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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Entoando o Mantra Om Por Pedro Kupfer
"Se você for à Índia, verá o mantra Oṁ por todas partes: em todas as casas e comércios, pintado nos muros e carros, onipresente na paisagem. Hindus de todas as etnias, castas e idades conhecem perfeitamente seu significado. Ele ecoa desde a noite das cidades em todos os templos e comunidades ao longo do subcontinente.
Oṁ é o mais importante de todos os mantras. Diz-se que ele contém todo o conhecimento dos Vedas e se considera oCorpo Sonoro do Ser Absoluto, Śabda Brahman.
O Oṁ é o som do Ilimitado, a semente que dá sentido a todos os demais mantras.
A Maṇḍūkya Upaniṣad começa dizendo que:
"o Oṁ é o mundo inteiro.
O passado, o presente, o futuro:
tudo é o mantra Oṁ."
Diz essa mesma Upaniṣad sobre ele (II:12):
"Segure o arco das escrituras, coloque nele a flecha da devoção.
Tensione a corda da meditação e alcance no alvo, que é o Ser.
O mantra é o arco, o aspirante a flecha, o Ser o objetivo.
Estique agora a corda da meditação e seja uno com o objetivo."
Uma das perguntas que surgem frequentemente é se os mantras teriam efeitos calmantes. Os mantras não são especificamente calmantes: trabalhando sobre a mente, influem diretamente na força vital, prāṇa.
Os efeitos variam de pessoa a pessoa: para alguns podem ser estimulantes e para outros relaxantes.
Por isso, e para não antecipar resultados nem sugestionar a mente, não é bom dar receitas sobre como agem os mantras. O que um lápis escreve, e como ele pode ser usado, vai depender sempre da mente que o comanda.
O mantra é formado pelo ditongo das vogais a e u, e a nasalização, representada pela letra ṁ. Por isso é que, às vezes, aparece grafado Auṁ. Essas três letras correspondem, segundo a Maitrī Upaniṣad (VIII), aos três estados de consciência: vigília, sono e sonho: “este Átman é o mantra eterno Oṁ, os seus três sons, a, u e ṁ, são os três primeiros estados de consciência, e estes três estados são os três sons.”
De acordo com as regras do sânscrito, o Oṁ não precisa ser nem muito curto nem muito longo. Pelo fato de ter três letras (a+u+ṁ, como vimos na última aula), sua pronúncia não deve se estender, nem ser mais breve, do que três mātras.
Os mātras são as unidades de tempo que se usam para medir a pronúncia no sânscrito. Um mātra corresponde a pouco menos de um segundo. Portanto, o Oṁ se faz em menos de três segundos.
Porém, alguns músicos popularizaram formas de verbalizar este mantra mais extensas. Os músicos, sabemos bem, têm licença poética para fazer isso. Para efeitos de meditação, fazer o mantra de acordo com as regras que expusemos acima é mais eficiente.
Não obstante, cabe lembrar que nenhuma forma de fazer o Oṁ é errada, desde que o mantra se faça com consciência e intenção dirigidas e conhecendo seu significado.
Como fazer a vocalização correta sem nunca haver escutado este mantra da boca de alguém que sabe realmente fazê-lo? O mantra se faz numa expiração breve, em ritmo regular, inspirando pelas narinas.
A inspiração, sempre nasal, pode ser feita depois de cada repetição ou no fim de uma série delas, dependendo da sua capacidade pulmonar.
Começa com a boca entreaberta, mantendo a língua colada no fundo da boca e a garganta relaxada. O som vibra na garganta e no peito e se propaga para cima.
Quando o ar flui pelo nariz, a vibração do som se expande para o crânio, estimulando as glândulas pineal e hipófise, que se relacionam com os centros de força (chakras) da cabeça e estimulam a secreção de endorfinas, as chamadas “drogas de felicidade”, que produzem paz, alegria e bem-estar.
Aconselhamos que você treine colocando uma mão no peito e a outra na testa para perceber como a vibração vai subindo conforme o mantra evolui.
Ao perseverar na vocalização, você sentirá nitidamente que a vibração se origina no centro da cabeça e vai expandindo até abranger o tórax e o resto do corpo. Permita-se ser respirado pelo mantra, ao invés de apenas puxar o ar. Concentre-se no silêncio da inspiração e no fato de que o mantra continua nesse silêncio.
O som de um mantra é muito mais que o “eco” mental que acontece quando repetimos uma palavra um monte de vezes. É uma ferramenta transformadora. Ao vocalizar, procure localizar o ponto onde inicia o mantra.
Idealmente, não precisa haver tremor nem oscilações na voz. A nota musical em que se faz o som não interessa: serve a que resultar mais natural para você. Porém, quando praticarmos em grupo, todos devemos buscar um som intermediário, que seja confortável e adequado para todas as gargantas.
Esse som costuma ser a nota do que, via de regra, não é nem muito grave para as mulheres, nem muito aguda para os homens."
Prof. Pedro Kupfer
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Os Sons da Vida
"Compreender e saber utilizar os sons é fundamental em nossa busca pela comunhão com o sagrado, com a vida que nos cerca e em nossa busca pela harmonia.
Nas culturas e tradições espirituais de todos os povos, existe a busca pela experiência transcendental, ou numinosa, como dizia Carl Gustav Jung. Todos ansiamos por uma experiência que rompa couraças emocionais e que nos conecte com Deus, a pura expressão do amor.
Desde as mais remotas eras o homem tem essa sede de se aproximar do Criador e n’Ele se perder e se encontrar. Do Verbo nasce a sinfonia universal que se propaga e reverbera constantemente, traduzindo os diversos nomes de Deus e recriando mundos. O circuito sagrado da vida é formado por vibrações e ressonâncias. E os sons da vida se enraízam no Som Primordial, e deste se originam todas as formas animadas e inanimadas. Podemos dizer que somos luz e som em constante vibração e ressonância com tudo que se manifesta na Terra e no universo. Por isso, encontramos em todas as tradições sons mântricos, nomes sagrados e orações que auxiliam a mente a se conectar com o sagrado som primevo. “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus” (João 1,1 ).
Na Índia, a escolha e a repetição de um dos nomes de Deus é chamada pelos iogues namasmarana e segundo eles, é uma prática que acalma a mente e preenche o espírito de divina bem-aventurança. Em todas as culturas, existe o reconhecimento de uma dimensão essencial do ser humano, e o nome de Deus, falado ou cantado, é o meio para se atingir essa dimensão superior. As escolas iniciáticas da Antiguidade indicavam como exercício espiritual recitar diariamente os nomes e cantos sagrados como a linguagem adequada para o espírito falar com Deus. E a antiga medicina sacerdotal do Egito e da Grécia considerava os cânticos, orações e mantras, fontes curativas do corpo e da alma.
Mantra é uma palavra em sânscrito formada por 'manas' (mente) e 'tra' (por meio de), que indica movimento. Os sons mântricos conduzem a mente para a interioridade e para o domínio do não-pensamento, da não-dualidade, onde não há seqüência lógica nem linearidade.
DESDE TEMPOS IMEMORIAIS, O SER HUMANO SE VALE DA MÚSICA sagrada para curar o corpo e a mente, e também para inspirar o desabrochar da beleza e da excelência humana. Os egípcios, indianos, chineses, gregos, tibetanos, japoneses, caldeus e hebreus, assim como os indígenas norte-americanos, brasileiros e das Américas do Sul e Central, os aborígines da Austrália, Nova Zelândia, África e Polinésia, sempre incluíram os sons sagrados nos seus rituais iniciáticos e curativos, e nas práticas espirituais em geral.
A cosmogonia Tupi afirma que o homem é o som que ficou em pé. Tupã, o Grande Som, cria o tupi pelo som, e o som toma forma humana. O que sustenta o homem em pe é a flauta criada por Tupã, e que produz os sete sons, sendo que o último é o silêncio. Os guaranis também harmonizam a energia vital através dos sons vocálicos. Para alguns povos nativos, ainda hoje o tambor ressoando e se propagando pelo ar anuncia rituais de transmutações e momentos de louvor, arrebatando as mentes para novas estâncias de aprendizado.
Os sinos das catedrais e os gongos dos templos budistas sacralizam a atmosfera quando soam, assim como o som dos cilindros de oração dos templos tibetanos. O Pneuma, o Sopro Divino, se apresenta e se reproduz nos instrumentos de sopro e se espalha no ar e no éter renovando a vida. As flautas dos aborígines australianos, conhecidas como digiridus, quando soam parecem acordar as vísceras da Terra. Os xamãs australianos utilizam esse som mágico para equilibrar os chakras e promover saúde. Os monges tibetanos e os índios do Xingu também tocam flautas longas, consideradas sagradas, cujo som vibra nas profundezas do útero ígneo da Mãe-Terra.
Na mitologia grega, o som da flauta de Pã irmanava e despertava o amor em todos os seres da natureza. Os chineses usavam fragmentos finos de jade que chamavam de “pedras cantoras” para produzir sons específicos que promoviam curas por vibração quando eram tocadas pela mão do paciente. Um desses tons curadores denomina-se kung, que significa “grande natureza”, e na escala musical ocidental corresponde á nota fá ou fá sustenido. Dentre os árabes sufis, o som supremo é hu, que representa a essência de Deus Pai Allah, presente no homem e na mulher e em tudo que existe.
OS TIBETANOS CONSIDERAM SAGRADOS O FÁ SUSTENIDO, o lá e o sol. Os hindus têm outra escala musical cujas notas são sagradas emissões do OM, AUM, que é considerado o som dos sons, o Pranava, o Som Primordial, de onde nascem todos os demais sons. No hinduísmo, a nossa anatomia sutil é constituída por centros de força denominados chakras, e cada um desses centros vibra em determinado tom e cor. Esses centros estão distribuídos ao longo da coluna vertebral e visualizar a cor do chakra e cantar o som que lhe corresponde harmoniza e cura o corpo e a mente.
Os indígenas costumam usar as vogais para alinhar os centros energéticos que compõem o corpo sinestésico, que é denominação científica ocidental do sistema de chakras. Na Cabala mística, esses centros são ativados e alinhados pela recitação dos nomes de Deus. Nos Vedas, escrituras sagradas hindus, os versos obedecem à métrica e ritmo considerados sagrados, e quando cantados emitem diferentes vibrações e ressonâncias, algumas delas de cura física e espiritual, e outras capazes de provocar manifestações físicas, desde formas geométricas até materializações de objetos, ou acionar os elementos da natureza.
Os antigos essênios, cujo nome deriva de asaya, que significa “curador, médico”, eram iniciados nos sons e nomes sagrados judaicos, nos segredos das energias da natureza e vibrações das correntes magnéticas, elétricas e telúricas. Os caldeus usavam os Tumim, esculturas vazadas que serviam de oráculo sonoro. As mensagens do universo chegavam com a voz do vento atravessando as cavidades das esculturas, e então o sacerdote traduzia as nuanças dos sons e os seus significados.
Os judeus e cristãos conferem à palavra “Amém” o poder de manifestar, na matéria, o poder de Deus. No Egito antigo, a palavra amen ou amou tinha o mesmo poder. Segundo alguns papiros, durante a construção das pirâmides, um coral de vozes humanas, acompanhado de instrumentos, fazia da música um tipo de alimento energético para o corpo e bálsamo reconfortante para a alma dos trabalhadores.
Na Grécia, Orfeu, mestre, músico, poeta e hierofante dos Mistérios de Dioniso, era um intérprete dos deuses e curava as pessoas cantando e tocando sua lira de ouro, produzindo sons em sintonia vibracional com a música das esferas. O sábio grego Pitágoras criou as oitavas da atual escala musical para comprovar a relação do som e os princípios matemáticos e geométricos do universo. Aristóteles ofereceu à humanidade a teoria da propagação do som pelo ar.
NA ANTIGUIDADE, A EDUCAÇÃO DEDICAVA MUITA ATENÇÃO AO CONHECIMENTO MUSICAL e à iniciação nos sons sagrados. Nós sabemos que tudo na vida é ressonância e que educação é basicamente ressonância. Atualmente, algumas propostas pedagógicas retomam o caminho da música e das artes como a maneira de reencontrar a Verdade, a Beleza e o Bem. A integração do conhecimento e a promoção de sabedoria, por ressonância, trazem Deus de volta ao mundo. Para demonstrar o princípio da ressonância basta um diapasão e um piano. Qualquer um pode experimentar; basta tocar o dó maior central no diapasão e levantar a tampa do piano, depois tocar com suavidade as cordas e perceberá o dó central vibrando.
Os sistemas que constituem nosso organismo, reagem da mesma maneira; as diversas frequências sonoras atuam em nosso corpo e alteram a nossa bioenergia. Isso acontece pela ressonância vibratória. Reagimos ao som e à sua vibração de maneira positiva ou negativa. Consonância ou dissonância. Um grupo de pessoas se afina por meio de ressonância harmoniosa e se repele por dissonância. Objetivos comuns e freqüência equilibrada de pensamentos e timbre de voz, constituem o diapasão da emissão de energia bioelétrica e eletrônica, que aproxima ou distancia as pessoas.
Porém, quando utilizada adequadamente, a dissonância é importante para a superação de problemas físicos e emocionais, levando os órgãos dos diversos sistemas do organismo a reencontrar sua higidez e funcionar normalmente. No acorde dissonante, existe um espaço vazio, uma transição, que é onde transformações podem acontecer. Nosso corpo físico, assim como o universo, é o som que criou forma e, como ele, vibra, ressoa e se expande.
Denomina-se diapasão a altura do som determinada pela velocidade de sua vibração. Descobrir o próprio diapasão e o tom, timbre, ritmo e melodia da nossa fala são fatores muito importantes para o autoconhecimento. Nossa voz revela quem somos; quando falamos, criamos som, ritmo, melodia e harmonia ou desarmonia onde antes só havia silêncio. É preciso ter consciência do poder das palavras e da intervenção energética causada por elas. Além do mais, as palavras são dotadas de poderes energéticos criadores e podem nos ajudar a estabelecer um diálogo entre mentes e almas para transformar e ou recriar realidades.
FALAR É UM PARTO SONORO QUE PERMITE A MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO e do sentimento pela emissão de sons organizados, modulados e movidos pela vontade, direcionados pela intenção. A intenção é a alma da vontade, e concede brilho e força construtiva ou destrutiva às palavras.
As consoantes e vogais agem de maneira complementar na formação das palavras. As vogais vibram e criam campos energéticos pelas emoções, e as exprimem. Isso é fácil de perceber, por exemplo: quando alguém se machuca e diz: “ai, ou ui”. Quando algo nos causa admiração dizemos: “oh!”, “ah!”, etc.
As consoantes, por sua vez, agem no intelecto, concretizam idéias. Quando unimos consoantes e vogais, ativamos células germinativas das cordas vocais e dinamizamos o poder criador da palavra.
Nosso corpo musical é formado por vibrações que poderíamos denominar canto e dança das células. A escala musical é uma escada sonora e as oitavas são os degraus para ascender a dimensões mais elevadas de consciência. As mesmas notas, quando tocadas uma oitava acima, ficam muito mais intensas e definidas.
Os sons vocálicos harmonizam e curam. Mesmo os sons dissonantes ou desafinados, que inicialmente agridem nossos ouvidos, vibram em busca de um sistema de organização sonora que gere uma nova harmonia, um novo padrão. O som tem poder harmonizados ou desarmonizados, e as palavras constroem ou destroem, por isso é tão importante saber sobre o poder da palavra. É preciso aprender a falar consciente da intenção que orienta o que estamos dizendo e saber que, muitas vezes, uma palavra pode ferir alguém mortalmente ou abrir feridas de difícil cicatrização, mas também pode ser um carinhoso meio de aquecer o coração com ternura, iluminar a inteligência e inspirar bons pensamentos e idéias claras, que abrem possibilidades para o bem e para a harmonia entre as criaturas.
A palavra certa, dita da forma certa, na hora certa, para a pessoa certa, prepara e fertiliza o terreno para a semeadura de autotransformações. A palavra traduz as variadas expressões da inteligência humana e, quando ouvimos a voz do coração antes de falar, construímos pontes e derrubamos muralhas entre pessoas e culturas, aproximamos as diferenças, reconhecendo o que temos em comum, e assim enriquecemos nossos relacionamentos interpessoais.
SEGUNDO ALGUMAS CORRENTES INICIÁTICAS DO CRISTIANISMO, a “porta estreita” à qual Jesus se referiu é a garganta, o portal estreito que conecta o intelecto ao coração; e o corpo é a base e a estrutura do templo. O intelecto seria o observador e avaliador de tudo que é exterior no e ao templo, e o coração o altar-mor, o santo santorum no interior do templo, o lugar onde Deus se instala.
Cânticos, orações, mantras, músicas e palavras sagradas são formas de dialogar com a alma e unificar o corpo, a mente e o espírito, e atingir plenitude. Os sons sagrados permitem o alinhamento da consciência com o padrão do Som das Esferas, e criam novas conexões com aspectos mais sutis da inteligência pela sintonia com fontes de criatividade dos sistemas sonoros organizacionais da Fonte Primordial.
Existe diferença entre falar o nome sagrado e cantar o mantra, entre cantar simplesmente, sem concentrar sentimento e intenção, e cantar focando intenção e sentimento. A intenção e o sentimento direcionam a energia porque determinam o foco e criam no corpo, na mente e na alma uma postura de alinhamento receptivo. A razão, então, é fecundada por revelações.
Antes de assumirmos a forma física, o universo nos acalenta e alimenta com os sons da eternidade, e desde que somos concebidos, os sons que ouvimos no ventre de nossa mãe – o ritmo do coração dela em consonância com o nosso – compõem a melodia que harmoniza e integra criador e criatura. Toda vida se manifesta basicamente como som. No ventre materno, ouvimos o primeiro mantra e percebemos nuanças sonoras que nos sintonizam com o mundo interior e exterior.
No Mahabaratha, uma escritura sagrada do hinduísmo, está registrada numa passagem a interação sonora entre Arjuna e seu filho Abimaniu, quando este ainda era um feto em formação. Narra a escritura que o príncipe Arjuna explica uma tática de guerra diante de sua esposa grávida; e seu filho, muitos anos depois, declara saber executar a estratégia que somente seu pai conhecia. Quando lhe perguntaram como isso foi possível, ele afirmou ter ouvido diretamente do pai enquanto ainda estava no ventre da mãe.
Não faz muito tempo, a ciência moderna descobriu que o feto interage com a mãe e com o meio exterior, e o quanto é importante a escolha dos lugares que a gestante frequenta e do que ela ouve devido à capacidade do feto de registrar informações, ensinamentos e emoções. É notório que um recém-nascido se acalma ouvindo a voz da mãe e como se entrega inteiramente quando sua mãe o carrega no colo e aproxima sua cabeça do seio dela. O som e o ritmo íntimo e acalentador dos batimentos cardíacos da mãe tranquilizam o bebê e lhe conferem segurança, comunhão e paz. A criança reconhece o som e a consonância rítmica como maneira de dialogar amorosamente com a vida.
O som sagrado nos conduz naturalmente para a harmonia e nos induz a experiências místicas. Como o som está em tudo, no vazio e no não-vazio, ele aproxima as diferenças e evidencia o que temos como afinidade. Em todas as tradições, os sons sagrados estão ligados à experiência mística transformadora. A universalidade do poder do som e dos conteúdos das experiências místicas profundas demonstra que toda experiência espiritual transformadora resulta da comunhão com a totalidade e é concebida pela união do homem com Deus."
Texto de Marilu Martinelli
Nota: Marilu Martinelli é jornalista, escritora, educadora, professora de mitologia, especialista em Desenvolvimento Humano, Consultora Educacional e Empresarial para Formação de Lideranças em Valores Humanos.
Fonte:
Extraído da revista Sexto Sentido 54, páginas 36-41
terça-feira, 26 de junho de 2012
Gayatri Mantra
TAT SAVITUR VARENYAM
BHARGO DEVASYA DHIMAHI
DHIYO YO NAH PRACHODAYAT
Cada sílaba gera impulsos de criação em todo o Ser.
As 24 sílabas e seu significado:
1) Tat: Sabedoria Profunda
2) Sa: Bom uso da energia
3) Vi: Bom uso da riqueza
4) Tu: Coragem durante períodos ruins
5) Va: A grandiosidade do convívio amigável com as mulheres
6) Re: A grandiosidade da Grande Mãe
7) Nyam: Adoração e respeito à Natureza
8) Bhar: Controle Mental constante e firme
9) Go: Cooperação e Paciência
10) De: Todos os sentidos sob controle
11) Va: Vida Pura
12) Sya: Unidade do homem com Deus
13) Dhee: Sucesso em todas as esferas
14) Ma: Justiça Divina e Disciplina
15) Hi: Conhecimento
16) Dhi: Vida e Morte
17) Yo: Seguir o caminho da retidão
18) Yo: Manutenção da Vida
19) Nah: Cautela e Segurança
20) Pra: Conhecimento das coisas que estão por vir
e Doação para o Bem
e Doação para o Bem
21) Cho: Leitura das escrituras sagradas e Associação com os sábios
22) Da: Autorealização e Bem Aventurança
23) Ya: Boa Progênie
24) At: Disciplinas da Vida e Cooperação
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terça-feira, 15 de maio de 2012
O Coração tem Cérebro?
Descobriu-se que o coração contém um sistema nervoso independente e bem desenvolvido com mais de 40 mil neurônios e uma completa e espessa rede de neurotransmissores, proteínas e células de apoio.
Ele é inteligente.
Graças a esses circuitos tão elaborados, parece que o coração pode tomar decisões e passar à ação independentemente do cérebro; e que pode aprender, recordar e, inclusive, perceber.
Existem quatro tipos de conexões que partem do coração e vão para o cérebro da cabeça.
1. A comunicação neurológica mediante a transmissão de impulsos nervosos.
O coração envia mais informação ao cérebro do que recebe, é o único órgão do corpo com essa propriedade e pode inibir ou ativar determinadas partes do cérebro segundo as circunstâncias.
Significa que o coração pode influenciar em nossa maneira de pensar.
Pode influenciar em nossa percepção da realidade e, portanto, em nossas reações.
2. A informação bioquímica mediante hormônios e neurotransmissores.
É o coração que produz o hormônio ANF, aquele que assegura o equilíbrio geral do corpo: a homeostase.
Um dos efeitos é inibir a produção do hormônio do estresse e produzir e liberar a oxitocina, que é conhecida como o hormônio do amor.
3. A comunicação biofísica mediante ondas de pressão.
Parece que através do ritmo cardíaco e suas variações, o coração envia mensagens ao cérebro e ao resto do corpo.
4. A comunicação energética.
O campo eletromagnético do coração é o mais potente de todos os órgãos do corpo: 5 mil vezes mais intenso que o do cérebro.
E tem-se observado que muda em função do estado emocional.
Quando temos medo, frustração ou estresse se torna caótico.
E se organiza com as emoções positivas.
Sim. E sabemos que o campo magnético do coração se estende ao redor do corpo entre dois ou quatro metros, ou seja, todos que estão ao nosso redor recebem a informação energética contida em nosso coração.
A que conclusões nos levam estas descobertas?
O circuito do cérebro do coração é o primeiro a tratar a informação que depois passa para o cérebro da cabeça.
Não será este novo circuito um passo a mais na evolução humana?
Há duas classes de variação da frequência cardíaca: uma é harmoniosa, de ondas amplas e regulares e toma essa forma quando a pessoa tem emoções e pensamentos positivos, elevados e generosos.
A outra é desordenada, com ondas incoerentes e aparece com as emoções negativas. Sim, com o medo, a raiva ou a desconfiança.
Mas há mais: as ondas cerebrais se sincronizam com estas variações do ritmo cardíaco; ou seja, o coração incentiva a cabeça.
A conclusão é que o amor do coração não é uma emoção, é um estado de consciência inteligente.
O cérebro do coração ativa no cérebro da cabeça centros superiores de percepção completamente novos que interpretam a realidade sem se apoiar em experiências passadas.
Este novo circuito não passa pelas velhas memórias, seu conhecimento é imediato, instantâneo e, por isso, tem uma percepção exata da realidade.
Está demonstrado que quando o ser humano utiliza o cérebro do coração, ele cria um estado de coerência biológica, tudo se harmoniza e funciona corretamente, é uma inteligência superior que se ativa através das emoções positivas.
Este é um potencial não ativado, mas começa a estar acessível para um grande número de pessoas.
E como posso ativar esse circuito?
Cultivando as qualidades do coração: a abertura para o próximo, o escutar, a paciência, a cooperação, a aceitação das diferenças, a coragem.
É a prática dos pensamentos e emoções positivas.
Em essência, liberar-se do espírito de separação e dos três mecanismos primários: o medo, o desejo (avareza) e a ânsia de controle, mecanismos que estão ancorados profundamente no ser humano porque nos têm servido para sobreviver por milhões de anos.
E como nos livramos deles?
Assumindo a posição de testemunhas, observando nossos pensamentos e emoções sem julgar e escolhendo as emoções que possam nos fazer sentir bem.
Devemos aprender a confiar na intuição e a reconhecer que a verdadeira origem de nossas reações emocionais não está no que ocorre no exterior, e sim no nosso interior.
Cultive o silêncio, entre em contato com a natureza, viva períodos de solidão, medite, contemple, cuide de seu entorno vibratório, trabalhe em grupo, viva com simplicidade.
E pergunte a seu coração quando não sabe o que fazer.
Annie Marquier, matemática e pesquisadora da consciência. Professora em Sorborne, França, fundou no Quebec o Instituto para o Desenvolvimento da Pessoa. É autora de "O poder de escolher", "A liberdade de ser" e "O mestre do coração".
"O Ser Humano leva consigo um potencial extraordinário de consciência, inteligência, sabedoria e amor; recentes descobertas cientificas constatam isso."
"Hoje, vá aonde for, faça o que fizer, esteja com quem estiver, minha principal intenção é buscar e encontrar razões para me sentir bem quando vejo, ouço, cheiro, saboreio ou toco algo.
Meu propósito é solicitar, experimentar, exagerar, falar e desfrutar do melhor que vejo em meu passo em cada momento.
Quando isto se converter em seu mantra, você se sintonizará com a melhor Vibração que encontrar, a melhor, e a melhor, e a melhor.
Antes que se dê conta, sua vibração estará muito próxima do que está acontecendo em seu Depósito Vibratório, em sua Realidade Vibratória."
Esther Hicks - Abraham
Fonte:
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Glândula Pineal: a união do corpo e da alma
Frequentemente, a glândula pineal surge como o centro de nosso relacionamento com outras dimensões, e tem sido assim nas mais variadas correntes religiosas e místicas, há milhares de anos. O especialista no assunto, dr. Sérgio Felipe de Oliveira, conversou conosco sobre o assunto, mostrando os avanços da ciência no sentido de desvendar esse mistério.
- Paula Calloni de Souza
O mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal, ou epífise, é tida como a sede da alma. Para os praticantes do ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o "terceiro olho", que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês Renê Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que "existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente".
Atualmente, as pesquisas científicas parecem ter se voltado definitivamente para o estudo mais atento desta glândula. Estaria a humanidade próxima da comprovação científica da integração entre o corpo e a alma? Haveria um órgão responsável pela interação entre o homem e o mundo espiritual? Seria a mediunidade, de fato, um atributo biológico e não um conceito religioso, como postulou Allan Kardec?
Para responder a estas e outras perguntas, a revista Espiritismo e Ciência conversou com o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, dr. Sérgio Felipe de Oliveira. Diretor-clínico do Instituto Pineal Mind, e diretorpresidente da AMESP (Associação Médico-Espírita de São Paulo), Sérgio Felipe de Oliveira é um dos maiores pesquisadores na área de Psicobiofísica da USP, e vem ganhando destaque nos meios de comunicação com suas pesquisas acerca do papel da glândula pineal em fenômenos ligados à mediunidade.
Fale um pouco sobre seu trabalho à frente da AMESP e do Instituto Pineal Mind.
A AMESP é uma associação de utilidade pública que reúne médicos dedicados ao estudo da relação entre a medicina e a espiritualidade. O Pineal Mind é minha clínica, um instituto de saúde mental, onde fazemos pesquisas e atendemos psicoses, síndromes cerebro-vasculares, ansiedades, depressão, psicoses infantis, uso de drogas e álcool. Temos um setor de psiconcologia (psicologia aplicada ao câncer) e estudamos também os aspectos psicossomáticos ligados à cardiologia, etc. Agora, particularmente nas pesquisas comportamentais, eu estudo os estados de transe e a mediunidade. Mas não pesquiso só a glândula pineal; ela é o que eu pesquiso no cérebro, interessado em entender a relação entre corpo e espírito.
O que é psicobiofísica?
É a ciência que integra a psicologia, a física e a biologia. Na biologia, estudamos o lobo frontal, responsável pela crítica da razão; mas o cérebro funciona eletricamente - aí entra a física, que serve de substrato para o pensamento crítico, que é o psicológico.
Quando surgiu seu interesse no aprofundamento do estudo da pineal?
Foi por volta de 1979/80, quando eu estava estudando a obra de André Luiz, psicografada por Chico Xavier. Em Missionários da Luz, a pineal é claramente citada. Nesta mesma época, eu já pleiteava o curso de Medicina. No colégio, estudando Filosofia, fiquei impressionado com a obra de Descartes, que dizia que a alma se ligava ao corpo pela pineal.Quando entrei na faculdade, corri atrás destas questões, do espiritual, da alma e de como isso se integra ao corpo.
O que é a glândula píneal, onde está localizada e qual a sua função no organismo?
A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? Captando as radiações do Sol e da Lua. A pineal obedece aos chamados Zeitbergers, os elementos externos que regem as noções de tempo. Por exemplo, o Sol é um Zeitberger que influencia a pineal, regendo 0 ciclo de sono e de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina. Isso dá ao organismo a referência de horário. Existe também o Zeitberger interno, que são os genes, trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa. Agora, o tempo é uma região do espaço. A dimensão espaço-tempo é a quarta dimensão. Então, a glândula que te dá a noção de tempo está em contato com a quarta dimensão. Faz sentido perguntarmos: "Será que a partir da quarta dimensão já existe vida espiritual?" Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, através do tempo. A pineal é a única estrutura do corpo que transpõe essa dimensão, que é capaz de captar informações que estão além dessa dimensão nossa. A afirmação de Descartes, do ponto em que a alma se liga ao corpo, tem uma lógica até na questão física, que é esta glândula que lida com a outra dimensão, e isso é um fato.
Outros animais possuem a epífise? Ela está relacionada á consciência?
Todos os animais têm essa glândula; ela os orienta nos processos migratórios, por exemplo, pois ela sintoniza o campo magnético. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, é um terceiro olho, literalmente.
Esta glândula seria resquício de algum órgão que está se atrofiando, ou estaria ligada a uma capacidade psíquica a ser desenvolvida?
Eu acredito que a pineal evoluiu de um órgão fotorreceptor para um órgão neuroendócrino. A pineal não explica integralmente o fenômeno mediúnico, como simplesmente os olhos não explicam a visão. Você pode ter os olhos perfeitos, mas não ter a área cerebral que interprete aquela imagem. É como um computador: você pode ter todos os programas em ordem, mas se a tela não funciona, você não vê nada. A pineal, no que diz respeito à mediunidade, capta o campo eletromagnético, impregnado de informações, como se fosse um telefone celular. Mas tudo isso tem que ser interpretado em áreas cerebrais, como por exemplo, o córtex frontal. Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A mediunidade está ligada a uma questão de senso-percepção.
Então, a ela não basta a existência da glândula pineal, mas sim, todo o cone que vai até o córtex frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade é uma função de senso (captar) - percepção (faz a crítica do que está acontecendo). Então, a mediunidade é uma função humana.
A pineal converte ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos? Isso é comprovado cientificamente?
Sim, isso é comprovado. Quem provou isso foram os cientistas Vollrath e Semm, que têm artigos publicados na revista científica Nature, de 1988.
A parapsicologia diz que estes campos eletromagnéticos podem afetar a mente humana. O Dr. Michael Persinger, da Laurentian University, no Canadá, fez experiências com um capacete que emite ondas eletromagnéticas nos lobos temporais. As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido "visões" e sentiram presenças espirituais. O Dr. Persinger atribui esses fenômenos à influência dessas ondas eletromagnéticas O que o senhor teria a dizer sob isso?
Veja, o espiritual age pelo campo eletromagnético. Então, dizer que este campo interfere no cérebro não contraria a hipótese de uma influência espiritual. Porque, se há uma interferência espiritual, esta se dá justamente pelo campo eletromagnético. Quando se fala do espiritual, em Deus, a interferência acontece na natureza pelas leis da própria natureza. Se o campo magnético interfere no cérebro, a espiritualidade interfere no cérebro pelo campo magnético. Uma coisa não anula a outra. Pelo contrário, complementam-se.
A mediunidade seria atributo biológico e não um conceito religioso? Existe uma controvérsia no meio cientifico a esse respeito?
A mediunidade é um atributo biológico, acredito, que acontece pelo funcionamento da pineal, que capta o campo eletromagnético, através do qual a espiritualidade interfere. Não só no espiritismo, mas em qualquer expressão de religiosidade, ativa se a mediunidade, que é uma ligação com o mundo espiritual.
Um hindu, um católico, um judeu ou um protestante que estiver fazendo uma prece, está ativando sua capacidade de sintonizar com um plano espiritual. Isso é o que se chama mediunidade, que é intermediar. Então, isso não é uma bandeira religiosa, mas uma função natural, existente em todas as religiões. E isso deve acontecer através do campo magnético, sem dúvida. Se a espiritualidade interfere, é pelo campo eletromagnético, que depois é convertido, pela pineal, em estímulos eletroneuroquímicos. Não existe controvérsia entre ciência e espiritualidade, porque a ciência não nega a vida após a morte. Não nega a mediunidade. Não nega a existência do espírito. Também não há uma prova final de que tudo isto existe. Não existe oposição entre o espiritual e o científico. Você pode abordar o espiritual com metodologia científica, e o espiritismo sempre vai optar pela ciência. Essa é uma condição precípua do pensamento espírita. Os cientistas materialistas que disserem "esta é minha opinião pessoal", estarão sendo coerentes. Mas se disserem que a opção materialista é a opinião da ciência, estarão subvertendo aquilo que é a ciência. A American Medicai Association, do Ministério da Saúde dos EUA, possui vários trabalhos publicados sobre mediunidade e a glândula pineal. O Hospital das Clínicas sempre teve tradição de pesquisas na área da espiritualidade e espiritismo. Isso não é muito divulgado pela imprensa, mas existe um grupo de psiquiatras lá defendendo teses sobre isso.
Como são feitas as experiências em laboratório?
Existem dois tipos: um, que é a experiência de pesquisa das estruturas do cérebro, responsáveis pela integração espírito/corpo; e outra, que é a pesquisa clínica, das pessoas em transe mediúnico. São testes de hormônios, eletroencefalogramas, tomografias, ressonância magnética, mapeamento cerebral, entre outros. A coleta de hormônios, por exemplo, pode ser feita enquanto o paciente está em estado de transe. E os resultados apresentam alterações significativas.
As alterações em exames de tomografia, por exemplo, são exclusivas ou condizentes com outras patologias? O senhor descarta a hipótese de uma crise convulsiva?
Isso é bem claro: a suspeita de uma interferência espiritual surge quando a alteração nos exames não justifica a dimensão ou a proporção dos sintomas. Por exemplo: o indivíduo tem uma crise convulsiva fortíssima, é feito o eletroencefalograma e aparece uma lesão pequena. Não há, então, uma coerência entre o que está acontecendo e o que o exame está mostrando. A reação não é proporcional à causa. A mediunidade mexe com o sistema nervoso autônomo - descarga de adrenalina, aceleração do ritmo cardíaco, aumento da pressão arterial.
Como o senhor diferencia doença mental de mediunidade?
Na doença mental, o paciente não tem crítica da razão; no transe mediúnico, ele tem essa crítica. Quando o médium diz que incorporou tal entidade espiritual, mas que ele, médium, continua sendo determinada pessoa, ele usou a crítica, julgou racionalmente o que aconteceu. Agora, um indivíduo que diz ser Napoleão Bonaparte? Aí ele perdeu a crítica da razão. Essa é a diferença. O que não quer dizer que o indivíduo que esteja em psicose não possa estarem transe também. A mediunidade se instala no indivíduo são, ou pode dar uma dimensão muito maior a uma doença. A mediunidade sempre vai dar um efeito superlativo. Se a pessoa alimenta bons sentimentos, ela cresce. Se ela tem uma doença, aquela doença pode ficar fora de controle.
É verdade que a pineal se calcifica com a meia-idade? E essa calcificação prejudica a mediunidade?
Não, a pineal não se calcifica; ela forma cristais de apatita, e isso independe da idade. Estes cristais têm a ver com o perfil da função da glândula. Uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada. Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de sequestrar o campo eletromagnético. Quando a pessoa tem muito desses cristais e sequestra esse campo magnético, esse campo chega num cristal e ele é repelido e rebatido pelos outros cristais, e este indivíduo então apresenta mais facilidade no fenômeno da incorporação. Ele incorpora o campo com as informações do universo mental de outrem. É possível visualizar estes cristais na tomografia. Observamos que quando o paciente tem muita facilidade de desdobramento, ele não apresenta estes cristais.
As crianças teriam mais sensibilidade mediúnica?
A mediunidade na criança é diferente da de um adulto. É uma mediunidade anímica, é de saída. Ela sai do corpo e entra em contato com o mundo espiritual.
A pineal pode ser estimulada com a entoação de mantras, como pregam os místicos?
A glândula está localizada em uma área cheia de líquido. Talvez o som desses mantras faça vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Deve vibrar o líquor, a glândula, alterando o metabolismo. Teria lógica.
Em que se concentrarão seus próximos estudos?
Estou preparando um estudo sobre Cronogenética da Reencarnação. Mas, sobre isso, falarei mais detalhadamente em 2003, durante o Congresso Médico-Espírita.
Revista Espiritismo e Ciência
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quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Mantra: OM MANI PADME HUM de Kwan Yin (Kuan Yin)
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Desenho de Ricardo Ribeiro Machado |
Mantra OM MANI PADME HUM
Budistas tibetanos acreditam que ouvindo ou entoando o mantra - Om Mani Padme Hum – para si próprios estão invocando a presença de Chenrezig, ou Avalokitesvara, ou Kwan Yin, o bottisatwa do perdão e da compaixão.
Tal como Kwan Yin desce ao mundo, e como cada raio de sua compaixão é semelhante a uma mão auxiliadora estendida aos que necessitam de ajuda, assim cada sílaba do seu mantra está repleta com a força e a devoção do seu Amor.
Por isso - OM MANI PADME HUM corporifica a mensagem feliz da liberação, do amor para todos os Seres Viventes, e do Caminho que conduz à Realização Final.
Vendo o mesmo mantra escrito, dizem que produz o mesmo efeito. Este é o mantra mais conhecido e praticado.
É lido da esquerda para direita.
O mantra originado da India foi levado ao Tibet e a pronúncia sofreu certa mudança porque a língua sânscrita indiana apresenta alguma dificuldade na pronuncia dos tibetanos.
Forma Sânscrita Om Mani Padma Hum Mantra de Avalokitesvara
FormaTibetana Om Mani Peme Hung Mantra de Sherenzig
Encontra-se o mantra Om Mani Padme Hum escrito nas duas formas, na forma Tibetana e na forma Rajana (India):
As pessoas que se sentem atraídas por esse mantra querem logo descobrir uma tradução simples para nossas línguas do ocidente.
Entretanto o mantra Om Mani Padme Hum não pode ser traduzido numa única frase, ou mesmo em algumas sentenças.
Bem simplificadamente podemos compreedê-lo como : “Veja ! A jóia do lótus”.
A lótus foi a primeira flor trazida à Terra e é o padrão divino da presença EU SOU.
Fonte:
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Mantra
O mantra é uma vibração sonora que usamos na maioria das vezes na meditação, mas podemos usar independente dela também.
"Man" em sânscrito quer dizer mente, e "Tra" quer dizer liberação. Portanto, mantra quer dizer literalmente liberação da mente.
O mantra é uma vibração sonora que, quando emitido corretamente, exerce um efeito poderoso em nosso corpo e nossa mente. Ele acalma nossas mentes e sentidos, relaxam o corpo e nos liga a energias superiores, pois sua vibração provoca a limpeza de energias de vibração mais baixa. O mantra é definitivamente uma palavra de poder, uma palavra sagrada, que deve ser usado com propriedade e consciência.
Os mantras são sons sagrados que ajudam a entrar em estado de meditação. Dotados de grande força energética, eles também nos ajudam a realizar nossos desejos. Para que funcionem bem, convém praticá-los com regularidade, desde que estejamos dignos e aptos para isto – diariamente, ou pelo menos em dias alternados. Um mantra deve ser repetido 8 ou 108 vezes, porém à casos em que um mantra repetido por inúmeras vezes, ou acima de sete vezes, perde seu poder e em outros casos só devem ser utilizados em perigo eminente, pois não devemos utilizar o nome de Deus em vão. A pronúncia correta é muito importante para que ele se mostre eficaz, pois os mantras estão em idioma sânscrito, a língua sagrada dos hindus. Assim, onde aparece a letra h, repita como se fosse rr. Salvo alguns casos em que representa j exalada.
A força do mantra reside em sua entonação correta e na mentalização adequada.
O OM o mais conhecido dos mantras, foge a todas as regras gramaticais expostas, pois é considerado a síntese de todos os sons.
Existem na tradição indiana centenas de mantras e o uso de cada um tem uma finalidade específica. Para quem deseja iniciar-se nesta prática seguem algumas indicações:
Sente-se numa posição confortável e procure relaxar concentrando sua respiração no abdômen. A seguir, vocalize o mantra durante um tempo mínimo de três minutos. Esta é a forma mais aconselhável para potencializar o mantra, mas se não puder dizê-lo em voz alta, sussurre-o ou apenas mentalize-o.
.: OM MANI PADME HUM (mantra para harmonizar os chakras e iluminação)
.: OM MANE PADME HUM HRI
.: OM BABAGI AH HUM (mantra para iluminação, sabedoria, amor e desapego)
.: OM YAMANTAKA HUM PHAT (mantra dque elimina os padrões mentais negativos)
.: OM HRIM GAURYAI NAMAH (mantra para desenvolvimento em todas as áreas)
.: OM SRI GOVINDAYA NAMAH (mantra para felicidade e riqueza)
.: OM AH RA PA TSA NA DHI
.: OM TARE TUTTARE TURE SVAHA
.: OM VAJRASATTVA HUM
.: OM AH HUM (mantra para iniciação a ioga)
.: OM DHUPE AH HUM (mantra para oferecer incensso)
.: OM KALI AH HUM (mantra saudação á Divindade)
.: OM WAGI SHORI MUM
.: OM AIM HRIM SRIM KLIM SOU HU OM (mantra chakra coroa)
.: OM KRIM NAMAHA (mantra chakra olho)
.: OM SO HU NAMAHA (mantra chakra garganta)
.: OM AIM HRIM KLIM CHAMUNDAYE VICHE (mantra chakra coração)
.: OM SRIM NAMAHA (mantra chakra plexo)
.: OM HRIM NAMAHA (mantra chakra alma)
.: OM AIM NAMAHA (mantra chakra base)
.: OM SANAT KUMARA AH HUM (mantra para força e coragem)
.: OM CHANDRAYA NAMAH ( mantra para tranquilidade e clareza de raciocínio)
.: OM TARE TUTARE TURE SOHA (mantra Tara, que contém todos os 21 mantras Tara, harmonia, paz, amor, prosperidade, cura, proteção, etc.)
.: OM TARE TUTARE TURE DZAMBEH MOHEH DANA METI SHRI SOHA (mantra de Tara para a prosperidade)
.: OM BEMA TARE SENDARA HRI SARVA LOKA WASHUM KURU HO (mantra de Tara para evoluir)
.: OM TARE TUTARE TURE SARVA ATA SIDDHI SHIDDHI KURU SOHA (mantra de Tara para pedidos)
.: OM VAJRASATTVA HUM (mantra para purificar e esvaziar a mente)
.: OM SRI GANESHAYA NAMAH (mantra para proteção, prosperidade, desobstrução e qualquer pedido)
.: OM SRI KALIKAYA NAMAH (mantra transformador: Karma e auto limitações)
.: OM NAMAH SHIVAYA (mantra transformador: Karma e Auto limitações)
.: OM SRI MAHALAKSHMYAI NAMAH (mantra para a prosperidade)
.: OM SRI SARASWATTI NAMAH (mantra para pedir iluminação e desenvolvimento intelectual)
.: OM NARAYANAYA VIDMAHE VASUDEVAYA DHI MAHI TANNO VISHNU PRACHODAYA (mantra para proporcionar força, crescimento, bem estar espiritual, físico, mental e emocional.
.: OM HRIM BRAHMAYA NAMAH (mantra para elevar o estado de animo, para felicidade)
.: OM KLIM KRISHNAYA NAMAH (mantra para termos paz, coragem e poder)
.: AUM SOM SOMAYE NAMAH AUM (mantra para controlar nosso psiquismo, transmutar a energia solar em energia visual, magnética e protetora)
.: Mantras que canalizam a energia solar: renova: metabolismo, vigor físico, emocional e mental.
Mantra Gayatri
. OM BHUR BHUWAH SWAH
. TAT SAVITUR VARENYAM
. BHARGO DEVASYA DHIMAHI
. DHIYO YO NAH PRACHODAYAT
.: AUM BRING HANSAH SURYAYE NAMAH AUM (mantra para purificação, iluminação, prosperidade e revitalizante)
.: HÃMURÃBI ÕM SHIKTË SANSALA PHRÃSHIVATA ( mantra para obter vitória )
.: OH HA HUM VAJRA GURU PADME SIDDHI HUM
.: OH AH MA RA NI JI VAN TI YE SVAHA
.: PÃLAYATI GRHA ARI OM ( mantra para proteger a casa dos inimigos )
.: PÃLAYATI GRHASTHA ARI OM ( mantra para proteger o dono da casa dos inimigos )
.: GATE GATE PARAGATE PARASANGATE BODHI SVAHA
.: TATYATA OM MUNI MUNI MAHA MUNI SHAKYAMUNIYE SVAHA
.: RAM YAM KAM (mantra para equilibrar as energias do ambiente)
.: ALMANAH MARE ÃLBEHA AREHAIL ( mantra para proteção )
Fonte:
anjo de luz
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