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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Poema Almas Perfumadas


Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver. 

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus. De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul. Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que alguns são invisíveis. Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e trocando o salto pelo chinelo. Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem não liga pra isso. Ao lado delas, pode ser abril, mas parece manhã de Natal do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do Papai Noel. 

Tem gente que tem cheiro das estrelas que Deus acendeu no céu e daquelas que conseguimos acender na Terra. Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível, a gente tem certeza. Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar feito de alegria. Recebendo um buquê de carinhos. Abraçando um filhote de urso panda. Tocando com os olhos os olhos da paz. Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que sua presença sopra no nosso coração. 

Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro. 

Costumo dizer que algumas almas são perfumadas, porque acredito que os sentimentos também têm cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia. Minha avó era alguém assim. Ela perfumou muitas vidas com sua luz e suas cores. A minha, foi uma delas. E o perfume era tão gostoso, tão branco, tão delicado, que ela mudou de frasco, mas ele continua vivo no coração de tudo o que ela amou. E tudo o que eu amar vai encontrar, de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus, que, numa temporada, se vestiu de Edith, para me falar de amor.

Por Ana Cláudia Saldanha Jácomo (Para minha avó Edith) 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Os principais frutos do cerrado brasileiro e seus benefícios à saúde


Quem já ouviu falar de pequi, mangaba, araticum, buriti ou curriola?

Estes nomes são designados às frutas nativas do cerrado brasileiro e quase desconhecidas pela maioria da população.

No entanto, tendem a fazer parte da rotina alimentar de consumidores que optam por uma alimentação saudável e com benefícios à saúde.


As fruteiras nativas ocupam lugar de destaque no ecossistema do cerrado e seus frutos já são comercializados em feiras da região e com grande aceitação popular.

Esses frutos apresentam sabores sui generis e elevados teores de açúcares, proteínas, vitaminas e sais minerais, podendo ser consumidos in natura ou na forma de sucos, licores, sorvetes, geleias, etc.

Hoje, existem mais de 58 espécies de frutas nativas do cerrado conhecidas e utilizadas pela população.


Detentoras de sabores e características exóticas, as frutas do cerrado vêm ultrapassando as fronteiras da fama local e ganhando consumidores pelo Brasil afora.

Atualmente, é possível encontrar produtos à base de tais frutos em aeroportos e comércio de grande parte do país.


Dentre as frutas conhecidas e estudadas, vale destacar o pequi, um fruto muito consumido e famoso na região como o ouro do cerrado. Além do sabor peculiar, tal fruto contém uma excelente quantidade de antioxidantes, as célebres substâncias que combatem os radicais livres.


Pequi: 'ouro' do cerrado rico em vitamina C


Uma das que mais aparecem no pequi é a vitamina C, mas o licopeno, composto que protege a próstata e o coração, não fica tão atrás. O pequi sempre fez parte da culinária e cozinhar no arroz ou no feijão são as maneiras mais tradicionais de preparo. Várias empresas já se especializaram em extrair o óleo, fazer doces, licores, xaropes e sabonetes com a planta.


Também vale destacar que trabalhos desenvolvidos no nosso laboratório com o baru, uma castanha muito consumida na região do cerrado mostraram uma quantidade de vitaminas e minerais significativas, com destaque para ferro, cobre, zinco, fósforo e magnésio, essenciais para o bom funcionamento e para as defesas do organismo.


Baru: suas nozes reduzem o coleterol "ruim" LDL

Esses estudos comprovam que as nozes do baru são indicadas na prevenção de doenças cardíacas e na redução do colesterol “ruim” LDL, por serem ricas em lipídios poli-insaturados, semelhantes ao azeite de oliva. Também apresenta relevantes fontes de sais minerais, fibras, vitaminas e óleos monoinsaturados benéficos à saúde, principalmente ao sistema cardiovascular.

Podemos ainda ressaltar outros frutos da região do cerrado tais como o buriti fonte de carotenoides, a cagaita e gabiroba pelo seu elevado teor de vitamina C, o araticum riquíssimo em antioxidantes e a mangaba pelo teor elevado de açúcares, entre outros.


O consumo das riquezas frutíferas nativas do cerrado foi de suma importância para a sobrevivência dos primeiros desbravadores e colonizadores da região.

Através da adaptação e do desenvolvimento de técnicas de beneficiamento dessas frutas, o homem elaborou verdadeiros tesouros culinários regionais, tais como licores, doces, geleias, mingaus, bolos, sucos, sorvetes e aperitivos. Possibilitando assim, que o país inteiro utilize as riquezas disponíveis nessa região.


Por muito pouco, porém, a riqueza de todas essas espécies não se perde antes mesmo de extrapolar os limites do cerrado.

Afinal, esse é o bioma brasileiro que mais tem sofrido com a ação destruidora do homem, de forma que estimativas otimistas dão conta de que hoje só 20% de sua área original estejam preservadas.

Isso quer dizer que dezenas de espécies frutíferas podem ter sido aniquiladas, sem que seja tomado conhecimento de seu gosto e de suas propriedades.


A dica, portanto, é desfrutar das riquezas que o nosso país apresenta e valorizar os frutos do cerrado!


Jocelem Salgado

Fonte:
via estelar

domingo, 9 de janeiro de 2011

Alimentação Consciente






Qualquer atividade pode ser meditativa, se você prestar total e cuidadosa atenção no que está fazendo.

Tome, por exemplo, um ato comum como o de se alimentar.

O método da alimentação consciente consiste em prestar cuidadosa e total atenção a cada aspecto da experiência.

Comece por se sentar imóvel, prestando atenção na sua respiração, observando a inspiração e a expiração.

Quando sentir que chegou a um estado de tranquilidade, comece a comer.

Procure comer muito lentamente, dividindo cada movimento, para que possa acompanhar cada nuance de sensação, som, sabor e gesto.

Por exemplo, ao colocar o alimento na boca, faça isso em uma velocidade que lhe permita observar o alongamento e a tensão dos músculos do braço e da mão, e a sensação da comida ou do garfo contra a pele.

Evite a tendência de preparar automaticamente a garfada seguinte enquanto não terminar de engolir o alimento que está na boca.

Explore a natureza visual e tátil do alimento que está comendo.

Se for um alimento que possa ser comido com a mão, sinta a sua textura contra as pontas dos dedos, observe a sua forma, cor e contorno.

Ele é duro ou mole? Áspero ou macio? Leve a comida lentamente até a boca.

Note o instante em que consegue sentir o seu cheiro pela primeira vez.

Se prestar atenção, vai notar que começou a salivar antes mesmo de ela chegar à sua boca.

Tome consciência do primeiro roçar do alimento em seus lábios.

A seguir, mastigue a comida lenta e deliberadamente.

Observe a sensação de seus dentes mordendo-a.

Registre o sabor, os sons, a infinidade de sensações criadas por cada mastigação.

Mastigue muitas vezes, até o alimento se tornar uma papa em sua boca, e só coloque mais comida no garfo depois de engolir.

Continue comendo com a mesma cuidadosa deliberação.

Mantenha a calma e a concentração durante todo o processo.

E..Bom Apetite!


Fonte:
Daniel Goleman
scribd