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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dicas para um bom sono!



O organismo tem horários. Desta engrenagem não podemos fugir. A hora do sono é sagrada para a reposição celular, para rebobinar o cérebro, permitir o rejuvenescer. O metabolismo basal fica no mínimo, em marcha lenta, permitindo o repouso, a restauração. As avós falavam para as crianças: quem não dorme não cresce. Para os adultos: quem não dorme não se restabelece não se regenera.

Bem, as dicas para um sono de qualidade, ou seja, restaurador e rejuvenescedor são:

1) Sempre tomar um bom banho antes de dormir. Ou seja, jamais dormir com o corpo sujo, pois as vibrações de frescor, relaxamento e limpeza que um banho dá, irão sustentar a qualidade do sono.

2) Evitar tomar café, chás com cafeína (como chá preto e chá mate) e refrigerantes derivados da cola, pois todos são estimulantes.

3) Evitar dormir com a televisão ligada, uma vez que isso impede que a pessoa chegue à fase de sono profundo.

4) Se a pessoa dorme cedo - 20 a 21 horas - seu jantar (leve) deve ser realizado no máximo às 19 horas para dar tempo do organismo digerir e o sono não sofrer interferências da demanda energética para digestão.

5) Se a pessoa dorme tarde - depois das 22 horas - sua última refeição (um lanche leve) deve ser realizada até 1 hora antes, pelo mesmo motivo mencionado acima.

6) Concordo com algumas linhas terapêuticas que indicam que qualquer refeição ou lanche realizado após as 19 horas deve ser na forma líquida para poder acelerar o processo digestivo e evitar interferências na qualidade do sono. Exemplos: um arroz com feijão? Bata no liquidificador e tome na forma de sopa. Uma salada de frutas com sorvete? Bata no liquidificador e tome uma vitamina geladinha.

7) Ideal praticar uma atividade física ao longo do dia para evitar o sedentarismo, liberar substâncias que aumentam o estresse e mobilizar a energia basal. Para quem tem insônia, recomendo ainda uma atividade corporal ou meditação ativa antes do banho e de dormir. Tipo dançar, uma série da yoga ou de alongamentos.

Aproveite para orar e colocar intenções para este momento de meditação e descanso. Sempre peço aprendizados, sonhos bons, expansão da consciência, soluções para desafios, enfim... Para pessoas com insônia ou fibromialgia, recomenda-se inclusive aulas de natação ou hidroginástica e, assim, provocar um duplo relaxamento: pela atividade física e pela ação do banho de imersão.

8) Na hora de deitar, colocar um copo de água na cabeceira e repetir suas intenções, como desejando que todas as coisas boas destas intenções se materializem nesta água durante o repouso do sono. Pela manhã: beber esta água em postura de gratidão e receber tudo que nela se cristalizou.

9) Existe uma técnica bastante interessante sugerida como prática para insones, que consiste em fazer um ‘escalda-pés’ de 5 minutos em água gelada exatamente antes de deitar. A pessoa já o faz 100% preparada para deitar na sequência. Minha compreensão deste procedimento é mobilizar a energia concentrada na cabeça para as extremidades do corpo, aliviando assim a mente e suas neuroses.

10) Apagar todas as luzes, inclusive a do abajur, do corredor e do banheiro, pois a luminosidade impede a liberação da melatonina, hormônio responsável pela primeira fase do sono.

11) Não levar livros, laptops ou qualquer estimulante de trabalho ou preocupação para a cama.

12) Tirar da cabeceira o telefone, celular e relógios.

13) Esta é óbvia, mas não custa lembrar: usar colchão e travesseiro de boa qualidade e adequado ao seu peso e tamanho.

14) Recomendo uma sinergia da aromaterapia que chamo "Doril na Ansiedade e Insônia". Ela é uma mistura dos óleos essenciais de Limão Tahiti, Laranja Pêra e Lavanda Mont Blanc, que tem como função proporcionar relaxamento, vontade (alegria) de estar consigo e de se respeitar. Ela pode ser usada (à noite) na água da banheira (adultos 3 gotas, bebês 1 gota, crianças 1 a 2 gotas - ou pode ser colocada no travesseiro dos adultos (1 a 3 gotas). No caso de crianças, pode ser colocada (1 a 3 gotas) num pires ao lado da cama. No caso de bebês basta o procedimento da banheira.

15) Ao despertar, após tomar aquele copo de água (ensinado acima), ainda deitado, junte as mãos e esfregue uma na outra até ficarem quentinhas. Faça carinho no seu rosto simulando que está ensaboando e lavando o rosto. Relaxe seu primeiro semblante do dia. Depois, esfregue novamente as mãos e massageie seu abdômen. Faça carinho nele e lembre que o dia vai começar e ele precisa acordar, ou seja, está chegando a "hora de troninho". Depois, este carinho pode se prolongar para as demais partes do corpo, sempre com o propósito de acordar-se com muita celebração, gratidão e carinho.

16) Uma vez que levantou, antes do "troninho", ir até a cozinha e tomar 1/2 copo de água idealmente morna + suco fresco de 1 limão. Esta é uma receita da milenar medicina Ayurvédica para purificar (ação bactericida), aliviar (ação laxante) e sanar (ação harmonizadora, alcalinizante) todas as dificuldades do organismo. Espere 20 a 30 minutos para realizar a refeição matinal.


As posições de dormir

De lado: é a melhor postura! Mas, deve-se colocar um travesseiro que preencha o espaço entre o ombro e a cabeça. É recomendável abraçar um travesseiro e colocar uma almofadinha entre os joelhos.

De barriga para cima: é uma posição aceitável, mas recomenda-se um travesseiro não muito alto e deve-se colocar um apoio (almofada) abaixo dos joelhos, o que ajudará a manter a coluna reta.

De bruços: é uma posição não recomendável. Diz-se que nessa posição não há como evitar uma lesão na coluna cervical, que pode criar contraturas no pescoço, dificultando o relaxamento e o sono profundo.

Por Conceição Trucom

Fonte:
Este texto faz parte do livro Simples - Mente - Feliz

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Meditação: Meditar Concentrando




Vamos agora fazer uma meditação de concentração.

Essa meditação vai ajudar a desenvolver sua percepção.

Em outros tipos de meditação você considera os pensamentos que desviam sua mente como distrações.

Mas agora essas distrações serão o próprio foco da meditação.

Um dos principais efeitos desses métodos de concentração é diminuir o desconforto da dor.

Além disso, a concentração traz os mesmos benefícios do relaxamento que existem nos outros métodos de meditação.

Neste método voce usa a respiração como uma espécie de âncora para a sua mente e presta muita atenção nos outros pensamentos que vêm e vão, desviando sua atenção da respiração.

Tanto esse exercício quanto o seguinte, que se faz caminhando, ajudam a expandir e desenvolver sua percepção, fazendo com que você fique plenamente presente ao momento que está sendo vivido.

Vamos começar a meditação da concentração.

Sente-se numa posição confortável, de preferência em uma cadeira de espaldar reto e firme.

Agora feche os olhos e preste atenção em sua respiração...

Perceba o fluxo natural e tranqüilo do ar que entra e sai por suas narinas...

Não tente controlar a respiração... só preste atenção nela...

Cada vez que inspirar, diga em sua mente a palavra "dentro"... quando expirar, diga "fora"...

Essas palavras funcionam como uma música de fundo, como um suave murmúrio em sua mente...

Dentro... fora... dentro... fora...

Quando a sua mente se desviar da respiração, preste atenção no pensamento que vem e silenciosamente dê-lhe um nome...

Se a sua mente for ocupada por um pensamento qualquer, diga em silêncio "pensando"...

Enquanto o pensamento continuar, fique repetindo em sua mente "pensando... pensando"...

Faça algumas pausas para tomar contato com o pensamento... e continue repetindo "pensando... pensando"...

Observe o que acontece com o pensamento: se ele fica mais forte... se enfraquece... se desaparece...

Então, quando o pensamento desaparecer, volte a se concentrar na sua respiração... Dentro... fora... dentro... fora...

Se um som vier distrair sua mente, diga em silêncio "ouvindo... ouvindo"... até que a sua atenção se afaste do som...

Volte à respiração...

Se sua atenção for desviada por uma sensação qualquer no corpo, diga em silêncio "sentindo... sentindo"... e volte a concentrar a atenção na respiração assim que a sensação passar...

Não perca tempo tentando achar o nome mais adequado para o que está na sua mente... use palavras simples, como "pensando, ouvindo, sentindo"...

Volte para a respiração todas as vezes que o pensamento que distrair sua mente desaparecer...

Não se preocupe se sua mente vagar por outros pensamentos... reconheça que isto está acontecendo e diga silenciosamente: "Olhe o que está acontecendo agora: estou pensando... sentindo... ouvindo..." Dentro... fora... dentro... fora...

Dê sempre um nome para aquilo que distrair sua mente da respiração... Use as palavras mais simples... reconheça o que está acontecendo... dê um nome... e, quando voltar a respirar, diga em sua mente: dentro... fora... dentro... fora...

Sua atenção pode se afastar da sua respiração... basta que você dê um nome ao pensamento, ao som, à sensação... Esses nomes devem ser como uma música de fundo em sua mente...

Volte para a respiração quando aquilo que ocupou sua mente desaparecer...

Agora, assim que quiser parar, abra os olhos e leve essa concentração com você...

Ela vai ajudar em sua vida...

Fonte:
Daniel Goleman
scribd

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Meditação: Meditar Relaxando o Corpo



Vamos agora meditar examinando e relaxando nosso corpo.

Esta meditação tem origem na antiga arte da hata ioga.

Nela o iogue não se move, mas examina o corpo com a mente, fazendo cada parte do corpo relaxar.

Esta técnica é um instrumento poderoso para alcançar um profundo relaxamento, acalmando os músculos do corpo inteiro.

Atualmente esta técnica é usada por médicos e psicólogos para levar seus pacientes a um estado de relaxamento profundo que tem efeitos curativos.

Nesse estado as preocupações diminuem de importância e a pessoa sente muita paz e muita calma.

E o relaxamento do corpo é importante para a saúde.

Você pode sentar-se, como na meditação da respiração, ou deitar-se de costas.

Se quiser deitar, escolha uma superfície firme e macia, como por exemplo um tapete, e sinta-se confortável, com roupas folgadas e na temperatura adequada.


Agora feche os olhos...

Vamos começar...

Comece prestando atenção em sua testa...

Usando a mente como se fosse um suave radar, percorra sua testa de um lado ao outro, examinando cuidadosamente todas as sensações que estão nela... se está fria ou quente... se está formigando... se está tensa ou relaxada... tome consciência dessas sensações... registre-as em sua consciência...


Preste atenção especialmente nos músculos sobre o nariz... esses músculos que você franze quando tem alguma preocupação... se você sentir que estão tensos, faça com que relaxem e se suavizem...


Agora preste atenção no seu olho esquerdo... examine sua sobrancelha... a região acima do olho... a pálpebra... agora os músculos em torno do olho... examine as sensações nesta área... procure desmanchar qualquer tensão, suavizando esses músculos...


Vamos agora para o olho direito... examinando a sobrancelha, a região acima do olho, a pálpebra... os músculos em torno do olho... observe as sensações... desmanche as tensões que encontrar... suavize os músculos...


Agora examine seu nariz, desde o alto, entre os olhos, até a ponta... as narinas... registre as sensações que encontrar...

Vá agora para o lado esquerdo do seu rosto, percorrendo-o suavemente, da área debaixo do olho até o maxilar... observando todas as sensações... desmanchando as tensões... relaxando...


Agora a face direita... percorra desde o olho até o maxilar... registrando as sensações... desmanchando a tensão dos músculos e relaxando...

Agora em torno da boca... o lábio superior... o lábio inferior... a língua... abrindo um pouco os lábios... relaxando qualquer tensão...

Vamos para o seu queixo... deixe cair ligeiramente o maxilar e vá relaxando os músculos em torno dele...

E agora para sua orelha esquerda... observe atentamente qualquer sensação que exista aí... E para a orelha direita... registrando as sensações...

Vamos agora para o seu couro cabeludo...

Examine desde a área acima da testa até a base do pescoço, percorrendo de um lado para o outro... examinando e registrando todas as sensações... Agora em torno do pescoço, examinando toda essa região... da garganta até a coluna vertebral nas costas... de um lado e do outro... prestando especialmente atenção nos músculos da parte posterior do pescoço... relaxando as tensões que existem aí... soltando esses músculos... suavizando...


Agora vamos para o seu ombro direito... a parte de cima do ombro... os lados... observando todas as sensações dessa área... descendo até o cotovelo... do cotovelo ao pulso... tomando consciência de todas as sensações... livrando-se das tensões...


Agora para a mão direita... percorrendo a parte de cima... a palma da mão... cada dedo... o polegar... sempre que encontrar alguma tensão, solte e relaxe... deixe os músculos amaciarem...


Vamos para o ombro esquerdo, percorrendo a parte de cima e os lados... registrando qualquer sensação... descendo do ombro para o cotovelo... do cotovelo para o pulso... tomando consciência de todas as sensações... livrando-se de qualquer tensão...


E vamos para a mão esquerda... a parte de cima... a palma da mão... cada dedo... o polegar... registrando todas as sensações... deixando a mão largada... relaxada...


Agora vá para o alto das suas costas, logo abaixo do pescoço... preste atenção em todas as sensações... vá percorrendo a coluna vertebral... examine as costas percorrendo de um lado para o outro... soltando os músculos em torno das omoplatas... deixando os ombros caírem um pouco à medida que a parte superior das costas e seu pescoço relaxam... registrando todas as sensações... soltando e suavizando os músculos... relaxando...


Vamos para a parte inferior das costas... sentindo todas as tensões... deixando os músculos se soltarem... relaxando...

E agora para o seu peito... percorrendo-o de um lado para o outro... do pescoço até o ventre... Ponha todo o ar para fora e depois inspire com força, mandando o ar para o ventre... sentindo o ventre subir e esticar... e expire completamente, fazendo o ventre relaxar... volte então à respiração normal...


Desça até a virilha e a região pélvica... examine as sensações... relaxe, livre-se das tensões... Vá para o lado direito do seu assento... para a coxa... registre o que sente aí... solte os músculos e relaxe... Desça até o joelho direito... observe as sensações na junta... relaxe e solte os músculos em torno do joelho...

Continue descendo pela barriga da perna direita até a canela... até o tornozelo... registrando as sensações... relaxando e suavizando os músculos... Agora o pé direito... com todos os seus ossos... sentindo a planta do pé... os lados... a parte de cima... cada dedo... livrando-se de toda a tensão... suavizando os músculos...


Suba agora até o lado esquerdo do seu assento e vá descendo pela coxa... percebendo todas as sensações dessa área... suavizando e relaxando os músculos...


Desça até o joelho esquerdo... perceba as sensações na junta... suavizando os músculos em torno do joelho... Continue descendo pela barriga da perna esquerda até a canela... até o tornozelo... registrando as sensações... suavizando e relaxando os músculos... Percorra o pé esquerdo... sinta o arco da planta do pé... os lados... a parte de cima do pé... cada dedo do pé... relaxando e suavizando todos os músculos...

E agora, com sua mente, percorra e examine todo o corpo... tome consciência dessa sensação de leveza e liberdade... dessa sensação de paz... de serenidade...


Se ainda encontrar algum ponto de tensão no seu corpo, solte e relaxe esses músculos...

Fique alguns momentos nesse estado de paz... de serenidade... de calma...

E, quando quiser, abra os olhos... e leve com você esse estado de atenção e relaxamento para viver o resto do seu dia...


Fonte:
Daniel Goleman
scribd

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Meditação: Meditar Respirando



Para fazer esta primeira meditação, procure uma posição confortável, mas não confortável demais, para não correr o risco de adormecer.

Desaperte o cinto e use roupas folgadas.

Não é preciso sentar-se numa posição de ioga para meditar: basta uma cadeira de espaldar reto e firme, ou qualquer lugar em que você possa sentar-se confortavelmente com as costas apoiadas.

Sente-se numa posição ereta, mas relaxada.

Mantenha a cabeça, o pescoço e a coluna vertebral alinhados, como se um grande balão de gás estivesse puxando sua cabeça para o alto.

Manter a cabeça ereta ajuda a mente a permanecer alerta, o que é uma condição essencial na meditação.

Feche os olhos e mantenha-os fechados até o final da meditação...

Muito bem, vamos começar...

Comece prestando atenção na sua respiração, no fluxo natural do ar que entra e sai por suas narinas, ou no seu ventre que sobe quando você inspira e desce quando expira.

Observe todas as sensações ligadas à sua respiração... o movimento do ar... o calor... tudo o que você sentir...

Não procure controlar a respiração... respire naturalmente prestando atenção ao ar que entra e sai...

Se a respiração estiver superficial, deixe-a ficar assim. Se ela for mais rápida ou mais lenta, deixe-a ficar do jeito que está... A própria respiração se regula...

Enquanto medita, você só precisa prestar atenção nela...

Quando você perceber que sua mente dispersou, traga-a suavemente de volta para a respiração.

Durante essa meditação, os pensamentos, os planos, as lembranças, os sons, as sensações, tudo o que for diferente da sua respiração será considerado uma distração.

Livre-se desses pensamentos.

Tudo o que vier à sua mente desviando a atenção da respiração é, a partir de agora, uma distração.

Não se preocupe nem se culpe se sua mente se distrair com outros pensamentos... isso é natural.

Cada vez que isso acontecer, basta trazer suavemente o foco da atenção para sua respiração...

Tente prestar atenção em cada respiração durante todo o tempo que ela durar: toda a ins- piração, toda a expiração...

Para ajudar sua mente a se concentrar na respiração, repita em silêncio uma palavra para cada inspiração e para cada expiração: se você se concentrar no ar que entra e sai das narinas diga em sua mente "dentro" para a inspiração e "fora" para a expiração.

Se a concentração estiver no movimento de seu ventre, diga em silêncio "subindo" para a inspiração e "descendo" para a expiração.

Faça com que essas palavras sejam como uma suave música de fundo em sua mente... um murmúrio bem leve...

Preste atenção no que você sente ao respirar, e não apenas na mera repetição das palavras.

Tome consciência de cada inspiração e de cada expiração...

Quando sua mente for ocupada por outros pensamentos, traga-a suavemente de volta para sua respiração...

Deixe a respiração seguir seu ritmo natural...

Se ela for superficial ou profunda, lenta ou rápida, não interfira em seu ritmo... basta prestar atenção nela... Observe toda a inspiração... toda a expiração... dentro... fora... subindo... descendo...

Mantenha sua atenção alerta... Dentro... fora... subindo... descendo...

Observe cada respiração... toda a respiração...

Cada vez que sua mente se afastar da respiração, traga-a suavemente de volta...

Agora, pare um pouco... observe seu corpo... veja como ele se sente... como você se sente...

Quando quiser, abra os olhos...


Fonte:
Daniel Goleman
scribd

Cérebro: Estudo científico sobre a Meditação

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Meditação: Propriedades Curativas



Em 1984, o Instituto Nacional de Saúde divulgou um relatório recomendando a meditação (além da redução de sal e uma dieta alimentar), antes da prescrição de remédios, como tratamento inicial para a hipertensão moderada.

Esse reconhecimento oficial foi importante para disseminar a meditação e outras técnicas de relaxamento como tratamento na medicina e na psicoterapia.

No início da década de 70, quando fiz a pesquisa para a minha dissertação sobre meditação e relaxamento como antídotos para o estresse, essa idéia era novidade.

Descobri que a meditação diminuía os níveis de ansiedade e apressava a recuperação de quem medita ante situações de estresse.

As aplicações clínicas para resolver os problemas decorrentes do estresse pareciam óbvias.

Eu não estava sozinho com as minhas descobertas.

A metade dos anos 70 presenciou uma inundação de pesquisas sobre a meditação, enfocando principalmente os seus benefícios para a saúde.

O rigor metodológico desses estudos era, falando honestamente, desigual.

Mas a força das descobertas era clara: a meditação era útil em muitos aspectos.

Por exemplo, a prática regular da meditação diminuía a freqüência de resfriados e dores de cabeça e reduzia a gravidade da hipertensão.

Apesar de essas aplicações médicas terem recebido alguma atenção, a maior receptividade partiu dos psicoterapeutas, que apontaram para muitos benefícios da meditação: um meio de os pacientes lidarem com a ansiedade sem o uso de medicamentos, de terem acesso a lembranças e sentimentos que estavam bloqueados, e como uma prescrição genérica para o tratamento de ampla variedade do estresse.

A meditação tornou-se o instrumento por excelência de controle do estresse e foi expressivamente divulgada em escolas, hospitais e empresas, juntamente com uma variedade de outras técnicas de relaxamento.

Meditação e relaxamento são coisas diferentes: em essência, a meditação é o esforço para reexercitar a atenção.

E isso que dá à meditação os efeitos incomparáveis de obtenção de conhecimentos, aumento da concentração e capacidade de relacionar-se com empatia.

A meditação é porém mais usada como uma técnica rápida e fácil de relaxamento.

Embora as raízes orientais da meditação fossem exóticas, tornou-se evidente para os pesquisadores que, em termos de seus efeitos metabólicos, ela tem muito em comum com as técnicas de relaxamento criadas no Ocidente, como o relaxamento progressivo e a bio-realimentação da tensão muscular do americano Edmund Jacobsen, e métodos europeus, como o treinamento autogênico.

A meditação difere de outras técnicas de relaxamento em seus componentes reflexivos, como Herbert Benson destacou em seu best-sellerThe Relaxion Response, mas uma de suas principais qualidades terapêuticas está na eficácia em levar a pessoa que medita a um estado de relaxamento bastante profundo.

Com o prosseguimento das pesquisas das técnicas de relaxamento como meio para se lidar com o estresse, sua eficácia tornou-se mais evidente.

As alterações neuroendócrinas conseguidas com um relaxamento intenso mostraram ser mais profundas do que imaginaram os primeiros pesquisadores, que viam as técnicas de relaxamento principalmente como um meio para aliviar a tensão muscular e a preocupação mental.

Investigações mais sofisticadas revelaram profundos efeitos do relaxamento em funções imunológicas e no âmbito de outras alterações, com aplicações clínicas específicas.

Janice Kiecolt-Glaser, por exemplo, verificou que os idosos internos de um asilo que usavam um exercício de relaxamento mostraram um aumento significativo em suas defesas imunológicas contra tumores e vírus.

Estudantes de medicina que usaram essas técnicas para combater o estresse dos exames revelaram níveis maiores de células auxiliares que protegem contra doenças infecciosas.

A descoberta dessas transformações explica os primeiros relatórios informando que a meditação, por exemplo, aumenta a resistência a gripes e resfriados.

Talvez o mais antigo e mais significativo interesse médico sobre o relaxamento tenha sido relativo à ajuda que ele presta ao combate de doenças cardíacas.

Pesquisadores que trabalharam com o Dr. Benson informaram que a meditação diminuía a resposta do corpo à norepinefrina, um hormônio que o organismo libera em reação ao estresse.

Apesar de a norepinefrina normalmente estimular o sistema cardiovascular, aumentando a pressão sanguínea, ela não produzia o mesmo efeito nas pessoas que costumavam meditar.

Em vez disso, elas mostraram uma diminuição na pressão sanguínea.

Essa reação é igual à dos betabloqueadores receitados para controlar a pressão sanguínea.

A utilização clínica do relaxamento para controlar a pressão alta, principalmente em casos moderados, tornou-se um tratamento comum, como registra o relatório do Instituto Nacional de Saúde.

Se praticada constantemente, em geral ela pode substituir a medicação ou diminuir o uso de remédios.

Em um estudo feito na Inglaterra, pacientes treinados nesse método revelaram baixas na pressão sanguínea quatro anos depois de terem encerrado o treinamento.

Os benefícios para pacientes com doenças cardíacas vão além do controle da pressão sanguínea.

Revelou-se que o relaxamento ajuda a aliviar as dores da angina e a arritmia e baixa os níveis de colesterol no sangue.

Dean Ornish mostrou que o relaxamento praticado regularmente aumenta o fluxo de sangue para o coração, diminuindo o perigo de uma isquemia.

Os diabéticos também podem se beneficiar com o relaxamento.

Richard Surwit descobriu que essa prática melhorou a regulagem de glicose em pacientes com diabetes adquirida na fase adulta.

Utilizando o relaxamento progressivo de Jacobsen com asmáticos, Paul Leher verificou uma diminuição das reações emocionais que geralmente precedem os ataques e uma melhora do fluxo de ar nas vias respiratórias obstruídas.

Para pacientes que sofrem dores, algumas formas de relaxamento oferecem uma perspectiva promissora.

Jon Kabat-Zinn verificou que a meditação consciente, junto com a ioga, reduziu a necessidade do uso de analgésicos e diminuiu a dor em quem sofria de problemas crônicos.

As causas do sofrimento iam desde dores nas costas e na cabeça (enxaqueca e tensão) aos vários casos vistos em clínicas da dor.

Quatro anos após o final do treinamento, os benefícios ainda se mantinham.

Todos os tipos de técnicas de relaxamento estão sendo usados por pacientes dos mais variados tipos, principalmente nos casos em que o estresse é a causa principal do problema - e existem pouquíssimos casos em que isso não ocorre.

Algumas das aplicações mais promissoras estão sendo vistas no combate aos efeitos colaterais da hemodiálise, da quimioterapia, das desordens gastrointestinais, da insônia, enfisema e doenças de pele.

O relaxamento também é usado amplamente como coadjuvante na psicoterapia, onde tem sido muito melhor aceito do que na medicina.

Entretanto, existem alguns problemas na aplicação dessas técnicas.

Algumas pessoas podem reagir ao relaxamento aumentando a tensão e até mesmo entrando em pânico.

Nesses casos, o relaxamento deve ser introduzido após uma preparação especial, ou simplesmente não deve ser usado.

Há outras situações nas quais a meditação pode não ser apropriada para um paciente.

Um esquizofrênico talvez piore o seu contato com a realidade, tornando-se excessivamente absorvido pelas realidades internas.

Quem se encontra em estados emocionais agudos talvez esteja demasiadamente agitado para iniciar uma meditação.

Obsessivos-compulsivos podem ficar excessivamente fechados a novas experiências para fazer a meditação, ou podem estar ansiosos demais para isso.

Uma tarefa que temos pela frente é separar as diferenças significativas entre as técnicas de relaxamento e de meditação em relação às pessoas e problemas para os quais podem ser usadas com mais eficácia.

Mas as pesquisas evidenciam com a maior clareza que esses métodos oferecem um poderoso meio de despertar a capacidade interior dos pacientes para que participem de sua própria cura.

Fonte:
A Arte da Meditação
Daniel Goleman
scribd