosa surpresa! Perceberão uma realidade nunca vista, talvez ingenuamente imaginada, onde sentirão uma jubilosa alegria transbordando em seus corações, reativando seus centros de força, potencializando suas energias, transformando tudo o que está estagnado em Luz, amor e paz.

Vocês comprovarão aquilo que já sabiam, mas nunca tinham experimentado. Lembrarão do que lhes foi ensinado sobre a Entrega aos braços do Pai e compreenderão o grande amor que estava reservado todo esse tempo a vocês e que agora pode fluir naturalmente porque não devem haver mais barreiras. Sempre que necessitarem, podem fazer essa viagem interior, consultarem seus corações, ampliarem de novo suas consciências e atingirem a quietude universal...

Essa prática deve ser uma constante na vida de vocês e à medida que forem se familiarizando com esse encontro com o vazio, mais e mais irão perceber que estão se tornando um canal, um instrumento de recepção de conhecimentos mais elevados. A tendência é se deslumbrarem e ficarem como que extasiados diante da magia expressada. Mas não parem por aí, sigam em frente nessa busca reveladora, o desenvolvimento de vocês continua porque faz parte do ciclo evolutivo do ser.

As suas energias irão sendo permutadas por outras cada vez mais sutis e vocês atingirão outros níveis de percepção que os manterão sempre despertos nessa caminhada e descobrirão, enfim, que atingiram a plenitude da vida.

Isso é o resgate do paraíso que estava escondido dentro de vocês! Cultivem-no e ofereçam flores luminosas a seus semelhantes. Quando menos esperarem, estarão emitindo as mais puras luzes, irradiando-as por todo o universo... Então, experimentarão a sublime presença dos anjos, e sentirão um amor incondicional pela vida! Verão que existe em seus corações um Centro de Consciência de onde vocês poderão enxergar o mundo inteiro!

Procurai ver o mundo com mais amor. Ao vibrar amor, suas vibrações ficarão tão perto de vós, tão dentro de vós, que se transformarão em amor para vós mesmos. Procurai mentalizar a Harmonia e esta harmonia cada vez mais ficará gravada em vossa mente espiritual. Procurai vibrar e irradiar o Perdão e estas vibrações retornarão ao vosso ser e também sereis perdoados. Vibrai mais longe, com mais vontade e de tanto vibrar elevação e pureza, transformar-vos-eis em pequenas luzes que, unidas, iluminarão o caminho de muitos e os vossos próprios caminhos."

Eva Pierrakos


Livro Gotas de Amor - Capítulo 17

Fonte: stum

segunda-feira, 12 de março de 2012

Como voce se defende? Que máscara voce usa?


"Mecanismos de defesa não curam. Na melhor das hipóteses, são curativos emocionais que você põe sobre os ferimentos, como para estancar o fluxo do medo e da dor. Tal como ocorre com os ferimentos físicos, mais cedo ou mais tarde você precisa tirar os curativos para que a cura aconteça. Do contrário, o ferimento se infecciona, e a dor se espalha.

O fortalecimento e a cura costumam começar com o afastamento de mecanismos de defesa como o medo, negação, repressão, cinismo, raiva, controle, abuso de substâncias, distúrbios alimentares, etc. As defesas garantem espaço, mas não o curam, não o fortalecem e não resolvem seus problemas. Na verdade, podem aumentar seus problemas, caso você insista em ficar com eles.

Um mecanismo de defesa protege você de qualquer coisa "excessiva", ou seja, medo em demasia, dor em demais, tristeza em demasia, estresse em demasia e também amor em demasia, alegria em demasia, criatividade em demasia, Deus em demasia. Um professor que tive, disse certa vez: 'O homem se defende do medo porque se defende de Deus. Quando você diz 'sim' para Deus, o medo vai embora'.

Mecanismos de defesa são coisas do ego. Quando você se defende, está defendendo seu ego, seus medos, suas fraquezas imaginárias. Aquilo que você defende torna-se real, ou seja, quanto mais você defende o seu ego, mais você se identifica com ele e mais se abriga do verdadeiro espírito, da verdadeira inspiração e do verdadeiro poder.

Dizer que as defesas o fortalecem é um mito. Não é possível ficar na defensiva e ser livre. Não é possível reprimir emoções e se sentir íntegro. Não é possível erguer um muro à sua volta e se ligar a Deus. Não é possível ficar ao lado do medo e também ficar aberto ao amor.

Afastar as defesas abre caminho para a verdadeira cura, o verdadeiro amor e a verdadeira força. Quando você sente alegria, está ouvindo seu espírito. Não é o perigo que vem quando você abaixa suas armas. É a cura. É a alegria. É a inspiração. É a liberdade".

Robert Holden
In "Mudanças acontecem"

segunda-feira, 5 de março de 2012

Voce se sente assim?


"Você é 
de fato 
um gigante amarrado 
com fios de algodão." 

L. Ron Hubbard

sábado, 7 de janeiro de 2012

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

É preciso...


É preciso ter força para ser firme,
e é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender,
e é preciso coragem para baixar a guarda.

É preciso ter força para ganhar uma guerra,
e é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo,
e é preciso coragem para ter dúvida.

É preciso ter força para manter-se em forma,
e é preciso coragem para ficar em pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,
e é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males,
e é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso,
e é preciso coragem para fazê-lo parar.

É preciso ter força para ficar sozinho,
e é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso ter força para amar,
e é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver,
e é preciso ter coragem para viver...

Gotas de Luz

sábado, 26 de novembro de 2011

Advento: O arco-íris nas nuvens (Antroposofia)



Na época do advento é comum as nuvens se juntarem e aos poucos cobrirem o azul do céu. O vento fica mais forte, e depois que se torna uma verdadeira tempestade também vem à chuva. Mas sempre ainda existe a possibilidade da luz do sol aparecer. E quando nós, humanos, contemplamos o resultado do jogo da luz com a chuva, então vemos um arco-íris, o arco-íris que nos fala da força atuante da luz, mesmo quando há nuvens escuras. Na Antiguidade via-se o arco-íris sempre como uma dádiva dos deuses que suscitava esperança. Um arco-íris era, para os que avistavam, um bom presságio para o futuro.

Que a época em que vivemos pode ser considerada como tempestuosa, de há muito se tornou lugar-comum. A tempestade é, efetivamente, a imagem mais acertada para os acontecimentos histórico-universais do nosso século. Uma ventania que quer por tudo em movimento, ruge através dos destinos de homens e povos. Em toda parte acumulam-se nuvens, e na escuridão os homens têm dificuldades para ver e para entender o que se passa no mundo.

Tudo isso, no entanto, são sinais espirituais, sinais pelos quais podemos reconhecer a aproximação do reino de Deus e as mudanças que por isso acontecem no mundo. A volta de Cristo em nosso tempo acontece das nuvens espirituais, tal como a chuva vem do céu quando a terra dela necessita. E ninguém pode escapar da tempestade que acompanha essa chuva.

Mas para cada um, fica aberta a oportunidade de entender essa tempestade. Nós devemos os ser colocados em movimento, a fim de pensar, a fim de compreender. A tempestade que atua no destino de cada um, a chuva que atinge cada vida humana, falam da atuação do Cristo, da qual podemos assim nos conscientizar. É uma revelação do Logos universal, uma manifestação da palavra universal. A palavra universal, o Logos, aliás, se manifesta no íntimo do homem. Pois a palavra “Lógica” vem da palavra “Logos”. Na lógica humana, ou seja, em nosso puro pensar age sempre algo divino, o Logos de Deus. 

E para entender nosso destino por meio do empenho pensante, trazemos a luz do nosso pensamento para dentro da nossa consciência. Através desse empenho podemos iluminar os tempestuosos acontecimentos do nosso tempo com a luz da nossa faculdade de pensar. 

Então, em nossa consciência se encontram, vinda do exterior, a chuva da volta de cristo, e do interior, a luz do nosso pensamento. Com esse intercâmbio pode surgir em nós um arco de cores. Então vivenciamos um arco-íris de ordem mais elevada, um arco cujas cores luminosas nos dão força para estarmos á altura da nossa época. 

Do violeta recebemos a força para a devoção. 

No índigo achamos forças para sermos dignos das nossas verdadeiras tarefas. 

O azul nos proporciona a tranquilidade que em nosso tempo é indispensável. 

O verde nos ajuda a tornar-nos equilibrados. 

Amarelo e laranja querem derramar luz e calor em um mundo ameaçado pela frieza. 

Mas o vermelho nos dá o entusiasmo e a coragem para defrontar nosso destino e o destino do mundo, aceitá-los positivamente e transformá-los.

James H. Hindes

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quando estiver sofrendo, triste, angustiado... procura por Mim!


Quando nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: 

“Eu sou Aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas!”

Quando se te extinguir o ânimo para arrastares as vicissitudes da vida e te achares na eminência de desfalecer, chama-me: 

"Eu sou a Força capaz de remover-te as pedras do caminho e sobrepor-te as adversidades do mundo!"

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: 

“Eu sou a Paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis!”

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode inspirar-te confiança, vem a Mim: 

“Eu sou a Sinceridade, que sabe corresponder a franqueza de suas atitudes e excelsitudes de teus ideais!

Quando um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela por Mim: 

“Eu sou a Esperança, que te robustece a fé e te acalenta os sonhos!”

Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções e o ceticismo te avassalar a alma, recorre a Mim: 

“Eu sou a Crença, que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade!”

Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de Mim: 

“Eu sou a Luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos!”

Quando inclemente te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de Mim: 

“Eu sou o Refúgio em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito!”

Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos, grita por Mim: 

“Eu sou o Bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!”

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, chama por Mim: 

“Eu sou a Alegria que insulfa um alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo inferior!”

Quando a impiedade recusar-se a revelar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: 

“Eu sou o Perdão, que te levanta o animo e promove a reabilitação do teu espírito!”

Quando já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento do teu semelhante, aproxima-te de Mim: 

“Eu sou a Renúncia, que te ensina a olvidar ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo!”

E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura, ao pássaro que canta, a flor que desabrocha, a estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda. Chamo-me Amor, o remédio para todos os males que te atormentam o Espírito!

Eu sou Amor! Eu sou Jesus!

Autor Desconhecido