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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Prece da Árvore




 Ser Humano, 
Protege-me! 

Junto ao puro ar 
da manhã ao crepúsculo, 
eu te ofereço 
aromas, flores, frutos e sombra! 

Se ainda assim não te bastar, 
curvo-me e te dou 
proteção para teu ouro, 
pinho para tua nota, 
teto para teu abrigo, 
lenha para teu calor, 
mesa para teu pão, 
leito para teu repouso, 
apoio para teus passos, 
bálsamo para tua dor, 
altar para tua oração 
e te acompanharei até à morte... 

Rogo-te: Não me maltrates!

Walter Rossi


Fonte:

Walter Rossi
Jornal da Poesia
http://www.jornaldepoesia.jor.br/wrossi.html

e
Árvores Sagradas
Por Sandra Siciliano

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Soil, Soul and Society / Satish Kumar

Satish Kumar is an internationally renowned speaker on ecological and spiritual issues. When he was only nine years old, Satish renounced the world and joined the wandering brotherhood of Jain monks. He left the monastic order and became a campaigner for land reform, working to turn Gandhi's vision of a peaceful world into reality, before undertaking an 8,000 mile peace pilgrimage, walking from India to America without any money, through deserts, mountains, storms and snow.

Since 1973 he has been Editor at Resurgence magazine and his books include No Destination; You Are Therefore I Am; Spiritual Compass; Earth Pilgrim.

Satish teaches, lectures and runs workshops on reverential ecology, holistic education and voluntary simplicity. He was awarded an Honorary Doctorates in Education (2000), Literature (2001) and in 2009 an Honorary Doctorate of Law from the University of Exeter.

Satish has regularly contributed to Radio 4's Thought for the Day and has appeared as a guest on Desert Island Discs. He featured in BBC2's Natural World Series - Earth Pilgrim: A Spiritual Journey into the Landscape of Dartmoor. Satish is a Vice President at the RSPCA.

In the spirit of ideas worth spreading, TED x is a program of local, self-organized events that bringpeople together to share a TED - like experience. 

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Evangelho dos Essênios: para Gaia, a Mãe Terra



Para a Mãe Terra

"Abençoado seja 
o Filho da Luz 
que conhece sua Mãe Terra, 
pois é ela a doadora da vida.


Saibas que 
a sua Mãe Terra 
está em ti e tu estás Nela.


Foi Ela quem te gerou 
e que te deu a vida 
E te deu este corpo 
que um dia tu lhe devolvas.


Saibas que 
o sangue 
que corre nas tuas veias 
Nasceu do sangue 
da tua Mãe Terra,
o sangue Dela cai das nuvens,

jorra do ventre Dela 
borbulha nos riachos 
das montanhas 
flui abundantemente 
nos rios das planícies.


Saibas que 
o ar que respiras 
nasce da respiração 
da tua Mãe Terra,

o alento Dela 
é o azul celeste 
das alturas do céu 
e os sussurros 
das folhas da floresta.


Saibas que 
a dureza dos teus ossos 
foi criada dos ossos 
de tua Mãe Terra.


Saibas que 
a maciez da tua carne 
nasceu da carne 
de tua Mãe Terra.


A luz dos teus olhos, 
o alcance dos teus ouvidos 
nasceram 
das cores e dos sons 
da tua Mãe Terra 
que te rodeiam 
feito às ondas do mar 
cercando o peixinho.


Como o ar 
tremelicante 
sustenta o pássaro 
em verdade te digo, 
tu és um 
com tua Mãe Terra 
ela está em ti 
e tu estás Nela.


Dela tu nasceste, 
Nela tu vives 
e para Ela 
voltará novamente.


Segue, 
portanto, 
as Suas leis 
pois teu alento 
é o alento Dela.


Teu sangue 
o sangue Dela.


Teus ossos 
os ossos Dela.


Tua carne 
a carne Dela.


Teus olhos 
e teus ouvidos 
são Dela também.


Aquele que 
encontra a paz 
na sua Mãe Terra 
não morrerá jamais, 
conhece esta paz 
na tua mente 
deseja esta paz 
ao teu coração 
realiza esta paz 
com o teu corpo."


Evangelho dos Essênios

quinta-feira, 22 de março de 2012

Declaração Universal dos Direitos da Água


De acordo com a Declaração Universal dos Direitos da Água, ela é a seiva do nosso Planeta e condição essencial da vida na Terra. 

Confira os artigos:

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Fonte:

domingo, 6 de novembro de 2011

The hidden beauty of pollination by Louie Schwartzberg

Pollination: it's vital to life on Earth, but largely unseen by the human eye. Filmmaker Louie Schwartzberg shows us the intricate world of pollen and pollinators with gorgeous high-speed images from his film "Wings of Life," inspired by the vanishing of one of nature's primary pollinators, the honeybee.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Produtos de Limpeza Ecológicos / Produtos Naturais


Para minimizar o impacto que causamos ao nosso lindo Planeta Terra, que tal fazer produtos de limpeza ecológicos? Assim contribuímos para a saúde da Terra e também é uma boa economia.


SABÃO LÍQUIDO PARA LOUÇA

2 litros de água
1 sabão caseiro ralado
1 colher de óleo de rícino
1 colher de açúcar
Ferva todos os ingredientes até dissolver e engarrafe.

DETERGENTE ECOLÓGICO

1 pedaço de sabão de coco neutro
2 limões
4 colheres de sopa de amoníaco (que é biodegradável)
Derreta o sabão de coco, picado ou ralado, em um litro de água. Depois, acrescente cinco litros de água fria. Em seguida, esprema os limões. Por último, despeje o amoníaco e misture bem. Guarde o produto resultante em garrafas e utilize-o no lugar dos similares comerciais. Você obterá seis litros de um detergente que limpa, não polui e tem valor econômico muito menor que o similar industrializado.

DETERGENTE ECOLÓGICO MULTIUSO

Água
Vinagre
Amônia líquida (amoníaco)
Bicarbonato de sódio e ácido bórico
Em um litro de água morna (cerca de 45º C), coloque uma colher de sopa de vinagre, uma colher de sopa de amoníaco, uma colher de sopa de bicarbonato de sódio e uma colher de sopa de bórax ou ácido bórico. Utilize em qualquer tipo de limpeza, em substituição aos multiusos convencionais. Como qualquer produto de limpeza convencional, mantenha os detergentes ecológicos fora do alcance decrianças e animais domésticos.

DESINFETANTE PARA BANHEIRO

1 litro de álcool (de preferência 70º)
4 litros de água
1 sabão caseiro
Folhas de eucalipto
Deixe as folhas de eucalipto de molho no álcool por 2 dias. Ferva 1 litro de água com o sabão ralado, até dissolver. Junte a água e a essência de eucalipto. Engarrafe.

AMACIANTE DE ROUPAS

5 litros de água
4 colheres de glicerina
1 sabonete ralado
2 colheres de sopa de leite de rosas
Ferva 1 litro de água com o sabonete ralado até dissolver. Acrescente mais 4 litros de água fria, as 4 colheres de glicerina e as 2 colheres de leite de rosas. Mexa bem até misturar e depois engarrafe.

PARA LIMPAR JANELAS E ESPELHOS

Para limpeza de rotina, use 3 colheres de vinagre diluídas em 11 litros de água quente. Se o vidro estiver muito sujo, primeiro limpe-o com água e sabão. Para secar superfícies, utilize tecido de algodão reutilizado ou jornais velhos.

PARA LIMPAR E DESODORIZAR CARPETES E TAPETES

Misture duas partes de fubá com uma parte de bórax. Pulverize generosamente, deixe descansar por uma hora e aspire. Uma desodorização rápida pode ser obtida pulverizando-se o carpete com bicarbonato e aspirando logo a seguir.

PARA AMACIAR AS ROUPAS

Adicione ½ copo de vinagre ou ¼ de copo de bicarbonato durante o enxágüe.

PARA LIMPAR O BANHEIRO

Para limpeza geral de banheiros, use escova com bicarbonato de sódio e água quente. Para pias, despeje vinagre e deixe descansar durante a noite, enxaguando pela manhã. Para limpar bacias, aplique uma pasta de bórax e suco de limão. Deixe por algumas horas e dê descarga. Ou utilize uma solução forte de vinagre.

PARA LIMPAR VIDROS E TIRAR GORDURA

Use uma solução de vinagre ou limão diluídos em água.

PARA LIMPAR O FORNO

Basta uma solução de água quente com bicarbonato de sódio, que deve ser passada com um pano fino.

PARA LIMPAR PANELAS QUEIMADAS

Cubra a área com uma fina camada de bicarbonato de sódio e água e deixe descansar por algumas horas antes de lavar.

LIMPADOR PARA JANELAS

Misture ½ xícara de álcool, 2 xícaras de água e uma colher de sopa de amoníaco. Coloque luvas e aplique a solução com um pedaço de pano.

LIMPADOR PARA JANELAS E ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO

Para manter janelas e esquadrias de alumínio sempre brilhando como novas, é só limpá-las uma vez por mês com uma mistura de óleo de cozinha e álcool, em partes iguais. Em seguida é só passar um pano macio ou flanela.

LIMPADOR PARA PISOS DE CERÂMICA

Misture no balde de limpeza aproximadamente 3,5 litros de água com ¾ de xícara de vinagre branco e ½ xícara de amoníaco. Lave o piso como de costume.

NAFTALINA

A naftalina afeta o fígado e os rins. No lugar dela use sachês com flores de lavanda.

DESODORANTE DE AMBIENTE

Pode ser substituído por uma solução de ervas com vinagre ou suco de limão. Além de gastar menos dinheiro, você evita produtos responsáveis pelo aumento de doenças respiratórias e alergias.

Fonte: Ipema Brasil

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ecologia e Psicossíntese


"Temos visto um despertar mundial de preocupação com o ambiente de nosso planeta, e ao mesmo tempo continuamos a ouvir sobre a devastação das florestas tropicais, os danos à camada de ozônio, a perda de terras cultiváveis e sua desertificação, a acumulação e o derramamento acidental de materiais radioativos e tóxicos, a destruição de antigos ecossistemas e de culturas humanas nativas, a extinção de milhares de espécies. 

Não podemos mais negar que nossos sistemas de apoio à vida no planeta Terra sejam gravemente expostos ao perigo, talvez além de um possível reparo.

Como achamos nosso caminho em tal mundo? 

Os pensadores e escritores preocupados com o futuro do planeta falam todos da necessidade de mudanças no modo de pensar, na atitude, nos valores culturais, começando com o indivíduo. 

Qual é a natureza desta mudança e como isto acontecerá? 

Como podemos ajudar a despertar nosso potencial humano e colocá-lo a serviço da paz, da justiça e da sustentabilidade, agora e para as futuras gerações?

Muitos de nós almejamos promover uma diferença, suscitar melhorias para nós mesmos, para o outro e para nossas crianças. 

Sentimos que temos que aprender e crescer como indivíduos ao mesmo tempo que nós tentamos mudar as coisas ao nosso redor. 

Queremos ficar mais eficientes e mais curadores para o planeta em nossas ações. 

Queremos nos sentir conectados com o mundo natural à nossa volta e com os outros. 

Buscamos sabedoria e inteireza".



Molly Young Brown

Extraído do livro "Growing Whole: Self-Realization on an Endangered Planet" de Molly Young Brown

terça-feira, 31 de maio de 2011

Zé agricultor


A carta a seguir - tão somente adaptada por Barbosa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parques Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia.
   
    Prezado Luís, quanto tempo.
 
    Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.
 
    Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite, e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra, né, Luis?
 
    Pois é. Estou pensando em mudar para viver aí na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí da cidade. Tô vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.
 
Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.
 
    Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né, Luís?
 
    Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô Luis, os bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?
 
    Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra, né, Luís? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.
 
Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luís, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.
 
Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.
 
Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ia mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis, ai quando vocês sujam o rio também pagam multa grande, né?
 
Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.
 
Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né, Luís? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.
 
Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.
 
Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.
 
Eu vou morar aí com vocês, Luís. Mais fique tranquilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sítio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.
 
Até mais Luis.
 
Ah, desculpe Luis, não pude mandar a carta com papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Os principais frutos do cerrado brasileiro e seus benefícios à saúde


Quem já ouviu falar de pequi, mangaba, araticum, buriti ou curriola?

Estes nomes são designados às frutas nativas do cerrado brasileiro e quase desconhecidas pela maioria da população.

No entanto, tendem a fazer parte da rotina alimentar de consumidores que optam por uma alimentação saudável e com benefícios à saúde.


As fruteiras nativas ocupam lugar de destaque no ecossistema do cerrado e seus frutos já são comercializados em feiras da região e com grande aceitação popular.

Esses frutos apresentam sabores sui generis e elevados teores de açúcares, proteínas, vitaminas e sais minerais, podendo ser consumidos in natura ou na forma de sucos, licores, sorvetes, geleias, etc.

Hoje, existem mais de 58 espécies de frutas nativas do cerrado conhecidas e utilizadas pela população.


Detentoras de sabores e características exóticas, as frutas do cerrado vêm ultrapassando as fronteiras da fama local e ganhando consumidores pelo Brasil afora.

Atualmente, é possível encontrar produtos à base de tais frutos em aeroportos e comércio de grande parte do país.


Dentre as frutas conhecidas e estudadas, vale destacar o pequi, um fruto muito consumido e famoso na região como o ouro do cerrado. Além do sabor peculiar, tal fruto contém uma excelente quantidade de antioxidantes, as célebres substâncias que combatem os radicais livres.


Pequi: 'ouro' do cerrado rico em vitamina C


Uma das que mais aparecem no pequi é a vitamina C, mas o licopeno, composto que protege a próstata e o coração, não fica tão atrás. O pequi sempre fez parte da culinária e cozinhar no arroz ou no feijão são as maneiras mais tradicionais de preparo. Várias empresas já se especializaram em extrair o óleo, fazer doces, licores, xaropes e sabonetes com a planta.


Também vale destacar que trabalhos desenvolvidos no nosso laboratório com o baru, uma castanha muito consumida na região do cerrado mostraram uma quantidade de vitaminas e minerais significativas, com destaque para ferro, cobre, zinco, fósforo e magnésio, essenciais para o bom funcionamento e para as defesas do organismo.


Baru: suas nozes reduzem o coleterol "ruim" LDL

Esses estudos comprovam que as nozes do baru são indicadas na prevenção de doenças cardíacas e na redução do colesterol “ruim” LDL, por serem ricas em lipídios poli-insaturados, semelhantes ao azeite de oliva. Também apresenta relevantes fontes de sais minerais, fibras, vitaminas e óleos monoinsaturados benéficos à saúde, principalmente ao sistema cardiovascular.

Podemos ainda ressaltar outros frutos da região do cerrado tais como o buriti fonte de carotenoides, a cagaita e gabiroba pelo seu elevado teor de vitamina C, o araticum riquíssimo em antioxidantes e a mangaba pelo teor elevado de açúcares, entre outros.


O consumo das riquezas frutíferas nativas do cerrado foi de suma importância para a sobrevivência dos primeiros desbravadores e colonizadores da região.

Através da adaptação e do desenvolvimento de técnicas de beneficiamento dessas frutas, o homem elaborou verdadeiros tesouros culinários regionais, tais como licores, doces, geleias, mingaus, bolos, sucos, sorvetes e aperitivos. Possibilitando assim, que o país inteiro utilize as riquezas disponíveis nessa região.


Por muito pouco, porém, a riqueza de todas essas espécies não se perde antes mesmo de extrapolar os limites do cerrado.

Afinal, esse é o bioma brasileiro que mais tem sofrido com a ação destruidora do homem, de forma que estimativas otimistas dão conta de que hoje só 20% de sua área original estejam preservadas.

Isso quer dizer que dezenas de espécies frutíferas podem ter sido aniquiladas, sem que seja tomado conhecimento de seu gosto e de suas propriedades.


A dica, portanto, é desfrutar das riquezas que o nosso país apresenta e valorizar os frutos do cerrado!


Jocelem Salgado

Fonte:
via estelar

sábado, 26 de março de 2011

A Natureza pede socorro!




“O mundo requer novas atitudes!
Para isto, a formação do ser humano não se deve limitar apenas em questões técnicas ou científicas.
Os grandes problemas do planeta clamam por um ser mais reflexivo, consciente, solidário ao próximo e à natureza...”

Literatura de Cordel

1.
Vivemos numa estufa,
Do aquecimento global.
De tanta poluição,
Estamos passando mal.
Ninguém agüenta mais,
Nem ser humano e animal.


2.
A Natureza pede socorro,
A Ecologia pede reação.
Para acabar com o desmatamento,
E a triste poluição.
Que já devasta o mundo,
Destruindo a nação.


3.
Rios e igarapés
Foram todos poluídos.
Já há tempo que se alerta,
Que a terra está em perigo.
Pois, sem a Natureza viva,
Estamos, todos perdidos.


4.
Para que tanto progresso?
Se dele não vamos usufruir.
Se não cuidarmos da terra,
Deixaremos de existir.
E nada que produzirmos,
Poderemos consumir.


5.
Quando seca um Rio,
É a Natureza gritando.
Dando sinal para o homem,
Que não está agüentando.
Com a degradação da Natureza
A Terra está definhando.


6.
Cuidamos da Natureza,
Ou juntos vamos perecer.
Não terá rico, nem pobre,
Ela não vai escolher.
Não existirá condição social,
Pois, todos vamos morrer.

7.
É preciso com urgência,
Que o Estado faça intervenção.
Com projetos ambientais,
Que cesse a poluição.
Punindo todos os culpados,
Dessa imoral ação.


8.
Capitalismo selvagem,
Só trabalha para o ter.
Sem medir as conseqüências,
Do que pode acontecer.
Suplantando até a ética,
Em função do poder.


9.
Nosso planeta agoniza
Soltando um grande gemido.
Pois é preciso que o povo,
Esteja muito mais unido.
Lutando pela melhora.
Deste planeta sofrido.


10.
O mundo requer novas atitudes!
Para haver transformação.
Sem limitar as questões técnicas,
Mas os problemas da nação.
Tal como o da Ecologia,
Que é vida e humanização.


11.
É preciso um ser humano,
Consciente e solidário.
Com as questões da Ecologia,
Que é um problema humanitário.
Mas em função do capital,
Este tornou secundário.


12.
Para conscientizar a sociedade.
Precisa-se de uma Educação Ambiental,
Para queimarem os lixos
Somente no seu quintal.
E fazer a reciclagem,
Para o desenvolvimento social.


13.
O modelo de desenvolvimento econômico,
Gera muitos problemas ambientais.
Provocando a crise que conhecemos,
Também em ambientes culturais.
Degradando o planeta,
Com problemas sociais.


14.
O risco de um colapso ecológico,
Isso já é pura realidade.
Sinais eloqüentes desta crise,
É o avanço da desigualdade.
E também de muita pobreza,
Devastando a sociedade.


15.
Um novo modelo de humanidade,
Nos pede uma mudança urgente.
Sem exclusão social,
Que nos trate como gente.
Tratando-nos como ser humano
E não como delinqüentes.


16.
O desenvolvimento tecnológico,
Não resolveu o problema da pobreza.
Fez uma disparidade social,
Acabando com a Natureza.
Dando espaço ao capitalismo,
Produzindo mais riqueza.


17.
Não há avanço e progresso,
Se a humanidade perece,
Só há alguma mudança
Quando o pior acontece,
É furacão é terremoto
Coisas que nos entristece.


18.
Como podemos entender;
De um lado avanço da tecnologia.
De outro miséria e insegurança,
É o povo em grande agonia.
De um lado desperdício de água,
E muitos sem cidadania.


19.
É preciso ações de cidadania,
Superando a sociedade do ter,
Formando um mundo justo,
Que todos possam viver.
Com dignidade e direitos,
Com ética e com dever.


20.
É preciso incluir, a questão ambiental,
Em todos os níveis da educação.
Tendo como princípio a sustentabilidade,
A ética do cuidado e a precaução.
Buscando a cada dia,
Acabar a devastação.


21.
Natureza, Ecologia e Meio Ambiente.
Integramos em nosso projeto,
Listando todos presente.
Tendo muito cuidado
Onde eles estão carente.
Nisso estamos fazendo, atitude inteligente.



Por Nilton Gonçalves Menezes
Barcarena/PA

Hora do Planeta! É hoje: 26 de Março! Participe!


Sábado, dia 26 de março, das 20h30 às 21h30:

Apague as luzes para ver um mundo melhor!!!!!!!!!!!

A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é um ato simbólico no qual todos são convidados a mostrar sua preocupação com o aquecimento global. É uma iniciativa global da Rede WWF para enfrentar as mudanças climáticas.

Durante a Hora do Planeta, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global.

Em 2010, a Hora do Planeta foi um sucesso absoluto, com recordes estabelecidos no mundo e no Brasil. Globalmente, 105 nações, 4.211 cidades e 56 capitais nacionais aderiram. Já no Brasil, mais de três mil empresas, 579 organizações, três governos e 98 prefeituras participaram do movimento simbólico de alerta contra o aquecimento global e em favor da conservação de ecossistemas terrestres e aquáticos.

Junte-se a este movimento! Visite o site www.horadoplaneta.org.br e veja como participar!

"A Hora do Planeta é um movimento de todos nós. Ela une cidades, empresas e indivíduos para demonstrar às lideranças mundiais - e, principalmente, para mostrar uns aos outros - que queremos uma solução contra o aquecimento global. É uma oportunidade única para nós, brasileiros, de nos unirmos com a comunidade global em uma única voz para deter as mudanças climáticas."

Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil

Fonte:
wwf

terça-feira, 22 de março de 2011

Declaração Universal dos Direitos da Água / Dia Mundial da Água


História do Dia Mundial da Água


O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.


Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido?

A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.


No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.


Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.


Declaração Universal dos Direitos da Água


Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.


Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.


Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.


Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.


Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.


Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.


Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.


Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.


Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.


Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.