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domingo, 23 de novembro de 2014

Aprendendo a conhecer sua Consciência






"Todos nós caminhamos pela vida como um pacote constituído de corpo e mente. Enquanto todos nós estamos conscientes, o nível das nossas funções da consciência (que são subjetivas) variam de pessoa para pessoa. A realidade é imensamente complexada com sistemas solares, galáxias, luas e sóis, mas também com reações químicas, partículas, bactérias e ecologia. A vida esta toda em torno de nós, grandes e pequenos. Todos nós somos uma criação e nós estamos de alguma forma vivos em uma galáxia que é aparentemente sem vida. Sua consciência é um dom, ou um pouco de sorte como você pode achar. Consciência é sua capacidade de vigília para participar na vastidão da vida, em vez de apenas ficar operando internamente, dentro de sua própria mente."

Mikey O’Connell







Abaixo têm uma guia para te ajudar a descobrir qual é seu nível de consciência. Por entender onde você está, você pode começar a fazer mudanças e se entender a motivação que existe por trás do seu pensamento. Eu encorajo todos a pegar esse guia com o coração.  E uma vez que você entenda bem sobre o nível que você está, tente operar sobre o outro level de consciência acima até que você naturalmente se adapte a ele.

É estranho eu aparecer do vazio falando sobre isso aqui, mas é que eu lendo meus antigos tópicos sobre teoria do destino e da existência eu notei que eu tratava consciência como se fosse imaginação, mas a 4 anos atrás eu não tinha muitos insumos para determinar o que eu realmente queria dizer. Aproveito pra dizer que toda essa teoria de níveis de consciência  representa a maior parte da base de todo meu pensamento em qualquer campo. Atualmente tenho deixado meus estudos na psicologia Junguiana para tirar conclusões mais individuais sobre tudo isso. Então, prosseguindo :

Por Steve Pavlina : 
(com alguns comentários meus).

No livro “Poder vs. Força” de David R. Hawkins, existe uma hierarquia dos níveis da consciência humana. É um paradigma interessante. Se você ler o livro fica muito mais fácil figurar onde você está nessa hierarquia se baseando no seu atual estilo de vida.

Do mais baixo pro mais alto, os níveis de consciência são : vergonha (shame), culpa (guilt), apatia (apathy), dor (grief), medo (fear), desejo (desire), raiva (anger), orgulho (pride), coragem (courage), neutralidade (neutrality),  complacência (willingness), aceitação (acceptance), razão (reason),  amor (love), alegria (joy), paz (peace) e iluminação (enlightenment).

Níveis de consciência são como tipos psicológicos, você normalmente fica saltando de um para outro mas normalmente existe um estado predominante (que é o estado normal) para cada um de nós. Se você ainda está aqui nesse artigo existem chances de você está na coragem pois se você estivesse em um nível menor muito provavelmente você não teria nenhum interesse consciente em crescimento pessoal.

Vamos descrever os níveis em ordem, mais focando mais entre coragem e razão já que esses são os quais você tem mais chances de estar. Os nomes são de Hawkins. A descrição de cada nível são baseadas nas descrição de Hawkins mas unidas com os pensamentos do Steve e os meus. Hawkins define a lista como uma escala logarítmica, ou seja, existem muito menos pessoas nos níveis mais altos do que nos mais baixos. Subir de um nível para outro representa uma mudança enorme na sua vida.




Os Níveis da Consciência

Vergonha (shame) - Apenas um passo acima da morte. Você está provavelmente pensando em se suicidar nesse nível. Ou então você é um serial killer. Pense nesse nível como o nível do extremo ódio pessoal. Existem certas epifanias da vida que caso você não esteja num nível muito longe desse podem fazer com que você caia diretamente para este.

Culpa (guilt) - Um passo acima da vergonha, mas ainda assim você tem pensamentos sobre se suicidar. Você pensa em si mesmo como um pecador, incapaz de se perdoar por transgressões do passado.

Apatia (apathy) - Vitimização e  ausência de esperança. O estado do desamparo aprendido. Muitos sem-teto estão presos aqui. Além de ser o estado que representa uma visão muito conveniente da sociedade quando descrita como a sociedade da vitimização.

Dor (grief) - O estado de tristeza e perda perpétua. Normalmente você cai aqui quando perde um amor. Depressão.  Só está acima da apatia pois aqui você está começando a se livrar da paralisia pesada que existe na escalada de qualquer level abaixo desce para um acima.

Medo (fear) - Vê o mundo como perigoso e inseguro. Paranoia. Normalmente você vai precisar de ajuda para sair desse nível, ou então você vai permanecer preso por bastante tempo, é como uma relação de abuso infantil, sexual.

Desejo (desire) - Não confundir com alcance ou definição de metas, esse é o nível do vício, desejo e luxúria – por dinheiro, aprovação, poder, fama, etc. Consumismo. Materialismo. Esse é o nível do fumo, da bebida e de outras drogas.

Raiva (anger) - o nível da frustração, normalmente por não ter seus desejos alcançados no nível abaixo. Esse é o nível que pode estimular você a fazer coisas relacionadas à níveis mais altos, ou então te deixar preso num estado de ódio. Numa relação de abuso você normalmente vê uma pessoa no estado da raiva com alguém no estado do medo.

Orgulho (pride) - O primeiro nível que você começa a se sentir bem, apesar de ser uma falsa sensação. É totalmente dependente de circunstâncias externas (dinheiro, prestígio, etc), ou seja: é altamente vulnerável. Esse é o estado que leva ao nacionalismo, racismo e guerras religiosas. Pense nos nazistas. Um estado totalmente irracional de negação e defesa. O fundamentalismo religioso também é preso a esse nível. Você se torna tão intimamente ligado as suas crenças que um ataque a elas se torna um ataque a você.

Coragem (courage) - O primeiro nível de força real. É aqui que você começa a ver a vida como desafiante e emocionante ao invés de opressora. Você começa a ter um pequeno interesse em crescimento pessoal porém nesse nível você provavelmente chama isso de outra coisa : aumentar habilidades, melhorar curriculum, educação, etc. Você começa a ver seu futuro como uma melhoria sobre o passado ao invés de simplesmente a continuação do mesmo.

Neutralidade (neutrality) - Posso descrever esse daqui com a frase: “viva e deixe viver”. É flexível , relaxado e solto. O que acontece, acontece. Você não tem nada para provar. Você se sente seguro e lida bem com outras pessoas. A grande quantidade dos empreendedores estão nesse nível. É realmente um lugar muito confortável. Também é o nível da complacência e da preguiça. Você está cuidando das suas necessidades mas você não pega muito pesado no batente.

Complacência (willingness) - Agora que você está seguro e confortável, você começa a usar sua energia de maneira mais eficiente. Só viver e deixar viver não é mais o suficiente. Você começa a se preocupar em fazer um bom trabalho – na verdade, o melhor que você puder. Você pensa sobre gerenciamento do tempo e produtividade além de começar a se organizar, coisas que não eram tão importantes quando você estava no nível da Neutralidade. Pense nesse aqui como o nível do desenvolvimento da força de vontade e da auto-disciplina. As pessoas daqui são os “soldados” da sociedade: eles fazem as coisas bem e não reclamam sobre quase nada. Se você está na escola provavelmente você é realmente um bom aluno : estuda seriamente e organiza bem seu tempo para estudar. É exatamente aqui que sua consciência se torna mais organizada e disciplinada.

Aceitação (acceptance) - Aqui acontece um movimento poderoso de energias e você acorda para as possibilidades de se viver proativamente. No nível da complacência você se torna competente e aqui você quer colocar suas habilidades para fazer algo bom. É aqui que você define e alcança metas. Eu não gosto do termo ‘Aceitação’ que o Hawkins usou aqui, mas aqui basicamente quer dizer que você começa a aceitar sua responsabilidade pelo seu papel no mundo. Se algo não está certo na sua vida (sua carreira, saúde, relacionamento, etc), você define o fim que quer que isso tenha e o muda. Você começa a ver a “grande figura” da sua vida mais claramente. Esse nível leva muitas pessoas a mudar de trabalho, começar um novo negócio ou até mesmo mudar sua dieta.

Razão (reason) - Aqui você transcende os aspectos emocionais dos níveis abaixo deste e começa a pensar mais claramente e racionalmente. Hawkins define esse como o nível da medicina e da ciência. O modo que eu vejo isso é que, quando você alcança esse nível, você se torna capaz de usar suas habilidades racionais (relativas a raciocínio) no seu potencial máximo. Aqui você tem a disciplina e a pró-atividade para explorar por completo suas habilidades naturais. Você chegou no ponto onde você diz : “Wow. Eu posso fazer tudo isso, e eu sei que eu posso colocar isso em um bom uso. Então qual é o melhor uso para os meus talentos?” Você olha ao redor do mundo e começa a fazer contribuições significativas para o mesmo. E no fim, de forma bem elevada esse é o level do Einstein e do Freud. É muito óbvio que a maioria das pessoas nunca chega nesse nível mesmo vivendo por muito tempo.

Amor (love) - Eu não gosto do título que Hawkins dá para este nível pois o mesmo não é sobre a emoção do amor. É amor incondicional, um entendimento permanente sobre sua conexão com tudo que existe. Pense em compaixão. No nível da razão você vive em serviço do seu cérebro. Mas isso eventualmente se torna um beco sem saída pois você cai na armadilha do excesso de intelectualização (pra quem conhece Freud mais a fundo pode-se concluir que ele caiu nessa armadilha, e ficou preso nela). Você vê que precisa de um contexto maior do que apenas pensar para sua própria consciência. No nível do amor você coloca sua cabeça e todos os seus talentos e habilidades no serviço do amor (não as suas emoções, mas sim seu senso maior do que é certo e errado – sua consciência). Eu vejo esse nível como o estado em que você realiza seu verdadeiro propósito. Suas motivações nesse nível são puras e incorruptíveis pelos desejos do ego. É aqui o estado do serviço para a humanidade. Pense em Gandhi, Madre Teresa, Dr. Albert Schweitzer. Nesse nível você também começa a ser guiado por uma força maior do que você. É um sentimento de se deixar levar. Sua intuição se torna extremamente ‘forte’. Hawkins diz que esse nível é alcançado apenas por uma em 250 pessoas durante todo o seu tempo de vida.

Alegria (joy) - É um estado de felicidade penetrante e inabalável. É o nível dos santos e dos mais ‘avançados professores de espiritualidade’. Só de estar perto de pessoas nesse nível faz com que você se sinta incrível. Nesse nível a vida é totalmente guiada pela intuição e sincronicidade (as coisas começam a acontecer por relação de significado). Não existe mais a necessidade de declarar metas ou de criar planos detalhados – a expansão da sua consciência permite que você opere sobre um nível muito mais elevado. Uma experiência de quase morte pode temporariamente (e quase sempre faz) deixar você nesse nível.

Paz (peace) - Total transcendência. Hawkins diz que esse nível só é alcançado por uma pessoa em 10 milhões.

Iluminação (enlightenment) - O maior nível da consciência humana, onde a humanidade  se une com a divindade. Extremamente raro. É o level do Krishna, Buddha e até mesmo Jesus. Só o fato de pensar sobre pessoas desse nível pode fazer com que você aumente seu nível de consciência. É aqui que acontece o estado da “Consciência Elevada” tão bem conhecido como “Super Consciência”. Você vê o mundo como ele realmente é. Indescritível.

Bem, acabou. Eu não espero que você aceite tudo acima como verdade e sim pelo menos considere esse modelo como válido de reflexão. Não só pessoas mas também objetos, eventos e sociedades completas podem ser rankeadas sobre esses níveis. Dentro de sua própria vida, você provavelmente pode observar que algumas partes dela estão em níveis totalmente diferentes do que outras, mas você deve ser capaz de identificar seu atual nível padrão. Você pode estar no nível da neutralidade mas ainda assim ser viciado em fumar (nível do desejo). Os níveis mais baixos que você encontra dentro de você vão servir como resistência para seu crescimento. Mas você também vai encontrar níveis elevados na sua vida. Você pode estar no nível da aceitação porém pode ter acontecido algo que te deixou realmente inspirado e te levou por um tempo à um nível maior. Pense sobre as maiores influencias da sua vida agora. Quais aumentam seu nível de consciência? Quais abaixam?



Fonte:

http://worldgarbage.wordpress.com/2012/10/03/aprendendo-a-conhecer-sua-consciencia/

sábado, 13 de outubro de 2012

Temos que aprender...


We must learn to let go of old emotional baggage that prevents us from being able to receive and move forward in life. 
Temos que aprender a soltar a bagagem emocional velha que nos impede de ser capazes de receber e seguir em frente na vida. 

When you forgive fully you are then able to learn from the experience and take responsibility for your part in it. #forgiveness 
Quando você perdoar totalmente você estará preparado a aprender com a experiência e assumir a responsabilidade por sua parte nela. #perdão 

Our all too human mistakes create ripples that open opportunities for other people to have their human experience. #were all human 
Todos os nossos erros demasiado humanos criam ondulações que oferecem oportunidades para que outras pessoas tenham sua experiência humana. # somos todos humanos 

We can walk gently but powerfully on this earth plane, moving with a consciousness, love and respect for all life. 
Podemos andar gentil mas poderosamente neste plano terrestre, movendo-se com consciência, amor e respeito por toda a vida. 

Once you clear, align with, begin to consciously live through your heart, you'll become a conscious co-creator of your world. 
Depois de limpar, de se alinhar com, e começar a viver conscientemente através do seu coração, você vai se tornar um cocriador consciente de seu mundo. 

Our ego mind holds us strongly within the 3rd dimensional illusion.We must release this habit of holding onto the mind. #heart 
Nossa mente do ego nos mantém fortemente dentro da ilusão de terceira dimensão. Devemos liberar este hábito de se agarrar a mente. #coração 

Whatever you want to create in your life, open to receive the living energetic of your creation through your sacred heart. 
Tudo o que você deseja criar em sua vida, abra-se para receber a energia vivente de sua criação através do seu coração sagrado. 

You are your own healer and only you can align with that loving, light aspect of your Self. No one else can do it for you.
Você é seu próprio curador e só você pode se alinhar com esse amor, aspecto da luz do seu Ser. Ninguém mais pode fazer isso por você. 

As you come to live more and more in the heart, you will begin to experience a change in how you meet life's surprises. #no fear 
À medida que você vir a viver mais e mais no coração, você começará a experimentar uma mudança na forma como você se encontra com as surpresas da vida. #Não tema 

When in doubt always bring your consciousness to your heart and breathe. Thoughts NOT from your ego mind will grow stronger. 
Em caso de dúvida sempre traga a sua consciência para o seu coração e respire. Os pensamentos que não vem da sua mente do ego crescerá mais forte. 

When you move out of separation you create a natural opening to receive the abundance that has been always waiting for you. 
Quando você sai da separação; você cria uma abertura natural para receber a abundância que sempre esteve esperando por você. 

Vulnerability brings you into a place of strength and clarity that allows you to stand close to Spirit; your own sacred heart. 
A vulnerabilidade o leva a um lugar de força e clareza que lhe permite ficar perto de Espirito; do seu coração sagrado. 

Your cells need love; the light of the Self brings that love — awakening; activating the individual consciousness of each cell. 
Suas células precisam de amor e a luz do Ser traz esse amor - despertando e ativando a consciência individual de cada célula. 

Honor whatever feeling is inside of you remembering that the feeling is not who you are and cannot hurt you. #feelings just are 
Honre qualquer sentimento que está dentro de você; lembrando que o sentimento não é quem você é e não pode te machucar. # São apenas sentimentos 

Anger is one of the hardest emotions for us to allow ourselves to feel as there is a social stigma attached to expressing anger. 
A raiva é uma das mais difíceis emoções que nós nos permitimos sentir pois há um estigma social associado à expressão de raiva. 

When you activate your place in the Universal Grid your unique signature expands outwards into the Universe. #Energy Signature 
Quando você ativa o seu lugar na Grade Universal, a sua assinatura exclusiva se expande para fora para o Universo. # Assinatura Energética 

To understand your mission or path in life it is essential that you bring your attention inwards. 
Para entender sua missão ou caminho de vida, é essencial que você traga sua atenção para dentro. 

As you energetically anchor new alignments you'll become more conscious of your true Self as you live here on this earth plane. 
À medida que você energicamente ancora novos alinhamentos; você se tornará mais consciente de seu verdadeiro Eu, conforme você vive aqui neste plano terrestre. 

The most powerful statement you can make are the words, I AM. These simple words, spoken consciously, activate a truth. 
A declaração mais poderosa que você pode fazer são as palavras, EU SOU. Estas simples palavras, ditas conscientemente, ativam a verdade. 

The focus on forgiveness is usually on the other person, when in reality the focus first needs to be self-forgiveness. 
O foco sobre o perdão geralmente é sobre a outra pessoa, quando na realidade o primeiro foco precisa ser o auto-perdão. 

In order for you to open up more completely to a new level of yourself, you need a working relationship with your inner child. 
Para que você se abra mais completamente a um novo nível de si mesmo, você precisa de um relacionamento de trabalho com a sua criança interior. 

You are “perfectly imperfect” as a human being; you are going to make mistakes. It's okay because #everybody does. 
Você é "perfeitamente imperfeito"; como um ser humano, você vai cometer erros. Está tudo bem pois todos cometem. 

You cannot control situations that arise or what other people will do. But you can choose how you will meet each experience. 
Você não pode controlar as situações que surgem ou o que os outros vão fazer. Mas você pode escolher como você conhecerá cada experiência. 

We must learn to let go of old emotional baggage that prevents us from being able to receive and move forward in life. 
Temos que aprender a soltar a bagagem emocional velha que nos impede de ser capazes de receber e seguir em frente na vida. 

Vulnerability brings you into a place of strength and clarity that allows you to stand close to Spirit; your own sacred heart. 
A vunerabilidade te coloca num espaço de força e clareza que lhe permite estar mais próximo de Deus e de seu coração sagrado. 

It’s time to activate a blueprint for yourself to manifest what you want for in this life, achieve your heart’s desire. #go for it 
É hora de ativar um modelo para si mesmo para manifestar o que você quer na vida e realizar o desejo do seu coração. # vá em frente 

 Christine Day

sábado, 28 de julho de 2012

Os 7 Pecados Capitais


A Gula

Gula é o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida.


Segundo tal visão, esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. Ela seria controlada pelo uso da virtude da temperança. 


A Avareza


É o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os e deixando Deus em segundo plano. É considerado o pecado mais tolo por se firmar em possibilidades.


Na concepção cristã, a avareza é considerada um dos sete pecados capitais, pois o avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar algo, que não é Deus, como se fosse Deus.


Avareza, no cristianismo, é sinônimo de ganância, ou seja, é a vontade exagerada de possuir qualquer coisa. Mais caracteristicamente é um desejo descontrolado, uma cobiça de bens materiais e dinheiro, ganância. Mas existe também avareza por informação ou por indivíduos, por exemplo. 


A Luxúria


A luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material. Também pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.


Consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema, lascívia e sensualidade. 


A Ira


A Ira é o intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio, rancor que pode ou não gerar sentimento de vingança. É um sentimento mental que conflita o agente causador da ira e o irado.


A ira torna a pessoa furiosa e descontrolada com o desejo de destruir aquilo que provocou sua ira, que é algo que provoca a pessoa. Segundo a Igreja Católica, a ira não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-se contra aquele que deixa o ódio plantar sementes em seu coração. Seguindo esta linha de raciocínio, o castigo e a execução do causador pertencem a Deus. 


A Inveja


A inveja é considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual.


É o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue. O invejoso ignora tudo o que é e possui para cobiçar o que é do próximo.


A inveja é frequentemente confundida com o pecado capital da Avareza, um desejo por riqueza material, a qual pode ou não pertencer a outros. A inveja na forma de ciúme é proibida nos Dez Mandamentos da Bíblia. Do latim invidia, que quer dizer olhar com malícia.


A Preguiça


A Igreja Católica apresenta a preguiça como um dos sete pecados capitais, caracterizado pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada. Aversão ao trabalho, frequentemente associada ao ócio, vadiagem. 


A Vaidade ou Orgulho


Conhecida como soberba, é associada à orgulho excessivo, arrogância e vaidade.


Em paralelo, segundo o filósofo Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grandioso que era fora de série, devendo ser tratado em separado do resto e merecendo uma atenção especial. Aquino tratava em separado a questão da vaidade, como sendo também um pecado, mas a Igreja Católica decidiu unir a vaidade à soberba, acreditando que neles havia um mesmo componente de vanglória, devendo ser então estudados e tratados conjuntamente. 

De acordo com o livro Sacred Origins of Profound Things (Origens Sagradas de Coisas Profundas), de Charles Panati, a teóloga Beatrice G. aponta que o monge grego Fernando T. teria escrito uma lista de oito crimes (culpas) e "paixões" humanas, em ordem crescente de importância (ou gravidade):
  • Gula (desequilíbrio da alimentação)
  • Avareza (ganância, desequilíbrio do ter)
  • Luxúria (desequilíbrio do prazer que o luxo trás, normalmente ligado ao sexo)
  • Ira (desequilíbrio da emoção)
  • Melancolia (depressão, desequilíbrio da autoestima para baixo)
  • Preguiça (desequilíbrio do descanso)
  • Orgulho (desequilíbrio da autoestima para cima)
  • Vanglória (vaidade, desequilíbrio da humildade)
Os pecados tornavam-se piores à medida que tornassem a pessoa mais egocêntrica, com o orgulho ou soberba sendo o supra-sumo dessa fixação do ser humano em relação a si mesmo. Isso o afasta do espírito que é sua origem em Deus.


Segundo Papa Gregório I

No final do século VI o Papa Gregório I reduziu a lista a sete itens, juntando "vaidade" e "orgulho" (ou "soberba") e trocando "acídia" e "melancolia" por "inveja". Para fazer sua própria hierarquia, o pontífice colocou em ordem decrescente os pecados que mais ofendiam ao amor:
  1. Orgulho;
  2. Inveja;
  3. Ira;
  4. Indolência;
  5. Avareza
  6. Gula;
  7. Luxúria.
Segundo São Tomás de Aquino

Mais tarde, outros teólogos, entre eles, Tomás de Aquino analisaram novamente a gravidade dos pecados e fizeram mais uma lista. No século XVII, a igreja substituiu "melancolia" – considerado um pecado demasiado vago – por "preguiça".


Assim, atualmente aceita-se a seguinte lista dos sete pecados capitais:
  1. Vaidade;
  2. Inveja;
  3. Ira;
  4. Preguiça;
  5. Avareza
  6. Gula;
  7. Luxúria.
Os pecados são diretamente opostos às Sete Virtudes, que pregam o exato oposto dos Sete Pecados capitais inclusive servindo como salvação aos pecadores.


Comparação com os demônios

Em 1589, Peter Binsfeld comparou cada um dos pecados capitais com seus respectivos demônios seguindo os significados mais usados. De acordo com Binsfeld's Classification of Demons, esta comparação segue o esquema:
  • Asmodeus - Luxúria
  • Belzebu - Gula
  • Mammon - Ganância
  • Belphegor - Preguiça
  • Azazel - Ira
  • Leviatã - Inveja
  • Lúcifer - Orgulho

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Ciclo da Raiva


Como nos dizem os antigos sábios, os piores inimigos que temos na Terra podem ser encontrados em nossa própria mente: desejo e raiva. Um não está separado do outro.


Quando um desejo é frustrado, ele se transforma em raiva. E junto de um desejo existe outro desejo, e desse modo continuamos alimentando a raiva nesta cadeia infindável de desejos. A raiva surge de nossos desejos insatisfeitos, de nossas mágoas, frustrações decepções e gera infelicidade.


O ódio e a raiva são considerados as maiores emoções negativas ou aflitivas por serem os maiores obstáculos da bondade, da compaixão e do altruísmo e também por destruírem nossas virtudes e nossa tranqüilidade mental. Com a raiva perdemos os méritos de nossos bons pensamentos e de nossas boas ações.


No grande poema épico indiano, Mahabharata é dito:


"Seis tipos de pessoas são tristes:

- Aquelas que têm inveja dos outros
- Aquelas que odeiam os outros
- Aquelas que estão descontentes
- Aquelas que vivem da fortuna dos outros
- Aquelas que são desconfiadas
- Aquelas que têm raiva"


Verdadeiramente, é a raiva que produz as outras cinco condições que causam a tristeza. E esta raiva assume muitas formas, muitas facetas como: aflição, ressentimento, contrariedade, mau humor, aspereza, animosidade, explosões de raiva, ira, rancor, crises de choro e soluço. Muitas vezes, as lágrimas não são sinais de fraqueza, mas a força da raiva.


A raiva envenena corpo e mente. Ataques de raiva e de mau humor produzem danos sérios nas células do cérebro envenenam o sangue, causam insônia, depressão e pânico; suprimem a secreção dos sucos gástricos e da bílis nos canais digestivos, criando gastrites e úlceras, esgotam a energia e vitalidade, causam problemas cardíacos, provocam velhice prematura e encurtam a vida.


Quando você se zanga sua mente fica perturbada e isto reflete em seu corpo que sente distúrbios. Todo o sistema nervoso se agita e você se enerva, perdendo a harmonia, a eficiência de agir, o vigor e o entusiasmo. A raiva é uma energia poderosa que precisa ser dissolvida para que você possa ser mais livre e saudável.


É muito importante saber que ninguém provoca raiva em você, que ela é criada por você. Já existe em você acumulada desde a infância... De repente, isto é acionado por alguma palavra ou por alguma ação de alguém e você experimenta uma raiva, às vezes inapropriada, sem motivo. Se não temos controle sobre nossa mente que vagueia a todo instante, perdemos o controle e, a raiva brota muito forte de nosso interior, nos destruindo e magoando.


Geralmente esta raiva começa quando somos crianças. Quando não conseguíamos o que desejávamos, ficávamos zangados e nossos pais faziam o que queríamos. Assim aprendemos que podíamos ficar zangados porque isto funcionava para alcançar nossos desejos. Em Psicanálise chama-se de recalque e operacionalização.


Muitas vezes, as pessoas falam o que não querem, são dominadas pela raiva e explodem causando inimizades, mágoas e conflitos. E depois dizem: "Perdi a cabeça! Não tenho controle sobre minha mente ou emoções! Mas o que posso fazer? Eu sou assim mesmo. Não vou mudar!"


Porém, elas precisam entender que estão prisioneiras de camadas densas e sólidas de raiva e de desejos insatisfeitos. Se não despertarem para a necessidade urgente de começar a fazer algo a respeito, elas vão viver em total infelicidade, no meio de suas próprias negatividades. Isto é viver em um verdadeiro inferno interior.


Colocar a raiva para fora apenas agrava esta emoção negativa e a faz crescer ainda mais. Se deixarmos isto sem controle, expressando nossa raiva cada vez mais, ela não vai se reduzir e sim aumentar, gerando mais dor e inquietude para nós.


Pare o ciclo da raiva. Na Bhagavad Gita, o Senhor Krishna diz:


"Ó Arjuna, deixe de pensar em seus inimigos externos. 
Em vez disto, conquiste seus inimigos internos".


Os ensinamentos dizem que precisamos observar a raiva, analisá-la; aprender a lidar com ela e a dissolvê-la através da contemplação e da meditação. Pratique a meditação e perceba seus efeitos. Sinta o apaziguamento. Perceba como sua mente se torna pacífica e serena e como isto lhe apóia durante o seu dia.


Contemple, sem julgamento e culpa, os fatores que deram origem à manifestação da raiva, aprendendo a se conhecer melhor. É importante reconhecer os erros para corrigi-los e agir melhor no futuro. Peça desculpas, treinando a humildade, que é a virtude das pessoas fortes e corajosas. Compreenda que ninguém é perfeito. Cada um de nós fez algo de errado. É da condição humana. E vamos continuar errando. O importante é aprender com nossos erros sem a atitude de censura ou crítica excessiva por nós mesmos, pois esta autopunição é fonte de sofrimento para nós. E quando vamos entendendo isto, nos tornamos mais tolerantes com as falhas das outras pessoas e sentimos menos raiva.


Liberte-se do sentimento de culpa, porque se você se culpa você alimenta ainda mais a sua raiva e se torna prisioneiro deste ciclo vicioso. A culpa gera mais baixa-estima e você cai na armadilha do ego e, como conseqüência passa a ser mais limitado, amargurado, infeliz. Este é o estado de escravidão do ego que nos faz sentir pequenos, inferiores.


Baba Muktananda, em seu livro Encontrei a vida, nos conta que certa vez perguntaram à grande santa Rabi'a: "- Você alguma vez sente raiva? - Sim - replicou ela -, mas só quando me esqueço de Deus." Contemple essas palavras e compreenda que ao lembrar-se de Deus, ao desenvolver virtudes divinas, não haverá espaço para a raiva em seu interior e assim, você poderá ser mais livre e feliz.


Por Rubia Prado Carvalho

Referências bibliográficas:
Meu Senhor ama um coração puro 
Chidvilasananda
Siddha Yoga Dham Brasil

Fonte:

domingo, 3 de junho de 2012

Ego: O Falso Centro


O primeiro ponto a ser compreendido é o ego.

Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora. O nascimento é isso.

Nascimento significa vir a esse mundo: o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce nesse mundo. Ela abre os olhos e vê os outros. O outro significa o tu. Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Esse também é o 'outro', também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo. É dessa maneira que a criança cresce.

Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, com tu, ela se torna consciente de si mesma. Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que ela pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se a mãe aprecia a criança, se diz 'você é bonita', se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. Assim, um ego começa a nascer.

Por meio da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é ela boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro é um centro refletido. Ele não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensa a seu respeito.

E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida, sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é ego. Isso também é um reflexo.

Primeiro a mãe. A mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas.

O ego é um fenômeno cumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não.

O verdadeiro só pode ser conhecido por meio do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ele é uma disciplina. O verdadeiro só pode ser conhecido por meio da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Por meio desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.

O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá à escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com as outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estarão adicionando algo ao seu ego, e todos estarão tentando modificá-lo, de modo que você não se torne um problema para a sociedade.

Eles não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade. A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Eles não estão interessados no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão.

Assim, estão interessados em dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro...

Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade. Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. A sociedade não está interessada no fato de que você deveria chegar ao auto-conhecimento.

A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o eu - não é possível. E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que esse é o seu centro, o ego dado pela sociedade.

Uma criança volta para casa. Se ela foi o primeiro lugar de sua sala, a família inteira fica feliz. Você a abraça e beija; você a coloca sobre os ombros e começa a dançar e diz 'que linda criança! você é um motivo de orgulho para nós.' Você está dando um ego para ela, um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, foi um fiasco na sala - ela não passou de ano ou tirou o último lugar, então ninguém a aprecia e a criança se sente rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado.

O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. E é por isso que você está continuamente pedindo atenção. Você obtém dos outros a idéia de quem você é. Não é uma experiência direta. É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro. Mas esse centro é falso, enquanto que o centro verdadeiro está dentro de você. O centro verdadeiro não é da conta de ninguém. Ninguém o modela. Você vem com ele. Você nasce com ele.

Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Esse é o eu. E o outro centro, que é criado pela sociedade - o ego. Esse é algo falso - é um grande truque. Por meio do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo.

Você tem que caminhar de uma certa maneira; você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, você já não sabe quem você é.

Os outros deram-lhe a idéia. E essa idéia é o ego. Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a não ser que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no falso centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o eu. E lembre-se: vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará se despedaçando, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo; quando todos os limites se dissolverão. Você estará simplesmente confuso, um caos.

Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas...

Até mesmo o fato de ser infeliz lhe dá a sensação de "eu sou". Afastando-se do que é conhecido, o medo toma conta; você começa sentir medo da escuridão e do caos - porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte de seu ser... É o mesmo que penetrar numa floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca - a floresta, a selva. Mas aqui dentro tudo está bem: você planejou tudo.

Foi assim que aconteceu. A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente, e cercou-a. Tudo está bem ali. Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que ali você possa se sentir em casa.

E então você passa a sentir medo. Além da cerca existe perigo.

Além da cerca você é, tal como você é dentro da cerca - e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está oculto.

Precisamos ser ousados, corajosos.

Precisamos dar um passo para o desconhecido.

Por um certo tempo, todos os limites ficarão perdidos. Por um certo tempo, você vai se sentir atordoado. Por um certo tempo, você vai se sentir muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.

Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas. Esse centro é a sua alma, o eu.

Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos, nasce uma nova ordem. Mas essa não é a ordem da sociedade - essa é a própria ordem da existência.

É o que Buda chama de Dhamma, Lao Tzu chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência. Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas...

O ego tem uma certa qualidade: a de que ele está morto. Ele é de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não precisa procurar por ele; a busca não é necessária. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente mais um na multidão. Você é apenas uma turba. Se você não tem um centro autêntico, como pode ser um indivíduo?

O ego não é individual. O ego é um fenômeno social - ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o eu. E por isso você é tão infeliz. Como você pode ser feliz com uma vida de plástico? Como você pode estar em êxtase ser bem-aventurado com uma vida falsa?

E esse ego cria muitos tormentos. O ego é o inferno. Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego segue encontrando motivos para sofrer...

E assim as pessoas se tornam dependentes, umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ele deixa de ser um escravo.

Tente entender isso. E comece a procurar o ego - não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que o falso centro entrou em choque com alguém.

Você esperava algo e isso não aconteceu. Você espera algo e justamente o contrário aconteceu - seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.

As causas não estão fora de você.

A causa básica está dentro de você - mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta: 'Quem está me tornando infeliz?' 'Quem está causando a minha raiva?' 'Quem está causando a minha angústia?'

Se você olhar para fora, você não perceberá. Simplesmente feche os olhos e sempre olhe para dentro. A origem de toda a infelicidade, da raiva e da angústia, está oculta dentro de você, é o seu ego.

E se você encontrar a origem, será fácil ir além dela. Se você puder ver que é o seu próprio ego que lhe causa problemas, você vai preferir abandoná-lo - porque ninguém é capaz de carregar a origem da infelicidade, uma vez que a tenha entendido.

Mas lembre-se, não há necessidade de abandonar o ego. Você não o pode abandonar. E se você tentar abandoná-lo, simplesmente estará conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: 'tornei-me humilde'...

Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria - então ela simplesmente desaparece. Quando você sabe que ele é o veneno, ele desaparece. Quando você sabe que ele é o fogo, ele desaparece. Quando você sabe que esse é o inferno, ele desaparece.

E então você nunca diz: 'eu abandonei o ego'. Você simplesmente irá rir de toda essa história, dessa piada, pois você era o criador de toda essa infelicidade...É difícil ver o próprio ego. É muito fácil ver o ego nos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.

Tente ver o seu próprio ego. Simplesmente o observe.

Não tenha pressa em abandoná-lo, simplesmente o observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Porque não existe outra maneira. Você não pode abandoná-lo antes do tempo. Ele cai exatamente como uma folha seca.

Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo... e então o verdadeiro centro surge.

E esse centro verdadeiro é a alma, o eu, o deus, a verdade, ou como quiser chamá-lo. Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir.

Osho, em "Além das Fronteiras da Mente"

segunda-feira, 12 de março de 2012

Como voce se defende? Que máscara voce usa?


"Mecanismos de defesa não curam. Na melhor das hipóteses, são curativos emocionais que você põe sobre os ferimentos, como para estancar o fluxo do medo e da dor. Tal como ocorre com os ferimentos físicos, mais cedo ou mais tarde você precisa tirar os curativos para que a cura aconteça. Do contrário, o ferimento se infecciona, e a dor se espalha.

O fortalecimento e a cura costumam começar com o afastamento de mecanismos de defesa como o medo, negação, repressão, cinismo, raiva, controle, abuso de substâncias, distúrbios alimentares, etc. As defesas garantem espaço, mas não o curam, não o fortalecem e não resolvem seus problemas. Na verdade, podem aumentar seus problemas, caso você insista em ficar com eles.

Um mecanismo de defesa protege você de qualquer coisa "excessiva", ou seja, medo em demasia, dor em demais, tristeza em demasia, estresse em demasia e também amor em demasia, alegria em demasia, criatividade em demasia, Deus em demasia. Um professor que tive, disse certa vez: 'O homem se defende do medo porque se defende de Deus. Quando você diz 'sim' para Deus, o medo vai embora'.

Mecanismos de defesa são coisas do ego. Quando você se defende, está defendendo seu ego, seus medos, suas fraquezas imaginárias. Aquilo que você defende torna-se real, ou seja, quanto mais você defende o seu ego, mais você se identifica com ele e mais se abriga do verdadeiro espírito, da verdadeira inspiração e do verdadeiro poder.

Dizer que as defesas o fortalecem é um mito. Não é possível ficar na defensiva e ser livre. Não é possível reprimir emoções e se sentir íntegro. Não é possível erguer um muro à sua volta e se ligar a Deus. Não é possível ficar ao lado do medo e também ficar aberto ao amor.

Afastar as defesas abre caminho para a verdadeira cura, o verdadeiro amor e a verdadeira força. Quando você sente alegria, está ouvindo seu espírito. Não é o perigo que vem quando você abaixa suas armas. É a cura. É a alegria. É a inspiração. É a liberdade".

Robert Holden
In "Mudanças acontecem"

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A vida me ensinou...


"A vida me ensinou que as pessoas são amigáveis, se eu sou amável,
que as pessoas são tristes, se estou triste,
que todos me querem, se eu os quero,
que todos são ruins, se eu os odeio,
que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio,
que há faces amargas, se eu sou amargo,
que o mundo está feliz, se eu estou feliz,
que as pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva,
que as pessoas são gratas, se eu sou grato.
A vida é como um espelho: se você sorri para o espelho, ele sorri de volta.
A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim.
Quem quer ser amado, ame."

Mahatma Gandhi

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Como alguém consegue tirar a sua paz ou a sua calma?


Era uma vez um grande samurai que se dedicava a ensinar a arte zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua falta de escrúpulos apareceu por ali. Queria derrotar o samurai e aumentar sua fama. O ancião aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o ancião permaneceu impassível. No final do dia, já exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se. E os alunos, surpresos, perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

- Se alguém chega com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem o trouxe consigo.

A sua paz interior depende exclusivamente de você. 

As pessoas não podem lhe tirar a calma.

Só se você permitir...

Fonte:
O livro de Ouro da Sabedoria

sábado, 12 de novembro de 2011

Vocabulário da Vida


Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser amigo que ainda não abraçamos.

Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando afago em cada dedo.

Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira como nos tratamos.

Doutrinação: É quando a gente conserva o espírito colocando o coração em cada palavra.

Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama.

Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.

Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

Fé: É quando a gente diz que vai escalar o Everest e o coração já o considera feito.

Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la.

Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.

Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.

Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.

Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.

Mediunidade de Jesus: É quando a gente serve de instrumento em uma comunidade mediúnica e a música tocada parece Chopin.

Morte: É quando fazemos a viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.

Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

Obsessor: É quando o espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ela.

Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.

Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

Paz: É o prêmio de quem cumpre o dever.

Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.

Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.

Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.

Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

Reencarnação: É quando a gente volta para o corpo, esquecido do que faz, para se lembrar do que ainda não fez.

Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.

Sensualidade: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.

Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Supérfuo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.

Por Luiz Gonzaga Pinheiro