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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Love is my secret ingredient: Feliz Natal!






"Todo menino quer ser homem.
Todo homem quer ser rei.
Todo rei quer ser 'deus'.
Só Deus quis ser 'menino'."

Leonardo Boff


Feliz Natal!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O voar da borboleta...


Esta experiência é única. Nela ocorre algo que nunca poderemos esquecer e que não poderemos também explicar. [...] Em um itinerário espiritual, deve-se fazer desta experiência uma oportunidade de iniciação. Não considerá-la como algo que jamais se reproduzirá ou como uma graça maravilhosa que queremos que se repita a todo instante. Porque esta experiência é uma revelação de nossa natureza verdadeira.

[...] São momentos em que, efetivamente, a paz dura um pouco mais e onde, no interior de nossa mente, o silêncio torna-se algo real. [...] é preciso acolher estes momentos gratificantes com gratidão, mas, ao mesmo tempo, não se apegar a eles e não procura-los. [...] Porque, se nós nos apegamos a estes momentos, se quisermos reencontrá-los sem cessar, em lugar de nos ajudarem a avançar, eles nos param, nos bloqueiam, fazendo-nos entrar em uma espécie de complacência com eles. [...] A vida, porém, é uma grande mestra e se encarrega de tirar nossas ilusões.

[...] E o sinal de que a experiência numinosa realmente nos tocou é que não podemos mais viver da mesma maneira que antes. [...] Porque podemos ter tido experiências maravilhosas e magníficas, mas concretamente, em que elas mudaram as nossas vidas? O que mudou em nossa vida cotidiana? Dessa maneira, podemos ter necessidade de uma prática, de um método em nosso itinerário.

[...] ao final de um itinerário espiritual não sobra muito da imagem que se tinha de si mesmo no início do processo. É como se houvesse uma morte de si mesmo. Mas esta morte não é o fim. O que alguns chamam de morte da lagarta, outros chamam de nascimento da borboleta.

Fonte:
Jean-Yves Leloup em Terapeutas do Deserto (com Leonardo Boff, Editora Vozes, Petrópolis, 2002)


Músicas:
City Building (Johann Johannsson)
Agnus Dei (Samuel Barber)
Magnificat (Vladimir Godar)
Madrigals of The Rose (Harold Budd)
O Dulcissime Amator (Hildegard von Bingen)
Sketch Pad with Trumpet and Voice (Peter Gabriel)
Sven-G-Englar (Sigur Ros)
Sense of Touch (Mark Isham)
Taniec (Jacaszek)
Trois Coleurs: Rouge (Zgbiniew Preisner)
All Day (Jan Steele)
Saravejo (Max Richter)

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ecologia Ambiental Por Leonardo Boff





Esta primeira vertente se preocupa com o meio ambiente, para que não sofra excessiva desfiguração, com qualidade de vida e com a preservação das espécies em extinção.

Ela vê a natureza fora do ser humano e da sociedade.

Procura tecnologias novas, menos poluentes, privilegiando soluções técnicas.

Ela é importante porque procura corrigir os excessos da voracidade do projeto industrialista mundial, que implica sempre custos ecológicos altos.

Se não cuidarmos do planeta como um todo, podemos submetê-lo a graves riscos de destruição de partes da biosfera e, no seu termo, inviabilizar a própria vida no planeta.


Por Leonardo Boff

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Hora e a Vez da Ecologia Mental




No dia 2 de fevereiro de 2007 ao ouvir em Paris os resultados acerca do aquecimento global dados a conhecer pelo Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC) o então Presidente Jacques Chirac disse:

”Como nunca antes, temos que tomar a palavra revolução ao pé da letra. Se não o fizermos o futuro da Terra e da Humanidade é posto em risco”.

Outras vozes já antes, como a de Gorbachev e de Claude Levy Strauss pouco antes de morrer. advertiam: “Ou mudamos de valores civilizatórios ou a Terra poderá continuar sem nós”.


Esse é o ponto ocultado nos forums mundiais, especialmente o de Copenhague. Se for reconhecido abertamente, ele implica uma autocondenação do tipo de produção e de consumo com sua cultura mundialmente vigente.

Não basta que o IPCC diga que, em grande parte, o aquecimento agora irreversível é produzido pelos seres humanos.

Essa á uma generalização que esconde os verdadeiros culpados: são aqueles homens e mulheres que formularam, implantaram e globalizaram o modo de produção de bens materiais e os estilos de consumo que implicam depredação da natureza, clamorosa falta de solidariedade entre as atuais e as futuras gerações.


Pouco adianta gastar tempo e palavras para encontrar soluções técnicas e políticas para a diminuição dos níveis de gases de efeito estufa se mantivermos este tipo de civilização.

É como se uma voz dissesse: “pare de fumar, caso contrário vai morrer”; e outra dissesse o contrario: “continue fumando, pois ajuda a produção que ajuda criar empregos que ajudam garantir os salários que ajudam o consumo que ajuda aumentar o PIB”. E assim alegremente, como nos tempos do velho Noé, vamos ao encontro de um dilúvio pré-anunciado.


Não somos tão obtusos a ponto de dizer que não precisamos de política e de técnica. Precisamos muito delas.

Mas é ilusório pensar que nelas está a solução. Elas devem ser incorporadas dentro de um outro paradigma de civilização que não reproduza as perversidades atuais.

Por isso, não basta uma ecologia ambiental que vê o problema no ambiente e na Terra. Terra e ambiente não são o problema.

Nós é que somos o problema, o verdadeiro Satã da Terra quando deveríamos ser seu Anjo da Guarda. Então: importa fazer, consoante Chirac, uma revolução. Mas como fazer uma revolução sem revolucionários?


Estes precisam ser suscitados. E que falta nos faz um Paulo Freire ecológico! Ele sabiamente dizia algo que se aplica ao nosso caso:

”Não é a educação que vai mudar o mundo. A educação vai mudar as pessoas que vão mudar o mundo”.

Precisamos destas pessoas revolucionárias, caso contrario, preparemo-nos para o pior, porque o sistema imperante é totalmente alienado, estupificado, arrogante e cego diante de seus próprios defeitos. Ele é a treva e não a luz do túnel em que nos metemos.


É neste contexto que invocamos uma das quatro tendências da ecologia (ambiental, social, mental, integral): a ecologia mental. Ela trabalha com aquilo que perpassa a nossa mente e o nosso coração.

Qual é a visão de mundo que temos?

Que valores dão rumo à nossa vida?

Cultivamos uma dimensão espiritual?

Como nos devemos relacionar com os outros e com a natureza?

Que fazemos para conservar a vitalidade e a integridade de nossa Casa Comum, a Mãe Terra?


Não dá em poucas linhas traçar o desenho principal da ecologia mental, coisa que fizemos um inúmeras obras e vídeos.

O primeiro passo é assumir o legado dos astronautas que viram a Terra de fora da Terra e se deram conta de que Terra e Humanidade foram uma entidade única e inseparável e que ela é parcela de um todo cósmico.

O segundo, é saber que somos Terra que sente, pensa e ama, por isso homo (homem e mulher) vem de húmus (terra fecunda).

O terceiro que nossa missão no conjunto dos seres é de sermos os guardiães e os responsáveis pelo destino feliz ou trágico desta Terra, feita nossa Casa Comum.

O quarto é que junto com o capital natural que garante nossa bem estar material, deve vir o capital espiritual que assegura aqueles valores sem os quais não vivemos humanamente, como a boa-vontade, a cooperação, a compaixão, a tolerância, a justa medida, a contenção do desejo, o cuidado essencial e o amor.


Estes são alguns dos eixos que sustentam um novo ensaio civilizatório, amigo da vida, da natureza e da Terra. Ou aprendemos estas coisas pelo convencimento ou pelo padecimento. Este é o caminho que a história nos ensina.


Por Leonardo Boff

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ecologia Mental Por Leonardo Boff




A terceira, a Ecologia Mental, chamada também de ecologia profunda, sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos.

Mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquetípica.

Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza.

Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a Terra.

Eles se expressam por uma categoria: a nossa cultura antropocêntrica.

O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo.

Pensa que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano; eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer.

Esta estrutura quebra com a lei mais universal do universo: a solidariedade cósmica.

Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações.

Todos são importantes.

Não há isso de alguém ser rei/rainha e considerar-se independente sem precisar dos demais.

A moderna cosmologia nos ensina que tudo tem a ver com tudo em todos os momentos e em todas as circunstâncias.

O ser humano esquece esta realidade.

Afasta-se e se coloca sobre as coisas em vez de sentir-se junto e com elas, numa imensa comunidade planetária e cósmica.

Importa recuperarmos atitudes de respeito e veneração para com a Terra.

Isso somente se consegue se antes for resgatada a dimensão do feminino no homem e na mulher.

Pelo feminino o ser humano se abre ao cuidado, se sensibiliza pela profundidade misteriosa da vida e recupera sua capacidade de maravilhamento.

O feminino ajuda a resgatar a dimensão do sagrado.

O sagrado impõe sempre limites à manipulação do mundo, pois ele dá origem à veneração e ao respeito, fundamentais para a salvaguarda da Terra.

Cria a capacidade de re-ligar todas as coisas à sua fonte criadora que é o Criador e o Ordenador do universo.

Desta capacidade re-ligadora nascem todas as religiões.

Precisamos hoje revitalizar as religiões para que cumpram sua função religadora.

Por Leonardo Boff

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meditação da Luz Por Leonardo Boff



Meus artigos sobre a situação ecológica da Terra poderão ter suscitado nos leitores e nas leitoras não poucas angústias.

E é bom que assim seja, pois são as angústias que nos tiram da inércia, nos fazem pensar, ler, conversar, discutir e buscar novos caminhos.

A tranquilidade em tempos sombrios como os nossos se afigura como uma irresponsabilidade.

Cada um e todos devemos agir rápido e juntos porque tudo é urgente.

Temos que nos mobilizar para definir um novo rumo à nossa vida neste Planeta, caso quisermos continuar habitando nele.


Os tempos de abundância e comodidade pertencem ao passado.

O que está ocorrendo não é uma simples crise, mas uma irreversibilidade.

A Terra mudou de modo que não tem mais retorno e nós temos que mudar com ela.

Começou o tempo da consciência da finitude de todas as coisas, também daquilo que nos parecia mais perene: a persistência da vitalidade da Terra, o equilíbrio da biosfera e a imortalidade da espécie humana.

Todas estas realidades estão experimentando um processo de caos.

No início ele se apresenta destrutivo, deixando cair tudo que é acidental e meramente agregado, mas em seguida, se revela criativo, dando forma nova ao que é perene e essencial para a vida.


Até agora vivíamos sob a era do punho cerrado para dominar, subjugar e destruir.

Agora começa a era da mão estendida e aberta para se entrelaçar com outras mãos e, na colaboração e na solidariedade, construir “o bem viver comunitário” e o bem comum da Terra e da humanidade.

Adeus ao inveterado individualismo e bem-vinda a cooperação de todos com todos.


Como os astrofísicos e os cosmólogos nos asseguram, o universo está ainda em gênese, em processo de expansão e de auto-criação.

Há uma Energia de Fundo que subjaz a todos os eventos, sustenta cada ser e ordena todas as energias para frente e para cima rumo a formas cada vez mais complexas e conscientes.

Nós somos uma emergência criativa dela.


Ela está sempre em ação mas se mostra especialmente ativa em momentos de crise sistêmica quando se acumulam as forças para provocar rupturas e possibilitar saltos de qualidade.

É então que ocorrem as “emergências”: algo novo, ainda não existente mas contido nas virtualidades do Universo.


Estimo que estamos às portas de uma destas “emergências”: a noosfera (mentes e corações unidos), a fase planetária da consciência e a unificação da espécie humana, reunida na mesma Casa Comum, o planeta Terra.


Então, nos identificaremos como irmãos e irmãs que se sentam juntos à mesa, para conviver, comer, beber e desfrutar dos frutos da Mãe Terra, depois de haver trabalhado de forma cooperativa e respeitando a natureza.

Confirmaremos assim o que disse o filósofo do Princípio Esperança, Ernst Bloch:”o gênesis não está no começo mas no fim”.


Faço minhas as palavras do pai da ecologia norte-americana, o antropólogo das culturas e teólogo Thomas Berry: “Não nos faltarão nunca as energias necessárias para forjar o futuro.

Vivemos, na verdade, imersos num oceano de Energia, maior do que podemos imaginar. Esta Energia nos pertence, não pela via da dominação mas pela via da invocação”.


Temos que invocar esta Energia de Fundo.

Ela sempre está ai, disponível.

Basta abrir-se a ela com a disposição de acolhê-la e de fazer as transformações que ela inspira.


Pelo fato de ser uma Energia benfazeja e criadora, ela nos permite proclamar com o poeta Thiago de Mello, no meio dos impasses e das ameaças que pesam sobre nosso futuro: “Faz escuro, mas eu canto”. Sim, cantaremos o advento desta “emergência”nova para a Terra e para a humanidade.


Porque amamos as estrelas, não temos medo da noite escura.

Elas são inalcançáveis mas nos orientam.

Lá nas estrelas se encontra nossa origem, pois somos feitos do pó delas.

Elas nos guiarão e nos farão novamente brilhar.

Porque é para isso que emergimos neste Planeta: para brilhar.

Esse é o propósito do universo e o desígnio do Criador.


Fonte:
Meditação da Luz: o caminho da simplicidade
Leonardo Boff

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Para você que se esqueceu que a Mãe Terra está vibrando em ritmo mais acelerado...





Para você que se esqueceu que a Mãe Terra está vibrando em ritmo mais acelerado, segue abaixo o texto sobre a Ressonância Schumann, que explica porque o dia tem agora 16h e não 24h.

Programe-se para vibrar em sintonia com o Coração da Mãe Terra, pois só assim você vai conseguir dar conta da sua agenda pessoal em sintonia com a Agenda Cósmica ...

Não apenas as pessoas mais idosas, mas também as jovens passam pela experiência de que tudo está se acelerando excessivamente.

Ontem foi Carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal.

Esse sentimento é ilusório ou tem base real?

Pela Ressonância Schumann, se procura dar uma explicação.

O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós.

Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo.

Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida.

Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz.

Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa freqüência biológica natural.

Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam.

Mas, submetidos à ação de um simulador Schumann, recuperavam o equilíbrio e a saúde.

Por vários anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico.

Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz . Ao invés de 24h, o dia tem 16h .

O coração da Terra disparou.

Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros.

Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas.

Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.

Gaia, esse super-organismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural.

E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos.

Aqui abre-se espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra.

A tese recorrente entre grandes cientistas e biólogos é de que a Terra, efetivamente, é um super-organismo vivo, de que Terra e humanidade foram feitos para estar sempre em harmonia, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.

Nós, seres humanos, precisamos da Terra que nossa casa é, que amamos.

Porque?

Segundo a teoria de Schumann, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.


Leonardo Boff

Meu Comentário:
Nosso Lindo Planeta Azul é um Ser Vivo!
...Somos os habitantes dessa linda Espaço Nave Terra...
Então devemos ter sentimentos e pensamentos de Paz, Amor, Harmonia...
Para que esses Sentimentos e Pensamentos reverberem para o Equilíbrio!