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terça-feira, 23 de abril de 2019

Livre arbítrio x Neurociência






O livre-arbítrio, do ponto de vista da neurociência, pode parecer bastante singular. Em um estudo publicado esta semana na revista Scientific Reports, pesquisadores na Austrália foram capazes de prever as escolhas básicas que os participantes fizeram 11 segundos antes de declararem conscientemente suas decisões.

No estudo, 14 participantes - cada um colocado em uma máquina de ressonância magnética funcional - foram mostrados dois padrões, um de faixas horizontais vermelhas e uma de faixas verticais verdes. Eles receberam um máximo de 20 segundos para escolher entre eles. Uma vez que eles tomaram uma decisão, eles apertaram um botão e tiveram 10 segundos para visualizar o padrão o mais forte que podiam. Finalmente, eles foram perguntados “o que você imaginou?” E “quão vívido foi?” Eles responderam a essas perguntas pressionando os botões.

Usando o fMRI para monitorar a atividade cerebral e o aprendizado de máquina para analisar as neuroimagens, os pesquisadores foram capazes de prever que padrão os participantes escolheriam até 11 segundos antes de tomarem a decisão conscientemente. E eles foram capazes de prever quão vivamente os participantes poderiam imaginá-lo.

O principal autor do estudo, Joel Pearson, professor de neurociência cognitiva da Universidade de South Wales, na Austrália, disse que o estudo sugere que traços de pensamentos existem inconscientemente antes de se tornarem conscientes. "Acreditamos que quando nos defrontamos com a escolha entre duas ou mais opções do que pensar, traços não conscientes dos pensamentos já estão lá, um pouco como alucinações inconscientes", disse ele em um comunicado. . “À medida que a decisão sobre o que pensar é feita, as áreas executivas do cérebro escolhem o traço de pensamento que é mais forte. Em outras palavras, se qualquer atividade cerebral pré-existente corresponder a uma de suas escolhas, então seu cérebro estará mais propenso a escolher essa opção à medida que ela for impulsionada pela atividade cerebral pré-existente. ”

O trabalho tem implicações sobre como entendemos pensamentos incômodos: Pearson acredita que as descobertas explicam porque pensar em algo só leva a mais pensamentos sobre o assunto, pois cria “um feedback positivo”. O estudo também sugere que visualizações indesejadas, como aquelas experimentado com transtorno de estresse pós-traumático, começam como pensamentos inconscientes.

Embora este seja apenas um estudo, não é o primeiro a mostrar que os pensamentos podem ser previstos antes de serem conscientes. Como observam os pesquisadores, técnicas semelhantes foram capazes de prever as decisões motoras entre sete e 10 segundos antes de serem conscientes, e decisões abstratas de até quatro segundos antes de serem conscientes . Juntos, esses estudos mostram como entender como o cérebro complica nossa concepção de livre arbítrio.

Os neurocientistas há muito sabem que o cérebro se prepara para agir antes de você estar consciente, e há apenas alguns milissegundosentre o momento em que um pensamento é consciente e quando você o executa. Esses milissegundos nos dão uma chance de conscientemente rejeitar os impulsos inconscientes, parecendo formar uma fundação de livre-arbítrio.

A liberdade, no entanto, pode ser encenada tanto pelo eu inconsciente quanto pelo consciente - e há neurocientistas que afirmam que ser controlado por nosso próprio cérebro inconsciente dificilmente é uma afronta ao livre-arbítrio. Estudos mostrando que os neurocientistas podem prever nossas ações muito antes de estarmos conscientes deles não necessariamente negam o conceito de livre arbítrio, mas certamente complicam nossa concepção de nossas próprias mentes.





Fonte:





domingo, 25 de novembro de 2012

Cérebro: o papel dos Biofótons na mente


Estudos científicos evidenciam que as células e os neurônios produzem e negociam com biofótons. 

Vários trabalhos científicos demonstram que os neurônios emitem, conduzem e recebem fótons. 

Os biofótons e a capacidade de sincronização da mente. 

Nos últimos anos, um crescente número de trabalhos mostram evidências científicas do papel que os fótons tem no funcionamento básico dos neurônios e em geral das células do organismo humano. A maior parte desta evidência provem de produzir um “apagão de laboratório” e proceder ao cômputo de fótons que os neurônios produzem. 

A surpresa, para muitos cientistas, tem sido comprovar como a produção de luz era realizada pela maioria das células, enquanto gestionam suas funções no organismo. Mas, o que realmente tem sido uma verificação interessante é comprovar como a maioria das células utilizam a luz para se comunicar, existindo evidências nas plantas, nas bactérias e nos neurônios de que se comunicam pela transmissão de fótons. 

Os neurônios constituem um marco de estudo excepcional, já que a produção, transmissão e comunicação fotônica já têm sido verificada em diversos experimentos de laboratório. Os estudos concluem que a comunicação fotônica se realiza mediante os microtubos e que a produção de aminoácidos é crucial no processo de comunicação e coordenação das funções cerebrais e motrizes com o restante dos mecanismos do cérebro. 

Em busca da verificação da produção de biofótons e a comunicação celular biofotônica, corresponde analizar a capacidade de absorção de luz por parte dos tecidos e sua interação nos processos da ionogenomática. A verificação do experimento dos biofótons, implicaria a validação do modelo ionogenomático. 

Estudo: Emission of Biophotons and Neural Activity of the Brain

domingo, 28 de outubro de 2012

Saúde / Atenção: não se estresse! Entrevista com Dr. Cícero Coimbra



A Ciência admitia a idéia de que o estresse provocava apenas alterações funcionais no sistema nervoso, mas agora se sabe que ele dá origem a alterações estruturais e a processos degenerativos.


Nesta entrevista, Dr. Cícero Coimbra nos fala sobre a influência do estresse na destruição de neurônios, resultando nas doenças neurodegenerativas que habitualmente atribuímos à velhice, como Doença de Parkinson,  Alzheimer, doenças autoimunes, etc. 

Em contraposição, demonstra o papel da serenidade na produção de novos neurônios e consequente preservação ou cura da saúde do cérebro e dos tecidos nervosos. 

A gênese de neurônios feita pelas células tronco cerebrais, que existe para repor neurônios perdidos, é propiciada pela tranquilidade emocional e bloqueada pelo estresse, pela ansiedade, depressão e sofrimento continuados, o que ocasiona inúmeras graves enfermidades. 

Em resumo, o estresse constante mata neurônios e impede que nasçam outros em substituição.

Idosos mais serenos são mais saudáveis e mais ativos. Esta atitude também contribui para manter a juventude do cérebro, porque estimula a produção de células. 

O cérebro, assim como um músculo, se desenvolve com exercício e se atrofia com a inércia.

Dr. Cícero também aborda a relação entre insuficiente luminosidade solar e incidência de doenças autoimunitárias. 

A luz solar sobre a pele produz vitamina D em grande quantidade, e esta impede que o próprio organismo se ataque a si mesmo (doença autoimune). Mas o estilo de vida moderno não expõe o corpo à luz solar em quantidade suficiente, o que eleva o índice de aparecimento dessas moléstias. O grau de virulência das moléstias depende da quantidade de vitamina de D presente no sangue.


A depressão também está associada a falta da luz solar e da vitamina D. A vitamina D não apenas controla a agressão do sistema imunológico contra nosso próprio organismo como também tem outros efeitos benéficos sobre o sistema nervoso.


Vamos aproveitar o nosso maravilhoso Sol !!!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Cérebro pode ‘desligar’ quando recebe informações negativas


Segundo recente estudo desenvolvido por psicólogos da Universidade de Bangor e publicado no periódico Journal of Neuroscience, o cérebro pode inconscientemente filtrar informações negativas. 

Com base em estudo anterior sobre a capacidade de leitura e interpretação em pessoas bilíngues, os pesquisadores descobriram que o cérebro realiza um processo similar a um desligamento quando se depara com uma palavra negativa, como guerra, desconforto etc... 

De acordo com o pesquisador Yan Jing Wu, o estudo foi desenvolvido objetivando desvendar as interações cerebrais inconscientes entre o processamento de informações emocionais e o acesso ao sistema de linguagem nativa e, com isso, fora descoberto o mecanismo que regula as emoções e que fundamentalmente processa os aspectos conscientes. 

“Nós acreditamos se tratar de um mecanismo de proteção”, aponta Guillaume Thierry, pesquisador do estudo, que complementa: “Nós sabemos que em um trauma, por exemplo, as pessoas se comportam diferentemente; Os processos conscientes superficiais são regulados por um complexo sistema emocional no cérebro e talvez esse mecanismo cerebral espontaneamente minimize o impacto negativo de conteúdos emocionais que pareçam perturbadores a nós, para prevenir a ansiedade ou o desconforto mental”

O estudo analisou chineses que falavam inglês e apresentou aos mesmos pares de palavras e seus significados, sendo que alguns desses pares estavam com suas traduções em mandarim. 

Embora nenhum processo consciente fora estabelecido, os sinais de atividade elétrica cerebral revelou que os participantes bilíngues estavam inconscientemente traduzindo as palavras, e tal atividade cerebral não ocorria quando as palavras em inglês possuíam significados negativos. 

Fonte: Universidade Bangor 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Memória x Neurociência


A memória ajuda a definir quem somos. Na verdade, nada é mais essencial para a identidade de uma pessoa do que o conjunto de experiências armazenadas em sua mente. E a facilidade com que ela acessa esse arquivo é vital para que possa interpretar o que está à sua volta e tomar decisões. Cada vez que a memória decai, e conforme a idade isso ocorre em maior ou menor grau, perde-se um pouco da interação com o mundo. Mas a ciência vem avançando no conhecimento dos mecanismos da memória e de como fazer para preservá-la. Pesquisas recentes permitem vislumbrar o dia em que será uma realidade a manipulação da memória humana. Isso já está sendo feito em animais. No ano passado, cientistas americanos e brasileiros mostraram ser possível apagar, em laboratório, certas lembranças adquiridas por cobaias. Melhor: tudo indica que as mesmas técnicas podem ser usadas também para conseguir o efeito inverso: ampliar a capacidade de reter fatos e experiências na mente. E, há duas semanas, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos Estados Unidos, detalharam como as proteínas estão relacionadas ao surgimento de lembranças nos neurônios. Como ocorreu com o DNA no século passado, os códigos fisiológicos que regulam a memória estão sendo decifrados.

"Estamos na transição de uma década voltada à investigação dos mistérios do funcionamento do cérebro para uma década dedicada à exploração de tratamentos para as disfunções cerebrais", escreveu o fisiologista Eric Kandel, prêmio Nobel de Medicina em 2000, em seu livro Em Busca da Memória – O Nascimento de uma Nova Ciência da Mente, publicado recentemente no Brasil pela editora Companhia das Letras (veja entrevista abaixo). A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados Unidos, nada menos que um quinto do financiamento em pesquisas médicas do governo federal vai para as tentativas de compreender os mecanismos do cérebro. Os estudos sobre a memória têm um lugar destacado nesse esforço científico. Afinal de contas, mantê-la em perfeito funcionamento tornou-se uma preocupação central nas sociedades modernas, em que dois fenômenos a desafiam: o primeiro é a exposição a uma carga diária excessiva de informações, que o cérebro precisa processar, selecionar e, se relevantes, reter para uso futuro; o segundo é o aumento da expectativa de vida, que se traduz em uma população mais vulnerável à doença de Alzheimer e a outros distúrbios associados à perda de memória.

O cérebro humano pesa, em média, 1,4 quilo e tem 100 bilhões de neurônios, que se comunicam por sinapses – estruturas por meio das quais as células cerebrais se conectam, transmitindo informações na forma de sinais químicos e elétricos. Existem trilhões de sinapses. Cada vez que o córtex cerebral recebe os dados sensoriais de uma nova experiência (um jantar, uma visita a um museu, uma situação de perigo), as sinapses formam certos padrões de comunicação entre os neurônios de diferentes áreas. Algumas redes de células organizam, então, tais informações, comparando-as a outras lembranças já existentes no cérebro, e, conforme a força e o padrão das sinapses, selecionam o que vai ser esquecido ou o que vai permanecer guardado por mais tempo. Quando uma pessoa entra em um restaurante, por exemplo, tem contato com uma infinidade de dados: o rosto do garçom, a cor das paredes, o aroma dos pratos, a conversa na mesa ao lado, o gosto da comida e a textura do guardanapo. A maior parte desses detalhes é apagada da lembrança tão logo se pisa na rua. Mas há aqueles registros que permanecerão por dias, meses e até anos – muitos de maneira inconsciente. O sabor da comida, por exemplo, quando novamente experimentado, pode inundar a cabeça do indivíduo com lembranças da primeira visita àquele restaurante. A maneira como uma memória é recuperada do arquivo mental e as emoções associadas a ela determinam a sua durabilidade. Todo esse processo, aparentemente óbvio quando se parte da simples observação do comportamento humano, agora está sendo desvendado do ponto de vista bioquímico.

A façanha dos pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara foi verificar como a destruição e a produção de proteínas no interior das células nervosas criam novas lembranças e modificam as já existentes. "O estudo confirma a ideia de que não existe memória fixa, imutável", diz Rosalina Fonseca, neurocientista do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Portugal, e autora do trabalho que serviu de base para a descoberta dos americanos. O papel da degradação e da síntese de proteínas pode ser explicado com a seguinte analogia: a memória é como uma casa em constante reforma e as proteínas são os tijolos. Muitas vezes, uma parede precisa ser derrubada para que um novo cômodo seja construído. Manter o equilíbrio dessa obra sem fim – da qual participa também mais de uma centena de substâncias químicas, entre neurotransmissores, receptores e hormônios – pode ser a chave para a cura de muitas doenças psiquiátricas e neurológicas. "As principais promessas terapêuticas nessa área vêm dos avanços no conhecimento desses processos químicos e nas descobertas, igualmente recentes, sobre como regiões específicas do cérebro agem nas etapas de formação dos diferentes tipos de memória", diz o neurocientista americano Sam Wang, da Universidade Princeton, coautor do livro Bem-Vindo ao Seu Cérebro, publicado no Brasil pela editora Cultrix. De acordo com a classificação utilizada por Eric Kandel, a memorização, grosso modo, ocorre em dois estágios e divide-se em duas categorias principais. No que se refere aos estágios, a memória pode ser de curto prazo (lembrar-se da balada da noite anterior, por exemplo) ou de longo prazo (recordar-se de uma festa de anos atrás). As categorias são a explícita (também chamada de declarativa) e a implícita. A memória explícita geralmente pode ser descrita em palavras e é evocada de maneira consciente – como a lembrança do primeiro beijo. A memória implícita refere-se a conhecimentos, hábitos e habilidades que são evocados de maneira automática – entre as quais, entender o que está sendo dito nesta reportagem sem a necessidade de recorrer ao dicionário ou de analisar gramaticalmente cada uma de suas frases. A partir dessas classificações básicas, a memória pode ser dividida em vários outros subtipos (veja o quadro).

A habilidade para armazenar diferentes tipos de lembrança varia de pessoa para pessoa, seja por dom natural, seja por treino. Ambas as coisas contribuíram para que o ator Antonio Fagundes tenha excelente memória para palavras, o que lhe permite decorar textos com rapidez. Ele costuma ler as falas de uma cena de novela menos de dez minutos antes da gravação, enquanto a maioria dos seus colegas recebe os diálogos um dia antes. "Acredito que essa facilidade de memorização se explica também pelo fato de eu ser muito concentrado e por meu gosto pela leitura, o que faz com que eu assimile mais velozmente o significado dos textos", diz Fagundes. Em compensação, o ator apaga da lembrança dados inúteis, como o nome de personagens que ele interpretou. O esquecimento tem uma função vital para a mente: como a memorização é um processo desgastante para as células, não há por que gastar energia com informações irrelevantes. Lembrar-se de absolutamente tudo pode ser um tormento. A americana Jill Price, por exemplo, funcionária de uma escola judaica em Los Angeles, recorda-se em detalhes de todos os episódios de sua vida desde a puberdade. Essa capacidade a atrapalha enormemente no cotidiano. Como seu cérebro passa todo o tempo evocando situações do passado, tem dificuldade para se concentrar em uma tarefa do presente. A comprovação é que Jill nunca foi uma boa aluna. "Uma mente entulhada com memórias intrusivas, desimportantes, tem dificuldade de selecionar as informações e tomar decisões", diz a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os médicos que estudam Jill não têm uma explicação definitiva para essa característica. Sabe-se, no entanto, que alguns pacientes com uma memorização exagerada são dotados de anomalias cerebrais. O americano Kim Peek, morto no mês passado, tinha uma malformação que prejudicava suas habilidades motoras e seu raciocínio. Mas Peek, que inspirou o personagem de Dustin Hoffman no filme Rain Man, era capaz de ler duas páginas de um livro ao mesmo tempo, uma com cada olho, e depois mantinha um registro detalhado de tudo o que lera. Ele conhecia com precisão o conteúdo de 12 000 livros.

Um dos experimentos mais interessantes de manipulação da memória foi feito por um grupo de pesquisadores do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul. O coordenador do estudo, o neurofisiologista argentino Martín Cammarota, e seus colegas demonstraram ser possível apagar uma memória específica de um rato antes que ela se tornasse duradoura. Para isso, usaram uma droga que inibe a ação do neurotransmissor dopamina no hipocampo, uma estrutura do cérebro envolvida na formação de lembranças de longo prazo. Os pesquisadores também descobriram que uma área vizinha ao hipocampo, quando ativada doze horas depois de uma experiência, desencadeia o processo que levará à retenção daquela memória. Os resultados foram publicados no ano passado na Science, uma das revistas internacionais de maior prestígio no mundo científico. "Apesar de o experimento ter sido feito em ratos, podemos deduzir que também no cérebro humano há uma janela de algumas horas antes que a percepção de um fato persista na memória", diz Cammarota. Nesse intervalo, é possível modificar artificialmente a memória, tanto para inibi-la como para fortalecê-la. Ou seja, no futuro, em tese, uma vítima de estupro poderá tomar uma pílula algumas horas depois da violência que sofreu, a fim de evitar a permanência daquela lembrança traumática. Será preciso ponderar, no entanto, que isso levará ao esquecimento de tudo o que ocorreu na vida da pessoa durante metade de um dia ou mais. Outra aplicação possível é o desenvolvimento de tratamentos contra a dependência química, capazes de apagar o registro mental do prazer associado ao consumo de drogas.

A equipe do neurocientista americano Todd Sacktor, do SUNY Downstate Medical Center, de Nova York, descobriu, por sua vez, como cancelar memórias muito depois de elas terem sido armazenadas no cérebro. Sacktor provou que, ao bloquear a ação de uma proteína específica no cérebro de ratos, é possível apagar uma lembrança formada meses antes. O estudo permite antever o desenvolvimento de drogas que eliminam lembranças antigas indesejáveis. O desafio, mais uma vez, será conseguir fazer essa proeza sem apagar memórias úteis ou agradáveis. As pesquisas de Sacktor e do Centro de Memória, em Porto Alegre, também podem fornecer pistas para a invenção de remédios contra o esquecimento. Já existem medicamentos, como a ritalina, indicados para pacientes com distúrbios de atenção, que, quando usados por pessoas sem essa disfunção, têm efeito semelhante ao de um doping mental, ao incrementar a memorização. O inconveniente é que eles agem sobre os neurotransmissores de maneira indiscriminada e, como consequência, podem alterar o equilíbrio do cérebro em aspectos não vinculados à lembrança.

Um dos caminhos investigados pelos cientistas para deter as degenerações que resultam em perda mnemônica é induzir a produção de novos neurônios – a neurogênese. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que as células do cérebro não se regeneravam. Esse mito foi derrubado e hoje se sabe que, em algumas estruturas cerebrais, como o hipocampo, a área mais afetada pela doença de Alzheimer, o nascimento de células nervosas é um fenômeno comum. "Estudos com ratos mostram que, quando a produção de células no hipocampo é inibida, o aprendizado do animal diminui", diz o geneticista brasileiro Alysson Renato Muotri, da Universidade da Califórnia em San Diego, que pesquisa como as células-tronco podem ser manipuladas para se transformar em novos neurônios. O experimento indica que, se os cientistas conseguirem estimular de maneira controlada a neurogênese, poderão aplicar essa técnica tanto para compensar a morte de células causada por uma doença degenerativa como, em tese, para melhorar a capacidade de memorização de uma pessoa saudável. Esse será, certamente, um dia inesquecível.

Fonte: 
Revista Veja

domingo, 19 de agosto de 2012

O cérebro não diferencia imaginação de realidade



Estamos em constante contato com o mundo físico, grosseiro, com a sensação de estarmos separados dos objetos de nossa percepção. 

Nesse fenômeno de difícil solução, o problema difícil dos neurocientistas, necessitamos de uma ampliação de conceitos e contextos para seu esclarecimento. Há uma cisão entre sujeito e objeto na captação da realidade. Tudo aquilo que aparece em nossa percepção, captado pelos meus órgãos dos sentidos, encontra-se separado – nós conseguimos compartilhar as experiências com outros observadores devido a esse fenômeno. Esse processo de captação da realidade necessita de uma explicação baseada no que entendemos por consciência. Há vários neurocientistas que vem estudando a consciência como sendo um padrão de processos mentais, ou seja, um epifenômeno do cérebro. Essa visão é limitante e deixa as pesquisas estacionadas. 

A fisica quântica trouxe para a equação a presença do observador. Ela admite que todos os objetos do universo são ondas de possibilidades e portanto, não podem provocar seu próprio colapso de onda. Temos que admitir a existência de algo fora do sistema capaz de converter possibilidade em realidade e esse algo não material é a consciência. 

A consciência é capaz de intermediar esse colapso das ondas de possibilidades em fato manifesto deixando claro e livre de paradoxos que qualquer realidade ocorre em dois domínios: 
  • Possibilidades e 
  • Fato Manifesto.
Hoje, com o avanço da tecnologia de mapeamento cerebral, podemos estudar o cérebro de forma dinâmica. Isso trouxe uma importante consequência para as pesquisas da consciência. 

O cérebro não consegue diferenciar realidade de imaginação. Os mesmos processos de sinapses utilizada pelo cérebro durante a percepção de um objeto separado e externo é o mesmo processo de sinapses utilizados durante a imaginação desse mesmo objeto, agora apenas em nossa percepção interna, particular. Isso começa a proporcionar um embasamento científico para todas as terapias que lidam com o campo sutil, sejam elas oficializadas por órgãos competentes ou não. 

O fato de um grupo de pessoas apenas imaginar que estão aprendendo uma determinada habilidade comparada com outro grupo que realmente estão treinando mecanicamente esta habilidade, não mostrou nenhuma diferença significativa entre ambos. Esse conceito fez despertar, emergir o conceito da neuroplasticidade. A capacidade que todos temos de criar novos circuitos cerebrais para expressar novas habilidades de nossa consciência. 

Estimular a formação de novas sinapses em um processo denominado de sinaptogênese é feito a cada momento diante das inúmeras percepções que captamos do mundo exterior. Essas novas sinapses determinam novas redes neurais que por sua vez formarão novas memórias. Vejam a interligação entre percepção e memória. Percepção exige memória e memória exige percepção. Com certeza essa circularidade quer nos dizer alguma coisa e ter a consciência como epifenômeno do cérebro não ajudará na compreensão desse processo.

Meus amigos, em breve utilizarei esses conceitos para exemplificar como a terapia mente/corpo pode ser utilizada, trazendo uma expansão para o tratamento médico em busca de uma avaliação integral do ser humano.

Aqui está o raciocínio que permite o embasamento das diversas terapias mente/corpo disponíveis hoje. Acredito que em um futuro bem próximo a medicina oficial incorporará em suas práticas a opção da meditação, da contemplação, da oração, das atividades físicas relaxantes, das terapias energéticas além da abordagem alopática hoje em prática. O ser humano necessita de uma abordagem integral pois é um ser integral, constituído de intuições, pensamentos, sentimentos além da biologia molecular que o envolve.

COMUNICAÇÃO MENTE - CORPO

Como conversamos anteriormente no texto sobre Realidade e Imaginação, o cérebro não consegue diferenciar realidade de imaginação. Quando entramos em contato com o mundo externo, tornando real aquele momento em nossa percepção ocorre a cisão sujeito/objeto, ou seja, percebo a realidade-objeto separado da minha consciência ao mesmo tempo que guardo a sensação de ser o sujeito observando. Estamos a todo instante mensurando as coisas ao nosso redor. A consciência utiliza a interface cerebral a disposição para identificar-se com o cérebro em cada mensuração quântica realizada. Estímulos diversos chegam ao cérebro dando oportunidade para co-criarmos a realidade. Esses estímulos necessitam da luz refletida sobre os objetos para que haja a percepção do mesmo armazenando-os para posterior aprendizado, ou seja, a memória. Há uma região cerebral, determinada pelas avaliações dinâmicas de mapeamento cerebral, denominada hipocampo com plena atividade nesse processo. Essa área do hipocampo recebe as primeiras impressões dos estímulos externos e guarda uma interconexão bem próxima com o córtex cerebral responsável pelas atividades somestésicas e motoras, que determinam nossas ações.

As informações advindas das diversas interações sociais que o ser humano vivência em seu dia a dia alimentam o córtex cerebral e o hipocampo. Uma palavra mal interpretada, uma dúvida sobre sua conduta pessoal, um vizinho que chega e não lhe cumprimenta, um chefe com extrema soberba disfere ordens e mais ordens, contas que chegam e dinheiro que falta para pagá-las, a indiferença das pessoas que o cercam, a violência verbal e não verbal do transito das cidades hodiernas, a impaciência dos transeuntes, as palavras e gestos impensados contra as pessoas que amamos diante de uma contrariedade, irritabilidade no comportamento diário, preocupações diversas no setor familiar como a educação dos filhos, ou seja, o viver de cada um de nós no dia a dia. 

Esses contatos e interações sociais alimentam nosso psiquismo e nosso cérebro. Todas essas impressões e vibrações vivenciadas pelo ser humano requer uma gama de energias que qualificam cada experiência. Nossas células nervosas estimuladas por todo esse conteúdo vibracional dessas experiências fazem tocar um acorde específico em nosso corpo, utilizando-se de moléculas especificas chamadas de substâncias informacionais: hormônios, neurotransmissores, peptídeos, etc. Essas substâncias, por sua vez, estimulam o núcleo da célula a produzirem, por intermédio do DNA, o RNA mensageiro que irá até o citoplasma para sintetizar a proteína especifica para a finalidade em questão. Chegamos assim em uma comunicação entre mente-corpo-gene.

O estímulo percorre então este percurso estabelecendo uma comunicação entre mente e cérebro (mente-cérebro), depois continua a comunicação entre cérebro e corpo (cérebro-corpo) que por fim chega à célula que se comunica com o gene (célula-gene). 

Os trabalhos de neurocientistas mostram que o tempo para o estímulo percorrer o percurso mente-cérebro, cérebro-corpo e célula-gene leva cerca de 120 minutos e que o tempo da informação percorrer célula-gene dura cerca de 20 minutos. Esse conhecimento é fantástico! A mente, através de nossos pensamentos, estimula o cérebro que se comunica com o corpo que atua na célula e chega nos genes estimulando-os a produzirem suas proteínas especificas para exercerem suas funções específicas.

Meditação, contemplação, oração, sono reparador, terapias energéticas, exercícios físicos relaxantes e até mesmo a medicina convencional ganham um novo aliado em busca da compreensão da saúde. Tranquilizar a mente, serenidade, calma, benevolência, caridade, gratidão, perdão, humildade, equilíbrio, fraternidade, indulgência, esperança, compreensão, valores diversos esquecidos ou adormecidos, irão fazer tocar um acorde diferente, onde essas informações, agora com um novo teor vibracional, chegarão até as células fazendo-as produzirem as proteínas adequadas para funções adequadas promovendo nossa saúde.

Precisamos estar atentos em nosso dia a dia para escolhermos a opção de sermos saudáveis.

Dizer não aos nossos hábitos e condicionamentos limitantes e limitados por nosso sistema de crenças dominado pelo nosso EGO. 

Despertar para a necessidade de transformação pessoal através de um processo de criatividade interna trará ao nível consciente novas possibilidades para a realidade co-criada de cada um de nós e essa transformação pessoal terá um efeito dominó, inicialmente em nós mesmos e nas pessoas que nos cercam e assim atingiremos o coletivo contagiando-os pela nossa transformação pessoal, em aceitando nossos sentimentos deslocados de nossa mente consciente e dando uma nova interpretação para os temas arquetipicos como a 
  • Verdade, 
  • Beleza, 
  • Bondade, 
  • Justiça, 
  • Abundância e 
  • Amor. 
Esses valores andam esquecidos ou adormecidos e devemos buscar esses temas constantemente para criar um novo contexto e, por consequência, darmos novos significados de valor para a realidade que criamos para nós mesmos

Por Dr. Milton Moura

Fonte:
http://medicinaespiritual.blogspot.com.br/2012/06/o-cerebro-nao-diferencia-imaginacao-de.html


Observação: Texto publicado com autorização por e-mail do autor Dr. Milton Moura

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Sonhar... Sonho... Sonhos...


"Sonhar permite que cada um
e todos de nós sejamos loucos,
silenciosamente e com segurança,
cada noite de nossas vidas."

William C. Dement 
(Pesquisador de sono e sonhos)

Ao longo de sua história, a humanidade tenta entender o significado dos sonhos. Desta questão cuidaram os filósofos, místicos e cientistas, chegando eles às mais diferentes respostas. Diversas culturas antigas e mesmo muitas atuais, interpretam os sonhos como inspirações, sinais divinos, visões proféticas, fantasias sexuais, realidade alternativa, e diversas outras crenças, medos e conjecturas, dada a sua natureza intrigante e enigmática.

Em 1900, em seu livro "A Interpretação dos Sonhos", Sigmund Freud defendia a idéia de que os sonhos refletiam a experiência inconsciente. Ele teorizou que o pensamento durante o sono tende a ser primitivo ou regressivo e que os efeitos da repressão são reduzidos. Para ele, os desejos reprimidos, particularmente aqueles associados ao sexo e à hostilidade, eram liberados nos sonhos quando a consciência era diminuída.

Entretanto, naquela época, a fisiologia do sono e sonhos era desconhecida, restando a Freud apenas a sua interpretação psicoanalítica dos sonhos.

Somente na década dos 50, com a descoberta de que os movimentos rápidos dos olhos (o chamado sono REM, ou Rapid Eyes Movement sleep), eram frequentemente um indicativo de que o indivíduo estava sonhando, uma nova era da pesquisa sobre sonhos emerge, e alguns elementos da psicanálise tiveram que ser modificados ou abandonados.

Hoje sabemos que os sonhos são entendidos como parte do ciclo do sono determinado biologicamente. Diversas teorias tem sido descritas, baseadas em achados neurofisiológicos e comportamentais, seja através do registro de ondas cerebrais, seja por estudos com lesão e estimulação de estruturas no cérebro (de animais) que são acreditadas estarem envolvidas com os sonhos.

Por que o cérebro sonha?

De natureza muitas vezes bizarra, irreal e confusa, os sonhos são especulados por alguns estudiosos do sono e sonhos como sendo um meio pelo qual o cérebro se livra de informações desnecessárias ou erradas durante o período em que o indivíduo está acordado - um processo de "desaprendizagem" ou aprendizagem reversa, proposta por Francis Crick e Graeme Mitchison, em 1983. Estes pesquisadores postularam que o néocortex, uma complexa rede de associação neural, poderia se tornar carregado por grandes quantidades de informações recebidas. O neocórtex poderia desenvolver, então, pensamentos falsos ou "parasíticos", pensamentos estes que comprometeriam o armazenamento verdadeiro e ordenado da memória.

Isto explicaria porque as crianças, cujo ritmo de aprendizagem é intenso, apresentam mais sono REM que os adultos. Elas necessitariam, segundo esta ideia, esquecer as diversas associações erradas ou sem sentido que se formam durante a sua aprendizagem quando estão acordadas, favorecendo, desta forma, o armazenamento das associações ou informações que são verdadeiramente importantes.

Em linha semelhante de pensamento, outros estudiosos teorizaram que os sonhos consistem de associações e memórias eliciadas da parte frontal do cérebro, em resposta a sinais randômicos do tronco encefálico. Estes autores, sugeriram que os sonhos são o melhor "ajuste" que o cérebro frontal poderia fornecer a este bombardeamento randômico do tronco cerebral. Nesta proposição, os neurônios da ponte, via tálamo, ativariam várias áreas do córtex cerebral eliciando imagens bem conhecidas ou mesmo emoções, e o córtex então, tentaria sintetizar as imagens disparadas. O sonho "sintetizado" pode ser completamente bizarro e mesmo sem sentido porque ele está sendo desencadeado por uma atividade semi-randômica da ponte (veja Substrato Neural dos Sonhos).

William Dement nos chama a atenção para o fato de que cada um de nós somos "loucos", quando, ao sonhar, manifestamos as mais bizarras situações. Outros pesquisadores predizem que falhas na habilidade em processar o sono REM, podem causar fantasias, alucinação e obsessão. Outros ainda, afirmam que a falta de sonhos (de sono REM) induz psicoses alucinatórias e outros distúrbios mentais.

Com base em tais achados e teorias, podemos pensar que sonhos são mecanismos de defesa e adaptação, e a "loucura" manifestada durante este estado silencioso e inconsciente, parece ser necessária para que nos mantenhamos "sãos" durante o nosso agitado estado de consciência.

Nós precisamos sonhar?

Ainda não se sabe se precisamos sonhar ou não, mas é evidente que o corpo requer sono REM. Kelly argumenta que a privação de REM não causa psicoses, comportamentos bizarros, ansiedade ou irritabilidade, como foi afirmado por muitos pesquisadores, desde que ele observou que sujeitos privados do sono REM por um período de 16 dias não mostraram sinais de distúrbios patológicos sérios.

De acordo com o pesquisador, o efeito mais importante da privação de REM, é uma mudança dramática em padrões subsequentes quando o sujeito é permitido dormir sem interrupção. Um encurtamento do sono REM por várias noites, é seguido por início prematuro, longa duração e frequência aumentada de períodos REM. Quanto maior a privação, maior e mais amplo será o efeito REM. A existência de um mecanismo compensatório ativo para a recuperação de sono REM perdido ou suprimido sugere que o sono REM é fisiologicamente necessário.

Webb (1985) encontrou que perda de mais que 48 horas de sono tiveram pouco efeito sobre a precisão dos atos e tarefas de processamento cognitivo, enquanto que medidas de atenção foram afetadas. A performance pode ser devido mais a fatores motivacionais do que componentes cognitivos.

Lugaresi (1986) reporta um o caso de um homem que, gradualmente, começou a dormir menos e menos; ele apresentava inabilidade em se concentrar, falhas intelectuais, desorientação. Quando ele morreu, seu cérebro foi verificado e foi encontrado que ele tinha uma condição herdada que causou uma degeneração do tálamo.

Por que não Atuamos Durante os Sonhos?

Imagine que 'catástrofe' não seria, quando, ao dormirmos e sonharmos, não tivessemos mecanismos cerebrais que inibissem nossos movimentos e ação!

Quando estamos dormindo, nós possuímos um mecanismo adaptativo que nos protege de injúria contra nós mesmos e contra outras pessoas. Os mesmos mecanismos do tronco encefálico que controlam os processos do sono na parte frontal do cérebro, também inibem os neurônios motores espinhais, prevenindo assim, a atividade motora descendente, de expressar movimentos.

Sistemas que inibem o movimento durante o sono REM. 

A. No sono REM normal, a ponte inibe o feixe lateral motor. O resultado é uma paralisia completa. 

B. No sono REM sem paralisia (em casos de lesão ou tumor), as lesões quebram as conexões da ponte ao feixe locomotor lateral e centro medular. 

Tradução: Brain stem= tronco encefálico. Pons= Ponte. Medulla=Bulbo. Excitate= Excitam. Medullary Inhibitory Area= área Inibitória Medular. Muscles=Músculos.

No sono REM, a ponte é ativada, excitando a área inibitória medular por projeções (trato tegmento reticular), o qual conecta a ponte ao centro inibitório. O centro medular inibe os neurônios motores e promove a atonia (paralização dos movimentos).

O feixe locomotor lateral, abaixo da parte externa do tronco encefálico, exibe um importante papel na redução do drive motor. Ele é conectado às estruturas da medula espinhal. No sono REM, a ponte estimula a zona inibitória, desligando o feixe locomotor e impedindo a ação do movimento. 

Tradução: Cerebral Cortex= Córtex Cerebral. Thalamus= Tálamo. Pons= Ponte. Medulla= Bulbo. Tegmento-reticular tract= Trato tegmento-reticular. Motor neurons= Neurônios motores. Lateral Locomotor Strip= Feixe Locomotor Lateral

Pessoas que atuam durante seus sonhos, apresentam um raro distúrbio conhecido como Distúrbio do Sono REM. Estas pessoas frequentemente se injuriam a si próprias ou pessoas próximas a elas. A base para este distúrbio parece ser a desconecção de sistemas no tronco encefálico que medeiam a atonia (Bear e al).

Lesões experimentais em certas partes da ponte podem causar uma condição similar em gatos. Durante os períodos REM, eles parecem estar caçando camundongos, ou investigando intrusos invisíveis.

Neurobiologia dos Sonhos: Atividade Elétrica

As evidências neurofisiológicas indicam que o sono não se constitui apenas em uma espécie de repouso cerebral, mas também em estágios distintos de atividade neuronal.

Aproximadamente 90 minutos após o início do sono, várias mudanças fisiológicas abruptas podem ocorrer. O EEG se torna dessincronizado, mostrando baixa-voltagem, um padrão de atividade rápido, similar, mas não idêntico, àquele do estado de alerta. Como resultado, este estado de sono tem também sido chamado de sono paradoxal, sono ativo, e sono dessincronizado.


Os estágios básicos do sono, por convenção, são divididos em dois tipos principais: 



  • REM (Rapid Eyes Movement, o sono dos sonhos) e 
  • Não REM (NREM). 



Estes dois tipos são geralmente quebrados em cinco estágios: um, dois, três, quatro e REM. Em cada estágio, as ondas cerebrais se tornam progressivamente maiores e mais lentas, e o sono se torna mais profundo. Após alcançar o estágio 4, o período mais profundo, o padrão se reverte e o sono se torna progressivamente mais leve até o sono REM, o período mais ativo, ocorrer.

Este ciclo ocorre tipicamente aproximadamente uma vez a cada 90 minutos. Aproximadamente 75% do sono total é gasto em sono não-REM. Uma boa noite de sono depende do equilíbrio apropriado destes componentes.

Quando o indivíduo torna-se sonolento, as ondas alfa e beta vão gradualmente cedendo espaço para outras ondas de baixa amplitude conhecidas como ondas teta (quatro a sete por segundo). No sono leve, as ondas teta predominam e há o aparecimento dos chamados fusos do sono (feixes de atividade elétrica sincronizada de 12 a 17 HZ).

À medida que as fases se sucedem, o sono torna-se cada vez mais profundo, e o indivíduo torna-se cada vez menos reativo aos estímulos sensoriais.

Electrophysiological Activity of Sleep

O que são "ondas" cerebrais?

No cérebro, a somatória da atividade elétrica de milhões de neurônios, principalmente no córtex, podem ser observadas no eletroencefalograma (EEG), um aparelho que registra a atividade elétrica das células do cérebro durante os diversos estados em que se encontra uma pessoa, desde a vigília até o sono profundo.

As células nervosas apresentam diferenças de potencial elétrico em relação ao líquido em que está mergulhada. Potencial de ação refere-se a uma breve flutuação de cargas elétricas na membrana do neurônio, causada pela rápida abertura e fechamento de canais iônicos dependentes de voltagem (fluxo de íons).

Potenciais de ação percorrem como ondas os axônios dos neurônios, para transferir informação de um lugar a outro no sistema nervoso. Uma onda pode ser de alta ou baixa amplitude (voltagem) e alta ou baixa frequência (regularidade).

Ondas beta (baixissima amplitude, alta frequência; 13 a 30 ondas/seg). Pessoa acordada e ativa (em estado de vigília). São as ondas mais rápidas e sinaliza um córtex ativo e intenso estado de atenção. Registro irregular (dessincronizado).

Ondas Alfa
(baixa amplitude, 8 a 13 ondas /seg) Pessoa acordada e relaxada, com os olhos fechados. Os neurônios estão disparando em tempos diferentes. Registro regular (sincronizado).

Ondas Teta
(baixa-média amplitude, spike-like waves; 3-7 ondas/seg) Pessoa sonolenta ou adormecida, sono de transição. It can be observed in hippocampus. Theta rythm is also oberved in REM sleep. Because the hippocampus is involved in memory processing, the presence of theta rythm during REM sleep in that region of the brain might be related to that activity.

Ondas Delta
(alta amplitude, baixa frequência; 3 ondas /seg) Pessoa em sono profundo. Os neurônios, os quais não estão engajados no processamento de informação, estão disparando todos ao mesmo tempo, portanto a atividade está sincronizada. As ondas são grandes e lentas.

Rem
60 a 70 ondas/seg. Maximal retraction of the pupil and nictating membrane accompany the volleys of ocular movements

Estágios do sono durante uma noite, dividido em ciclos.

Uma noite típica de sono consiste da repetição de 90 a 110 minutos do ciclo do sono REM e não-REM. O tempo gasto no sono REM é representado pela barra azul-clara. O primeiro período REM é geralmente curto (5 a 10 min), mas ele tende a aumentar nos ciclos sucessivos. Da mesma forma, os estágios 3 e 4 , os quais, juntos, são frequentemente chamados como "sono delta", é onde dominam o período de sono de ondas baixas no primeiro terço da noite, mas frequentemente são completamente ausentes durante os últimos ciclos ocorridos de manhã. (Baseado em Kelly).

O eletroencefalograma (EEG) mostra os padrões de atividade elétrica durante os diferentes estágios do sono. As ondas cerebrais de uma pessoa alerta e de uma pessoa com sono REM - Rapid Eye Movement (quando os sonhos ocorrem) são similares em frequência e amplitude. No sono não-REM (estágios 1, 2, 3 e 4), as ondas têm uma amplitude maior e uma frequência mais baixa, indicando que neurônios no cérebro estão disparando mais lentamente em um rítmo sincronizado.

Neurobiologia dos Sonhos: Mecanismos Neurais

A formação reticular do tronco endefálico. Em rosa: Parte da formação reticular do tronco encefálico cuja estimulação induz excitação. Vias sensoriais ascendem da medula espinhal e tronco encefálico para áreas somestésicas do córtex. A formação reticular contém projeções que influenciam o hipotálamo, e, ao nível do tálamo, diverge para distribuir impulsos difusamente através de todas as áreas do córtex. A formação reticular, recebendo impulsos sensoriais visuais, auditivos táteis, olfativos - suficientes do ambiente, estimula o córtex cerebral com impulsos ativadores que são necessários para alertá-lo. Lesão da formação reticular pode induzir ao estado de sono. (Modificado de Levingston, 1967). Nos animais superiores e no homem, a alternância dos estados de vigília e sono se dá em virtude da existência de estruturas nervosas especiais.

Rem sleep, o "sono dos sonhos", é completamente diferente do sono não-REM. O córtex neste estado é tão ativo quanto no estado de alerta. O córtex não é necessário para a produção de REM, mas certamente é requerido para a elaboração dos sonhos.

A atividade cerebral durante o sono REM começa na ponte, uma estrutura no tronco encefálico e regiões mesencefálicas circundantes. A ponte envia sinais aotálamo e ao córtex cerebral, o qual é responsável pela maioria dos processos do pensamento. Ela também envia sinais à medula espinhal para "desligar" neurônios motores ali localizados, causando uma paralisia temporária que previne o movimento.

Alguns pesquisadores usaram tomografia por emissão de pósitrons (PET) para estudar o estado cerebral associado com sono REM em humanos (Maquet et al, 1996 - da Internet). Os resultados mostram que o fluxo sanguíneo localizado está correlacionado com o sono REM nas seguintes estruturas:

tegmento pontino (fibras nervosas que são contínuas com a formação reticular da medula e mesencéfalo)


  • tálamo esquerdo (uma grande massa ovóide localizada no diencéfalo)
  • complexo amigdalóide (massa cinzenta situada na porção medial do lobo temporal)
  • córtex cingulado anterior (massa cinzenta localizada na margem medial do hemisfério cerebral)

Dado o papel do complexo amigdalóide na aquisição de memórias influenciadas emocionalmente, o padrão de atividade na amígdala e áreas corticais fornece uma base biológica para o processamento de alguns tipos de memória durante o sono REM.

Mecanismos Bioquímicos do Sono REM

Cientistas encontraram que a fase REM é estreitamente relacionada à atividade de certos grupos de células nervosas liberando substâncias químicas cerebrais que permitem a comunicação de um neurônio com outro. Pesquisas sobre estes grupos de células especializadas está ajudando cientistas a desenvolver tratamentos específicos com drogas para distúrbios do sono.

O cérebro tem várias coleções de neurônios, cada um usando um neurotransmissor particular e fazendo conexões difusas. Estas células executam funções regulatórias influenciando um grande número de neurônios pós-sinápticos na medula espinhal, tálamo, córtex cerebral, e assim por diante, tal que eles podem se tornar mais ou menos excitáveis.

Diferentes sistemas (tais como noradrenérgico, serotonérgico and colinérgico) parecem ser essenciais para o estado metabólico, motivação, controle motor, memória, etc.

Em seu artigo, Hobson (bear, 1996) escreveu que a mais surpreendente observação que ele e seus colaboradores fizeram, foi que o locus coeruleus noradrenérgico e os neurônios da rafe serotonérgicos "desligam" no sono REM. Este achado foi uma surpresa porque sempre se pensou o contrário. Para ele, estava claro que estes dois sistemas aminérgicos sustentavam o alerta e não o sono, como tinha sido teorizado. O sono REM poderia ser desencadeado por estimulação colinérgica da formação reticular.

*Atividade diferencial de subsistemas neuroquímicos do tronco encefálico no estado de alerta e no sono REM. As taxas de disparo dos dois grandes sistemas na parte superior do tronco encefálico, o locus ceruleus e o núcleo da rafe, "desligam" o sono REM, isto é, diminuem para quase nada durante o sono REM. Entretanto, existe um aumento de disparos de neurônios contendo acetilcolina na ponte, e algumas evidências sugerem que os neurônios colinérgicos induzem sono REM. É provavelmente a ação da acetilcolina durante o sono REM que promova uma ação do tálamo e do córtex muito similar àquela durante o estado de alerta (Bear44). Períodos REM são terminados quando a noradrenalina e a acetilcolina começam a disparar novamente.

Entendendo os Sonhos
Por Dra. Silvia Helena Cardoso
Psicobióloga, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado pela Universidade da Califórnia em Los Angeles. É professora convidada e pesquisadora associada do NIB/UNICAMP , editora-chefe e idealizadora da Revista "Cérebro e Mente".

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Cérebro: Lobos Frontais e Lobos Posteriores


É o órgão onde se radicam a sensibilidade consciente, a mobilidade voluntária e a inteligência; por este motivo é considerado como o centro nervoso mais importante de todo o sistema.


Apresenta um profundo sulco que chega até o corpo caloso e o divide em dois hemisférios simétricos (esquerdo e direito).


A córtex cerebral constitui o nível superior na organização hierárquica do sistema nervoso; se encontra repregada apresentando pregas ou circunvoluções e figuras ou canais.


O córtex cerebral não é homogêneo, encontrando-se diferenças na espessura total, nas das diferentes capas e na conformação celular fibrilar.

O Cérebro apresenta dois hemisférios: ambos têm reentrância e saliências (as cicunvoluções cerebrais)


O Cérebro contém os centros nervosos relacionados com os sentidos, a memória, o pensamento e a inteligência.


O Cérebro coordena também as ações voluntárias desenvolvidas pelo indivíduo, além de comandar atos inconscientes.

Observando a figura de um Cérebro, você vê que ele se divide em duas partes ou hemisférios cerebrais: um direito, outro esquerdo.


Repare também nas reentrâncias e saliências que o Cérebro apresenta: elas são denominadas circunvoluções cerebrais.

Estruturas dos Neurônios

Para explicar isso, divide-se o grupo de estruturas de neurônios, conhecido pelo nome de córtex, em quatro áreas altamente especializadas.


Cada uma destas áreas tem uma maneira de perceber, selecionar e processar as informações necessárias unicamente para cumprir sua tarefa específica.


Benziger desenha o Cérebro com forma oval e o divide (com uma linha vertical e outra horizontal que passam pelo centro) em quatro partes:

Lobo posterior esquerdo:


Especializado em desenvolver sequências e processos etapa por etapa.


É o especialista das rotinas.


Sempre que fazemos uma tarefa sequenciada é esta a parte que domina, por exemplo, ao fazer uma conta com muitos números, fabricar objetos ou prestar serviços.


Também é a parte que rotula e guarda as palavras.


O meio cientifico e industrial o explora ao máximo para produzir alimentos, casas, roupa e tudo que se relaciona a processos automatizados.


As pessoas que têm esta área como líder são detalhistas, organizadas, preferem os procedimentos sujeitos a regras bem definidas e são grandes produtores de bens ou serviços.

Lobo posterior direito:


É o especialista em perceber as relações harmônicas do mundo ao redor.


Isto é, percebe através dos sentidos as partes do mundo cujos dados são úteis para chegar à harmonia e criá-la quando não existe.


São as pessoas que, ao receber uma mensagem, percebem com maior facilidade o tom e os gestos do que as palavras que estão escutando.


Esta área lidera as pessoas solidárias, que criam laços de boa vontade, lealdade e confiança com sua família, seu grupo de amigos, seus companheiros de trabalho e a sociedade em geral.


São pessoas sensíveis e com alta noção de pertencer a um grupo.

Lobo frontal direito:


Percebe padrões e relações abstratas.


Por exemplo, ao ver um rosto, é a parte que desenha a caricatura.


E também é o grande especialista em detectar as "tendências".


Percebe mudanças e usa a imaginação para criar novas respostas, produtos, serviços ou estratégias.


Também é o responsável por gestos e a linguagem corporal.


Portanto, as pessoas que têm esta parte como líder gesticulam e precisam mover seu corpo quando estão falando.


São pessoas sensíveis, criativas, visionárias e inovadoras.

Lobo frontal esquerdo:


Tem maior habilidade para a análise lógica e é eficaz quando se trata de calcular, avaliar e diagnosticar porque "vê" a estrutura.


Isto é, é a parte que sustenta, estimula ou impede alguma coisa.


Portanto, sabe focalizar as metas e avaliar os resultados de uma ação.


São as pessoas que preferem falar apenas para comunicar alguma coisa: uma ordem, uma conclusão ou a pergunta exata.


As pessoas que têm esta área como líder não hesitam em tomar as decisões necessárias.


São lógicas, dirigentes natos, sabem negociar e debater.

Todos nós temos um Cérebro completo, isto é, utilizamos todas as nossas habilidades mentais.


Mas - e este é o grande avanço da ciência, segundo a Dra. Benziger - cada pessoa tem uma área de seu Cérebro que domina as outras três:


"A natureza dos químicos (os neurotransmissores) nos indica que há uma área do Cérebro que é mais eficiente, pois cada pessoa consome apenas 1% do oxigênio, a energia, quando utiliza sua área eficiente", afirma a Dra. Benziger.


Como você pode saber qual é a área líder do seu Cérebro?


Para a Dra. Benziger a resposta é muito simples: "ao usar suas habilidades ou preferências mentais você sorri porque está fazendo algo que lhe diverte e de que você gosta. É porque está trabalhando ou atuando de uma maneira que o faz profundamente feliz."

1) Seu Cérebro lhe envia constantemente "sinais" de mal-estar ou bem-estar quando se trata de suas emoções, seus pensamentos, sua capacidade criativa ou de desenvolvimento em geral.

2) Cada uma dessas quatro áreas tem uma maneira de perceber, selecionar e processar as informações necessárias para cumprir unicamente sua tarefa específica.

A camada externa do Cérebro, formada por uma substância cinzenta, denomina-se córtex cerebral.


A parte interna é formada pela substância branca.

O Cérebro é o principal órgão do sistema nervoso e o centro de controle de todo o corpo, tanto das ações voluntárias quanto das involuntárias.


É por isso que, mesmo se estiver dormindo, você respira e o coração bombeia sangue.


Tudo porque o grande capitão fica no comando dos controles dessa nave fascinante e complexa que é o seu corpo.


Ademais, quando você está acordado, cada vez que pensa, sente, se lembra de alguma coisa ou fala, é também seu Cérebro que está operando.


Ou seja, esteja você dormindo ou acordado, seu Cérebro se encarrega de que todos os sistemas de seu corpo funcionem normalmente.


Mas as pessoas não são apenas um corpo que subsiste, mas seres que participam num mundo de relacionamentos consigo mesmos e com o mundo ao redor.


Dentro desse mundo há muitas outras pessoas e outros elementos, aquilo que se chama a "realidade".


Isto é, fatores que abrangem tudo, do clima e meio geográfico aos padrões de comportamento social, de trabalho e econômico.

Para responder a todas essas exigências externas, o Cérebro humano trabalha para desenvolver habilidades e respostas eficientes.


É o grande aliado de cada um e o que nos ajuda a viver e a negociar com a realidade.

Neste sentido, há um elemento muito importante: seu Cérebro sempre atua procurando seu bem-estar e seu progresso pessoal.

Por exemplo, se você acaba de jogar uma partida de futebol, ou, depois de um longo dia de trabalho, se sente cansado, é seu Cérebro o encarregado de dar-lhe os sinais para que você faça tudo o que seu corpo necessita para recuperar as energias.


Você pode dormir, comer sua comida favorita ou sentar-se para ver um bom filme.


Depende de cada um.

Seu Cérebro está constantemente enviando-lhe "sinais" de mal-estar ou bem-estar quando se trata de suas emoções, seus pensamentos, sua capacidade criativa ou de crescimento em geral.


Já pode ter acontecido de você ficar de mau humor porque não gosta do seu trabalho.

Ou você se sente relaxado e feliz simplesmente porque está lendo um bom livro.


Isso também depende de cada pessoa, porque o aspecto mais maravilhoso do Cérebro humano é que ele foi projetado de tal forma que cada indivíduo tem certos talentos e habilidades que, de forma "natural", predominam sobre os outros.


À medida que você vai desenvolvendo esses talentos e habilidades você adquire mais chances de êxito. Portanto, seu êxito pessoal depende da capacidade que você desenvolve para "escutar" e aprender a identificar os sinais que seu Cérebro lhe envia.


Na medida em que suas decisões e suas ações estejam em sintonia com seus neurônios, mais cheia será sua vida.

Os avanços da neurociência nos últimos vinte anos permitem saber um pouco mais sobre o funcionamento do Cérebro humano, que é como uma máquina extremamente complexa dotada de um circuito de conexões entre distintos grupos de neurônios.

A doutora em psicologia Katherine Benziger é uma pesquisadora norte-americana de renome.


Ela sustenta que o Cérebro tem quatro famílias de habilidades ou de aptidões distintas.

Cada Cérebro possui todas as quatro, mas somente uma funciona como líder em cada indivíduo.

A Ponte ou protuberância


Localiza-se abaixo do Cérebro, diante do cerebelo e acima do bulbo. como o próprio nome indica, a ponte serve de passagem de impulsos nervosos que vão ao Cérebro.


A ponte está também relacionada com reflexos associados às emoções, como o riso e as lágrimas.

O Cérebro situa-se no interior da caixa craniana.


Possui mais de dez bilhões de neurônios e pesa menos do que 1,5 kg.


Regula muitas atividades inconscientes, como sonhar, por exemplo.


Ao mesmo tempo, destaca-se por regular atividades que requerem o máximo da consciência: aprender, pensar, criar, memorizar etc.