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domingo, 2 de fevereiro de 2025

Pensamentos de Deus...








"Quero conhecer os pensamentos de Deus...
O resto é detalhe."

Albert Einstein



Salaman, E. "A Talk with Einstein"
The Listener 54, 1955

Nota: Atribuído a Einstein por Esther Salaman,
sua aluna em Berlim.



Observação: Desconheço a autoria da Imagem



sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

... belo...






"Podemos viajar por todo o mundo
em busca do que é belo,
mas se já não o trouxermos conosco,
nunca o encontraremos."

Ralph Emerson


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Imensa Onda de Mudanças Cósmicas







Há um poderoso Portal Cósmico abrindo-se entre Júpiter e a Terra, que tinha sido fechado há milênios. Parece algo como um 'wormhole' ( buraco de minhoca ) e traz, pela primeira vez em milhões de anos, o retorno de uma consciência cósmica de massa que está sendo incorporada em determinados Portais Estelares neste sistema solar. 

Os mecanismos deste campo enorme de consciência é a dos primórdios, quando as primeiras galáxias foram formadas, as primeiras 12 Galáxias Mestres; e, então, quando as guerras dos céus começaram este Portal grandioso foi fechado e moveu-se para as novas galáxias formadas nos confins do Cosmos.

Ele afetará as pirâmides e as grades de pirâmides na superfície e aquelas sob o mar, e traz a aceleração da elevação de consciência no planeta. 

Acionará bancos de memória imensos em nosso DNA e a memória molecular inerentes e irá ocasionar uma grande mudança na maneira como percebemos nosso mundo material; como um grande começo da desintegração do que cada um percebe sobre outras formas de vida, que têm vivido ao nosso lado, em diferentes estados dimensionais e também no interior da Terra, e que agora, pela primeira vez, são visíveis para aqueles que estão sintonizando os impulsos cósmicos emitidos por este Portal. 

Este Portal está diretamente ligado à Constelação da Ursa, pois foi uma das primeiras galáxias a evoluir verdadeiramente à Super Consciência, provocando uma maior grande mudança no Cosmos e, em seguida, influenciou a vida em Sírius, Andrômeda, Plêiades, Arcturus, Orion e Via Láctea, bem como Pégasus, Touro e Leão. 

O Portal vai começar a afetar-nos e a abrir as Redes de energia da Terra.

É uma Energia de alta frequência que não pode ser detectada ainda por medições humanas, uma vez que vibra em uma faixa que está fora da nossa órbita. Ele vai trazer ativação das sinapses ocultas ( latentes ) dentro de nosso cérebro – aquelas partes que não temos utilizado há milhares de anos. 

Ele trará uma abertura repentina de dons, habilidades e capacidades que nos permitirão fazer uma mudança total de consciência dentro de um período muito curto de tempo, assim como o planeta está agora pronto para a etapa de incrementar a consciência e está puxando-nos em uma banda de frequência muito maior. Isso significa que equipamentos eletrônicos, de repente, começarão a avariar e comunicações por satélite serão afetadas.

Haverá aprimoramento em faixas de frequências mais baixas que, lenta e seguramente, começarão a desintegração e, portanto, não poderão funcionar mais na banda que costumavam funcionar.

Ele vai trazer um movimento de massas para os espaços de energia do coração que então desintegram velhos padrões, que são também padrões ancestrais, e mais os padrões de pensamento antigos que já não servem a este planeta; desse modo, este campo de energia está agora penetrando a matriz da energia existente e mudando todo o campo. 

Como isso traz campos cósmicos enormes de novas energias, juntamente com as erupções solares cósmicas emitidas do Sol – que também são cada vez mais afetadas por esta abertura do Portal – afeta nossas vidas diárias no campo subconsciente quando iniciamos a compreensão cada vez maior que as velhas estruturas, as velhas mentiras, os velhos mecanismos de controle desabam e o novo começo forma o que é de tão alta frequência que o antigo não pode se mover para esses campos. 

Enquanto nos movemos para a maior verdade e integridade da nossa própria Alma e seu sistema de orientação interior, vamos receber ajuda daqueles nas Dimensões Superiores para incorporar as alterações e, assim, avançar com este campo passando para os estados mais elevados de consciência. 

É, portanto, imperativo que continuemos com a limpeza de tudo o que vem à tona em nossos bancos de memória, quer seja pessoal, familiar e purificação coletiva. Só sentirá imensamente desorientado se não estiver disposto a fazer a limpeza interior e deixar-se ir com o fluxo cósmico. 

O que mais será afetado é a forma de pensar, de maneira que a ciência vai finalmente entender que todo o pensamento não incorporado à uma abordagem holística centrada no coração do Ser é apenas uma ilusão. 

À medida que damos passos maiores nas faixas de frequências e consciência, caminhamos mais e mais para o papel de Co-criador. 

No entanto, isso só pode acontecer quando começarmos a aderir às leis cósmicas e estivermos em harmonia com elas e, assim, aprender a fluir com as faixas de frequências cósmicas e nos tornar Um com elas. 

Espere, então, por alterações escalares e para mais mudanças chegando. 

Nada está estabelecido. 

Tudo está em um tremendo fluxo e todos estão ocupados aparentando formar algo novo. 

Segure-se a nada. 

Segure-se a ninguém e nada. 

Isso não significa que você não possa amar alguém – só não agrilhoe-se. 

Aprenda a ir com o fluxo e não resista a ele. 

Você somente sentirá dor intensa se resistir a esta Onda Cósmica, massiva de desintegração, de modo que a integração em grande escala cósmica possa ocorrer. 

É tempo para a Nova Era se fazer sentir e nada mais, nestas bandas de frequência cósmicas mais elevadas. 

Texto de Judith Kusel 

Fonte: http://www. judithkusel. com/

Publicado Por: Jorge Augusto Gonçalves Bandeira

Imensa Onda de Mudanças Cósmicas está sobre nós Desde 28 de Agosto de 2016

domingo, 12 de junho de 2016

A Borboleta







A Borboleta

"Tal qual uma borboleta
assim também somos nós.
Um dia somos lagartas
a se arrastar pelo mundo.
Noutro somos casulos,
para deste mundo esconder,
se proteger.
E com a mudança somos transformados
em belos e multicoloridos seres alados
que buscamos com nossa beleza encantar
o lugar onde vivemos.
Mas como as borboletas,
a vida também é breve.
E com uma rajada de vento...
a vida se esvai...
E o que sobra?
Nossa essência,
que esquecemos de semear..."


Poema de Eliane Cristina Ribeiro


domingo, 31 de janeiro de 2016

Por que a Evolução não é um simples fruto do acaso?






  "Certa vez, durante minha graduação em Ciências Biológicas, um professor de uma disciplina de Física apresentou à turma um pequeno problema. Ele nos pediu para que imaginássemos um conjunto formado por alguns palitos. Em seguida, deveríamos calcular as chances de que todos os palitos, ao serem jogados aleatoriamente, caíssem alinhados uns com os outros em uma determinada área. Não me recordo bem o número de palitos e o tamanho da área, mas no final da atividade concluiu-se que se fizéssemos uma jogada a cada segundo, levaríamos um tempo maior do que o tempo de existência do Universo para conseguir alinhar todos os palitos aleatoriamente. No fim, o professor terminou com a frase “alinhar palitos é muito mais fácil que formar uma girafa, por exemplo”.  O meu maior espanto não ocorreu com a colocação do professor. A biologia não fazia parte da sua formação e não era sua obrigação compreender como funciona a evolução. O que mais me assustou foi que uma turma formada majoritariamente por estudantes de biologia havia concordado com tal colocação.

   Se apenas a aleatoriedade atuasse na evolução, certamente ainda não existiria vida na Terra. Provavelmente o mais complexo material que encontraríamos no planeta seria alguns tipos de moléculas orgânicas. Formar um ser vivo complexo por pura aleatoriedade também levaria muito mais tempo do que a existência do Universo. No entanto, para a nossa sorte, existe um fator fundamental que gera e direciona a evolução: a seleção.

   Imagine o seguinte exemplo. Quais seriam as chances de que um computador programado para digitar aleatoriamente um conjunto de 31 caracteres a cada segundo, formasse a frase “a evolucao e um fato cientifico”? Para facilitar as contas, vamos considerar apenas as teclas referentes às letras do alfabeto e a barra de espaço. Temos então que para cada carácter existem 27 possibilidades (26 letras + a barra de espação). Como a frase é formada por 31 caracteres, as chances dessa frase aparecer aleatoriamente seriam de 1 em 2731. Isso dá um valor de 1/( 2,3565502 x 1044), ou:

1/235.655.020.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000

Isso quer dizer que se o computador fizesse uma tentativa a cada segundo, ele levaria, no mínimo, 7.4674569 x 1036 anos para compreender todas as possibilidades. Isso representa um tempo bilhões de bilhões de bilhões de vezes maior do que o tempo de existência do Universo.

   Agora imagine que este mesmo computador fosse programado para gerar várias combinações aleatória de 31 caracteres, e dentre essas combinações, escolher aquela que mais se assemelha à frase “a evolucao e um fato cientifico”. Essa combinação selecionada seria copiada para a geração seguinte, com chances de sofrer mutações em cada letra. Na geração seguinte, novas combinações seriam geradas a partir da combinação escolhida. Dentre essas novas combinações, a mais semelhante à frase alvo seria escolhida novamente para a geração seguinte. Esse processo se repetiria até que se formasse a frase desejada. Note que desta vez adicionamos o fator “seleção” no programa. E ele fará toda a diferença.

   Esse tipo de programa recebe o nome de Dawkins’ “Weasel” Program, em referência ao biólogo Richard Dawkins, que o propôs e o criou. É possível “brincar” com esse programa em sites como http://antievolution.org/cs/dawkins_weasel. Na primeira vez que rodei o programa com a frase “a evolucao e um fato cientifico” ele levou 57 gerações para chegar ao resultado esperado, como é possível ver a seguir:

Beginning run

Gen. 1, 4 letters, trskohdcwtxjkptdanty qmsgjajo v

Gen. 2, 5 letters, trskOhdCwtxjkpt anTy qmsgjajo v

Gen. 3, 6 letters, trskOhdCwtxjppt FnTy qmsgjano v

Gen. 4, 7 letters, trskOhdCwtxjppt FnTy qmsgjanI v

Gen. 5, 8 letters, trskOhdCwtxjppt FnTy qmsgjanICv

Gen. 6, 9 letters, trskOhdCwtxjpUt FnTy qmsgjanICv

Gen. 7, 10 letters, t skOhdCwtxjpUt FnTy kmsgjtnICv

Gen. 8, 11 letters, t skOhdCwyxjpUd FnTy CnsgjtnICv

Gen. 9, 11 letters, t skOhdCwydjpUd FnTy CnsgjtnICv

Gen. 10, 12 letters, t skOhdCwydj Ud FnTy CnsgjtnICv

Gen. 11, 12 letters, t skOhdCiydj Ud FnTy CnsgjttICv

Gen. 12, 13 letters, t skOhdCiydj Ud FnTy CIsgjttICv

Gen. 13, 13 letters, t skOhdCiydj Ud FnTy CIsgjttICv

Gen. 14, 13 letters, t szOhdCiydj Ud FnTy CIlgmttICv

Gen. 15, 14 letters, A szOhdCiydj Ut FnTy CIlgmtpICv

Gen. 16, 15 letters, A szOhdCiydE Ut FnTy CIlgmtpICv

Gen. 17, 15 letters, A szOhdCiydE Ut FnTy CIlgmtpICv

Gen. 18, 16 letters, A szOhdCAydE Ut FnTy CIlgmtpICv

Gen. 19, 17 letters, A szOhdCAydE Ut FnTy CIlgTqpICv

Gen. 20, 18 letters, A szOhdCAy E Ut FnTy CIogTqpICv

Gen. 21, 19 letters, A szOhUCAy E Ut FnTt CIjgTqpICv

Gen. 22, 20 letters, A szOhUCAO E Ut FnTt CIjgTqpICv

Gen. 23, 21 letters, A szOhUCAO E Ut FnTt CIjgTIpICv

Gen. 24, 21 letters, A szOhUCAO E Ut FnTt CIjgTIpICv

Gen. 25, 21 letters, A smOhUCAO E Ut FnTt CIjgTIpICv

Gen. 26, 21 letters, A suOhUCAO E Ut FnTt CIjgTIpICv

Gen. 27, 22 letters, A suOhUCAO E Ut FnTO CIjgTIpICv

Gen. 28, 23 letters, A suOhUCAO E Ut FnTO CIEgTIpICv

Gen. 29, 23 letters, A suOhUCAO E Ut FnTO CIEgTIpICv

Gen. 30, 23 letters, A suOhUCAO E Ut FnTO CIEgTIpICv

Gen. 31, 23 letters, A suOhUCAO E Ut FnTO CIEgTIpICv

Gen. 32, 24 letters, A suOhUCAO E Ut FnTO CIENTIpICv

Gen. 33, 24 letters, A suOhUCAO E Ut FnTO CIENTIpICv

Gen. 34, 25 letters, A EuOhUCAO E Ut FnTO CIENTIpICv

Gen. 35, 25 letters, A EuOhUCAO E Ut FnTO CIENTIpICv

Gen. 36, 25 letters, A EuOhUCAO E Ut FnTO CIENTIpICv

Gen. 37, 26 letters, A EuOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICv

Gen. 38, 26 letters, A EuOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICv

Gen. 39, 27 letters, A EVOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICv

Gen. 40, 27 letters, A EVOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICv

Gen. 41, 27 letters, A EVOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICk

Gen. 42, 27 letters, A EVOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICk

Gen. 43, 27 letters, A EVOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICk

Gen. 44, 27 letters, A EVOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICk

Gen. 45, 27 letters, A EVOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICk

Gen. 46, 27 letters, A EVOtUCAO E Ut FATO CIENTIpICk

Gen. 47, 28 letters, A EVOLUCAO E Ut FATO CIENTIpICk

Gen. 48, 29 letters, A EVOLUCAO E Ut FATO CIENTIFICk

Gen. 49, 29 letters, A EVOLUCAO E Ut FATO CIENTIFICk

Gen. 50, 30 letters, A EVOLUCAO E UM FATO CIENTIFICk

Gen. 51, 30 letters, A EVOLUCAO E UM FATO CIENTIFICk

Gen. 52, 30 letters, A EVOLUCAO E UM FATO CIENTIFICk

Gen. 53, 30 letters, A EVOLUCAO E UM FATO CIENTIFICk

Gen. 54, 30 letters, A EVOLUCAO E UM FATO CIENTIFICk

Gen. 55, 30 letters, A EVOLUCAO E UM FATO CIENTIFICk

Gen. 56, 30 letters, A EVOLUCAO E UM FATO CIENTIFICk

Gen. 57, 31 letters, A EVOLUCAO E UM FATO CIENTIFICO

31 Matched! in 57 generations.

   Em outras duas rodadas, o programa levou 105 e 73 gerações, respectivamente, para chegar ao resultado esperado. Se o programa revelasse uma geração por segundo, ele levaria de 1 a 2 minutos para chegar ao resultado final. Isso é um tempo muito menor do que os bilhões de bilhões de bilhões de vezes o tempo de existência do Universo.

   Note que a combinação de letras foi gerada “ao acaso”, mas a seleção cumulativa ao longo das gerações direcionou essas mudanças, mantendo aquelas que mais se “adequavam” às nossas regras, e excluindo aquelas menos “adequadas”. As combinações selecionadas podiam se “reproduzir” para as próximas gerações. Esse experimento mostra o poder da seleção cumulativa.

   A evolução biológica ocorre de forma análoga. O DNA é uma molécula formada por milhares ou milhões de “letras”, os nucleotídeos. Existem quatro tipos de nucleotídeos que compõem o DNA – Citosina (C), Guanina (G), Adenina (A) e Timina (T). A ordem com que esses nucleotídeos estão dispostos ao longo da cadeia de DNA e a quantidade destes nucleotídeos, junto com outros fatores, determina as características do organismo. Toda essa sequência de nucleotídeos é chamada de genoma. Podemos dizer que o genoma, na nossa analogia, é a frase, enquanto os nucleotídeos são as letras. A cada vez que uma célula se divide, todo esse genoma é replicado de forma semiconservativa. Essa replicação está sujeita a falhas, o que insere mutações no genoma (assim como o nosso programa gera mutações aleatórias nas sequências de letras a cada replicação). Essas mutações, se passadas à próxima geração por meio das células reprodutivas (os gametas), podem (ou não) alterar características físicas, comportamentais e/ou fisiológicas. Se essas mutações causarem alterações desvantajosas, o organismo e seus descendentes terão menos chances de sobreviver e passar seus genes para a próxima geração. No entanto, se essa alteração, por menor que seja, trouxer algum benefício para o organismo, este terá mais chances de sobreviver a tempo de passar seus genes para a próxima geração. Como o DNA da próxima geração foi gerado por replicação semiconservativa a partir do DNA da geração anterior, ele não é “embaralhado” do zero, como no primeiro exemplo acima. Ele é copiado a cada geração, como no segundo exemplo, mantendo a maior parte do arranjo das sequências de nucleotídeos. Essa sequência pode ser alterada levemente pelas mutações. Mutações no DNA que geram características vantajosas são selecionadas pelo ambiente, aumentando as chances de reprodução dessas mutações. Esse processo recebe o nome de Seleção Natural. Com o tempo, essas mudanças vantajosas são selecionadas cumulativamente, gerando mudanças físicas significativas. Em 3,5 bilhões de anos de processo evolutivo constante, a vida na Terra foi capaz de se ramificar em milhões de formas distintas.

   No entanto, ao contrário do processo evolutivo biológico, nesse programa a seleção não é natural. Havia um objetivo final no programa, que era chegar à frase “a evolucao e um fato cientifico” definido artificialmente por mim.  A evolução biológica não tem um objetivo final, como alguns acreditam. Ela simplesmente acontece. Por outro lado, o programa deixa claro que a seleção é um agente capaz de direcionar e gerar evolução em tempos muito menores que a simples aleatoriedade.

   Por isso, da próxima vez que você ouvir que a vida na Terra não poderia apresentar as formas que apresenta por mero acaso, lembre-se do poder da seleção natural. É ela o motor principal da evolução, e, aliada ao tempo, ela é capaz de criar “infinitas formas de grande beleza”.

Fonte: O Relojoeiro Cego – Richard Dawkins – 1986


Texto de  Gabriel Negreira

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Carta do Cacique Seattle de 1855.





Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. Segue a carta:


“O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade.

Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano.

Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem. Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo.

Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver.

Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos.

Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.

Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos.

E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d’água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho.

O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.

Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem.

Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.

Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos.

Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco.

A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos.

Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora.

Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência. Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã.

Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos.

Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe.

Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos.

Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”


Letter From Chief Seattle to President Pierce, 1885


In 1851 the Suquamish and other Indian tribes around Washington's Puget Sound were faced with a proposed treaty which in part persuaded them to sell two million acres of land for $150,000. Chief Seattle of the Suquamish tribe was a very spiritual and articulate man. If he gave a speech on that occasion, it might well have sounded like this:


How can you buy or sell the sky, the warmth of the land? The idea is strange to us. If we do not own the freshness of the air and sparkle of the water, how can you buy them?


Every part of this earth is sacred to my people.


Every shining pine needle, every sandy shore, every mist in the dark woods, every clearing and humming insect is holy in the memory and experience of my people. The sap which courses through the trees carries the memories of the red man.


The white man's dead forget the countryof their birth when they go to walk among the stars. Our dead never forget this beautiful earth, for it is the mother of the red man.


We are part of the earth and it is part of us.


The perfumed flowers are our sisters; the deer, the horse, the great eagle, these are our brothers.


The rocky crests, the juices in the meadows, the body heat of the pony, and man--all belong to the same family.


So, when the Great Chief in Washington sends word that he wishes to buy land, he asks much of us. The Great Chief sends word he will reserve us a place so that we can live comfortably to ourselves.


He will be our father and we will be his children. So we will consider your offer to buy our land.


But it will not be easy. For this land is sacred to us.


This shining water that moves in the streams and rivers is not just water but the blood of our ancestors.


If we sell you land, you must remember that it is sacred, and you must teach your children that it is sacred and that each ghostly reflection in the clear water of the lakes tells of events and memories in the life of my people.


The water's murmur is the voice of my father's father.


The rivers are our brothers, they quench our thirst. The rivers carry our canoes, and feed our children. If we sell you our land, you must remember, and teach your children, that the rivers are our brothers, and yours, and you must henceforth give the rivers the kindness you would give any brother.


We know that the white man does not understand our ways. One portion of land is the same to him as the next, for he is a stranger who comes in the night and takes from the land whatever he needs.


The earth is not his brother, but his enemy, and when he has conquered it, he moves on.


He leaves his father's graves behind, and he does not care.


He kidnaps the earth from his children, and he does not care.


His father's grave, and his children's birthright, are forgotten. He treats his mother, the earth, and his brother, the sky, as things to be bought, plundered, sold like sheep or bright beads.


His appetite will devour the earth and leave behind only a desert.


I do not know. Our ways are different from your ways.


The sight of your cities pains the eyes of the red man. But perhaps it is because the red man is a savage and does not understand.


There is no quiet place in the white man's cities. No place to hear the unfurling of leaves in spring, or the rustle of an insect's wings.


But perhaps it isbecause I am a savage and do not understand.


The clatter onlyseems to insult the ears. And what is there to life if a man cannot hear the lonely cry of the whippoorwill or the arguments of the frogs around a pond at night? I am a red man and do not understand.


The Indian prefers the soft sound of the wind darting over the face of a pond, and the smell of the wind itself, cleaned by a midday rain, or scented with the pinion pine.


The air is precious to the red man, for all things share the same breath--the beast, the tree, the man, they all share the same breath.


The white man does not seem to notice the air he breathes.


Like a man dying for many days, he is numb to the stench.


But if we sell you our land, you must remember that the air is precious to us, that the air shares its spirit with all the life it supports. The wind that gave our grandfather his first breath also receives his last sigh.


And if we sell you our land, you must keep it apart and sacred, as a place where even the white man can go to taste the wind that is sweetened by the meadow's flowers.


So we will consider your offer to buy our land. If we decide to accept, I will make one condition: The white man must treat the beasts of this land as his brothers.


I am a savage and I do not understand any other way.


I've seen a thousand rotting buffaloes on the prairie, left by the white man who shot them from a passing train.


I am a savage and I do not understand how the smoking iron horse can be more important than the buffalo that we kill only to stay alive.


What is man without the beasts? If all the beasts were gone, man would die from a great loneliness of spirit.


For whatever happens to the beasts, soon happens to man. All things are connected.


You must teach your children that the ground beneath their feet is the ashes of your grandfathers. So that they will respect the land, tell your children that the earth is rich with the lives of our kin.


Teach your children what we have taught our children, that the earth is our mother.


Whatever befalls the earth befalls the sons of the earth. If men spit upon the ground, they spit upon themselves.


This we know: The earth does not belong to man; man belongs to the earth. This we know.


All things are connected like the blood which unites one family. All things are connected.


Whatever befalls the earth befalls the sons of the earth.


Man did not weave the web of life: he is merely a strand in it.


Whatever he does to the web, he does to himself.


Even the white man, whose God walks and talks with him as friend to friend, cannot be exempt from the common destiny.


We may be brothers after all.


We shall see.


One thing we know, which the white man may one day discover, our God is the same God. You may think now that you own Him as you wish to own our land; but you cannot. He is the God of man, and His compassion is equal for the red man and the white.


This earth is precious to Him, and to harm the earth is to heap contempt on its Creator.


The whites too shall pass; perhaps sooner than all other tribes. Contaminate your bed, and you will one night suffocate in your own waste.


But in your perishing you will shine brightly, fired by the strength of God who brought you to this land and for some special purpose gave you dominion over this land and over the red man.


That destiny is a mystery to us, for we do not understand when the buffalo are all slaughtered, the wild horses are tamed, the secret corners of the forest heavy with scent of many men, and the view of the ripe hills blotted by talking wires.