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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Halloween! Que tal um Dia das Bruxas inusitado e especial?













TERAPEUTA DE FREQUÊNCIA VIBRACIONAL


Por Sandrah Belleza Novelli





Jornada da Consciência LV



Dia das Bruxas x Halloween



   Entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro,
acontece o evento mágico do dia das bruxas,
que é uma tradição nos países anglo-saxônicos, e
é uma comemoração repleta de mistério e magia,
quando as crianças batem nas portas perguntando: doces ou travessuras?

  O sentido desse dia pode ser meditar e
podemos usar a simbologia para autoconhecimento.

Que tal?

Toc toc toc...

Doces ou travessuras?

 O caldeirão pode representar transformação e renovação.

O que você quer transformar ou renovar na sua vida?

A varinha mágica para dar vida às poções mágicas pode representar
o seu poder espiritual de manifestar encantamentos em sua vida.

O que você mais quer manifestar na sua vida hoje?

A taça de prata usada para beber as poções mágicas pode representar
o seu sabor por degustar a vida em sua plenitude.

Qual é a atividade que você mais gosta de fazer
e há tempos não tem feito?

O incenso pode representar os bons aromas que trazem
lembranças e boas recordações de momentos felizes.

Pensando em aromas, qual é e qual a lembrança feliz que você recorda?

A vassoura pode representar a transformação do negativo em positivo na sua vida.

O que pode ser transformado de negativo em positivo em sua vida?
Comece já, agora!

As velas podem representar a luz da sua alma manifestando a sua missão de vida,
aquilo que você mais gosta de fazer.

O que você mais gosta de fazer e que te faz feliz e
que você faria até de graça?

A poção da sorte pode representar a gratidão que você tem por tudo na sua vida.

Simplesmente agradeça, por tudo,
absolutamente tudo da sua vida!

Um diário mágico pode representar a alegria em registrar os conhecimentos,
experiências e aprendizados do seu dia-a-dia.

Olhando para trás o que você pode registrar hoje como evolução,
como uma experiência que trouxe um aprendizado?

O chapéu da bruxa em forma de um cone pode representar a
sua capacidade de conexão com os seres etéreos e
com seu anjo de guarda.

Já conversou com seu anjo de guarda hoje?
Já pediu proteção para o seu dia?
Já agradeceu pela companhia do seu anjo durante todo o seu dia?

As abóboras com velas acesas em seu interior
podem representar a interiorização,
o seu poder de se conectar consigo mesmo(a).

Já ficou com você hoje?

Que tal celebrar a magia da vida?

Que tal ter gratidão por mais um dia de vida?

Que tal fazer de cada dia uma magia especial?

Que tal espalhar amor?

Que tal ser feliz?







Boa jornada através da consciência!



Boa viagem ao autoconhecimento!





TERAPEUTA DE FREQUÊNCIA VIBRACIONAL



Estou à disposição para atender você.





terça-feira, 8 de outubro de 2013

Imaginação x Realidade





O Cérebro não diferencia Imaginação de Realidade


Estamos em constante contato com o mundo físico, grosseiro, com a sensação de estarmos separados dos objetos de nossa percepção. 

Nesse fenômeno de difícil solução, o problema difícil dos neurocientistas, necessitamos de uma ampliação de conceitos e contextos para seu esclarecimento. Há uma cisão entre sujeito e objeto na captação da realidade. Tudo aquilo que aparece em nossa percepção, captado pelos meus órgãos dos sentidos, encontra-se separado – nós conseguimos compartilhar as experiências com outros observadores devido a esse fenômeno. Esse processo de captação da realidade necessita de uma explicação baseada no que entendemos por consciência. Há vários neurocientistas que vem estudando a consciência como sendo um padrão de processos mentais, ou seja, um epifenômeno do cérebro. Essa visão é limitante e deixa as pesquisas estacionadas. 

A fisica quântica trouxe para a equação a presença do observador. Ela admite que todos os objetos do universo são ondas de possibilidades e portanto, não podem provocar seu próprio colapso de onda. Temos que admitir a existência de algo fora do sistema capaz de converter possibilidade em realidade e esse algo não material é a consciência. 

A consciência é capaz de intermediar esse colapso das ondas de possibilidades em fato manifesto deixando claro e livre de paradoxos que qualquer realidade ocorre em dois domínios: 
  • Possibilidades e 
  • Fato Manifesto.
Hoje, com o avanço da tecnologia de mapeamento cerebral, podemos estudar o cérebro de forma dinâmica. Isso trouxe uma importante consequência para as pesquisas da consciência. 

O cérebro não consegue diferenciar realidade de imaginação. Os mesmos processos de sinapses utilizada pelo cérebro durante a percepção de um objeto separado e externo é o mesmo processo de sinapses utilizados durante a imaginação desse mesmo objeto, agora apenas em nossa percepção interna, particular. Isso começa a proporcionar um embasamento científico para todas as terapias que lidam com o campo sutil, sejam elas oficializadas por órgãos competentes ou não. 

O fato de um grupo de pessoas apenas imaginar que estão aprendendo uma determinada habilidade comparada com outro grupo que realmente estão treinando mecanicamente esta habilidade, não mostrou nenhuma diferença significativa entre ambos. Esse conceito fez despertar, emergir o conceito da neuroplasticidade. A capacidade que todos temos de criar novos circuitos cerebrais para expressar novas habilidades de nossa consciência. 

Estimular a formação de novas sinapses em um processo denominado de sinaptogênese é feito a cada momento diante das inúmeras percepções que captamos do mundo exterior. Essas novas sinapses determinam novas redes neurais que por sua vez formarão novas memórias. Vejam a interligação entre percepção e memória. Percepção exige memória e memória exige percepção. Com certeza essa circularidade quer nos dizer alguma coisa e ter a consciência como epifenômeno do cérebro não ajudará na compreensão desse processo.

Meus amigos, em breve utilizarei esses conceitos para exemplificar como a terapia mente/corpo pode ser utilizada, trazendo uma expansão para o tratamento médico em busca de uma avaliação integral do ser humano.

Aqui está o raciocínio que permite o embasamento das diversas terapias mente/corpo disponíveis hoje. Acredito que em um futuro bem próximo a medicina oficial incorporará em suas práticas a opção da meditação, da contemplação, da oração, das atividades físicas relaxantes, das terapias energéticas além da abordagem alopática hoje em prática. O ser humano necessita de uma abordagem integral pois é um ser integral, constituído de intuições, pensamentos, sentimentos além da biologia molecular que o envolve.

COMUNICAÇÃO MENTE - CORPO

Como conversamos anteriormente no texto sobre Realidade e Imaginação, o cérebro não consegue diferenciar realidade de imaginação. Quando entramos em contato com o mundo externo, tornando real aquele momento em nossa percepção ocorre a cisão sujeito/objeto, ou seja, percebo a realidade-objeto separado da minha consciência ao mesmo tempo que guardo a sensação de ser o sujeito observando. Estamos a todo instante mensurando as coisas ao nosso redor. A consciência utiliza a interface cerebral a disposição para identificar-se com o cérebro em cada mensuração quântica realizada. Estímulos diversos chegam ao cérebro dando oportunidade para co-criarmos a realidade. Esses estímulos necessitam da luz refletida sobre os objetos para que haja a percepção do mesmo armazenando-os para posterior aprendizado, ou seja, a memória. Há uma região cerebral, determinada pelas avaliações dinâmicas de mapeamento cerebral, denominada hipocampo com plena atividade nesse processo. Essa área do hipocampo recebe as primeiras impressões dos estímulos externos e guarda uma interconexão bem próxima com o córtex cerebral responsável pelas atividades somestésicas e motoras, que determinam nossas ações.

As informações advindas das diversas interações sociais que o ser humano vivência em seu dia a dia alimentam o córtex cerebral e o hipocampo. Uma palavra mal interpretada, uma dúvida sobre sua conduta pessoal, um vizinho que chega e não lhe cumprimenta, um chefe com extrema soberba disfere ordens e mais ordens, contas que chegam e dinheiro que falta para pagá-las, a indiferença das pessoas que o cercam, a violência verbal e não verbal do transito das cidades hodiernas, a impaciência dos transeuntes, as palavras e gestos impensados contra as pessoas que amamos diante de uma contrariedade, irritabilidade no comportamento diário, preocupações diversas no setor familiar como a educação dos filhos, ou seja, o viver de cada um de nós no dia a dia. 

Esses contatos e interações sociais alimentam nosso psiquismo e nosso cérebro. Todas essas impressões e vibrações vivenciadas pelo ser humano requer uma gama de energias que qualificam cada experiência. Nossas células nervosas estimuladas por todo esse conteúdo vibracional dessas experiências fazem tocar um acorde específico em nosso corpo, utilizando-se de moléculas especificas chamadas de substâncias informacionais: hormônios, neurotransmissores, peptídeos, etc. Essas substâncias, por sua vez, estimulam o núcleo da célula a produzirem, por intermédio do DNA, o RNA mensageiro que irá até o citoplasma para sintetizar a proteína especifica para a finalidade em questão. Chegamos assim em uma comunicação entre mente-corpo-gene.

O estímulo percorre então este percurso estabelecendo uma comunicação entre mente e cérebro (mente-cérebro), depois continua a comunicação entre cérebro e corpo (cérebro-corpo) que por fim chega à célula que se comunica com o gene (célula-gene). 

Os trabalhos de neurocientistas mostram que o tempo para o estímulo percorrer o percurso mente-cérebro, cérebro-corpo e célula-gene leva cerca de 120 minutos e que o tempo da informação percorrer célula-gene dura cerca de 20 minutos. Esse conhecimento é fantástico! A mente, através de nossos pensamentos, estimula o cérebro que se comunica com o corpo que atua na célula e chega nos genes estimulando-os a produzirem suas proteínas especificas para exercerem suas funções específicas.

Meditação, contemplação, oração, sono reparador, terapias energéticas, exercícios físicos relaxantes e até mesmo a medicina convencional ganham um novo aliado em busca da compreensão da saúde. Tranquilizar a mente, serenidade, calma, benevolência, caridade, gratidão, perdão, humildade, equilíbrio, fraternidade, indulgência, esperança, compreensão, valores diversos esquecidos ou adormecidos, irão fazer tocar um acorde diferente, onde essas informações, agora com um novo teor vibracional, chegarão até as células fazendo-as produzirem as proteínas adequadas para funções adequadas promovendo nossa saúde.

Precisamos estar atentos em nosso dia a dia para escolhermos a opção de sermos saudáveis.

Dizer não aos nossos hábitos e condicionamentos limitantes e limitados por nosso sistema de crenças dominado pelo nosso EGO. 

Despertar para a necessidade de transformação pessoal através de um processo de criatividade interna trará ao nível consciente novas possibilidades para a realidade co-criada de cada um de nós e essa transformação pessoal terá um efeito dominó, inicialmente em nós mesmos e nas pessoas que nos cercam e assim atingiremos o coletivo contagiando-os pela nossa transformação pessoal, em aceitando nossos sentimentos deslocados de nossa mente consciente e dando uma nova interpretação para os temas arquetipicos como a 
  • Verdade, 
  • Beleza, 
  • Bondade, 
  • Justiça, 
  • Abundância e 
  • Amor. 
Esses valores andam esquecidos ou adormecidos e devemos buscar esses temas constantemente para criar um novo contexto e, por consequência, darmos novos significados de valor para a realidade que criamos para nós mesmos

Por Dr. Milton Moura

Fonte:

Texto publicado com a autorização do autor.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

...aquele que nascemos para ser...




"O privilégio de toda uma vida
é ser aquele que nascemos para ser.

Siga a sua bem-aventurança,
lá onde há um profundo sentido do seu ser,
lá onde seu corpo e sua alma querem ir.

Encontre a paixão da sua vida e siga-a,
siga o caminho que não é caminho.

Quando tiver essa sensação,
fique aí e não deixe ninguém arrancá-lo desse lugar.

E portas se abrirão onde antes não havia portas
e você sequer imaginava que pudesse haver"

Joseph Campbell

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

E portas se abrirão...


"O privilégio de toda uma vida 
é ser aquele que nascemos para ser. 

Siga a sua bem-aventurança, 
lá onde há um profundo sentido do seu ser, 
lá onde seu corpo e sua alma querem ir. 

Encontre a paixão da sua vida e siga-a, 
siga o caminho que não é caminho. 

Quando tiver essa sensação, 
fique aí e não deixe ninguém arrancá-lo desse lugar. 

E portas se abrirão onde antes não havia portas 
e você sequer imaginava que pudesse haver" 

Joseph Campbell

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

...viver a imaginação...


"Não se curem além da conta. 
Gente curada demais é gente chata. 
Todo mundo tem um pouco de loucura. 
Vou lhes fazer um pedido: 
vivam a imaginação, 
pois ela é a nossa realidade mais profunda. 
Felizmente, eu nunca convivi 
com pessoas muito ajuizadas" 

Nise da Silveira

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Surpresa!


“Tem gente 
que entra na nossa vida 
de forma providencial 
e se encaixa naquela história 
que gosto de imaginar: 
surpresas 
que Deus embrulha pra presente 
e nos envia no anonimato. 
Surpresas 
que só sabemos de onde vêm 
porque chegam 
com o cheiro dele no papel.” 

Ana Jácomo

sábado, 16 de junho de 2012

Cérebro / Neuróbica: Aeróbica para os Neurônios


Consiste de ginástica para o cérebro. A Neuróbica (ou Neurofitness) é um conceito relativamente recente que tem vindo a ser desenvolvido como consequência dos últimos avanços das Neurociências. Nesta atividade procura-se proporcionar um espaço para o exercício da mente, tal como se fosse a prática de uma atividade física regular ou uma ida ao ginásio. Fundamenta-se na crença de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente terá que ser treinada, estimulada e desenvolvida.

Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões. Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que você realiza diariamente.

Esses exercícios ajudam a estimular a produção de nutrientes que desenvolvem as células do cérebro, tornando-o mais jovem e forte, e podem ser realizados em qualquer lugar, a qualquer hora.

Você sabia que o cérebro, apesar de envelhecer, continua a possuir uma capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões? 

Descobertas como esta constituem a base da Neuróbica, a nova teoria do exercício cerebral.

Assim como os exercícios físicos ajudam a manter sua forma física, a Neuróbica pode ajudar a melhorar sua capacidade cerebral. O seu objetivo é lhe proporcionar uma maneira equilibrada, confortável e agradável de estimular seu cérebro.

O programa de exercícios da Neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos -- visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" emocional e social.

Como foi desenvolvida

A Neuróbica surgiu nos EUA, criada pelo neurocientista americano Larry Katz e, como se trata do cérebro, tem como princípio a velha máxima use-o ou perca-o. É que quanto mais ativas, as diferentes áreas do cérebro e suas conexões ficam mais fortes e saudáveis.

No livro Mantenha seu Cérebro Vivo, Katz explica que o declínio das funções mentais pode não resultar da morte de células nervosas – o que ocorre, inevitavelmente, com a idade -, mas sim da redução do número de conexões entre elas. Os exercícios, portanto, servem para estimular a formação de sinapses - regiões dos neurônios responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos entre as células.

A técnica tem seguidores no Brasil. Segundo o professor de Educação Física Vicente Rocha, o avanço da idade vai restringindo a capacidade de formar novas sinapses. "Além da restrição na formação dessas sinapses, as pessoas também podem perder as antigas por não usá-las. Atividades não-rotineiras, como andar de costas e movimentar os braços em dessincronia, ajudam a evitar que ocorram esses processos, pois obrigam o cérebro a realizar procedimentos que ele não está habituado", afirma.

Entre os médicos, a aceitação ainda é controversa. Mas, para o professor, a eficácia é certa. "Certa vez, um senhor de 82 anos chegou até mim, sem conseguir andar. Oito meses da aeróbica do cérebro foram suficientes para que ele pudesse completar, sozinho, a volta completa na Lagoa Rodrigo de Freitas, caminhando", relata ele, com entusiasmo.

Objetivo

É ajudar o praticante a manter um nível permanente de capacidade, força e flexibilidade mental. O funcionamento é simples. Não é preciso resolver quebra-cabeças ou fazer baterias de testes. Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações.

Experimente usar o relógio de pulso no braço direito e de cabeça para baixo. Que tal escovar os dentes com a mão esquerda, se for destro, ou com a mão direita, se for canhoto? Ou vestir-se vestir-se de olhos fechados? Também vale fazer combinações gastronômicas inusitadas para estimular o paladar. Vale misturar maionese com leite condensado.

A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção, usar um novo caminho para ir ao trabalho, conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, interagir com pessoas desconhecidas são ações que levam a novas reações emocionais.

Como acontece a Neuróbica

Ao fazer isso, circuitos quase nunca ativados da rede associativa do seu cérebro são utilizados, aumentando a flexibilidade mental.

Temos mais probabilidade de arquivar uma informação na memória de longo prazo se essa informação possui um significado emocional de maior peso.

É por isso que emoções agradáveis, através das interações sociais, constituem uma estratégia fundamental da Neuróbica.

A Neuróbica não vai lhe devolver um cérebro de vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o arquivo de memórias que um jovem de vinte anos não possui.

Benefícios da Neuróbica

Para desenvolver os lobos frontais do cérebro

Esta zona está envolvida no planeamento e na criatividade. O primeiro exercício que lhe propomos consiste em escrever ou desenhar uma história. se no sofá, encoste-se e imagine-se algures no futuro ou num outro planeta.

O objetivo é afastar-se do presente e do local onde está através da imaginação. Quanto mais ricas forem as imagens mentais que criar, melhor será para as células nervosas envolvidas.

Para desenvolver a memória

Este exercício envolve quase todo o cérebro. Sente-se confortavelmente, afaste as recordações negativas e reconstrua mentalmente a história da sua infância.

Junte pedaços de recordações e forme uma narrativa coerente. Tente lembrar-se dos cheiros, sons, cores, locais, animais e pessoas que fizeram parte do seu passado. E escreva essa historia para reforçar suas recordações.

Para desenvolver o hemisfério esquerdo (envolvido nos raciocínios lógicos)

Imagine objetos e, mentalmente, deforme-os, altere-lhes o peso e a textura (imagine, por exemplo, uma pêra quadrada ou com anéis à volta como Saturno). Puxe pela imaginação e brinque com formas, medidas e pesos.

Para desenvolver a percepção

Pegue em objetos que lhe sejam familiares, feche os olhos e visualize-os mentalmente, utilizando o tacto para detectar a textura, ângulos, forma, peso e temperatura. Este exercício envolve várias áreas sensoriais.

Para desenvolver o córtex cerebral

De olhos fechados escreva o seu nome numa folha. De seguida tente escrever palavras e frases cada vez mais complexas.

Não se preocupe com o resultado final, pois o objetivo é que o córtex visual desenvolva um maior esforço, melhorando a sua percepção visual.

Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que Neuróbica, a "aeróbica dos neurônios", é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro.

Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro. Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa.

Exercícios mentais

O desafio da Neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional. 

Exemplo de exercícios:

- Use o relógio de pulso no braço direito;-
- Ande pela casa de trás para frente;
- Vista-se de olhos fechados;
- Estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;
- Veja as horas num espelho;
- Troque o 'mouse' do computador de lado;
- Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda (se for destro);
- Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual.

Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro.

Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense em 25 adjetivos que ache que descreve o tema fotografado.

Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais sutis. 

Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. 

Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os.

Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras.

Experimente jogar a qualquer coisa que nunca tenha tentado antes.

Compre um quebra-cabeça e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu.

Experimente memorizar aquilo que precisa de comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize mnemônicas ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. 

Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) em conversas.

Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar.

Ao ler uma palavra pense em cinco que comecem com a mesma letra.

A proposta é mudar o comportamento rotineiro. 

Tente! Estimule o seu cérebro!

Fonte:
Wikipédia

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ser humano é... estar encarnado


“Ser humano é estar encarnado, e isto significa penetrar no reino da substância, penetrar no material, passar pelo sensorial e , às vezes, permanecer vidas e vidas nesse processo.

Procurar a terapia é de alguma forma estar disposto e consentir a descer aos “ infernos” – visceral, sombrio – dessa experiência, e compreender o que acontece ali, acolhendo, completando o que ficou inacabado, redimindo a sombra, encontrando o perdão e voltando a fluir, evitando a permanência nesse lugar. Não é bom que a consciência se fixe no sensorial. O Ser aprisionado nos bloqueios do sensorial se esquece de quem é, torna-se presa de padrões habituais que, por muitas vezes, cronificam atitudes, dificultando o fluxo livre e criativo da vida.

Chilton Pearce diz que:
Habituar-se é o inimigo do crescimento. Perturbação ou distúrbio dos padrões estabelecidos supera essa tendência à inércia. No momento em que nós estabelecemos um padrão nós descansamos nele, não fosse o impulso para variação inerente ao ciclo de aprendizagem.

A dinâmica entre nosso sistema emocional e nosso cérebro mamiferiano tende à criação formação de hábitos e irá evitar novidades, pois esse sistema límbico-reptiliano não foi construído para lidar com novidades.

A dinâmica entre nosso cérebro emocional e nosso cérebro intelectual , entretanto, nos impele para novidades. Nossa constante tensão entre nossa natureza inferior e superior é parte dessa tensão entre antigas e novas estruturas neurais, entre evitar e buscar novidades, entre equilíbrio e desequilíbrio. Mesmo quando nós escolhemos a novidade, queremos descansar a cada ponto conseguido e habituarmo-nos ao novo estado.

O ponto mais alto da vida pode ser viver em um estado de puro fluir, um estado de agora sem passado e sem futuro, no qual predições e controle não entram – um estado de contínua (instante-a-instante) adaptação ao desconhecido, que está tão distante do estado reptiliano. Quanto se possa imaginar. Este é um estado em que a criança ativa , que está sempre aprendendo, vive (por nossa falta, caímos nos hábitos) e o qual devemos reaprender no desenvolvimento espiritual.”

In “Corporificando a Consciência”
Teoria e Prática da Dinâmica Energética do Psiquismo 
Theda Basso e Aidda Pustilni

domingo, 25 de setembro de 2011

...medo... que me tira a alegria de minha liberdade... (Antroposofia)




"Nego-me a submeter-me ao medo,
Que me tira a alegria de minha liberdade,
Que não me deixa arriscar nada,
Que me torna pequeno e mesquinho,
Que me amarra,
Que não me deixa ser direto e franco,
Que me persegue,
Que ocupa negativamente a minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.

No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo,
Eu quero viver, não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro,
E não para encobrir o medo.
E quando me calo, quero fazê-lo por amor
E não por temer as consequências de minhas palavras.

Não quero acreditar em algo só por medo de não acreditar.
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.
Por medo de errar não quero me tornar inativo.
Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo.
Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de ser ignorado.
Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o domínio de dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim."



FonteArte Médica Ampliada – revista da Associação Brasileira de Medicina Antroposófica. Ano XXX, No. 1 (outono, 2010), p. 41. 
sab - Sociedade Antroposófica Brasileira

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Psicossíntese



No seu sentido mais básico, a psicossíntese é o processo de crescimento pessoal - a tendência natural em cada um de nós de harmonizar, ou sintetizar, nossos vários aspectos em níveis sempre mais altos de organização. 

Em seres humanos, esse anseio de evolução para um nível mais refinado se torna consciente, o que permite facilitar e cooperar com esse processo natural. Para tornar essa cooperação mais eficiente, é necessário adquirir uma compreensão conceitual e estrutural, e entrar em contato com o leque de técnicas práticas disponíveis. 

A psicossíntese oferece uma metodologia e conceitos claros - dentro de um sistema abrangente e flexível - para ajudar e facilitar o impulso humano natural rumo a seu desenvolvimento e a sua integração.

A psicossíntese acredita que cada ser humano possui um vasto potencial que, geralmente, é pouco reconhecido e pouco usado. Ela também acredita que cada um de nós tem dentro de si a capacidade de ter acesso a esse potencial. 

A psicossíntese é vista frequentemente como um processo de tomada de consciência, de desvelamento do seu próprio potencial, no qual a pessoa possui um conhecimento interno e uma sabedoria daquilo que necessita a qualquer momento para que esse processo se desenvolva. O papel do terapeuta é ajudar a identificar esses recursos internos, apoiar o processo, e estar atento ao que está acontecendo.


O Supraconsciente

A Psicossíntese foi inicialmente formulada em 1910 pelo psiquiatra italiano Roberto Assagioli (1888-1974), um pioneiro do movimento psicanalítico na Itália e um contemporâneo de Freud e Jung. Cedo no seu trabalho, ele observou que essa repressão dos impulsos mais altos, supraconscientes (conhecida mais tarde como "a repressão do sublime") poderia ser tão danosa para a psique quanto a repressão do material inconsciente inferior. 

A psicanálise tradicional reconhece um inconsciente primitivo, ou "inferior" - a fonte de nossos impulsos atávicos e biológicos. Mas há também um inconsciente "superior", um supraconsciente - um reino autônomo no qual se originam nossos impulsos mais evoluídos, tais como: o amor e a vontade altruísticos, a ação humanitária, a inspiração artística e científica, a introspecção filosófica e espiritual e a procura do propósito e do significado da vida. A psicossíntese trabalha com a integração do material do inconsciente inferior e com a realização e a atualização do conteúdo do supraconsciente.

Para este fim, ela usa uma larga gama de técnicas para contatar o supraconsciente e para estabelecer uma ponte com aquela parte de nosso ser onde a verdadeira sabedoria deve ser encontrada. O supraconsciente é assim acessível, em grau variável, para cada um de nós, e pode se tornar uma grande fonte de energia, de inspiração e de orientação. A psicossíntese nos ajuda a entrar em contato e a manifestar essa parte de nós mesmos tão completamente quanto possível na vida cotidiana.


O Diagrama do Ovo e o Diagrama da Estrela

A psicossíntese usa diversos diagramas para ajudar no entendimento dos diversos componentes do self. Embora estejam necessariamente limitados em escopo e perspectiva, esses diagramas são úteis por fornecerem uma representação pelo menos parcial do mistério do self. O Diagrama do Ovo e o Diagrama da Estrela são básicos para a psicossíntese. O primeiro pode também ser visto em cor. O segundo descreve as funções psicológicas, com a vontade exercendo o papel central.



O Diagrama do Ovo

1. O Inconsciente Inferior
2. O Inconsciente Médio
3. O Inconsciente Superior ou Supraconsciente
4. O Campo da Consciência
5. O Self Consciente ou "Eu"
6. O Self Superior
7. O Inconsciente Coletivo




O Diagrama da Estrela

1. Sensação
2. Emoção-Sentimento
3. Desejo Impulso
4. Imaginação
5. Pensamento
6. Intuição
7. Vontade
8. Ponto central: O Eu, ou Self pessoal


O Self

O self é uma entidade soberana e independente dos diversos aspectos da personalidade, tais como o corpo, os sentimentos e a mente. 

Este conceito é achado nas principais religiões e, cada vez mais, em ramos da psicologia e da filosofia ocidental. 

Livrando esse conceito de qualquer fundo doutrinal e examinando-o empiricamente, achamos primeiro um centro de consciência e de vontade. Isto é o "self pessoal", o "Eu" ou o centro da identidade pessoal, a partir do qual os diversos aspectos da personalidade podem ser reconhecidos, reorganizados e integrados. Porém, o self pessoal é distinto do "Self Transpessoal" que é o ponto central do nível do supraconsciente. O self pessoal é um centro de identidade e de ser mais profundo e abrangente, onde a individualidade e a universalidade se combinam.

Uma imagem útil é a de uma orquestra onde os músicos representam as diversas partes ou aspectos de nós mesmos. Sem um maestro, haveria pouca cooperação porque cada um dos músicos tentaria que fosse executada a sua música favorita, de acordo com a sua própria interpretação. A aceitação e a submissão ao maestro resulta numa integração da orquestra, e isto se reflete subseqüentemente na música. Enquanto o maestro representa o self, o self transpessoal pode ser imaginado como o compositor ou o produtor.


Funções do Self

As duas funções centrais do self pessoal são a consciência e a vontade. A consciência do self permite que a pessoa seja claramente consciente do que está acontecendo dentro e em volta dela, e que ela se perceba sem distorção e sem ficar na defensiva. Isto foi chamado de "atitude do observador interno". Na medida em que a pessoa consegue alcançar este ponto de centramento, as reivindicações da personalidade e sua tendência para a auto-justificação não a impedem mais de se ver com uma visão clara.

A vontade é considerada na psicossíntese como uma expressão direta do self e ocupa um lugar central. Libertando a vontade do Self, ganhamos a liberdade de escolha, a responsabilidade pessoal, o poder de decisão sobre nossas ações e a possibilidade de controlar ativamente e dirigir as muitas funções da personalidade. Deste modo, somos liberados da reação inútil aos nossos impulsos internos não desejados e às expectativas dos outros. Nós nos tornamos verdadeiramente "centrados" e, gradualmente, ficamos capazes de seguir um caminho que está conforme com o que é melhor dentro de cada um de nós. No nível mais alto do desenvolvimento da vontade, procuramos alinhar nossa vontade pessoal com uma vontade mais universal, aumentando assim a capacidade de servir as forças de evolução e de encontrar um significado e um propósito mais profundos em nossas vidas pessoais e em nossas tarefas sociais, e a capacidade de funcionar de maneira mais eficiente e mais serena no mundo, num espírito de cooperação e boa vontade.


Falsas Identificações

Agir "a partir de nosso centro" pode ser difícil, como todos nós já experimentamos. Uma das maiores dificuldades encontradas quando se aprende a agir "do centro" é a grande quantidade de falsas identificações que nós fazemos com aspectos internos específicos de dentro de nós. Por exemplo, podemos nos identificar as vezes com um sentimento passageiro de medo ou de raiva e perder ou distorcer nossa verdadeira perspectiva. Ou podemos nos identificar com uma de nossas "subpersonalidades" - esses aspectos semi-autônomos e freqüentemente contraditórios de nós mesmos que seguem uma rotina previsível, pré-programada, quando são evocados por um determinado conjunto de circunstâncias. 

Muito do trabalho básico da psicossíntese é orientado para o reconhecimento e a harmonização das subpersonalidades. Deixamos, então, de ser controlados por essas subpersonalidades de maneira desamparada, e podemos aprender progressivamente a dirigi-las conscientemente. Para isso, é essencial a aprendizagem do processo fundamental da "des-identificação" de tudo que não é o self, e da "auto-identificação" ou realização de nossa verdadeira identidade como um centro de consciência e de vontade.


Métodos Utilizados

Há uma grande variedade de técnicas utilizadas na psicossíntese para atender à diversidade de necessidades apresentadas por situações diversas e pessoas diversas. 

Cada pessoa é tratada como um indivíduo, e um esforço é feito para achar os métodos mais adequados à situação existencial, ao tipo psicológico, às metas individuais, às necessidades e ao caminho de desenvolvimento da pessoa. 

Algumas das técnicas mais comumente usadas são: a imaginação dirigida, a consciência e o movimento do corpo, o trabalho com símbolos, o trabalho com a arte, manter um diário, o treinamento da vontade, a fixação de meta, o trabalho sobre os sonhos, o desenvolvimento da imaginação e da intuição, a gestalt, os modelos ideais e a meditação. 

A abordagem principal da psicossíntese é o tratamento da pessoa como um todo, embora em cada sessão se possa focalizar um nível ou um aspecto particular da pessoa. Tendo como objetivo a integração do corpo, dos sentimentos e da mente, a psicossíntese tem como meta promover um processo de crescimento contínuo, onde aplicamos as atitudes e técnicas básicas da psicossíntese na vida cotidiana para promover uma atualização mais jovial, harmoniosa e plena de nossas vidas.


Fases da Psicossíntese

Toda pessoa é um indivíduo, e a integração de cada pessoa segue um caminho particular. Mas no processo global da psicossíntese, podemos distinguir duas fases sucessivas - a psicossíntese pessoal e a transpessoal. Na psicossíntese pessoal, a integração da personalidade ocorre em volta do self pessoal, e o indivíduo atinge um nível de funcionamento, em termos do seu trabalho e de suas relações, que seria considerado como plenamente saudável pelos padrões atuais de saúde mental.

Na fase transpessoal da psicossíntese, a pessoa aprende a alinhar-se com o Self Transpessoal e a expressar as energias desse Self Transpessoal, manifestando então qualidades tais como: responsabilidade social, espírito de cooperação, perspectiva global, amor altruístico e propósito transpessoal. Frequentemente, as duas fases se sobrepõem, e pode haver uma atividade transpessoal considerável bem antes da fase de psicossíntese pessoal estar completada.

O texto acima foi traduzido e adaptado do site Psycosynthesis (Canada)

sábado, 3 de setembro de 2011

Aceitação e Mudança


"Ao se aceitar o prazer sem suplicar por ele e sem se tornar dependente, e ao se aceitar o sofrimento, quando inevitável, sem temê-lo e sem se rebelar contra ele, consegue-se aprender muito mais tanto com o prazer como com o sofrimento, e torna-se possível "destilar a essência" que eles contêm."

Roberto Assagioli


Se nos tornamos dependentes das mudanças, e tentamos mudar coisas em nossas vidas antes de elas estarem prontas para isso, então estamos lutando em uma batalha perdida. 

De forma semelhante, se ficamos presos em conservar as coisas como estão, resistentes a toda e qualquer mudança em nossa vida, a batalha se mostra igualmente difícil e despropositada. 

Por outro lado, se aprendemos a aceitar o que está acontecendo, sem nos identificarmos com a necessidade de mudar ou manter as coisas, começa a ser criado um espaço em nossa vida para as coisas mudarem ou não, de acordo com as nossas reais necessidades.

Há duas energias arquetípicas primárias da vida, a mudança e a manutenção. Ambas são igualmente necessárias e ambas são partes de uma polaridade dinâmica com a qual podemos ou não cooperar. 

Quando aceitamos qualquer uma dessas, essas energias conseguem se manifestar de uma forma relativamente pura. Assim, a mudança pode ser considerada em termos de progresso, evolução, transformação e libertação. A manutenção, quando manifesta em seu estado cristalino, transmite eternidade, ritmo, paciência e a sensação de eternidade.

Quando resistimos e lutamos contra qualquer uma delas, mudança ou manutenção, e não aceitamos as coisas como são, então essas energias começam a se manifestar de uma forma distorcida. Nesse caso, as mudanças podem ser despropositadas, levando ao dispêndio de nossa energia, ficamos insensíveis às nossas necessidades e às necessidades alheias. Tomamo-nos destrutivos e não reconhecemos nossos limites com clareza. A manutenção, quando distorcida, leva à inércia e à indolência, à obstinação, à inflexibilidade, à covardia e ao medo do desconhecido, estrangula o fluxo natural da energia da vida.

Não é preciso dizer que há necessidade tanto das mudanças como da manutenção em nossa vida. 

Quando falamos sobre aceitação das coisas como elas são, permitindo que essas duas polaridades se manifestem em nossa vida, não significa que temos que aceitar cegamente algum tipo de destino predeterminado, nem que devemos nos tornar vítimas das circunstâncias. Pelo contrário, quando aprendemos a reconhecer o valor da verdadeira aceitação interior, essa conduta liberta nossa energia de modo que podemos mudar ou não uma certa situação, de acordo com o que é melhor para nós num determinado conjunto de circunstâncias. Claro, nem sempre é assim tão fácil, mas devemos procurar o nosso equilíbrio sem excluirmos nem a mudança nem a manutenção, buscando o que há de melhor nas duas.

Tudo muda o tempo todo. 

Essa é uma verdade fundamental da vida. 

Se estivéssemos prontos para aceitar essa "verdade", então não sentiríamos tanto medo e insegurança diante dos acontecimentos que parecem mudar rapidamente demais, nem perante situações aparentemente estagnadas. 

Como tudo muda, podemos perceber que essas coisas – sejam elas o que forem – também passarão. 

Às vezes, temos a sensação de que estamos presos e amarrados a uma relação que já não nos satisfaz – mas, lembre-se, tudo pode se modificar. Outras vezes, passamos por períodos de solidão porque não encontramos um bom relacionamento - mas, lembre-se, tudo pode se modificar. Podemos nos harmonizar com o fluxo natural da vida e aceitar as coisas como elas são. Só assim conseguimos compreender claramente as idas e vindas dos acontecimentos.

Tudo isso está muito bem, mas o grande problema é que a maioria das pessoas geralmente estão excessivamente apegadas ou identificadas com o desejo de mudança ou de estabilidade. 

Supondo que o seu relacionamento afetivo seja incrivelmente satisfatório - bem, certamente você não quer que isso se modifique, mas, se tentar manter as coisas exatamente como estão, não permitirá que a relação cresça e se modifique no seu ritmo natural e, por isso, ela logo se tornará estéril e inflexível. E, devido à estabilidade forçada, não será de qualquer maneira a mesma relação de antes. Provavelmente, essa estabilidade forçada acabará provocando modificações, contrariando tudo que você sempre planejou para esse relacionamento. Ou, quem sabe, você ainda não tenha conseguido desenvolver uma relação duradoura, e o seu desejo de mudar essa situação é tão intenso, que você está preso e vinculado à idéia de arranjar um parceiro, ao ponto de não conseguir pensar em outra coisa. Está tão apegado ao seu desejo que, ao surgir qualquer oportunidade, você tenta iniciar um novo relacionamento e faz de tudo para ele dar certo. Geralmente, as pessoas que se comportam dessa maneira são tão insistentes que as coisas simplesmente não acontecem, ou, quando acontecem, não duram. Novamente, o apego excessivo o deixa à deriva, e a vida, mais uma vez, "não deu certo"!

Contudo, quando abandonamos nossa insistência em mudar, ou manter, uma determinada situação, começamos a ver a situação como ela realmente é. 

Com esta nova visão de como a coisa é, torna-se possível escolher se devemos mudá-la ou não. 

Mas essa aceitação verdadeira tem que ser realmente sentida, realmente vivida, não pode ser apenas uma postura intelectual. Assim, quando a aceitação passa a ser vivenciada dessa maneira, as transformações têm espaço para acontecer.

Quando a dinâmica da vida é aceita conforme foi exposto acima, sem simplesmente nos resignarmos às circunstâncias, sempre tentando determinar nossas escolhas ativa e conscientemente, estamos mais aptos a compreender o significado interior dos acontecimentos. 

Quando aceitamos um fato, passamos a perceber mais claramente qual é a sua finalidade, por que as coisas são do jeito que são. Aí, adquirimos o direito de escolha, podemos determinar se deixaremos as coisas acontecerem ou se lutaremos contra a sua evolução de um modo mais impositivo.

Jamais conseguiremos nos livrar totalmente das experiências indesejáveis em nossa vida, portanto é melhor sabermos como aceitá-las. 

Na realidade, é muito comum as coisas piorarem quando tentamos lutar desesperadamente contra elas. 

Por outro lado, a aceitação da vida como ela é inclui dor, sofrimento e fracasso, experiências desagradáveis e momentos em que temos que tomar certas atitudes que nem sempre são exatamente o que gostaríamos de fazer. 

Aprendemos a controlar nossas energias e podemos usá-las a nosso favor em vez de utilizá-las contra nós mesmos. Por exemplo, se aceitamos que estamos passando por uma fase depressiva, temos muito mais condições de lidar com esse problema do que quando não aceitamos e tentamos ignorar a situação.

Nem sempre é possível modificar as condições externas, mas sempre podemos trabalhar as condições internas. Pode parecer paradoxal se nos apenas pensarmos nisto. Entretanto, quando começamos a agir sobre o problema, percebemos que sempre temos à disposição um meio de provocar modificações que é um ato de aceitação. Quando aceitamos as coisas como elas são, estamos abertos ao aprendizado. Se compreendida desta maneira, a aceitação passa a ser um dos melhores instrumentos de transformação.

Se pensarmos em uma experiência recente que tenha nos proporcionado muito prazer e alegria, recordando de todos os detalhes dessa experiência, os fatos agradáveis, quaisquer que tenham sido, ressurgirão em nossa consciência, trazendo com eles a sensação do prazer vivido naqueles momentos. É possível reviver experiências agradáveis, senti-las como se ainda estivessem acontecendo. Isso é saudável, algo que nos dá prazer e nos faz sentir bem. Contudo, podem surgir alguns problemas se ficarmos excessivamente apegados e presos às sensações de um determinado momento, ao ponto de só pensarmos nisso e de empregarmos todas as nossas energias tentando fazer as coisas acontecerem novamente.

Por outro lado, se nos recordamos de uma experiência "desagradável", acontecimentos que não nos provocaram bons sentimentos, e ficamos algum tempo revivendo todas as sensações, emoções e pensamentos que estão associados àquele momento, da mesma maneira podemos achar que essa experiência ainda está acontecendo. Esse tipo de comportamento também pode ser muito saudável, porque, embora não desejemos reviver momentos angustiantes e desagradáveis, se conseguirmos repensá-los isso nos ajudará a resolver os problemas associados a esse tipo de situação.

Tanto as experiências aparentemente positivas quanto as aparentemente negativas podem ser de grande valor. Na verdade, o que aprendemos com as experiências supostamente "desagradáveis" é que vai nos ajudar a crescer e a amadurecer, tornando-nos capazes de expressar o que realmente somos e o que realmente desejamos da vida. Para mergulhar verdadeiramente nas profundezas do nosso passado, trazendo à superfície experiências angustiantes e traumáticas, precisamos do acompanhamento de um bom psicoterapeuta ou guia, capaz de nos orientar ao longo desse processo. Mas com a simples aceitação desses dois tipos de experiência, passamos a ser pessoas mais completas, mais aptas a encarar o nosso futuro, qualquer que seja ele.


O poder de aceitar e mudar

Podemos usar o poder de nossa vontade e imaginação para provocar mudanças, ou para aceitar as coisas como elas são. 

Para qualquer uma dessas alternativas, precisamos ter a vontade para que elas aconteçam, seja através das mudanças provocadas ativamente ou através de um comportamento passivo que permite o desenrolar natural dos fatos. 

Também precisamos da nossa capacidade imaginativa para criarmos os novos ambientes que desejamos ou para mudarmos os velhos padrões do passado. 

Esses poderes são às vezes descritos como os poderes que nos tornam aptos a realizar mudanças da maneira que nos queremos. Mas também são esses poderes que nos ajudam a aceitar os momentos em que a atitude mais correta é não mudar as coisas.

Para isso tudo funcionar de maneira eficiente, também precisamos dos poderes do amor e da consciência. 

Sem a consciência, como saberíamos se nossas escolhas são "certas" ou não? 

Sem amor, como podemos ter certeza de que estamos fazendo a escolha mais "acertada", de acordo com as necessidades e energias das outras pessoas? 

Essas quatro energias - amor, consciência, vontade e imaginação - nos acompanham constantemente no decorrer de nossa vida, auxiliando-nos a realizar as ações que desejamos e que estão de acordo com a evolução da consciência planetária.

Essas energias se tornam particularmente importantes para nós quando atravessamos momentos de sofrimento, crise ou fracasso em nossa vida. 

São essas experiências que frequentemente nos levam a buscar a orientação de um psicoterapeuta especializado em psicossíntese ou outro tipo de terapeuta ou conselheiro. Na psicossíntese não tentamos "encobrir" a dor, dispersar a crise, nem ignorar o fracasso. Pelo contrário, reconhecemos o valor de tais experiências. É frequentemente com a aceitação do sofrimento, em todos os seus disfarces, que conseguimos conhecer um pouco mais sobre nós mesmos e liberar as energias criativas.

Todos já passaram pela experiência do fracasso em alguma ocasião de sua vida. Muitas pessoas fracassam com tanta frequência que começam a se considerar o "fracasso em pessoa”. Nesse caso, é como se o fracasso as tivesse possuído em vez de elas apenas terem vivido uma experiência fracassada! Um indivíduo nessas circunstâncias já não consegue dizer "passei por uma determinada experiência e fracassei", mas os fatos passados assumem o controle e é mais provável que essa pessoa diga "eu sou um fracasso".

Quando passamos por uma situação em que fracassamos, ela pode causar a queda da nossa energia potencial. Por exemplo, podemos estar atravessando um período em que sentimos raiva, amargura e decepção. Não há nada de errado em ter esse tipo de sentimento, mas também é muito importante saber reconhecer o momento em que estamos preparados para prosseguir. Porém, isso só acontece quando deixamos o potencial criativo fluir novamente. Podemos dar o primeiro passo para nos libertarmos desse problema se simplesmente aceitarmos o fracasso emocional resultante.

Uma das técnicas mais eficientes para fazer isso chama-se “a consagração do obstáculo”. Para aceitarmos o fracasso, consagramos, abençoamos conscientemente o que quer que nos tenha impedido de atingir o sucesso. Depois de fazer isso, que não deve ser apenas uma "afirmação de boca", mas uma atitude real e completamente assumida, estamos prontos para seguir adiante.

Ao considerarmos tudo o que aprendemos com nosso aparente "fracasso", a idéia de "consagração de um obstáculo" já não nos parecerá tão estranha. É algo semelhante a amar os seus inimigos. Por exemplo, um fracasso nos dá a oportunidade de tentar de novo, só que dessa vez faremos as coisas muito melhor. Caso a situação em que fracassamos não possa se repetir por algum motivo, com a consagração do obstáculo podemos concluir que aquilo não era mesmo para ter acontecido. Assim não ficamos subordinados a algum tipo de destino impessoal e tomamos uma atitude de controle consciente, aprendemos a tomar nossas próprias decisões.

Tudo que fazemos em nossa vida, estejamos ou não conscientes disto, nós decidimos. Mesmo que essa afirmação não seja realmente uma "verdade", não há nada que conteste a sua veracidade. Se temos o poder de decidir nossa própria vida, quando as coisas não acontecem conforme desejamos, também devemos ter decidido algo sobre isso. Pode ser difícil aceitar e assimilar esse conceito a nível consciente, já que não estamos conscientes da atuação desse processo e devido ao fato de algumas subpersonalidades até insistirem na preservação dos vínculos com o sofrimento e o fracasso. Mas a Psicossíntese acredita que o eu interior, ou alma, sempre determina tudo que acontece conosco no decorrer de nossa existência.

Quando aprendemos a nos entregar ao sofrimento e ao fracasso, em vez de mergulharmos nele, sendo esmagados pela experiência, descobrimos que conseguimos superá-lo muito mais rapidamennte. Mas o primeiro estágio tem que ser a entrega à experiência, ao desenvolvimento completo dos acontecimentos. Isso é mais fácil dizer do que fazer, é claro, mas quando aprendemos a proceder dessa maneira, podemos escolher conscientemente de prosseguir. Então, em vez de ser vítima do sofrimento ou fracasso, temos sempre a possibilidade de nos perguntarmos: 

O que há de bom em tudo isso? 

O que posso aprender com essa situação?

As crises que enfrentamos na vida, embora não consigamos ver isto com muita clareza no momento em que ocorre uma crise, servem como impulsos genuínos que nos elevam a uma nova fase de desenvolvimento. As crises ocorrem habitualmente quando ainda estamos presos a um tipo de comportamento ou de crença ultrapassados, que deixaram de ser realmente úteis para nós e dos quais seria melhor se libertar. Geralmente, uma espécie de medo não nos deixa fazer isso. Então, começa a existir um acúmulo de energia e, se continuamos resistentes à mudança, entramos numa crise. É como se a crise, ou pelo menos sua energia, se originasse no superconsciente e de repente "batesse à porta" da personalidade. Podemos abrir ou resistir, e quanto mais resistimos, maior a quantidade de energia acumulada, até que, por fim, a porta é arrombada e acaba se abrindo de qualquer maneira. Assim surgem as crises.

Qualquer nova energia que tente emergir a nível consciente tem que ser primeiramente aceita e, depois, enraizada e expressada. Frequentemente, evitamos fazer isso porque sentimos medo. Podemos até não aprovar a situação em que estamos, mas preferimos encarar o diabo, que já é nosso conhecido, do que assumir o risco de explorar o desconhecido. Criamos bloqueios que impedem a manifestação dessas novas energias emergentes, bloqueios que nada mais são do que o medo da mudança. Logo, a energia gerada durante um processo de crise é, na realidade, nossa energia de sobrevivência que se caracteriza como resistência a uma nova experiência. Só quando nos aprofundamos o suficiente no processo é que percebemos que a nossa sobrevivência requer a mudança. Aí, conseguimos aceitar a nova situação e prosseguimos.

Frequentemente, o aspecto mais importante deste trabalho não é o que está acontecendo, mas nossas reações aos acontecimentos - portanto, pare e enfrente, seja lá o que for. Ao mesmo tempo, procure se desidentificar da situação para obter uma melhor perspectiva e uma noção da proporção exata de seus problemas. 

Avalie tanto os sucessos quanto os fracassos pelo que eles são - eventos que participam do seu desenvolvimento. Procure adquirir uma noção de perspectiva e proporção ao considerá-las; sempre perguntando a si mesmo: 

Quais são as minhas opções? 

Como posso fazer uso dessa situação para ampliar meu potencial criativo?


A transformação da energia

Se não aceitamos o sofrimento, os fracassos e as crises que enfrentamos ao longo da vida, frequentemente acabamos acumulando uma quantidade de energia que pode chegar a ser descarregada de maneira errada. Podemos nos tornar extremamente agressivos, por exemplo, e explodir por qualquer coisa, de maneira totalmente desproporcional ao que está realmente acontecendo. Ou nossas inseguranças, agressão e sofrimento podem ser projetados em outras pessoas, especialmente nos membros da familia, amigos e colegas de trabalho.

Todos nós temos a tendência, nesse tipo de circunstâncias, de projetar nos outros nossas próprias atitudes, impulsos e sentimentos. Por exemplo, se nos sentimos hostis com relação a alguém, é comum projetarmos a hostilidade que sentimos nessa pessoa e acharmos que ela é quem é agressiva conosco, nunca somos nós os responsáveis. Em consequência, ficamos na defensiva e nos sentimos ameaçados. Inicia-se um círculo vicioso. Se conseguirmos perceber que isso está acontecendo, devemos nos esforçar para "reassumir a projeção".

Temos que aceitar a verdade básica da vida de que tudo depende das nossas atitudes e determinações. Se somos agressivos com uma certa pessoa, ou se achamos (correta ou incorretamente) que alguém é agressivo conosco, o único jeito de mudarmos essa situação é através da nossa própria mudança. Temos que perceber que a nossa vontade é livre e que podemos decidir ser o que somos sem ter que fazer exigências e imposições a outras pessoas, sem projetar nossos "grilos" sobre elas. Só assim conquistamos liberdade para nos relacionarmos com essas pessoas de uma maneira mais harmoniosa, mais centrada. Quando procedemos dessa forma, observamos frequentemente que a situação se modifica e o conflito é resolvido.

A eficiência desse método pode ser surpreendente. Por exemplo, às vezes, tudo o que precisamos fazer é compartilhar o que estamos sentindo com as outras pessoas envolvidas. Se somos honestos e expressamos livremente os medos, sentimentos e pensamentos que nutrimos a respeito do conflito ou problema, constatamos que a energia se tranforma. De repente, já somos amigos outra vez, dividindo o compromisso comum de todos os seres humanos - ser sozinho e individual em essência e, simultaneamente, conectado a tudo e a todos. Esses momentos de verdadeira realização espiritual, que podem advir dos gestos mais simples, como falar sobre os nossos sentimentos, têm o poder de enriquecer e transformar nossa vida.

O mais importante disso tudo é constatarmos que existe um meio saudável de descarregarmos as energias acumuladas. É o mesmo no caso de uma agressão física. Não é necessário dar meia-volta e ir à casa do indivíduo tomar satisfações, por exemplo, e se atracar com ele - podemos descarregar toda essa maldita raiva em uma almofada. A satisfação gerada por esse ato, associada à real descarga de energia física, ilumina nossa consciência e nos estimula a prosseguir com escolhas mais claras e maior noção do que somos e fazemos.


Exercício: A consagração do obstáculo

Escolha um lugar onde você possa se sentar e ficar completamente relaxado, mas não a ponto de cair no sono. Respire profundamente e procure se centralizar, da forma que achar melhor.

Procure se lembrar de um momento recente que lhe tenha provocado sofrimento ou fracasso. Considere essa experiência profundamente, recorde-se dela com todos os seus detalhes, todos os pensamentos, sentimentos e sensações que isso tudo lhe causou. Permita-se realmente reviver o sofrimento associado a essa experiência.

Agora, imagine-se saindo desse quadro mental. Observe todos esses elementos de fora. Diga em voz alta: "Abençôo esse medo (ou qualquer outra coisa que tenha representado o sofrimento ou fracasso experimentados)".

Continue analisando os componentes dessa experiência, como se você fosse um observador desligado do sofrimento, fracasso, etc. Reafirme a sua consagração, em voz alta, mais algumas vezes. Enquanto faz isso, veja e sinta a memória dessa experiência se modificar. As circunstâncias se tornam mais leves e você está bem menos ligado a esses acontecimentos passados.

Conscientize-se de tudo que aprendeu ao executar o exercício proposto acima. 

Agora, você está livre e desimpedido, tome a decisão de prosseguir.

Por Will Parfitt

O artigo acima foi extraído do livro "Psychosynthesis – The Elements and Beyond” de Will Parfitt, Ed. PS Avalon, Glastonbury, Inglaterra – 2003. O livro em português “Elementos da Psicossíntese" de Will Parfitt, Ed. Ediouro, Rio de Janeiro - 1990
Will Parfitt é Escritor, Psicoterapeuta, Cabalista. Concluiu sua especialização em psicossíntese em 1981, e possui grande experiência em outros métodos de auto-realização.