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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Imaginação x Realidade





O Cérebro não diferencia Imaginação de Realidade


Estamos em constante contato com o mundo físico, grosseiro, com a sensação de estarmos separados dos objetos de nossa percepção. 

Nesse fenômeno de difícil solução, o problema difícil dos neurocientistas, necessitamos de uma ampliação de conceitos e contextos para seu esclarecimento. Há uma cisão entre sujeito e objeto na captação da realidade. Tudo aquilo que aparece em nossa percepção, captado pelos meus órgãos dos sentidos, encontra-se separado – nós conseguimos compartilhar as experiências com outros observadores devido a esse fenômeno. Esse processo de captação da realidade necessita de uma explicação baseada no que entendemos por consciência. Há vários neurocientistas que vem estudando a consciência como sendo um padrão de processos mentais, ou seja, um epifenômeno do cérebro. Essa visão é limitante e deixa as pesquisas estacionadas. 

A fisica quântica trouxe para a equação a presença do observador. Ela admite que todos os objetos do universo são ondas de possibilidades e portanto, não podem provocar seu próprio colapso de onda. Temos que admitir a existência de algo fora do sistema capaz de converter possibilidade em realidade e esse algo não material é a consciência. 

A consciência é capaz de intermediar esse colapso das ondas de possibilidades em fato manifesto deixando claro e livre de paradoxos que qualquer realidade ocorre em dois domínios: 
  • Possibilidades e 
  • Fato Manifesto.
Hoje, com o avanço da tecnologia de mapeamento cerebral, podemos estudar o cérebro de forma dinâmica. Isso trouxe uma importante consequência para as pesquisas da consciência. 

O cérebro não consegue diferenciar realidade de imaginação. Os mesmos processos de sinapses utilizada pelo cérebro durante a percepção de um objeto separado e externo é o mesmo processo de sinapses utilizados durante a imaginação desse mesmo objeto, agora apenas em nossa percepção interna, particular. Isso começa a proporcionar um embasamento científico para todas as terapias que lidam com o campo sutil, sejam elas oficializadas por órgãos competentes ou não. 

O fato de um grupo de pessoas apenas imaginar que estão aprendendo uma determinada habilidade comparada com outro grupo que realmente estão treinando mecanicamente esta habilidade, não mostrou nenhuma diferença significativa entre ambos. Esse conceito fez despertar, emergir o conceito da neuroplasticidade. A capacidade que todos temos de criar novos circuitos cerebrais para expressar novas habilidades de nossa consciência. 

Estimular a formação de novas sinapses em um processo denominado de sinaptogênese é feito a cada momento diante das inúmeras percepções que captamos do mundo exterior. Essas novas sinapses determinam novas redes neurais que por sua vez formarão novas memórias. Vejam a interligação entre percepção e memória. Percepção exige memória e memória exige percepção. Com certeza essa circularidade quer nos dizer alguma coisa e ter a consciência como epifenômeno do cérebro não ajudará na compreensão desse processo.

Meus amigos, em breve utilizarei esses conceitos para exemplificar como a terapia mente/corpo pode ser utilizada, trazendo uma expansão para o tratamento médico em busca de uma avaliação integral do ser humano.

Aqui está o raciocínio que permite o embasamento das diversas terapias mente/corpo disponíveis hoje. Acredito que em um futuro bem próximo a medicina oficial incorporará em suas práticas a opção da meditação, da contemplação, da oração, das atividades físicas relaxantes, das terapias energéticas além da abordagem alopática hoje em prática. O ser humano necessita de uma abordagem integral pois é um ser integral, constituído de intuições, pensamentos, sentimentos além da biologia molecular que o envolve.

COMUNICAÇÃO MENTE - CORPO

Como conversamos anteriormente no texto sobre Realidade e Imaginação, o cérebro não consegue diferenciar realidade de imaginação. Quando entramos em contato com o mundo externo, tornando real aquele momento em nossa percepção ocorre a cisão sujeito/objeto, ou seja, percebo a realidade-objeto separado da minha consciência ao mesmo tempo que guardo a sensação de ser o sujeito observando. Estamos a todo instante mensurando as coisas ao nosso redor. A consciência utiliza a interface cerebral a disposição para identificar-se com o cérebro em cada mensuração quântica realizada. Estímulos diversos chegam ao cérebro dando oportunidade para co-criarmos a realidade. Esses estímulos necessitam da luz refletida sobre os objetos para que haja a percepção do mesmo armazenando-os para posterior aprendizado, ou seja, a memória. Há uma região cerebral, determinada pelas avaliações dinâmicas de mapeamento cerebral, denominada hipocampo com plena atividade nesse processo. Essa área do hipocampo recebe as primeiras impressões dos estímulos externos e guarda uma interconexão bem próxima com o córtex cerebral responsável pelas atividades somestésicas e motoras, que determinam nossas ações.

As informações advindas das diversas interações sociais que o ser humano vivência em seu dia a dia alimentam o córtex cerebral e o hipocampo. Uma palavra mal interpretada, uma dúvida sobre sua conduta pessoal, um vizinho que chega e não lhe cumprimenta, um chefe com extrema soberba disfere ordens e mais ordens, contas que chegam e dinheiro que falta para pagá-las, a indiferença das pessoas que o cercam, a violência verbal e não verbal do transito das cidades hodiernas, a impaciência dos transeuntes, as palavras e gestos impensados contra as pessoas que amamos diante de uma contrariedade, irritabilidade no comportamento diário, preocupações diversas no setor familiar como a educação dos filhos, ou seja, o viver de cada um de nós no dia a dia. 

Esses contatos e interações sociais alimentam nosso psiquismo e nosso cérebro. Todas essas impressões e vibrações vivenciadas pelo ser humano requer uma gama de energias que qualificam cada experiência. Nossas células nervosas estimuladas por todo esse conteúdo vibracional dessas experiências fazem tocar um acorde específico em nosso corpo, utilizando-se de moléculas especificas chamadas de substâncias informacionais: hormônios, neurotransmissores, peptídeos, etc. Essas substâncias, por sua vez, estimulam o núcleo da célula a produzirem, por intermédio do DNA, o RNA mensageiro que irá até o citoplasma para sintetizar a proteína especifica para a finalidade em questão. Chegamos assim em uma comunicação entre mente-corpo-gene.

O estímulo percorre então este percurso estabelecendo uma comunicação entre mente e cérebro (mente-cérebro), depois continua a comunicação entre cérebro e corpo (cérebro-corpo) que por fim chega à célula que se comunica com o gene (célula-gene). 

Os trabalhos de neurocientistas mostram que o tempo para o estímulo percorrer o percurso mente-cérebro, cérebro-corpo e célula-gene leva cerca de 120 minutos e que o tempo da informação percorrer célula-gene dura cerca de 20 minutos. Esse conhecimento é fantástico! A mente, através de nossos pensamentos, estimula o cérebro que se comunica com o corpo que atua na célula e chega nos genes estimulando-os a produzirem suas proteínas especificas para exercerem suas funções específicas.

Meditação, contemplação, oração, sono reparador, terapias energéticas, exercícios físicos relaxantes e até mesmo a medicina convencional ganham um novo aliado em busca da compreensão da saúde. Tranquilizar a mente, serenidade, calma, benevolência, caridade, gratidão, perdão, humildade, equilíbrio, fraternidade, indulgência, esperança, compreensão, valores diversos esquecidos ou adormecidos, irão fazer tocar um acorde diferente, onde essas informações, agora com um novo teor vibracional, chegarão até as células fazendo-as produzirem as proteínas adequadas para funções adequadas promovendo nossa saúde.

Precisamos estar atentos em nosso dia a dia para escolhermos a opção de sermos saudáveis.

Dizer não aos nossos hábitos e condicionamentos limitantes e limitados por nosso sistema de crenças dominado pelo nosso EGO. 

Despertar para a necessidade de transformação pessoal através de um processo de criatividade interna trará ao nível consciente novas possibilidades para a realidade co-criada de cada um de nós e essa transformação pessoal terá um efeito dominó, inicialmente em nós mesmos e nas pessoas que nos cercam e assim atingiremos o coletivo contagiando-os pela nossa transformação pessoal, em aceitando nossos sentimentos deslocados de nossa mente consciente e dando uma nova interpretação para os temas arquetipicos como a 
  • Verdade, 
  • Beleza, 
  • Bondade, 
  • Justiça, 
  • Abundância e 
  • Amor. 
Esses valores andam esquecidos ou adormecidos e devemos buscar esses temas constantemente para criar um novo contexto e, por consequência, darmos novos significados de valor para a realidade que criamos para nós mesmos

Por Dr. Milton Moura

Fonte:

Texto publicado com a autorização do autor.

domingo, 25 de novembro de 2012

Cérebro: o papel dos Biofótons na mente


Estudos científicos evidenciam que as células e os neurônios produzem e negociam com biofótons. 

Vários trabalhos científicos demonstram que os neurônios emitem, conduzem e recebem fótons. 

Os biofótons e a capacidade de sincronização da mente. 

Nos últimos anos, um crescente número de trabalhos mostram evidências científicas do papel que os fótons tem no funcionamento básico dos neurônios e em geral das células do organismo humano. A maior parte desta evidência provem de produzir um “apagão de laboratório” e proceder ao cômputo de fótons que os neurônios produzem. 

A surpresa, para muitos cientistas, tem sido comprovar como a produção de luz era realizada pela maioria das células, enquanto gestionam suas funções no organismo. Mas, o que realmente tem sido uma verificação interessante é comprovar como a maioria das células utilizam a luz para se comunicar, existindo evidências nas plantas, nas bactérias e nos neurônios de que se comunicam pela transmissão de fótons. 

Os neurônios constituem um marco de estudo excepcional, já que a produção, transmissão e comunicação fotônica já têm sido verificada em diversos experimentos de laboratório. Os estudos concluem que a comunicação fotônica se realiza mediante os microtubos e que a produção de aminoácidos é crucial no processo de comunicação e coordenação das funções cerebrais e motrizes com o restante dos mecanismos do cérebro. 

Em busca da verificação da produção de biofótons e a comunicação celular biofotônica, corresponde analizar a capacidade de absorção de luz por parte dos tecidos e sua interação nos processos da ionogenomática. A verificação do experimento dos biofótons, implicaria a validação do modelo ionogenomático. 

Estudo: Emission of Biophotons and Neural Activity of the Brain

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A Respiração / Eckhart Tolle


Podemos descobrir o espaço interior criando lacunas no fluxo de pensamentos. Sem elas, o pensamento se torna repetitivo, desprovido de inspiração, sem nenhuma centelha criativa - e é assim que ele é para a maioria das pessoas. Não precisamos nos preocupar com a duração dessas lacunas. Alguns segundos bastam. 

Aos poucos, elas irão aumentar por si mesmas, sem nenhum esforço de nossa parte. Mais importante do que fazer com que sejam longas é criá-las com frequência para que nossas atividades diárias e nosso fluxo de pensamento sejam entremeados por espaços. 

Certa ocasião alguém me mostrou a programação anual de uma grande organização espiritual. Quando a examinei, fiquei impressionado pela rica seleção de seminários e palestras interessantes. A pessoa me perguntou se eu poderia recomendar uma ou duas atividades. 

"Não sei, não. Todas elas me parecem muito interessantes. Mas eu conheço esta: tome consciência da sua respiração sempre que puder, toda vez que se lembrar. Faça isso durante um ano e terá uma experiência transformadora bem mais forte do que a participação em qualquer uma dessas atividades. E é de graça." 

Tomar consciência da respiração faz com que a atenção se afaste do pensamento e produz espaço. É uma maneira de gerar consciência. 

Embora a plenitude da consciência já esteja presente como o não-manifestado, estamos aqui para levar a consciência a essa dimensão. 

Tome consciência da sua respiração. Observe a sensação do ato de respirar. Sinta o movimento de entrada e saída do ar ocorrendo em seu corpo. Veja como o peito e o abdômen se expande e se contrai ligeiramente quando você inspira e expira. 

Basta uma respiração consciente para produzir espaço onde antes havia a sucessão ininterrupta de pensamentos. Uma respiração consciente (duas ou três seria ainda melhor) feita muitas vezes ao dia é uma maneira excelente de criar espaços em sua vida. 

Mesmo que você medite sobre sua respiração por duas horas ou mais, o que é uma prática adotada por algumas pessoas, uma respiração basta para deixá-lo consciente. O resto são lembranças ou expectativas, isto é, pensamentos. 

Na verdade, respirar não é algo que façamos, mas algo que testemunhamos. A respiração acontece por si mesma. Ela é produzida pela inteligência inerente ao corpo. 

Portanto, basta observá-la. Essa atividade não envolve nem tensão nem esforço. Além disso, note a breve suspensão do fôlego - sobretudo no ponto de parada no fim da expiração - antes de começar a inspirar de novo. 

Muitas pessoas têm a respiração curta, o que não é natural. Quanto mais tomamos consciência da respiração, mais sua profundidade se estabelece sozinha. 

Como a respiração não tem forma própria, ela tem sido equiparada ao espírito - a Vida sem uma forma específica - desde tempos ancestrais. 

"O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida; e o homem se tornou um ser vivente." 

A palavra alemã para respiração - atmen - tem origem no termo sânscrito atman, que significa o espírito divino que nos habita, ou o Deus interior. 

O fato de a respiração não ter forma é uma das razões pelas quais a consciência da respiração é uma maneira eficaz de criar espaços na nossa vida, de produzir consciência. Ela é um excelente objeto de meditação justamente porque não é um objeto, não tem contorno nem forma. 

O outro motivo é que a respiração é um dos mais sutis e aparentemente insignificantes fenômenos, a "menor coisa", que, segundo Nietzsche, constitui a "melhor felicidade". Cabe a você decidir se vai ou não praticar a consciência da respiração como verdadeira meditação formal. 

No entanto, a meditação formal não substitui o empenho em criar a consciência do espaço na sua vida cotidiana. 

Ao tomarmos consciência da respiração, nos vemos forçados a nos concentrar no momento presente - o segredo de toda a transformação interior, espiritual. 

Sempre que nos tornamos conscientes da respiração, estamos absolutamente no presente. Percebemos também que não conseguimos pensar e nos manter conscientes da respiração ao mesmo tempo. 

 A respiração consciente suspende a atividade mental. No entanto, longe de estarmos em transe ou semi-despertos, permanecemos acordados e alerta. Não ficamos abaixo do nível do pensamento, e sim acima dele. 

E, se observarmos com mais atenção, veremos que essas duas coisas - nosso pleno estado de presença e a interrupção do pensamento sem a perda da consciência - são, na verdade a mesma coisa: o surgimento da consciência do espaço. 

Livro O Despertar de uma Nova Consciência de Eckhart Tolle 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sabedoria de Cura


Denomina-se sabedoria inata do corpo a habilidade inata (congênita) que nosso corpo tem de se curar em todos os níveis. 

Muitas vezes quando nos cortamos, percebemos que isso ocorreu somente quando já se está em processo de cicatrização. Nosso organismo entra em atividade e processa uma série de transformações que revertem a lesão. E a cura completa do corte se processa.

Como o corpo sabe exatamente onde e como agir para que esse corte fosse curado? 

É essa energia sutil, que transcende nossa capacidade de entendimento lógico que denominamos de sabedoria inata do corpo. 

Podemos perceber essa energia também em diversos momentos de nosso dia a dia. Quando nos alimentamos, o aparelho digestivo, juntamente com todas as outras partes do corpo, sabe exatamente o que fazer e em que momento. Existe uma energia sutil que conduz todo esse processo. 

O mesmo ocorre quando as células no ventre da mãe começam a se dividir e a formar as diversas partes do corpo do pequeno ser. A ciência sabe como isso acontece, mas não sabemos por que isso acontece, nem tão pouco sabemos como cada célula sabe exatamente para onde deve ir. Ela apenas faz. Ela é. 

Quando um coração é retirado para se transplantado em outra pessoa, essa energia ainda perdura por um certo tempo, por isso, a necessidade de ocorrer o transplante rapidamente. 

Essa é a energia vital que nos conduz. Todos nós a temos e todos nós a conhecemos. Ela não pode ser tocada, vista, mas todos nós sabemos, intuitivamente, que ela existe e o mais importante é que conseguimos sentir como tudo isso funciona. 

A nossa própria verbalização automática firma essa existência, pois sempre costumamos dizer que estamos sem energia ou com energia em excesso, ou dizemos que nosso corpo está precisando de um tempo para refazer suas energias, ou que nossa energia precisa fluir melhor. Outras vezes sentimos que determinada pessoa ou lugar também não tem uma energia boa. Algumas vezes precisamos retornar ao nosso lugar de nascimento como uma forma de renovarmos nossa energia. Quando passamos por determinadas experiências, nosso rosto fica vermelho, nosso coração acelera e sentimos algo percorrer nosso corpo e sabemos que não há como controlar isso. Ela ocorre independente de nosso desejo de direcioná-la. 

Essa é a nossa energia. Ela apenas é. 

É essa energia vital que a própria ciência quântica já confirmou ao afirmar: a energia vem primeiro, depois a matéria. 

Eis então, uma poesia para nos fazer pensar um pouco mais: 


"O homem não possui um Corpo distinto da Alma! 
Pois o que se chama de Corpo 
é uma parte da Alma Percebida pelos cinco sentidos, 
principais aberturas da Alma nesta era. 
A Energia é a única vida e provém do Corpo. 
A razão é o limite ou a circunferência exterior da energia. 
Energia é o deleite eterno." 

 Poema de William Blake (séc. XVIII) 

domingo, 21 de outubro de 2012

...a flexibilidade da tua adaptação...


"A flexibilidade da tua adaptação 
é a verdadeira medida da tua inteligência. 

 O próximo desafio 
é descobrir o poder da mente e das emoções, 
para adaptar o DNA com consciência 
a um mundo de natureza coletiva."

Gregg Braden

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sistema de crenças: como se instalam no cérebro


Com rapidez não leia as palavras, só as cores.


E aí?
Como foi?
Tente mais uma vez.

A capacidade de nosso cérebro de perceber as letras na sequência certa é mais forte do que a nossa percepção das cores.

Então podemos chegar à conclusão de que estamos presos, condicionados nos nossos costumes e experiências. Uma informação, uma vez registrada no nosso cérebro tem a possibilidade de passar a ser sempre processada do mesmo jeito, repetidamente.

Temos, então, que ver as coisas como elas são, e não como pensamos que são.

A percepção de padrões nos facilita a vida, mas como pode ser percebido através do simples exercício acima, isto pode nos limitar.

No momento em que percebemos padrões repetitivos e queremos mudá-los, começa a nossa jornada em direção à cura, ao bem-estar, a harmonia e ao equilíbrio.

Leia também:


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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Meditação: Simples + mente... meditar!


Para quem já pratica ou praticou meditação, sabe que é algo impossível de definir.

Meditação é um estado de ser, um estado de consciência alerta, uma experiência de estar em si, estar consigo, algo muito pessoal. 

Portanto, a melhor forma de conhecer a meditação é vivenciando-a, praticando-a.  

As técnicas e práticas de meditação são muitas e partem de vários credos, técnicas e filosofias. 

A maioria destas inúmeras técnicas são de escolas orientais, milenares, que chegaram ao ocidente adaptadas e formatadas para os tempos atuais. Mas entenda que são técnicas para alcançar o estado meditativo que é natural

Um homem sem estresse, presente, desperto, alerta, atento, aberto é um ser meditativo.

E o que cada técnica propõe é que um dia este estado esteja instalado 24 horas por dia. Neste momento, o estado de gratidão acontece e; tudo o que acontece a sua volta estará sendo percebido e recebido para poder ser vivido, transformado, otimizado, resolvido.

Assim, a "explicação" ou abordagem de cada técnica costuma ser algo mental, intelectual. Que considero importante para fazer escolhas (qual técnica me atrai), encontrar a motivação, o entusiasmo. Para nós ocidentais, esta parte é primordial, pois nos dá as bases para este iniciar, este difícil e adiado resgate do estado meditativo, do estar consigo, do observar os pensamentos e padrões.

Já os benefícios e resultados são algo 100% vivencial. E cada dia é um dia, cada técnica uma camada a ser lapidada, cada mestre um mero facilitador. E, estes benefícios são o propósito, a essência da meditação: 
  • alinhar, 
  • harmonizar os corpos, 
  • harmonizar os chacras (centros de energia), 
  • encontrar a mente neutra, que percebe, que cria, que sintoniza a paz e a serenidade. 

Somente nesta mente neutra é possível o encontro com a Alma e as Forças da Criação. Segundo Espinosa, o mundo das idéias ou Deus.

Existem inúmeros textos que passam uma "idéia" do que vem a ser a meditação a partir da vivência e experiência de vários buscadores tão especiais. A pluralidade de textos é para que ninguém se prenda a qualquer fronteira e possa discernir com liberdade qual a linguagem ou caminho que mais lhe toca. Assim, todos vocês terão a possibilidade de entrar em contato com o entendimento e sentimento de todos estes "seres" e seguir sua "busca" com mais esclarecimento e novas referências.

Vocês terão também a possibilidade de desmistificar, ao longo de uma série de textos sobre a meditação, que a cura emocional/espiritual não está na eliminação dos desafios ou na chegada ao pote do ouro (um relacionamento, uma casa, uma viagem, um emprego, um filho, dinheiro, etc.). O encontro do buscador está na capacidade dele entrar em contato, através da meditação, em estados mais elevados de consciência e perceber a vida por um novo portal de entendimento.

Eu li recentemente: "A dor - as idas às nossas profundezas para realizarmos as nossas curas - faz parte dos processos de crescimento aqui na Terra, entretanto o sofrimento é uma questão de livre-arbítrio."

Outra frase fantástica que explica porque o ser humano nunca está feliz, mesmo após sua chegada no pote de ouro: “A doença é não receber o bem. A gratidão é fundamental para receber o bem”. Porque a felicidade não é fugaz, ela é eterna se somos capazes de perceber e receber o bem que a cada segundo a vida nos oferece. Seja na forma de desafio ou de colheita.

O mal é não perceber e receber o bem. 

A gratidão é fundamental para usufruir e vibrar no bem.

E a gratidão é um estado “de graça” que vem de brinde no Ser meditativo.

Por Conceição Trucom

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Doença: Desequilíbrio entre Alma e Personalidade


"...e embora em nossa mente física não possamos estar cientes do motivo do nosso sofrimento, que pode nos parecer cruel e injustificado, nossas Almas conhecem todo o propósito, e estão nos guiando para que tiremos de tudo o máximo proveito." 
Edward Bach 

Vários médicos e pesquisadores, (dentre eles: Hipócrates, Paracelso, Hahnemann, Edward Bach, etc.) desde a antiguidade, postulam que a doença e seus sintomas têm a capacidade de mostrar aos doentes seus conflitos e que, a medicina, em seus métodos de tratamento, deve ser uma medicina holística (holismo vem do grego “holos”, que significa “o todo”. 

Aparece pela primeira vez na obra “Holismo e Evolução”, de Jan Smuts, em 1921, governador britânico no sul da Índia), considerando que o ser humano é um todo composto de corpo, mente, emoções e alma, formando uma unidade – e, dessa forma encontrar a “verdadeira cura” para seus males. 

Hipócrates, Paracelso, Hahnemann e Bach criaram e desenvolveram os fundamentos de uma medicina holística, que ao invés de tratar a doença trata o ser como um todo, trata a personalidade – as naturezas mentais, emocionais e espirituais. Se há harmonia entre esses campos, a doença desaparece. 

A concepção holística percebe o universo como um todo harmonioso e indivisível. A saúde holística preocupa-se com o bem-estar do ser total, não limitada aos sintomas da enfermidade. Ela está baseada na premissa que corpo, mente e espírito formam uma unidade indivisível e que a desarmonia em um desses níveis causa a doença. 

Esta medicina tem uma concepção fisiológica da doença, iniciada por Hipócrates: explica a origem da doença a partir de um desequilíbrio entre as forças da natureza que estão dentro e fora da pessoa. Centra-se no paciente como um todo, e no seu ambiente, evitando ligar a doença a perturbações de órgãos corporais particulares. 

Para Edward Bach (1886 – 1936), a doença é um conflito entre a personalidade e a Alma. Esse conceito era muito avançado e sofisticado para a época. 

Bach acreditava que se o conflito fosse detectado e superado, a doença poderia ser evitada, dessa forma prevenindo o aparecimento do mal físico. Esse conflito entre personalidade e Alma, segundo Bach, tinha origem em dois erros primordiais, dois "pecados" contra a vida e a unidade: os seres humanos é que causam desequilíbrios, que têm origem no egoísmo (a Alma é perfeita). E, na crueldade para com as outras pessoas. 

As causas fundamentais das enfermidades são defeitos mentais-emocionais - e, além do egoísmo são: orgulho, injustiça, ódio, narcisismo, ignorância, instabilidade, medo e cobiça. Bach julgava a doença benéfica para o paciente - o verdadeiro caminho para a "cura". 

E, a Alma está sempre no comando, orientando, apaziguando a pessoa que permite-se ouvi-la. 

Bach formou-se em medicina - tendo especializações em cirurgia, bacteriologia, patologia e, posteriormente em homeopatia – e não se conformava com os tratamentos que ele considerava paliativos e, acreditava haver um meio de “curar” realmente. Começou a pesquisar um novo sistema de tratamento, através de “remédios” obtidos de plantas e flores – “eles curam, não pelo ataque à doença, mas por inundar nossos corpos com as belas vibrações de nossa Natureza Superior, na presença da qual a doença derrete como a neve sob a luz do sol...... E, finalmente, eles alteram a atitude do paciente tanto em relação à doença quanto em relação à saúde...

A saúde existe quando há perfeita harmonia entre Alma, mente e corpo e essa harmonia, e unicamente ela, precisa ser alcançada antes que a cura possa se realizar.” 

“...Consideremos agora porque a medicina deve tão inevitavelmente mudar. A ciência dos últimos duzentos anos tem encarado a doença como um fator material, que pode ser eliminado por meios materiais, o que, naturalmente, está completamente errado. 

A doença do corpo, como a conhecemos, é um resultado, um produto final, um estágio final de algo muito mais profundo. A doença origina-se acima do plano físico, mais próximo do mental. É totalmente o resultado de um conflito entre nosso Eu Espiritual e nosso Eu Mortal. Enquanto estes dois 'eus' estiverem em harmonia, temos saúde perfeita. Mas, quando há discórdia, ocorre o que conhecemos como doença.” 

Os florais de Bach, atuam através do tratamento do indivíduo e não da doença, harmonizando sua condição emocional, para que, através da transformação das atitudes em estados mais positivos, possa ser estimulado seu potencial de auto-cura. Desta forma, como consequência de uma mudança interna, pode ser restaurada a saúde física, já que o equilíbrio interior passa a auxiliar no combate à doença. 

Em 1930, Bach deixou Londres e foi morar no campo. Experimentou, em si mesmo, os estados mentais negativos que descreveu, até sofrer a doença física e, buscar a flor que o curasse. Assim ele encontrou as 38 flores e, delas, as essências florais. Todas as essências usadas em seu método de tratamento, são obtidas a partir de flores, arbustos ou árvores silvestres. 

Bach postulou: “ Na escolha dos remédios, precisamos considerar seu estado evolutivo em relação ao homem – os metais são subumanos. O uso de animais implicaria no emprego de crueldade e não deve haver nenhum traço dela na divina arte da cura. Assim, resta-nos o reino vegetal.” As essências florais são definidas como “ soluções líquidas infundidas de padrões, feitas com as flores de determinadas plantas que contêm uma marca específica que responde – equilibrando, reparando e reconstruindo – os desequilíbrios dos seres humanos nos níveis físico, emocional, mental e espiritual ou universal.” 

Não há moléculas das substâncias nos remédios florais e sim, energia das plantas. Os florais não são prescritos segundo o mal estar físico, mas sim, de acordo com o estado mental e emocional do paciente. As essências tratam os doentes e não as doenças. Bach substituiu o “similia similibus curentur” de Hahnemann por - “a virtude oposta cura a falha.” 

O método de Bach não consiste em repelir a influência adversa mas, em transformá-la na virtude oposta e, através dessa virtude expulsar a imperfeição. 

A doença é um estado do ser humano que indica que há um desequilíbrio, que não há harmonia. O sintoma é um sinal e um transmissor de informação pois, o seu aparecimento interrompe o fluxo da vida e, obriga o indivíduo a prestar-lhe atenção. 

A cura acontece pela transmutação da doença e não pela “vitória” sobre um sintoma. 

O Dr. Bach pesquisou flores, criando um tratamento para os estados mentais e emocionais que, geram as doenças. E, esses estados podem ser tratados amorosamente, pelas essências florais de Bach. 

Texto registrado na Biblioteca Nacional
Direitos Autorais de Martha Follain 
Reprodução permitida - citando os créditos da autora e a fonte
Fonte: www.floraisecia.com.br

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O que é Meditar?


O termo meditação designa diversos tipos de práticas. 

A meditação não é necessariamente uma técnica, mas uma atitude em que a mente permanece calma, silenciosa, alerta e concentrada. 

Descansar a mente com atenção plena permite revelar a verdadeira natureza da realidade. 

A melhor maneira de aprender a meditar é com a orientação de um mestre ou professor qualificado de uma tradição autêntica. 

Não há meditação sem sabedoria, não há sabedoria sem meditação. 

Naquele em que há meditação e sabedoria, este na verdade está na presença do nirvana.

Dhammapada 

sábado, 22 de setembro de 2012

Estágios da Consciência


Muitos sábios falaram em níveis de consciência. A consciência é uma só, mas ela se manifesta em vários níveis. Quando a consciência se manifesta, cada nível tem uma frequência de onda diferente. 

Tudo no universo está em movimento, em constante vibração, o que significa que tudo se inter-relaciona através de uma vibração característica.

Como todos os sete estágios da consciência estão presentes no ser humano, a questão não é em que estágio ele está, mas em qual ele está funcionando agora. Qual está sendo a sua possibilidade agora. Porque num próximo momento você pode estar funcionando a partir de um outro prisma de consciência. Nós todos flutuamos por esses estágios. 

Num dia só podemos estar uma hora com medo de não ter dinheiro no futuro e não ter onde morar (o medo do primeiro estágio), e depois de uma hora ter medo de ficar sozinho (o medo básico do segundo estágio), e mais adiante ter medo de perder o controle da vida ou uma profunda falta de confiança diante de tudo (terceiro estágio).

Esse artigo é só para brincar com esses conceitos, e ver como a nossa mente reage diante dos outros e dos acontecimentos. 

Em cada nível a mente percebe o mundo de uma maneira. Aquele que vê o mundo com os olhos do amor e da compaixão abriu seu coração, e está funcionando do quarto nível para cima, muito diferente da pessoa que está só com medos da vida, sentindo-se separada de Deus, desamparada e solitária. 

Mas são apenas níveis mentais, não são realidades fixas. Sempre a questão é: 

Quais os meus níveis preponderantes? 

Quais os meus níveis habituais? 

É apenas para isso que ajuda falar desses níveis. E para notarmos que cada um deles é natural acontecer. O universo é inteligente. Você já notou que seu cabelo cresce sem você controlar? E que sua unha cresce, seu sangue circula, sua respiração acontece, sem você escolher? O universo é mágico e surpreendente. Quantas coisas estão acontecendo e não sendo feitas por nós, seres humanos. 

Porque nós achamos então que podemos controlar tudo que acontece ao redor? Cada nível tem sua função e é perfeito em si mesmo. Nós somos os vários níveis. Mesmo que você não conheça alguns níveis, não importa. 

Nós precisamos conhecer bem alguns níveis, pois todos são importantes na evolução da consciência. Não é uma questão de que você não deveria ter medo. Nós precisamos sentir Medo para então conhecermos o seu oposto. O oposto do medo é o Amor. 

Mas como o branco pode ser conhecido sem o preto? Como o baixo pode ser conhecido sem o alto? Como o alegre pode ser conhecido sem o triste? Como o sucesso pode ser conhecido sem o fracasso? Se você não tem o contraste, não pode conhecer. 

Sem os três primeiros níveis de consciência, não é possível conhecer os demais. É do carvão que nasce o diamante.

Os sete estágios:

primeiro estágio da consciência no ser humano é caracterizado pela busca da sobrevivência. Um teto onde morar, algo para comer. É a base para a formação de um ser humano. Um corpo sadio, um corpo saudável. 

segundo estágio da consciência em nós é o caracterizado pelo desejo de sexo e poder. O desejo de dominar, a competição, e o sexo pelo sexo. Não há encontro de dois seres, apenas o encontro de dois corpos. Se para preencher seu vazio a pessoa precisa estar sempre no controle de tudo, ela estará funcionando a partir do segundo nível de consciência. A mente vive sob o império do medo neste estágio. Medo de perder o controle. Medo de não possuir o outro. Medo de perder o poder.

O terceiro estágio na consciência humana tem como ponto marcante os relacionamentos. É um relacionamento mais profundo que o do segundo estágio, porque agora, além do sexo, há ternura, carinho, amor, atenção, cuidado. É claro, há também posse, controle, inveja e ciúme neste relacionamento, mas traz infinitas possibilidades a mais que o segundo. A grande maioria dos relacionamentos de amor que conhecemos se comporta dessa maneira: marcante troca de sentimentos que variam de bons a ruins.

O quarto estágio é o Amor. A consciência humana marcada pelo quarto estágio vibratório da mente experimenta o Amor. Este amor não é uma alternância entre amor e ódio. É um Amor, com letra maiúscula. Neste nível funcionamos numa entrega à vida. Este é o chamado chacra do coração. Você vê a vida como um milagre vivo. 

Há vislumbres do amor que as pessoas são, porque quando a mente está funcionando neste quarto nível de consciência muitos problemas e dificuldades desaparecem. Há um engano de que podemos mudar os nossos problemas. Os problemas não desaparecem. Na verdade o que acontece é que você funciona em outro nível. Um outro nível de consciência. É como se você visse um filme. As vezes é aventura, outras é drama. O que muda é o filme. Há problemas em um nível que não há em outro. A percepção de tudo muda. Quando a percepção da mente muda, o que acontece? Todo aquele mundo que você construía é visto de uma outra forma. Porque o mundo e a vida é o conjunto de crenças e sentimentos pessoais que temos sobre o mundo e a vida. Aquilo que penso ou sinto é minha percepção. Mas há outras maneiras de sentir e ver as mesmas coisas. Muitos terapeutas, psicólogos, estão cientes da beleza do quarto estágio. Eles podem ajudar as pessoas que ainda estão envolvidas no medo, insegurança, e em relacionamentos co-dependentes (terceiro nível), aqueles que não aprenderam a se amar e a respeitar sua personalidade como um trampolim para Deus. Mas o quarto nível é muito frágil. Nele ainda é fácil se identificar com os problemas e conflitos dos três primeiros níveis. 

Você já conheceu pessoas que você sabe que são muito amorosas, mas ao mesmo tempo se metem em muitas armadilhas? Pois é, há pessoas extremamente amorosas, que conhecem muito bem a compaixão e o amor pelo outro, mas os seus próprios pensamentos e sentimentos por si mesmos os abalam muitas vezes. São pessoas amorosas, mas ainda sofrem de insegurança e medo da vida. Então a vida vai as encaminhando para conhecer o quinto nível. Perceba uma coisa interessante: os níveis são regidos por sentimentos e pensamentos, não é mesmo? Pensamentos e sentimentos de medo, amor, culpa,ansiedade, leveza... Estes são os filmes: Pensamentos e sentimentos são filmes, que nesse caso são o que diferenciam um nível de mente para outro. Uma necessidade de outra. 

Mas quem é você neste caso?

Um nível de mente ou aquele que percebe que os níveis mudam?

Se você percebe que os níveis mudam e que você está se identificando ora com um, ora com outro, note que a mudança de foco criará uma nova percepção em você. Se você é aquele que vê o filme, aquele que nota que os níveis mudam, você é a pura consciência que vê. Essa pura consciência que vê nós chamamos de observador.

A meditação é o início desse ponto de vista novo.

No quinto nível vibratório de mente você nota que há um observador que se identifica com a mente. Ou seja, você percebe que há algo em você que observa e que não é aquilo que observa. Este observador foi chamado por algumas religiões de Espírito Santo.

Quando você percebe que este observador é você, e você não é quem você pensava que era (o conteúdo dos três primeiros níveis, que são pensamentos, sentimentos passados, e sensações corporais), então você está tomando consciência do quinto nível, que é pura observação sem julgamento, pois não há conceitos a serem julgados neste nível.

O quinto nível vê os quatro primeiros níveis sem julgar, sem comparar, sem analisar, sem comentar, sem dar opinião, sem usar lógica, sem argumentar. 

O quinto nível é apura observação.

A prática da meditação em essência é isto. Os buscadores aprendem a observar os pensamentos, sentimentos e sensações corporais sem julgar "bom ou mau", e a isso chamam de meditação.

Quem julga são os quatro níveis primeiros - A MENTE CONSCIENTE, que está sempre em comparação. É o nível do ego ativo. Se você apenas nota a mente julgar, você aprende devagarinho a separar o julgador, do observador que nota o julgador.

Quando você aprende a observar que quem está julgando é sua mente (quatro primeiros níveis de consciência da mente), e que seu quinto nível é puramente silencioso e cheio de amor, você percebe que pensamentos e sentimentos o incomodam quando você se identifica totalmente com eles. 

Aprender a se desidentificar dos pensamentos e sentimentos passados é meditar. Os pensamentos e sentimentos estão lá, mas não são mais controlados pelo ego. E um milagre acontece: toda aquela energia que estávamos colocando para fora é guardada dentro. É por isso que as pessoas dizem que a yoga e a meditação ajudam a conservar energia. Sua mente fica mais clara. E você deixa de criar problemas desnecessários.

Dizem os sábios, que os sexto e sétimo estágios são experienciados pela graça divina.

"Você não pode fazer nada para alcançar a iluminação", dizia Buda. Porque a iluminação é uma entrega total a Deus. 

Jesus Cristo entregou totalmente quando disse: "Pai, Seja feita a Tua Vontade". 

Gautama Buda entregou quando disse: "Descobri que não há eu, que tudo é vazio, que a vida faz tudo por mim".

Krishnamurti dizia: "O pensamento é passado. Descubra o que está presente Agora".

Osho disse: "Iluminação acontece quando não há nenhum desejo de ser diferente do que você é. Então Deus te ilumina com sua graça quando você relaxa e confia." 

O sábio Gurdjieff dizia: "Você não tem um centro. O centro é sua alma. Você é, nesse instante, muitos desejos desconexos. Você tem de trabalhar para descobrir seucentro." 

O sábio hindu Yogananda dizia: "Só um coração que conhece o amor pode ver Deus."

O professor pode te ajudar a conhecer o que ele conhece. Se um professor espiritual conheceu através da experiência os cinco primeiros níveis de mente, e aprendeu a se estabelecer no observador, simplesmente relaxando e observando seus pensamentos e sentimentos, ele pode ensinar outros, ajudar amigos, a se estabelecer no observador, no quinto nível.

Este é o último ensinamento. Os outros ensinamentos são na verdade aprofundamentos na entrega do ego, aprofundamentos na confiança, que não há nada que se possa fazer pois é a vida a Grande Mestra.

Um mestre iluminado pode criar uma energia para iluminação. Ele cria um campo de energia búdica. Um mestre iluminado conhece todos os níveis, e portanto, conhece truques, e tem uma clareza total do funcionamento da grande mente cósmica, ou seja, daquilo que chamamos de níveis de consciência.

Um mestre iluminado simplesmente desapareceu como 'eu', porque ele não quer mais controlar a vida. Mas ele tem um ego que o ajuda a falar com você. Quando você chama seu nome ele reconhece. A única diferença é que ele conhece os níveis e não se identifica com nenhum, pois ele sabe que não é nenhum nível, mas puramente consciência além de qualquer nível. Consciência que observa os níveis. Um mestre iluminado vê a vida com uma grande brincadeira cósmica. Vê tudo como uma coisa só, e não julga aquilo que vê. E nota que todas as pessoas são na verdade iluminadas, apenas precisam realizar isto.

Swami Sambodh Nasseb

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Evangelho dos Essênios


Abençoado seja o Filho(a) da Luz que conhece sua Mãe Terra

Pois é Ela a doadora da vida

Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela

Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida

E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás

Saibas que o sangue que corre nas tuas veias

Nasceu do sangue da tua Mãe Terra

O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela

Borbulha nos riachos das montanhas

Flui abundantemente nos rios das planícies

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra

O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu

E os sussurros das folhas da floresta

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra

Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra

A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos

Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra

Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho

Como o ar tremelicante sustenta o pássaro

Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra

Ela está em ti e tu estás Nela

Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente

Segue portanto as suas leis

Pois teu alento é o alento Dela

Teu sangue, o sangue Dela

Teus ossos, os ossos Dela

Tua carne, a carne Dela

Teus olhos e teus ouvidos são Dela também

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra

Não morrerá jamais

Conhece esta paz na tua mente

Deseja esta paz ao teu coração

Realiza esta paz com o teu corpo.


Evangelho dos Essênios

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Meditação: A Mente Humana x O Cérebro Humano


Inicialmente, é importante diferenciar a mente do cérebro. Aqui temos duas coisas distintas, que trabalham em conjunto, pelo menos enquanto a consciência do homem está somente vinculada aos sentidos correspondentes ao mundo tridimensional.

O cérebro não é mente e tão pouco a mente está no cérebro. Ambos podem ser separados sem nenhum prejuízo para os dois, e isso é perfeitamente possível de se comprovar nas experiências extra-corporais conscientes. 

Cérebro é apenas um instrumento, o mais sensível e complexo do organismo para a veiculação ou expressão da matéria mental (Manas). 

Em diferentes experiências relacionadas ao esoterismo, uma pessoa pode pensar e sentir-se livre do cérebro físico, e experimentar uma sensação de total liberdade e expansão; seus pensamentos ficam mais claros, sua compreensão por vezes, é instantânea, e seus sentimentos, mais puros e elevados. 

Isso prova, aliás, sobre as ilimitadas possibilidades inimagináveis ao homem comum, pois suas emoções também continuam existindo, junto com seu pensamentos, fora do corpo físico. 

Apesar disso tudo, isto é, apesar de todas essas potencialidades latentes, estamos ainda longe de alcançar o objetivo da meditação, e, o objetivo final, só estará ao nosso alcance quando vencermos a maior de todas as nossas dificuldades - nossa própria mente!

Sem dúvida, é graças à mente humana que o homem conseguiu chegar ao atual estágio tecnológico. Avanços gigantescos foram realizados pela ciência e muitos desses avanços foram direcionados para benefícios em prol da humanidade em geral.

Entretanto, é essa mesma mente a responsável pela destruição, pela morte, pela fome, pela miséria e desgraça de tantas pessoas.

Como é possível existirem tantos paradoxos em torno disso?

A resposta é simples: a mente, quando dominada e purificada, torna-se o maior meio pelo qual a Divindade pode se fazer presente entre os homens. Por outro lado, a mente, quando escrava das paixões, dos desejos e vícios, é a natureza do mal, só que com o poder de afetar até mesmo os destinos desse Planeta. 

A mente é uma máquina desconhecida e completamente descontrolada; logo, é muito perigosa. Muitas vezes, uma frase como essa chega a ferir a susceptibilidade das pessoas, pois ninguém admite possuir uma mente sem controle. Admitir essa realidade, é admitir que não se tem controle sobre si mesmo, que não se conhece a si próprio e que se é um perigo; pois, no nosso estado atual, é bastante difícil diferenciar nossos pensamentos daquilo que somos em essência. 

Não importando a maneira pela qual nossa mente atua, seremos sempre a extensão de nossos pensamentos, uma consequência de nossos processos mentais; por isso, não poderíamos ser diferentes do que somos hoje. 

Mas, se ainda assim alguma pessoa discorda dessas colocações, e acha desnecessário ou perda de tempo insistirmos na importância da meditação ou na exploração e desenvolvimento da mente, podemos, então, questionar: 

Alguém é capaz de prever com qual tipo de pensamento sua mente estará entretida nos próximos segundos ou minutos?

Alguém pode, segundo sua vontade pessoal, colocar em sua mente esse ou aquele tipo de pensamento durante horas, afastando todos os outros pensamentos inoportunos? 

Alguém pode esvaziar completamente sua mente durante horas, dando lugar a uma nova realidade, situada além dos processos mentais?

Pois bem! Essa pessoa estará absolutamente certa ao afirmar que, para ela, já não é mais necessário tanta dissertação, pois isso pertence ao passado. Nós não temos controle sobre nossa mente, somos joguetes, folhas a balançar ao sabor do vendaval das emoções, ou ao sabor das tempestades de ira, luxúria, cobiça, etc.

Controlar uma máquina é ter domínio sobre ela; desligá-la e ligá-la quando necessário; modificar sua velocidade, otimizá-la e direcioná-la para objetivos determinados. É isso o que precisamos aprender a fazer com nossa mente. 

É possível? Obviamente! 

Não foi por acaso a vinda de tantos iluminados verdadeiros ao nosso planeta. De Zoroastro, passando por Jesus, até, mais recentemente, Krishnamurti e Samael Aun Weor. Todos afirmaram sempre o mesmo: Homem, conheça-te, domina-te a ti mesmo. Todos o fizeram, em maior ou menor grau. E, quanto maior foi o grande auto-conhecimento e auto-domínio desses seres de luz, mais abrangente foi a mensagem e maior a luz projetada sobre a humanidade.

Extraído e adaptado do Curso de Meditação da Gnose

O que é Meditação?

Boa pergunta. Não há resumo de descrições, teorias, manuais, textos ou idéias sobre isso. Existem centenas de escolas de meditação que incluem orações, reflexões, devoção, visualização e uma grande quantidade de modos para acalmar e focalizar amente. 

A meditação perceptiva (bem como outras disciplinas semelhantes) busca, em especial, levar a compreensão para a mente e o coração.

Começa com um treino de consciência e um processo de exame interior. 

A partir desse ponto de vista, perguntar "O que é meditação?" seria o mesmo que perguntar "Que é a mente?" ou "Quem sou eu?" ou "Que significa estar vivo ou ser livre?" - perguntas a respeito da natureza fundamental da vida e da morte. 

Devemos responder a essas questões dentro de nossa própria experiência, através de um descobrimento interno. 

Este é o núcleo, o coração, a essência da meditação.

À medida em que levamos a graça e a harmonia da virtude para dentro de nossa vida interior, também podemos começar a estabelecer uma ordem exterior, um senso de paz e clareza. 

Este é o domínio da meditação formal e isto começa treinando-se o coração e a mente na concentração. 

Significa serenar a mente e juntar a mente e o corpo, focalizando nossa atenção sobre nossa experiência no momento presente.

A habilidade de concentrar e estabilizar a mente é a base de todos os tipos de meditação e é, na verdade, uma habilidade básica para qualquer empreendimento ou esforço, seja para as artes, o atletismo, para a programação de computadores ou para o autoconhecimento. 

Na meditação, o desenvolvimento do poder da concentração surge através do treino sistemático e pode ser feito usando-se uma série de meios, entre os quais:
  • a respiração, 
  • a visualização, 
  • um mantra ou 
  • um sentimento especial como a gentileza amorosa.

Jack Kornfield, Buscando a Essência da Sabedoria, uma máxima antiga encontrada no Dhammapada resume a prática do ensinamento do Buda em três simples princípios de treinamento: 
  • abster-se de todo o mal, 
  • cultivar o bem e 
  • purificar a própria mente. 

Esses três princípios formam uma sequência gradual de estágios, progredindo do externo e preparatório para o interno e essencial. 

Cada estágio leva naturalmente em direção ao outro que o segue, e a culminação dos três na purificação da mente torna claro que o coração da prática budista é encontrado aqui.

Purificação da mente como entendido no ensinamento do Buda é o esforço contínuo em limpar a mente das impurezas, aquelas forças obscuras e não-saudáveis que correm por baixo do fluxo superficial da consciência, viciando nossos pensamentos, valores, atitudes e ações. Dentre as impurezas, destacam-se três, as quais o Buda descreve como "raízes do mal" - cobiça, ódio e ilusão - a partir das quais emergem numerosas derivadas e variantes, como raiva e crueldade, avareza e inveja, comparação com os outros e arrogância, hipocrisia e vaidade, e uma multiplicidade de visões errôneas.

O trabalho de purificação deve se edificar no mesmo lugar onde as impurezas surgem, ou seja, na própria mente, e o principal método para a purificação da mente oferecido pelo Dharma é a meditação. 

Meditação, no treinamento budista, não é nem uma jornada para êxtases auto-efusivos, nem uma técnica caseira de psicoterapia, mas um cuidadoso e elaborado método de desenvolvimento mental - preciso e eficiente na prática - para alcançar a pureza interna e a liberdade espiritual.

Bhikkhu Bodhi, A Purificação da Mente