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domingo, 1 de outubro de 2017
Felicidade...
"Eu quero a felicidade!
Disse um homem a Buddha.
Buddha, então, respondeu:
Primeiro retire o EU, que é o ego.
Depois o QUERO, que é o desejo.
Agora observe:
Ficou só A FELICIDADE."
sexta-feira, 5 de maio de 2017
A alma... se lembra!
"Seja o que for que você tenha esquecido a cerca do amor incondicional, da paz... A sua alma se lembra!
Ela se lembra que há uma conexão interna com um espaço onde você é livre da culpa e de todas as energias que deprimem e fazem você acreditar que é menos perfeito.
Sua alma se lembra do propósito pelo qual você está aqui e todas as tarefas que você aceitou concluir...
Sua alma é ciente de todas as falhas e compreende os medos em separar-se da Fonte Universal...
Ela gurda essa memória a fim de impulsioná-lo ao cumprimento de sua jornada, a lembrá-lo dos desequilíbrios energéticos que precisa integrar novamente.
A alma sabe que se originou da Perfeição e que seu caminho de regeneração lhe trará novamente a harmonia e a Divindade.
A alma é a Presença Divina em você!
Ela guarda a memória da divindade até que ocorra sua conexão com ela.
A memória humana está centrada nas limitações, na carência e imperfeição, e, por isso, é necessário que sua alma se lembre que você é luz, semelhança humana da Fonte.
Sua luz brilha interna e externamente!
A alma aguarda pacientemente que você reconheça a sua presença!
Ela pode ajudá-lo quando sentir que fracassou na sua jornada ou quando precisar conectar-se com a paz interior, enquanto a realidade está mergulhada no caos.
Ela mantém sob proteção suas memórias mais preciosas e cada vez que se esquecer de quem você é e do motivo de sua jornada ela terá todas as respostas.
Medite e busque dentro de você as belas lembranças do Lar que a sua alma guarda e encontre a paz mediante a certeza de que não está aqui sozinho.
A parceria com a sua alma é a alegria e o amor que lhe envolvem, protegem e que estão à sua disposição!
Conecte-se com a sua alma!"
Fonte:
sexta-feira, 3 de julho de 2015
sexta-feira, 15 de maio de 2015
...me entenda...
“Me entenda.
Eu não sou como um mundo comum.
Eu tenho a minha loucura,
eu vivo em outra dimensão e
eu não tenho tempo para coisas que não têm alma.”
Charles Bukowski
domingo, 22 de março de 2015
... a pequena alma...
"Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus: - Eu sei quem sou!
E Deus disse: - Que bom! Quem és tu?
E a Pequena Alma gritou: - Eu sou Luz!
E Deus sorriu: - É isso mesmo! Tu és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas deveriam descobrir: - Uau, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma.
Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe bastava. A Pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era.
Então foi ter uma conversa com Deus e disse: - Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso ser Quem Sou?
E Deus disse: - Quer dizer que quer ser Quem já És?
- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é ser Quem Sou. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.
- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.
- Sim, mas quero sentir! - gritou a Pequena Alma.
- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou: - Há só uma coisa...
- O quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Bem, não existe nada além da Luz. Porque eu não criei nada além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil que você experimente Quem És.
- Poxa!? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.
- Tu és como uma vela ao Sol. Estás lá, sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem voces. Não seria um sol sem uma das suas velas. A questão é: como podes conhecer-te como a Luz, quando estás no meio da Luz?
- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma, mais animada.
Deus sorriu novamente: - Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.
- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.
- É aquilo que tu não és - replicou Deus.
- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.
- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.
- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.
- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é – disse Deus. Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus - quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão. Sê, antes, uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!
- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.
- Claro! - Deus riu-se. Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos se esqueceram disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!
- Oba! - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. - Posso ser tão especial quanto quiser!
- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma.
- Que parte de especial é que queres ser?
- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. Não entendi…
- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes: É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?
A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.
- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma. - É especial ser prestativo. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso e amoroso com os outros.
- Sim! - concordou Deus. E tu podes ser todas essas coisas.
- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. Não é ser especial alguém que perdoa?
- Ah, sim, isso é muito especial - assegurou Deus à Pequena Alma.
- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.
- Bom, mas há uma coisa que devias saber — disse Deus.
A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação...
- O que é? - suspirou a Pequena Alma.
- Não há ninguém a quem perdoar.
- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.
- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta!
Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados, porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer.
Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar: Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.
- Então, perdoar quem? – perguntou Deus.
- Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. - resmungou a Pequena Alma. E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse: - Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.
Vais? - a Pequena Alma animou-se. Mas o que é que tu podes fazer?
- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!
- Podes?
- Claro! - disse a Alma Amiga, alegremente. Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.
- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?
- É simples - disse a Alma Amiga. Faço-o porque te quero muito bem.
A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.
- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga. Tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançamos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançamos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincamos juntas através de todo o tempo e em muitos lugares. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau. Fomos ambas a Vítima e o Vilão. Encontramo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos. Eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a “má”, desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.
- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.
- Oh, havemos de pensar em alguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, e disse numa voz mais calma: - Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?
- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Eu vou ter que fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.
- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma. E começou a dançar e a cantar: Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.
- O que é? - perguntou a Pequena Alma. O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas!
E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga: - O que é que posso fazer por ti?
- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga – no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...
- Sim? - interrompeu a Pequena Alma. Sim?
A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
- Lembra-te de Quem Realmente Sou.
- Oh, não irei esquecer! - gritou a Pequena Alma. Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.
- Que bom - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria vou esquecer Quem Sou. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.
- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva – a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.
E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão. E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível."
Neale Donald Walsch
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Aproximação consciente do Homem com seu Anjo Solar
Perdidos nas brumas dos problemas cotidianos, que nos exigem um sentido de atenção progressivo e imediato, é muito difícil sermos conscientes do poder magnético espiritual que emana constantemente do nosso Anjo Solar, aquela Alma liberada cuja missão é a de "nos agasalhar com Seu manto de amor e de sacrifício".
Durante um imenso período de tempo em que processos históricos ou cronológicos da nossa vida aqui na Terra vão se sucedendo, o afã do imediato tem regido inexoravelmente o nosso destino.
Em algumas ocasiôes, quando ultrapassado o auge ou o limite do permitido no turbilhão das paixões humanas, após o que a prova mais difícil e o primeiro perigo é o de "voltar aos antigos valores transcendidos" com seus consequentes vícios, defeitos, contrariedades e temores, nossa vida é inundada por um fúlgido raio de luz contendo resolução e esperança, dando-nos uma visão mais serena das coisas e acalmando o nosso ânimo.
Essa luz vem do nosso Eu Superior, do nosso Anjo Solar.
Nos momentos culminantes da nossa vida, no processo mágico do nascimento, quando deixamos o corpo físico no momento da morte ou quando enfrentamos um problema verdadeiro e angustiante na vida que nos consome em intenso sofrimento e profunda aflição, a visão serena e o amor desmedido do Anjo Solar estão mais perto de nós do que nunca, "cobrindo-nos com Seu manto de amor e de sacrifício".
Essa frase, reiteradamente, repetida para dar uma idéia da missão do Anjo Solar relativa à nossa Alma em evolução, está escrita com caracteres de fogo nos livros sagrados.
Foi retirada de lá porque não existe outra frase que expresse com tanta clareza e simplicidade a missão voluntária que o Anjo Solar um dia se impôs para com a Alma humana.
A reiteração dessa frase vem a ser como um mantra de atenção que deve nos aproximar em alguma medida da glória perene Daquele que é o nosso primeiro e único Mestre em todo trabalho de relação consciente com o Cosmos.
Quando nos referimos ao Anjo Solar, falando em termos hierárquicos, nós o fazemos nos termos "é um Mestre de Compaixão e Sabedoria, um Adepto da Lei", com o que não fazemos senão evidenciar a pureza infinita de Sua aura, a perfeição de Suas virtudes e o poder indescritível de Suas resoluções de amor e de sacrifício em relação a nós.
A compreensão dessas razões deve ser o princípio de uma relação inteligente com a aura magnética do Anjo Solar.
Compreender o Mistério infinito de Sua vida, que nos aproxima da profunda compreensão dos destinos secretos da Alma do nosso Logos Solar "que cobre todo o Universo com Seu manto de Amor e de Sacrifício", é a verdadeira tarefa iniciática, pois o único Mistério e verdadeiro segredo de nossa vida em relação à Vida infinita do "nosso Pai nos Céus" encontra-se na relação magnética que possamos estabelecer com o nosso Anjo Solar.
O encontro consciente, aida que se dê em lampejos ou intervalos, sempre produz uma confiança indescritível e uma alegria profunda.
A chegada do Anjo Solar na Terra para incorporar-se ao propósito evolutivo do Logos Planetário e Seu destino final de liberação, uma vez cumprida através dos tempos, a Sua missão de trazer para o Reino Humano, encarnada na Alma do homem, a Perfeição espiritual de sua vida.
Nesse amplo intervalo em que acontesse esse movimento incessante, da roda dos nascimentos, mortes e períodos devachânicos, configura-se de fato a vida humana aqui na Terra, a partir do próprio momento da indididualização da Humanidade até alcançar a Quinta Iniciação, ou retorno da Alma do homem ou ponto dinâmico da Vida Monádica para o seu verdadeiro Reino, o Quinto, o Reino das Almas ou Hierarquia Planetária, com todo o amor, o saber e a capacidade de sacrifício gravados no coração pela intervenção divina do Anjo Solar. Passar desse ponto seria entrar no campo nebuloso das cojecturas e hipóteses da mente inferior ou perder-se no insondável do Mistério.
Contudo, podemos avançar constantemente, pois uma das missões do homem, quando atinge um certo ponto de sua vida espiritual, é perder-se constantemente no profundo vácuo das amplas e insondáveis perspectivas do cósmico, naquelas indescritíveis avenidas de luz que os Logos imortais utilizam para percorrer os ciclos dos tempo.
Talvez não seja necessário fazer isso para ter uma noção exata do que o termo "Luz Solar" significa para nós em relação aos nossos veículos inferiores, nossa Alma e o próprio Espírito.
A luz do Sol contém infinidades de qualidades e matizes que só o conhecimento e a compreensão do mundo dévico pode esclarecer em uma medida apreciável e inteligente.
Uma das qualidades ou matizes solares, de onde provém em essência o termo imortal "manto de amor e de sacrifício", corresponde a um Raio especial que surge do Coração místico do Sol e encarna no Anjo Solar, cofigurando Sua vida com certas virtudes especiais que O capacitam para a elevada missão de redenção da Alma humana que Se impôs voluntariamente.
Outros Raios de luz provenientes do Sol físico (na realidade toda forma de luz é um aspecto distinto do grande Raio de Amor do Pai do Universo) codicionam a vida periódica dos veículos inferiores, o físico, o emocional e o metal concreto, enquanto que outros que emanam do Grande Sol Central, constituem a própria vida indescritivelmente profunda do nosso Espírito mais elevado ou Mônada, como citado nos estudos esotéricos.
No centro de todo processo mágico da vida da entidade humana, o amor e a vida do Anjo Solar aparecem como a essência unificadora que une a personalidade do homem em constante integração de valores com seu "Pai nos Céus", ou seja, com a Mônada ou Espírito Essencial em sua concepção mais elevada.
Compreender isso é começar a desenvolver em nós mesmos a tarefa vinculativa que um dia o Anjo Solar iniciou, é começar a usar conscientemente o poder misterioso dos Raios evolutivos no processo místico da vida e começar a caminhar pelas sendas da imortalidade.
Uma das tarefas ashrâmicas a que nos propusemos é a de revelar os mistérios dos principais Raios que nos condicionam para termos, assim, uma idéia mais exata do que o Anjo Solar significa em nossas vidas e de como estabelecer contato consciente com Ele.
O contato consciente com o Anjo Solar que, uma vez estabelecido, tudo que acontece em torno do mistério dos nascimentos e mortes do homem finito será compreendido como uma reprodução ou projeção do que acontece na vida mais íntima do Criador do Universo.
Compreender o alcance dessa primeira relação consciente com o nosso Ser imortal é criar voluntariamente em nós mesmos a Senda e a Meta, ou seja, o Caminho de Busca e a Meta de Liberação.
A importância do processo estará mais na autenticidade dos nossos desejos e na sinceridade do nosso interesse por descobriri o que está oculto por trás do Mistério permanente do Anjo Solar do que nos profundos e constantes estudos, às vezes intrincados e insípidos, a respeito das leis e processos universais, que serão melhor compreendidos se deixarmos que seja o próprio Anjo Solar quem nos revele, a partir do interior, através da linha de lus do Antahkarana, e nos libertarmos da influência da mente intelectualizada, tão predisposta ao erro por estar vinculada ao turbilhão procedente do mundo emocional e ao processo corrente de conceitos preestabelecidos.
Trata-se de uma tarefa da maior simplicidade que todos poderão incorporar imediatamente à sua própria visão ou concepção esotérica das coisas.
Tudo que vimos lendo até aqui neste capítulo terá especial valor vinculativo se deixarmos a mente serenamente expectante, ao considerarmos os valores implícitos na vida íntima dos tres elementos essenciais que constituem o nosso ser.
Esses tres elementos são a personalidade nos tres mundos: o físico, o emocional e o mental concreto.
O Eu Superior ou Anjo Solar corresponde ao Plano Causal e o Espírito ou Mônada, ao mundo espiritual.
A inter-relação desses elementos com os principais Raios de Poder que atuam no nosso Universo e com o próprio Logos Criador é a seguinte:
Espírito
1o. Raio
Relação com o Grande Sol Espiritual
Anjo Solar
2o. Raio
Relação com o Coração Místico do Sol
Personalidade
3o. Raio
Relação com as emanações do Sol físico
Essa é uma relação muito simples e limitada dentro do campo infinito das que podem ser estabelecidas através do Mistério dos Raios, mas nos bastará para a compreensão das idéiasimplicadas neste texto com a finalidade de esclarecer a missão específica do Anjo Solar e a forma mais exequível ao nosso alcance para estabelecer contato com Ele.
Um dos motivos essenciais que originou a atuação do Anjo Solar na Alma humana foi o espírito de compaixão que surgia como uma emanação natural do profundo âmago do Coração do Sol ou Centro de Amor do Deus do Universo.
O sacrifício dos Anjos Solares, cuja essência é nirvânica e, portanto, está livre do karma, não pode ser medido com o entendimento inerente à nossa pequena mente humana.
Porém, a efusão de vida amorosa do Logos, "alegremente arrancando do Seu Coração aquelas pétalas de sacrifício que são os Anjos Solares" (frase do Livro dos Iniciados), pode nos dar uma pequena idéia das implicações profundas da relação tríplice a que estamos nos referindo, idéia essa que mais adinate será enriquecida com os elementos vivos da intuição.
A compaixão é uma virtude causal do Anjo Solar, desse Adepto da Lei que, por sê-lo, deve adquirir automaticamente para nós o valor espiritual dos Mestres ou Adeptos da Hierarquia Planetária denominados "Mestres de Compaixão e Sabedoria".
Se aplicarmos a analogia, poderemos concluir que os Anjos Solares participam conscientemente das tarefas hierárquicas e contribuem com Suas funções para a evolução do Plano do Logos Planetário.
Portanto, são membros conscientes da Hierarquia e nenhum ser humano poderá colocar-se em contato com a Hierarquia Planetária nem com qualquer de seus Mestres sem que antes tenha existido uma série de contatos conscientes com o seu próprio Anjo Solar, com aquele bendito Ser com Quem vem ligado através dos tempos.
Um dos grandes empenhos da Hierarquia neste início da Era de Aquário, cuja atividade já está presente no coração de muitos homens e mulheres de boa vontade, é o de fazer com que a Humanidade seja consciente dos vínculos sagrados que a unem com o Anjo Solar de sua vida, pois assim haverá a possibilidade da redenção pela qual o Logos Planetário, mediante o Coração de Cristo, tem almejado através dos tempos.
Todos os acontecimentos planetários, a atividade da Hierarquia e o próprio propósito de Sanat Kumara trabalham simultaneamente para que esse trabalho de redenção planetária seja possível.
O principal elo de ligação é sempre o Anjo Solar, chamado nos termos esotéricos do Ashram "O Grande Intermediário Cósmico".
É Ele que deve "unir a Terra e o Céu" com as leis infinitas do Amor universal. Essa tarefa, iniciada há milhões de anos, começa a culminar nos corações de muitos seres humanso. De agora em diante, à medida que a pressão de Aquário se acentua sobre a aura da Terra, o que vai acontecer será uma obra mágica de proporções gigantescas para compreender, e nossa mente deverá aumentar consideravelmente o seu ritmo vibratório.
Texto de Vicente Beltrán Anglada
Fonte:
Livro A Hierarquia, os Anjos Solares e a Humanidade
Fonte da Imagem:
Joop Zand
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
sábado, 1 de novembro de 2014
Relação entre psique e corpo, vida e forma, espírito e matéria
A misteriosa relação existente entre vida e forma, entre psique e corpo e, por fim, entre Espírito e Matéria, sempre atraiu o interesse do homem, não apenas do ponto de vista científico como também do filosófico, sendo as mais diversas possíveis as respostas dadas a este problema.
Se, por exemplo, nos reportarmos a Descartes, veremos que ele afirma existir "uma irredutibilidade radical entre a alma e o corpo".
Recuando ainda mais no tempo, nos deparamos com Platão a declarar:
"É esse o grande erro do nosso tempo... Os médicos mantêm separada a alma do corpo".
Com base nisso, percebe-se que ele julgava existir uma imprescindível unidade entre o espírito e a matéria, entre a psique e o corpo, e assim chegava a concordar intuitivamente com aquela que é uma das verdades fundamentais do esoterismo: a unidade da vida.
"É um dos postulados fundamentais do esoterismo o de que matéria e espírito são uma mesma coisa, não se distinguindo senão por suas respectivas manifestações e pelas percepções limitadas que são as do nosso mundo sensível." (Das Cartas dos Mahatmas).
Isso concorda perfeitamente com o continuum postulado por Einstein como base da física universal.
De fato, com suas geniais descobertas sobre a constituição da matéria, Einstein provocou uma reviravolta na concepção dual energia e matéria, reconduzindo tudo a uma única realidade, talvez inacessível ao entendimento intelectual, mas a partir da qual é possível estabelecer matematicamente propriedades e deduzir leis físicas experimentalmente verificáveis.
Todavia, o homem ainda está longe de poder reconhecer efetivamente esta unidade, pois a sua consciência se acha identificada com a forma exterior, que ele julga ser a única realidade, e entra em contato com o mundo objetivo somente através dos cinco sentidos, enquanto ele ainda não desenvolveu a sensibilidade no plano das energias sutis e invisíveis.
Por isso, tudo o que nos pode provar a existência de uma "relação" entre o que há para lá do mundo sensível e da matéria é útil para nos conduzir pouco a pouco à reconquista da unidade subjacente à aparente dualidade.
Algo que nos pode ajudar nesse sentido é o estudo das influências da psique sobre a somatização, estudo de que se ocupa a medicina psicossomática, uma das correntes da medicina atual que admite haver determinada influência das emoções e dos estados psíquicos sobre o organismo, capaz de produzir distúrbios, mal-estares e doenças reais.
Há alguns decênios, o corpo e as suas funções eram considerados pela medicina somente em termos fisioquímicos, sendo o ideal do médico tornar-se, como diz Alexander, famoso médico psicossomático americano, "um engenheiro do corpo humano".
Hoje, ao contrário, foi se delineando no campo da medicina uma cor- rente bem definida, que considera o homem uma unidade biopsíquica, um indivíduo, não somente um corpo, mas um conjunto de pensamentos, de emoções e tendências funcionando de maneira coordenada sob a orientação de um eu consciente.
Cada um desses aspectos do indivíduo influencia o outro, pois guardam todos entre si relações que, mesmo ainda não totalmente esclarecidas pela ciência, deixam no ar a sua presença.
Foi o advento da psicanálise que modificou as concepções materialistas da medicina, com a descoberta do inconsciente e o estudo dos bizarros fenômenos da sintomatologia neurótica, que produz distúrbios que podem ser considerados verdadeiros processos patológicos.
Sobretudo, o estudo da "conversão de sintomas" na histeria possibilitou a compreensão de como os conflitos psíquicos inconscientes, os traumas removidos, podem se "converter" em mal-estares e distúrbios somáticos, pois tendo sido impedida a sua descarga externa pela repressão inconsciente, eles são descarregados sobre o físico.
Pouco a pouco, após novas observações e estudos, o campo de investigação e descoberta foi se ampliando a ponto de, hoje, a medicina psicossomática admitir a presença de influências emotivas e psíquicas sobre a somatização, não somente nos indivíduos neuróticos como também nos normais que tenham, porém, problemas emotivos não resolvidos, preocupações que se furtam de enfrentar e reconhecer, ou então nos que são submetidos a um stress contínuo e torturante.
A palavra stress deriva da física e da engenharia, onde, como é sabido, ela tem um significado bastante preciso, qual seja "solicitação", tratando-se de uma força que, aplicada a um dado sistema, pode alterá-lo.
Em sentido patológico, tal palavra passou a designar qualquer problema ou situação que nos provoque um estado de ansiedade ou de tensão. Isso nos leva a pensar que, se conseguíssemos manter um estado interior de serenidade, de calma e confiança em todas as situações difíceis de nossa vida, em face de qualquer acontecimento, mesmo grave, de modo a poder enfrentá-lo com coragem, lucidez e sobretudo com perfeita tranqüilidade emocional, provavelmente poderíamos evitar a maior parte dos nossos mal-estares físicos.
Todavia, esta "tranquilidade emocional" representa uma meta a ser alcançada depois de uma série de amadurecimentos e progressos; por enquanto, portanto, as palavras expressas acima representam somente uma indicação teórica.
Mesmo as doutrinas espirituais e esotéricas interpretam a maior parte das doenças físicas como conseqüência da falta de harmonia interior.
No livro de Alice A. Bailey, A Cura Esotérica, pode-se ler:
"Todas as doenças são efeito de desarmonia entre forma e vida. O que une forma e vida... é a alma no homem e o Si humano.Quando é falho o alinhamento entre estes dois fatores, alma e forma, vida e expressão, sujeito e objeto, insinua-se a doença..." (p. 27).
"Todas as doenças são efeito de desarmonia entre forma e vida. O que une forma e vida... é a alma no homem e o Si humano.Quando é falho o alinhamento entre estes dois fatores, alma e forma, vida e expressão, sujeito e objeto, insinua-se a doença..." (p. 27).
A harmonia entre "vida e forma", entre alma e personalidade, pode ser alcançada somente quando se der o alinhamento e a integração de todos os aspectos do homem, ou melhor, podemos dizer que toda vida é uma passagem da desarmonia para a harmonia, da desordem para a ordem, da multiplicidade para a unidade.
Isso nos indica, em certo sentido, o programa a ser desenvolvido, o caminho a ser seguido para o nosso amadurecimento interior, meta esta que toda a humanidade, mesmo inconscientemente, tende a alcançar através de crises e sofrimentos, até que a consciência, desperta, não assuma o direcionamento das energias que compõem a nossa personalidade e não cumpra voluntária e conscientemente o trabalho de harmonização e de integração.
Em nível diverso, a psicologia profunda também persegue este objetivo e procura levar o homem para a completa auto-realização, orientando-o ao longo do caminho do conhecimento integra de si mesmo e da superação dos conflitos interiores.
A esta altura, torna-se necessário dizer que a origem da doença não é somente psicológica e subjetiva, mesmo que a maioria das doenças tenha sempre um componente psíquico.
Existem outras causas que as doutrinas esotéricas reportam ao Carma individual e também coletivo de toda a humanidade.
Tal assunto é extremamente amplo e, para dizer a verdade, ainda um pouco obscuro e complexo, pois o aspecto esotérico das doenças e o seu estudo é algo ainda muito novo para o estágio atual de evolução da humanidade,tanto como a própria medicina psicossomática, que mesmo tendo muitos adeptos e seguidores entre os médicos, ainda é hostilizada e mesmo ignorada pela maioria.
Faz pouco que o pensamento dos homens começou a se orientar nessa direção, por isso somente uma minoria começa a se fazer sensível às energias sutis e ao mundo, das causas e significados, oculto sob as aparências fenomênicas.
Portanto, tudo o que se exprime a esse respeito será necessariamente parcial e incompleto, sendo apresentado sobretudo como um argumento sobre o qual refletir e meditar.
Nessa matéria, nada mais fácil do que recair na superstição e na atitude anticientífica, o que pode levar a um ocultismo e a um fenomenismo nocivos, que devem ser evitados a qualquer custo, pois estes, ao invés de nos guiar para a luz e para um progresso efetivo, nos levariam para trás, provocando a nossa regressão a estágios evolutivos há muito superados.
Hoje, as doutrinas esotéricas também devem ser difundidas como uma ciência, como um conjunto de conhecimentos baseados em pesquisas sérias e no estudo de aspectos e manifestações que, se não agora, certamente no futuro, poderão ser verificados e experimentados cientificamente.
Eis por que, juntamente com o estudo dos enunciados e explicações esotéricas e espirituais referentes às doenças do homem, é oportuno levar em consideração também tudo aquilo que foi observado pela medicina psicossomática e, além disso, procurar traçar um paralelo entre esta última e a medicina esotérica, destacando, na medida do possível, as analogias e os pontos de contato entre as duas.
O dever do estudioso do esoterismo, hoje, é o de estar no mundo e não o de abstrair-se dele, e de levar ao mundo o conhecimento e a luz que ele possui, tornando-se intérprete das verdades ocultas e traduzindo-as em termos compreensíveis e aceitáveis.
É útil, portanto, saber até que ponto chegaram as pesquisas e experimentações da medicina psicossomática e acompanhar os progressos — contínuos, embora lentos — da ciência em direção ao descobrimento da verdadeira natureza do homem.
Devemos, portanto, considerar, mesmo que rapidamente, os pontos de vista da medicina psicossomática.
A medicina psicossomática, conforme dissemos, reconhece o peso das influências emotivas e psíquicas sobre a saúde e divide os doentes em três categorias, conforme está escrito no tratado Medicina psicossomática de Weiss e English (ed. Astrolábio):
1º grupo:
Todos os que, não sendo loucos e tampouco neuróticos, apresentam uma doença que nenhuma alteração orgânica definida pode explicar.
A medicina psicossomática se interessa sobretudo por esse primeiro grupo. São os casos puramente "funcionais" da medicina prática.
2º grupo:
Todos os pacientes que apresentam distúrbios parcialmente provocados por fatores emotivos, mesmo que se verifiquem alterações orgânicas.
Este segundo grupo é mais importante do que o primeiro do ponto de vista do diagnóstico e da terapia, pois o fator psicogênico pode provocar, nesse caso, danos muito mais graves, devido à presença também de uma doença orgânica.
3º grupo:
Todos os distúrbios geralmente considerados de domínio essencialmente somático, mas que implicam também o sistema nervoso vegetativo, como, por exemplo, a hemicrania, a asma, a hipertensão essencial etc.
Com base nessa subdivisão esquemática, é possível deduzir que no pensamento dos médicos está se delineando também um outro problema muito importante, ou seja, o da eventual relação entre distúrbio psicológico e alteração anatômica.
Em geral, os médicos psicossomáticos distinguem as doenças como sendo orgânicas e funcionais.
As primeiras são as que apresentam alterações celulares e lesões anatômicas, as segundas são as que não apresentam alterações celulares nem lesões anatômicas e, portanto, devem ser consideradas "psicogênicas".
A concepção de doença que vem se transmitindo desde o século XIX poderia ser indicada da seguinte maneira:
Alteração celular - lesão anatômica - distúrbio funcional.
No século XX esta fórmula sofreu uma mudança e passou a ser expres- sa da seguinte maneira:
Distúrbio funcional - alteração celular - lesão anatômica.
Nada se sabe ainda, do ponto de vista científico, quanto ao que poderia preceder o distúrbio funcional, mas no futuro talvez se possa apontar um distúrbio psicológico como responsável por uma alteração funcional, através de uma determinada relação comprovável cientificamente.
A fórmula citada acima poderia, então, ser expressa da seguinte maneira:
Distúrbio psicológico - deficiência funcional - alteração celular - lesão anatômica.
A medicina psicossomática admite esta relação como uma hipótese bastante provável e, mesmo considerando a relação entre estado emocional e órgão físico ainda misteriosa, não afasta a possibilidade de que um fator psíquico venha, com o passar do tempo, a influir até mesmo sobre a matéria física e a produzir até mesmo uma lesão anatômica.
Isto é extremamente importante, pois nos traz de volta ao problema que mencionamos no início, ou seja, à misteriosa relação que une a psique ao corpo, o espírito à matéria.
Do ponto de vista esotérico, o homem é considerado uma unidade complexa, constituída de vários aspectos ou "veículos" subordinados a um centro de consciência de origem espiritual, o qual é chamado Si, Alma ou Eu Superior, sendo considerado o Verdadeiro Homem.
O corpo físico é o mais exterior destes veículos, sendo tido somente como um instrumento de expressão e de experiência do Si no plano material.
Portanto, não há uma "cisão" entre o espírito e a matéria, mas somente uma graduação de nível vibratório, pois todos os aspectos do Si, inclusive o veículo físico, emanaram do próprio Si para poderem se exprimir.
Portanto, o problema da relação entre vida e forma, se considerado do ponto de vista das doutrinas esotéricas, pode ser facilmente resolvido, porquanto se trata de um fenômeno semelhante ao da indução eletromagnética. De fato, é preciso imaginar os veículos do homem como "campos de energia" em contínuo movimento e em comunicação entre si.
Estes campos de energia (que poderiam corresponder à "psique" da psicologia) constituem a ponte entre o espírito e a matéria, entre o Pai e a Mãe, como são simbolicamente chamados estes dois aspectos do Uno.
"O Pai-Mãe fia um tecido, cuja extremidade superior está presa ao Espírito-Luz da Escuridão Una e a inferior a seu escuro fim, a Matéria. Este é o Tecido do Universo, tecido com as duas substâncias fundidas em uma." (Helena P. Blavatsky: Doutrina Secreta - Estâncias de Dzyan).
O homem, microcosmo que reflete o macrocosmo, revive em si mesmo esta verdade universal e nele o corpo físico pode ser considerado "o escuro fim do Tecido", e o Espírito "a Luz", enquanto a sua psique (isto é, os vários veículos) representam "o tecido do meio".
Portanto, para o esoterismo a relação entre Espírito e corpo não representa um mistério, sendo considerada, do ponto de vista energético, como sempre presente e atual.
A cisão existe do ponto de vista da consciência, pois o homem não tem consciência de si mesmo, já que se identificou com a extremidade mais densa e exterior do "tecido", com a parte mais superficial e mecânica de sua natureza, vivendo na inconsciência de sua origem e de sua realidade profunda.
Esta é a razão pela qual a ciência que pesquisa e indaga dos fenômenos baseando-se no seu aspecto objetivo e partindo, por assim dizer, do exterior, topa freqüentemente com obstáculos intransponíveis e aparentemente inexplicáveis.
De fato (citando Aurobindo), "parece evidente que analisando o físico e o sensível nunca chegaremos ao conhecimento do Si, de nós mesmos ou d'Aquele que chamamos Deus... Portanto, se existe um Si, uma Realidade não evidente para os nossos sentidos, é preciso procurá-la com outros meios que não os da ciência física". (De A síntese da Yoga, vol. II, p. 22.)
E que outros meios são esses?
Sobretudo o estudo da consciência do homem, que é uma realidade subjetiva, em face da qual até mesmo os cientistas se sentem perplexos.
O conhecido biólogo C. H. Waddington escreve a este respeito:
"Nos deparamos, no que respeita à consciência de si, com um mistério fundamental que ocupa o centro de toda a nossa vida ..."
De fato, não há como classificar e estudar "cientificamente" a consciência, entendida como autoconsciência, fenômeno em si totalmente independente dos fatos físicos.
É justamente na análise dos fenômenos subjetivos da consciência e no desenvolvimento gradativo desta que o esoterismo e a ciência talvez possam se encontrar através da psicologia, que se pode considerar hoje como uma ciência verdadeiramente fundamental para a vida.
A medicina psico-espiritual procura investigar as causas das doenças do homem servindo-se não somente dos meios oferecidos pela psicologia como também dos meios oferecidos pelas doutrinas esotéricas e, considerando as doenças como alterações da relação existente entre psique e corpo, e espírito e matéria, pode ajudar a nos conhecermos melhor e a alcançarmos a harmonia e a auto-realização.
Fonte:
Medicina Psico-Espiritual
Angela Maria La Sala Bata
Tradução de Pier Luigi Cabra
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