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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Sinais de Deus...








Sinais...

Um homem sussurrou: DEUS, fale comigo...

E um rouxinol começou a cantar.
Mas o homem não ouviu.

Então o homem pediu: DEUS, fale comigo!

E um trovão ecoou nos céus.
Mas o homem foi incapaz de ouvir.

O Homem olhou em volta e disse: DEUS, deixe-me vê-lo!

E uma estrela brilhou no céu.
Mas o homem não a notou.

O homem começou a gritar: DEUS, mostre-me um milagre!

E uma criança nasceu.
Mas o homem não sentiu o pulsar da vida.

Então o homem começou a chorar e a se desesperar:
DEUS, toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo...

E uma borboleta pousou suavemente em seu ombro.
O homem espantou a borboleta com a mão e,
desiludido, continuou o seu caminho triste, sozinho e com medo.




OBSERVEMOS...

Até quando manteremos nossos olhos e nossos corações
fechados para o milagre da vida
que se apresenta diante de nós em todos os momentos?

(Prece Indígena – Tradução e adaptação do Livro By San Etioy)



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Poesia: Natal é tempo...


"Natal é tempo... de dar um toque na vida 
com as cores da esperança, 
da fé, da paz e do amor. 

Também é tempo de preparar, 
em nosso coração e em nosso lar, 
um espaço para acolher 
as sublimes lições da Sagrada Família de Nazaré 
e aceitar as inevitáveis surpresas da vida. 

Natal é tempo... de olhar para o céu, 
encantarmo-nos com a luz das estrelas 
e seguir a estrela-guia. 

É tempo abençoado de dar mais atenção 
à criança que mora em cada um de nós 
e às que encontramos em nosso peregrinar, 
à procura do caminho 
que nos leva ao Deus-Menino. 

Natal é tempo... de mais uma vez ouvir, 
acolher e repetir 
a mensagem alegre dos Anjos de Deus. 

É tempo de acalentar sonhos de harmonia e paz 
e, olhando para os “anjos aqui na Terra”, 
dar a nossa contribuição, 
para tornar este nosso espaço 
um pouco mais parecido com o Céu. 

Natal é tempo... de contemplar 
o Menino Jesus e Sua Mãe 
e envolvermo-nos em silêncio orante. 

É tempo de agradecer as manifestações de Deus 
e deixarmo-nos extasiar por esse Divino Amor que, 
na fragilidade de uma Criança, 
nos braços de Maria, 
veio iluminar nossa fé. 

Natal é tempo... de olhar para o mundo, 
alimentar a chama do amor 
e apreciar o milagre da vida. 

É tempo de seguir com atenção e humildade 
os passos dos pastores 
e os daqueles que têm coração simples 
e, em gestos de ternura, 
sintonizar mentes e aconchegar corações. 

Natal é tempo... de pensar no irmão próximo e distante 
e de colaborar para o renascer do amor. 

É tempo de, amorosamente, 
recompor a vida, 
perdoar e abraçar, 
com a ternura e a misericórdia do Coração de Deus, 
os registros de nossa infância 
e dos anos que já vivemos. 

Na jubilosa esperança do Natal de Jesus Cristo, 
estejamos atentos para perceber 
e realizar o bem que estiver ao nosso alcance 
e sermos um compreensível eco da mensagem de paz 
daquela noite em que, 
gerado por obra do Espírito Santo, 
de Maria nasceu o Salvador." 

Desejo-lhe um natal maravilhoso, meu amigo!

Autor Desconhecido

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Deus falando com voce (Baruch Spinoza)


"Pára de ficar rezando e batendo o peito! 

O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. 

Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. 

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. 

Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. 

Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. 

Pára de me culpar da tua vida miserável: 

Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. 

O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. 

Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer. 

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. 

Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... 

Não me encontrarás em nenhum livro! 

Confia em mim e deixa de me pedir. 

Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? 

Pára de ter tanto medo de mim. 

Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. 

Eu sou puro amor. 

Pára de me pedir perdão. 

Não há nada a perdoar. 

Se Eu te fiz... 

Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. 

Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? 

Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? 

Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? 

Que tipo de Deus pode fazer isso? 

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. 

Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. 

A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. 

Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas. 

Eu te fiz absolutamente livre. 

Não há prêmios nem castigos. 

Não há pecados nem virtudes. 

Ninguém leva um placar. 

Ninguém leva um registro. 

Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. 

Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. 

Vive como se não o houvesse. 

Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. 

Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. 

E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. 

Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... 

Do que mais gostaste? 

O que aprendeste? 

Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. 

Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar. 

Pára de louvar-me! 

Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? 

Me aborrece que me louvem. 

Me cansa que agradeçam. 

Tu te sentes grato? 

Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. 

Te sentes olhado, surpreendido?... 

Expressa tua alegria! 

Esse é o jeito de me louvar. 

Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. 

A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? 

Para que tantas explicações? 

Não me procures fora! 

Não me acharás. 

Procura-me dentro... aí é que estou." 

As palavras acima são de Baruch Spinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século 17 dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século 17. 

Dê um belo presente a você mesmo! 

Aumente a conscientização de ser você mesmo e de viver com mais liberdade e alegria!   

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Cada célula é um milagre


"Cada célula é um milagre. 
É o funcionamento cósmico nas pessoas. 
É o psiquismo celular. 
É uma espécie de inteligência que há nos tecidos. 
Há memória nas células, 
mecanismos de defesa, 
há agressividade, 
solidariedade celular. 
Existe também astúcia para mudar de aspecto 
quando se aproxima um inimigo poderoso. 
Há um psiquismo dos órgãos, 
das células, 
dos tecidos, 
ao qual não se acessa através da vontade, 
e sim 
através de todas as práticas 
que melhoram o ânimo: 
a dança, 
a carícia, 
o contato, 
o olhar"... 

Rolando Toro

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Energia Crística e Consciência Crística



O perdão é a chave da felicidade.

Há cerca de 40 anos, uma mulher chamada Helen Schucman canalizou um conjunto de livros denominados Um Curso em Milagres. Os livros foram escritos por Jesus Cristo e canalizados telepaticamente até Helen, de forma muito semelhante àquela como os livros de Alice Bailey foram canalizados até ela pelo mestre Djwhal Khul.

Posso dizer sinceramente que nos últimos anos, esses livros tiveram sobre mim um efeito mais profundo do que qualquer outra coisa que estudei. Um Curso em Milagres é basicamente um conjunto de ensinamentos sobre cura pela atitude. A premissa básica desses livros é a existência de duas formas de pensar, de duas filosofias de vida, e somente duas. Toda pessoa deste mundo segue uma ou outra. Há a voz do Espírito Santo, ou de Cristo, e há a voz do ego. Podemos também chamá-las vozes do Eu superior e do eu inferior; vozes do grande "Eu" e do pequeno "eu"; vozes do Espírito Santo e do glamour, da ilusão, de maya; vozes do Espírito Santo e do ego negativo.

Quando criança, você é condicionado pela sociedade a perceber e interpretar a vida pelo ângulo negativo do ego. É por isso que tantas pessoas estão tão cheias de sentimentos negativos, revelando falta de paz interior. Um Curso em Milagres ensina uma forma bem sistemática de desfazer o pensamento negativo do ego, começando a pensar, daí em diante, com a mente crística. A Bíblia diz: "Que a mente de Cristo Jesus desça sobre vocês". Jesus, como sabemos, foi um ser humano exatamente como você e eu, que se transformou na encarnação do Cristo ao se tornar um com a consciência crística.

A consciência crística não é somente para os cristãos. A consciência crística, a consciência de Buda, a consciência de Krishna, a consciência de Deus – a consciência de todas as religiões é a mesma coisa. Talvez você tenha absorvido grande quantidade de programação negativa durante sua formação religiosa, e é importante aqui não se deixar enredar pela semântica; todos os caminhos religiosos ou espirituais são excelentes. A nova religião do futuro é aquela que honra e reconhece todas as religiões e caminhos espirituais, pois todas conduzem ao mesmo lugar. A Introdução de Um Curso em Milagres afirma o seguinte:

"Este é um curso em milagres. É um curso obrigatório. Só é voluntário o momento em que decides faze-lo. Livre arbítrio não significa que podes estabelecer o currículo. Significa apenas que podes escolher o que queres aprender em determinado momento. O curso não tem por objetivo ensinar o significado do amor, pois isso está além do que pode ser ensinado. Ele objetiva, contudo, remover os bloqueios à consciência da presença do amor, que é a tua herança natural. O oposto do amor é o medo, mas o que tudo abrange não pode ter opostos."

Esse curso, portanto, pode ser resumido muito simplesmente dessa forma:

"Nada real pode ser ameaçado.
Nada irreal existe.
Nisso está a paz de Deus".

Para a maioria das pessoas Um Curso em Milagres é um livro bastante difícil de se ler e compreender. Um dos meus principais objetivos ao escrever esse capitulo é tornar a essência do ensinamento desse Curso esclarecê-lo. Tenho plena consciência de que durante a minha evolução espiritual um capítulo que explicasse e resumisse o Curso em linguagem simples teria sido de grande valia.

Diz a Introdução que um curso em milagres é um curso obrigatório. Isso não significa que todos necessariamente devem estudar esses livros, mas antes que todos devem aprender a pensar com sua mente crística ou divina. Disse o Senhor Sai Baba que "Deus é igual ao homem menos o ego".

É impossível passar pelas iniciações espirituais e conhecer a Deus sem transcender a mente mesquinha, divisora e medrosa do ego. O currículo está definido; e Um Curso em Milagres é só uma forma de aprender as lições.

O cerne de Um Curso em Milagres está na afirmação de que Deus o criou e que sua verdadeira identidade é o Cristo. Em outras palavras, todos são filhos e filhas de Deus, feitos à Imagem de Deus. Deus é amor, portanto, você é amor. Você não precisa tornar-se amor; amor é aquilo que você já é agora. Só a programação e condicionamento negativos do ego escondem essa percepção de você. É apenas a lama que cobre o diamante. Jesus chegou a dizer que "Tudo o que eu posso fazer, vocês também podem fazer, e ainda mais".

A igreja cristã interpretou equivocadamente a mensagem de Jesus. Sem dúvida Jesus era o filho de Deus, mas você também o é. Ou poderíamos dizer que você é Buda, o Atmã hindu, o Eu Eterno. No Antigo Testamento, os profetas judeus disseram: "Vós sois deuses e não o sabeis". Disseram também: "Vós sois deuses e filhos de Altíssimo". Davi, nos Salmos, disse: "Tranquilizai-vos e reconhecei: Eu sou Deus".

É por isso que a introdução do Curso diz: "Nada real pode ser ameaçado. Nada irreal existe. Nisso está a paz de Deus". Sua verdadeira identidade como Cristo, Buda, Atmã ou Eu eterno não pode ser alterada. Pois foi assim que Deus o criou. Você pode pensar que é algo diferente disso, mas esse ato não muda a realidade. Você é o Cristo, o Buda, o Atmã, o Eu Eterno, quer creia nisso quer não.

Você não tem escolha quanto a isso pelo simples fato de não ter criado a si mesmo. Deus o criou. O caminho espiritual nada tem a ver com atingir um lugar qualquer. Trata-se somente de um redespertar para aquilo que você é. O segundo passo é a pratica do verdadeiro Eu na vida cotidiana.




Amor incondicional x Amor condicional



Deus quer que você pratique sempre o amor incondicional. A razão disso é que cada pessoa, na verdade, é o Cristo, ainda que seus pensamentos, sentimento e comportamento não estejam demonstrando isso. Jesus disso, no Novo Testamento, que é preciso "amar os inimigos". Essa é uma das verdadeiras provas e iniciações do caminho espiritual. Ser mais maduro que os outros, praticar a percepção inocente e o perdão é uma lição que você precisa aprender, pois aquilo que você dá é também aquilo que recebe de volta. Se você deseja Deus, deve dar o próprio Deus, caso contrario, não o conhecerá.

Todos são Deus; entretanto, nem todos realizam Deus nos pensamentos, sentimentos e ações. A Terra é uma escola em que se deve praticar a realização de Deus na vida diária. Grande parte do caminho espiritual consiste em pequenas coisas tais como a forma de tratar o próximo. O amor condicional impõe alguma condição às pessoas, condição que elas devem satisfazer para merecer o seu amor. O ego lhe diz que agindo assim, você magoa os outros e ajuda a si mesmo. Mas, na verdade, você está magoando ao mesmo tempo os outros e a si mesmo.

Um dos princípios básicos de Um Curso em Milagres é o abandono dos pensamentos agressivos. Você está sempre ou amando ou agredindo; não existem pensamentos neutros. Quando você revela um amor condicional, está inconscientemente agredindo, e a outra pessoa, num nível energético, sofre essa agressão. É como uma flecha que lhe perfura a aura. Se ela é fraca ou age como vitima, essa agressão pode atingi-la de maneira bastante adversa, pois você deve lembrar sempre que todas as mentes estão interligadas. Seus pensamentos não estão contidos no seu corpo físico, como por trás de uma cerca. Na realidade, é bem o oposto. No momento em que você pensa em outra pessoa, seja de modo positivo ou negativo, esse pensamento ou sentimento atinge o campo energético dela.

O amor condicional também o isola de Deus. Você não está separado realmente. Está separado, assim, apenas dentro de seu próprio estado de consciência. A forma como você responder determina se você percebe ou não percebe a presença de Deus naquele momento. Se você comete um erro, pode parar para pensar, contemplar a pepita da sabedoria, a prender a lição, perdoar e fazer nova opção.

Ao permanecer atento e concentrado, com o tempo, você começará a desenvolver o hábito de amar incondicionalmente. Em toda situação de vida, você pode fazer a seguinte pergunta a si mesmo: "Será que eu quero Deus ou o meu ego nessa situação?". Se você fizer sinceramente a si mesmo essa pergunta, achará impossível escolher o ego. A prática conduz à perfeição!



Existem somente duas emoções



O Curso ensina que existem somente duas emoções – amor e medo. Todas as outras emoções se reduzem a esse cerne básico. O medo provém do ego, o amor provém do espírito.

O Curso ensina que a agressão é um apelo ao amor. Você precisa enxergar além e através da agressão, percebendo que a pessoa que agride, na verdade, vive no medo. O medo é uma indicação de falta de amor, de falta de auto-estima, de falta de permissão para o mergulho na experiência do amor de Deus. Como diz a Bíblia: "O perfeito amor lança fora o medo".

sábado, 16 de junho de 2012

Gregg Braden / The Field, Miracles, Heart Emotions


Author Gregg Braden discussed the science behind miracles, the existence of an energy field that connects everything, and the power of heart-based emotion. Miracles appear inexplicable to the laws of nature as we understand them, yet they could be linked to the interconnected field around us, he outlined.

Our hearts generate strong electric and magnetic fields in our body which can change the structure of atoms; through heart emotions (as opposed to just thoughts) we contribute to the larger field around us, and can create peace and healing, he continued.

Recent discoveries about how the heart works show that it's in communication with the brain all the time - a kind of coherence. Interestingly, he noted that the layers of the earth and its atmosphere (such as the ionosphere) share the same frequency as the heart/brain coherence. The Global Coherence Project is being developed to monitor how positive heart-directed intentions affect the field. Life affirming feelings help to perpetuate the field, whereas negative emotions contract the field, Braden suggested.

sábado, 19 de maio de 2012

Milagres


Ora, quem acha que um milagre é alguma coisa de especial?

Por mim, de nada sei que não sejam milagres:
ou ande eu pelas ruas de Manhattan,
ou erga a vista sobre os telhados
na direcção do céu,
ou pise com os pés descalços
bem na franja das águas pela praia,
ou fale durante o dia com uma pessoa a quem amo,
ou vá de noite para a cama com uma pessoa a quem amo,
ou à mesa tome assento para jantar com os outros,
ou olhe os desconhecidos na carruagem
de frente para mim,
ou siga as abelhas atarefadas
junto à colmeia antes do meio-dia de verão
ou animais pastando na campina
ou passarinhos ou a maravilha dos insectos no ar,
ou a maravilha de um pôr-de-sol
ou das estrelas cintilando tão quietas e brilhantes,
ou o estranho contorno delicado e leve
da lua nova na primavera,
essas e outras coisas, uma e todas
— para mim são milagres,
umas ligadas às outras
ainda que cada uma bem distinta
e no seu próprio lugar.

Cada momento de luz ou de treva
é para mim um milagre,
milagre cada polegada cúbica de espaço,
cada metro quadrado da superfície da terra
por milagre se estende, cada pé
do interior está apinhado de milagres.

O mar é para mim um milagre sem fim:
os peixes nadando, as pedras,
o movimento das ondas,
os navios que vão com homens dentro
— existirão milagres mais estranhos?

Walt Whitman, in "Leaves of Grass"

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Equilíbrio entre Coração e Cérebro


Comentários sobre um texto que fala da inteligência do coração, “Siga seu coração, ele é mais inteligente do que voce pensa."

Os textos entre aspas, são extratos do texto original, seguidos pelos comentários.

1) “O coração é também o primeiro órgão formado no útero. O resto vem depois. Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce, autor de 'A biologia da Transcendência', chama a isto de ”o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência.”

Comentário 1.1: Quando ocorre a fecundação, caso o óvulo esteja maduro, inicia-se uma etapa (dividida em 4 fases), que tem por finalidade fazer a combinação hereditária, para o que virá a ser um novo ser humano, resultando na primeira separação, gerando 2 células. Está fase, esta dança microcósmica dura de 1 a 2 horas, e na terceira etapa desta fase, o material começa a separar-se gerando o que se chama “estrelas fixas”, 2 polos, que serão os núcleos das novas células. Este primeiro processo de dualidade, acompanha e define o padrão pelo qual a inteligência cósmica vai agir na formação do novo ser humano, e na manutenção da vida. Este processo é exatamente igual ao processo de geração de um novo planeta, onde temos o norte e o sul (que se deslocam em um vir a ser, após terem estado juntos no equador, e após terem sido fecundados). É o mesmo para a formação de um sistema solar, é o mesmo para a geração de uma galáxia. Sempre, um polo fica representando a vida e o outro o espírito (ou imediatamente superior). O sol fisico é o sul, o seu imediato é o norte. Em outro plano, este norte passa a ser o sul e seu superior o norte, etc, etc, até o sol central da galáxia, ou o sol oculto, para quem o imanifestado é o norte. A dualidade vai reger tudo.

Comentário 1.2: O coração (ou o “vir a ser” do coração) começa a bater até 24 horas após a concepção, mas sem ser responsável pela circulação, pois não há sistema circulatório, e nem tem regulação nervosa. O coração enquanto sistema alcança estado funcional por primeiro, entre 21 e 23 dias de gestação, mas neste período, já existe o tubo neural (que receberá circulação 4 dias depois) e vários outros sistemas em matriz. Assim, mesmo o coração batendo após 12 horas, é uma vida energia incipiente. Quando está pronta a base do vir a ser vida consciência, o tubo neural (base do sistema nervoso central e periférico), estabelece-se o equilíbrio entre 2 polos: cérebro e coração, e então o sangue circula. Assim, manifesta-se novamente a dualidade polar, pois o coração por si só, não teria sentido.

Comentário 1.3: Toda e qualquer célula ou órgão do corpo humano, vai derivar de 3 placas: Ectoderma (por ex.: sistema nervoso central e periférico, pele (e pêlos e unhas), glândulas mamárias e subcutâneas, e a hipófise e meninges); Mesoderma (por ex.: tecido conjuntivo; cartilagem, ossos, músculo estriado e liso, coração; sangue, vasos e células linfáticas; rins; ovários; testículos e membranas de revestimento das cavidades corporais); Endoderma (por ex.: revestimento epitelial dos tratos gastrointestinal e respiratório, glândulas tireóide e paratireóide; timo; fígado; pâncreas). Então, as células do coração não são únicas.

2) “O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula. Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de freqüência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele! A frequência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo. O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma frequência. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficas. Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anel universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de frequência de um único anel.”

Comentário 2.1: Não sou médico, mas a embriologia, analisada a luz do conhecimento filosófico-esotérico, expressa a dualidade cósmica, e repete exatamente a cosmogênese e a antropogênese (por exemplo, o fato de os mais importantes sistemas que darão densidade corpórea ao ser humano, estarem com suas bases constituídas na terceira semana, nos remete a terceira raça mãe, onde adquirimos o corpo físico. Da mesma forma, se analisarmos na embriologia o sistema cérebro-espinhal, veremos o processo cósmico, etc, etc. Então, o coração é um prato da balança. O outro é o sistema cérebro-espinhal.

Comentário 2.2: O coração não é um sistema nervoso, nem faz parte dele, nem possui neurônios. É um sistema enervado pelo sistema nervoso autônomo: sistema simpático (nor-adrenalina, acelera o coração) e parassimpático (acetilcolina, que desacelera). O SNA através do hipotálamo liga-se ao sistema nervoso central, e deste recebe as interações. Assim, o coração não é um órgão de inteligência.

Comentário 2.3: Confunde-se a fisiologia com as funções ocultas do ser humano: pelo fato de o coração estar ligado ao quarto chakra, Anahata, sede da mente concreta, não significa que ele é o sistema nervoso ou tem inteligência. Da mesma forma que não podemos dizer que as amigdalas ou que a tireóide, pelo fato de estarem na garganta, são a base da mente abstrata. 

Comentário 2.4: Os sinais eletromagnéticos do coração não são mais fortes do que o do cérebro. São de natureza diferentes e, portanto, não podem ser comparados. São as sedes do Prana Solar e Lunar. E sangue e prana, mantém a vida e alimentam o sistema nervoso central. Enquanto um dá energia para os movimentos, o outro dá energia para a criação de emoções, sentimentos, e para o comando elétrico do corpo. Um não funciona sem o outro, então, como dizer que um é mais importante que o outro? 

Comentário 2.5: O canal esquerdo da coluna se chama Ida, e também o lado esquerdo do coração e todas as suas ramificações também. O da esquerda se chama Píngala, idem para o coração.

Comentário 2.6: Prana, o mantenedor da vida, o elo de ligação entre corpo, alma e espírito, o sistema nervoso e o sistema vascular são um único caminho, donde caminha do norte ao sul, e de oeste para leste: o mesmo movimento do Prana no corpo humano, também o é no nosso planeta, razão aliás, da rotação da Terra.

Comentário 2.7: O fluxo eletromagnético do coração, portanto, abarca todo o corpo humano, fazendo pendant (equilíbrio ) com o cérebro (ou sistema cérebro espinhal).

Comentário 2.8: Se assim não o fosse, teriamos energia para manter o corpo físico, (que distribuiria os 3 humores: vayu, do ar, bilis, sistema endócrino, e fleuma, alimentação), mas não teríamos o sistema nervoso para controlar o organismo, e sequer teríamos energia elétrica para gerar pensamentos, emoções, intuição e, mais ainda, a conexão corpo-alma-espírito não seria possível.

3) “Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento.” 

Comentário 3: Sim, obviamente estamos. Mas como acessar todas as forças do universo a qualquer momento? Não adianta só conjecturar, tem que explicar como isto pode e deve ser feito?

4) “Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como “milagres” entrando em nossas vidas.”

Comentário 4: Não procede. Esta é uma abordagem religiosa ou emocional. O que vamos acessar? E afinal, o que tem em nossos corações? Milagres não existem, existe são as forças da natureza agindo de uma forma incompreensível para a razão, por isto chamado de milagres por aqueles que querem nos fazer crer que devemos depender de outros (sempre superiores ao gênero humano). A fonte ilimitada de sabedoria do universo é o que existe a partir da mente abstrata, Budhica. Mas isto só se consegue pelo exercício da Vontade (Atmã), Amor-sabedoria (Budhi) e Atividade (Mente abstrata). 

5) "Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do Coração, baseado nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do Coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle."

Comentário 5: ??? não existe sabedoria inata do amor do coração! Para tentar dar um cunho de realidade a esta parte do texto, só se considerássemos o coração como a base da razão, e o “voltar para a mentalidade de sobrevivência” significasse focar a mente no afetivo-emocional, e não na razão, mas mesmo assim, isto nada significaria. Não há como o intelecto refletido no ego assumir o controle? Não adianta só dizer coisas aparentemente complexas, tem que explicar como funciona e, ao menos, usar um pouco da razoabilidade e de conhecimento para escrever, por respeito as pessoas de boa fé que forem ler os textos.

6) “Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados, a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez, e temos que lutar para sobreviver.“

Comentário 6: isto em nada tem a ver com focar no coração ou não. Isto tem a ver quando o centro de consciência passa a operar no astral ou no instintivo, retirando a percepção de realidade, e nos fazendo analisar a vida de baixo para cima, e não o contrário.

7) “Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos e construímos muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.”

Comentário 7: a nossa vida deve ser guiada pela neutralidade, pela compreensão, pela razão, pela intuição, não pela compaixão. Compaixão significa não entender nem o erro, nem quem está errando, nem as decorrências e causas. Advém só do desconhecimento. Confunde-se aqui, o coração com a mente concreta, como plano da razão, mas ainda fica mais confuso, pois invoca a fé! Fé absolutamente não deve existir. Tem que existir compreensão, identidade e trabalho evolucional. “Faze por ti que eu te ajudarei”, disse o nazareno.

8) “Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar, e nos movermos para viver centrados no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, “entrar em seu coração” e acessar a sabedoria interior do Universo. É a única maneira, é O Caminho. A medida que cada um de nós começa esta revolução tranquila de viver do Coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo.“

Comentário 8: O equilíbrio que se deseja, tem que vir através da ação conjunta e contínua do cérebro e do coração: razão e intuição. Precisamos com estas ações, transmutar o desejo em vontade, o instinto em amor fraterno, a inércia em trabalho da Lei. Precisamos amadurecer, precisamos nos intruir, precisamos nos assenhorarmos de nossas próprias existências, precisamos exercer nosso papel evolucional, precisamos assumir nossa condição hierárquica de seres humanos, precisamos sublimar o que trouxemos para ser resolvido (nossos erros, desejos, emoções densas), precisamos fazer com que a intuição eduque a razão. Precisamos fazer com que a razão eduque a emoção. Precisamos fazer com que a emoção eduque o instinto vital, e precisamos fazer com que o instinto eduque o físico. Assim, virá o equilíbrio vertical e horizontal. Então sim, o ser humano entenderá o que é felicidade.

9) “Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra. Rebecca Cherry”

Comentário 9: o objetivo do texto é correto, na medida em que deseja criar o paradigma do novo mundo. Mas se tentarmos realizar isto baseados nesta abordagem do que seja o coração, ficaremos desiludidos. E só se desilude quem antes tivesse estado iludido. 

Comentário final: A Pineal, é o coração do cérebro, e pulsa tal qual. O equilíbrio deverá vir da compreensão dos chakras, sua interação com a pineal, sua interação com o sistema endócrino. O equilíbrio se considerarmos o sistema endócrino, vem da ação irmanada da pineal, pituitária e Timo.Vayu, Bilis e Fleuma, no coração, geram Ojas, eletricidade. O trânsito de Prana, pela esquerda e direita (o que é a razão da alternância de respiração de 1:56:7’:7” h por cada narina) e mais o trânsito dos Tatwas, dá a compreensão e o controle de todas as forças que agem tanto no cérebro quanto no coração, equilibrando na horizonta e na vertical. Qualquer ação na alma, tem impacto no vital, que impacta nos chakras, que impacta no sistema endócrino, que fará gerar substâncias que equilibram ou desequilibram o organismo que, por sua vez, devolverá equilíbrio ou desequilíbrio para o vital e para a alma. Há muito sobre isto, mas cada um escreve e trilha se próprio caminho. Mas que seja um caminho consciente. Viver equilibradamente, adquirindo conhecimento, com paciência para com todos e principalmente consigo mesmo, exercitando a razão, ao lado do amor fraterno, olhando cada ser vivo como seu irmão de evolução, esta é a expressão do equilíbrio consciente. “O coração tem razões que a própria razão desconhece” – Quem falou isto, não foi o Blaise Pascal filósofo, matemático ou o físico. Foi o Blaise alquimista, pois sabia que, o Mercúrio (coração, chakra cardíaco) deve ser usado para transmutar o chumbo (o mais denso, raiz) em ouro (Sahashara, o coronal). Mas isto só ocorre pelo equilíbrio, pois antes que a transmutação do chumbo seja efetuada para gerar a “summa matéria”, o ouro e o mercúrio deverá ter sido transformados primeiro, de metais físicos, em metais alquímicos, de vida energia em vida consciência. Estas são as razões que a razão desconhece.

Para concluir: “ Aquele que equilibrar o cérebro e o coração, alcançará, na Terra, as maiores alturas”. Henrique José de Souza.

Ps:.Comentário 2.10: A terra tem o mesmo sistema, pois tem norte e sul (prana solar e lunar), assim como o sistema solar, a galáxia e o universo, como falado antes. Sempre, por exemplo, na própria criação da matéria, o que está próximo da fonte é solar e o que se distancia é lunar. Assim é que, como na sístole-diástole do coração, também pulsa este conglomerado eletromagnético que nós chamamos Sol, expandindo prana que por sua vez, o recebe do sol central da galáxia, etc. Isto, cada batimento, ocorre a cada 11 anos (o que a ciência interpreta como manchas solares, é o Prana voltando ao coração, após ter ido manter a vida em todo o sistema solar, em toda a galáxia, e assim por diante). Mas sempre dual. Quanto a hipótese da holografia, é uma forma da ciência conjecturar, por desconhecer a mecânica do Prana que, é o mesmo, do centro do universo ao centro das galáxias, ao centro dos sistemas solares, ao centro dos planetas, ao centro do corpo humano, sempre em forma dual.

Por Jorge Antonio Oro

domingo, 25 de dezembro de 2011

Nasceu Jesus, o Cristo!

A Virgem e a Criança, Adolphe-William Bouguereau, 1888


O evangelista Lucas, no Capítulo 2, narra o nascimento de Jesus.

Com nossos olhos da alma enxergamos a jovem mãe de uma beleza e uma pureza virginal que Rafael pintou em suas “Madonas”, com a criança na manjedoura; e os pastores no campo sob um céu estrelado guardando seu rebanho. Enxergamos o anjo revestido de esplendor divino, que lhes anuncia que nasceu o Salvador; e de súbito todo o coro celestial entoando o hino: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!”

A cada noite de Natal lembramo-nos assim do nascimento de Jesus e renovamos no nosso foro íntimo os votos de um amor mais caloroso a todos os nossos próximos.

Podemos, porém, alargar nossa visão. Podemos divisar a linda criança 33 anos depois sendo homem adulto, que padece a morte na cruz, renegado pelos dirigentes do seu povo. E podemos lembrar-nos que os Evangelhos nos narram que de forma inaudita e misteriosa Jesus, morto, ressurgiu do túmulo, aparecendo em seguida durante quarenta dias aos seus discípulos.

É aí que surge hoje a pergunta: quem afinal é aquela pessoa tão extraordinária sobre cujo túmulo se originava uma nova religião? E como podemos entender aquele mistério da ressurreição?

Houveram outros homens que viveram uma vida exemplar tais como Gauthama Budha e Sócrates. Outros houveram que conseguiram curas milagrosas e outros “milagres”. Ainda outros inocentes foram e diariamente estão sendo cruelmente torturados e mortos. O que então é o peculiar que nos conduz a chamar a Jesus de Nazaré, o Cristo, o salvador do mundo? Particularmente em um mundo como o de hoje, que se encontra mais distante do que nunca da paz, da harmonia e do amor?

Para compreendermos esse grande mistério devemos voltar nossos pensamentos às origens do mundo e da humanidade.

Conta-nos o Velho Testamento, em forma de grandes imagens, que Adão e Eva, os primeiros homens, saíram primorosos das mãos da Divindade. Porém, sucumbiram à sedução do tentador e perderam a inocência, tornando-se mortais. Nos milênios que se seguiram, a humanidade, na qual havia entrado o germe do egoísmo, desceu degraus até chegar, sob o Império Romano, na época de sua decadência, ao cúmulo da depravação.

Se a humanidade não deveria perder por completo seu caminho e até sua própria identidade, então, tornava-se necessário um novo ato da divina providência.

Mas como? Não havia esse Ser Supremo mesmo posto um limite à sua onipotência em relação aos homens? Não havia Ele dotado os homens da faculdade de discernimento do bem e do mal quando não impediu que comessem da “árvore da ciência do bem e do mal”? E não os havia dotado de liberdade de agir de acordo com sua cognição? Não havia Ele desta maneira abdicado de interferir diretamente no destino dos homens? A própria pergunta encerra a resposta.

O que então fez a Divindade para salvar os homens? Encarnou-se num ser humano, encarnou-se em Jesus de Nazaré (durante o ato do batismo no rio Jordão por João Batista). Compenetrado pelo Divino tornou-se Jesus o “Filho de Deus”; mas, ao mesmo tempo, nascido do ventre de uma mulher, era também o “Filho do Homem”. Contrário a Adão, soube resistir à tentação pelo Diabo, recusando no deserto as suas promessas. Deus e homem em uma mesma pessoa, padeceu, tornando-se naquele de quem Isaías (53,3-4) havia profetizado: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido e oprimido por Deus….”

Podemos perguntar: será que tudo isto por si só justificaria chamar Jesus de o salvador do mundo? A resposta só pode ser: não! Algo mais teve que acontecer para atribuir-lhe esta qualificação .

Esse algo mais é o fenômeno da ressurreição.

Como podemos explicar este fenômeno, já que é impensável que o Supremo ser infringisse uma lei natural por Ele mesmo posto, tornando um morto vivo? Seria algo que poderíamos chamar de “a impossibilidade do onipotente”? Tentemos explicar do que se trata na realidade.

Cada corpo de um ente vivo é produzido por energias, por forças físicas por si só invisíveis, mas que se tornam visíveis no momento em que assumem substâncias materiais, compenetrando-as e amalgamando-as consigo. Uma vez que um corpo humano formado dessa maneira sucumbe à morte, ele se decompõe e aquelas forças que haviam constituído o corpo físico de uma pessoa não se dissiparam depois de sua morte, mas conservaram-se coesas tais quais eram enquanto Jesus vivia, guardando inclusive seu semblante.

Foi nesta forma que Jesus, em uma corporalidade física porém não material, apareceu aos seus discípulos. Foi nesta forma que, através da convivência com Ele, eles haviam adquirido um novo órgão para perceber o invisível e o intocável . Essa conglomeração de forças, essa 'gestalt' ficou preservada e presente no mundo supra-sensível através dos séculos qual um núcleo poderoso cuja força irradiante pode ser transmitida a todos que, em um estado de meditação , tornam-se receptíveis a ela.

Colocar-se nesse estado de receptividade e obter assim a força e o impulso de seguir os preceitos do mestre chama-se hoje: ser cristão, obter a salvação.

Admitimos que se trata de um grande mistério que não pode ser vivenciado exclusivamente aplicando-se o raciocínio lógico. Mas, conscientizemo-nos que somos dotados não somente de um intelecto, e sim de outras poderosas faculdades da alma que precisamos evocar e cultivar para alcançar algo dos grandes mistérios da existência humana e do mundo.

Fonte:
festas cristãs

sábado, 24 de dezembro de 2011

sábado, 3 de dezembro de 2011

Conto da Alemanha: A Primeira Árvore de Natal (Antroposofia)


Em Nazaré, aquela região tranquila em que crescia o Menino Jesus, vivia uma pobre mulher.

Deus havia lhe presenteado com sete filhinhos, mas não havia pão suficiente para alimentá-los. A fome era hóspede constante naquela casa.

O pai já estava debaixo da terra e o trabalho das mãos da mãe não bastava para encher as sete barriguinhas.

Mas Deus não abandona os Seus. Enviou-lhes seu próprio Filho, o Menino Jesus, que muitas vezes brincava com as crianças.

E quando ficavam cansados de correr e brincar, Jesus levava o grupinho para sua casa.

Mãe Maria, então, esquentava leite, uma grande jarra cheinha, cortava uma montanha de fatias de pão e passava manteiga e mel nelas.

E as crianças famintas avançavam alegres a conquistar aquela montanha e depois voltavam felizes e satisfeitas com a sua mãezinha.

O pequeno Menino Jesus havia completado sete anos.

Mãe Maria não havia deixado passar esse dia sem ter realizado muitos desejos de seu querido filho.

Quando Jesus, durante a noite, cansado e feliz, deitado na sua caminha, relembrava os grandes acontecimentos de seu sétimo aniversário, pensou de repente nos seus amiguinhos pobres, que com certeza nunca haviam recebido um presente no seu aniversário.

Quietinho saiu de sua cama, chamou os seus sete anjinhos, pegou seus mais lindos brinquedos e de camisola pôs-se em direção a cabana no outro fim da aldeia, onde moravam as crianças pobres.

E mandou o primeiro anjinho à arvorezinha milagrosa chamada “Sacuda-te” buscar seus frutos que eram lindas roupinhas, vestidos, sapatos e meias quentinhas.

O segundo anjinho foi enviado para buscar guloseimas no “País Doce”, outro teve que trazer frutas deliciosas do Jardim do Paraíso, o quarto foi buscar estrelinhas douradas da Via Láctea, e assim cada anjinho recebeu sua tarefa e sua encomenda.

E chegaram finalmente, carregados com seus tesouros, à casinha da viúva.

Tudo estava escuro e silencioso.

No jardim pequeno em frente da casinha havia entre canteiros de batatas e algumas flores, um pequeno cedrinho solitário, plantado para servir de repouso aos pássaros.

Nos seus galhos o Menino Jesus pendurou todos aqueles belos presentes, que Ele e seus anjinhos haviam carregado até lá.

E os anjinhos ajudaram, pondo os mais lindos enfeites nos galhos mais altos que o Menino não alcançava.

Às vezes um fio de cabelo angelical dourado ficava preso nos galhos verdes iluminando aquelas maravilhas todas.

Em cada galho e galhinho havia algo, uma maçã, um sapatinho, uma noz que havia ficado dourada ao encostar na asa de um anjo, um brinquedo, uma blusinha, um doce ou até uma estrelinha brilhante.

Tendo pendurado o último presente na árvore, Jesus afastou-se silenciosamente, despediu os anjos prestativos, agradecendo-lhes a ajuda e deitou-se na sua caminha, feliz da vida.

Imaginem a alegria das crianças pobres ao ver na manhã seguinte aquela estranha árvore em frente da sua casa.

Pegaram-se pelas mãos e dançaram em volta da arvorezinha milagrosa.

Mais feliz ainda estava Jesus, e ficou tão contente com sua boa idéia, que decidiu fazer o mesmo em cada aniversário seu: dar essa alegria a muitas crianças, se possível, a todas as crianças do mundo.

Assim o dia de Natal transformou-se na festa mais abençoada do ano, e não há outro dia em que haja mais rostos felizes e corações alegres.

Mesmo o homem mais pobre tem sua árvore de Natal, por mais humilde e pequena que seja, e alguma bondosa pessoa, de perto ou de longe, terá para ele um presente, para que a felicidade não deixe de existir no mundo.

Essa é a história da primeira árvore de Natal.

FELIZ NATAL !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

FELIZ !!!!!!!!!!!!!!!!!!


Fonte:
Contos para o Advento e Natal
Noite de Luz - Volume 2
Karin E. Stasch

sábado, 19 de novembro de 2011