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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Vamos reverenciar 2012 para poder receber 2013


"Termina um ano e outro vai começar... 

É o período em que todos formulam votos para si mesmos, para a sua família, para os seus amigos, para o mundo inteiro. 

Há o costume de as pessoas se encontrarem, se abraçarem, se convidarem, esperando que esse novo ano traga a cada um toda a espécie de coisas boas.

Mas, antes de pensardes no novo ano, fixai-vos por um momento no ano que termina e dirigi-vos a ele... 
Isto surpreende-vos:

"Como assim? Falar com o ano?" 

Sim... 

A Cabala diz que um ano é um ser vivo, por isso deveis falar-lhe. 


Então, dirigi-vos a esse ano que se afasta e pedi-lhe que se recorde de vós. 

Uma vez que ele é vivo, não fica inativo... ele registrou não só os vossos atos, mas também os vossos desejos, os vossos sentimentos, os vossos pensamentos. 

No último dia do ano, ele faz o seu relato aos Senhores dos Destinos e liga-vos ao ano novo... 

Sabei, então, saudá-lo antes de o deixar ir..."

Omraam Mikhaël Aïvanhov

sábado, 17 de novembro de 2012

Tradições Nativas: a palavra


O saber sagrado das tradições nativas foi passado de geração em geração, através da tradição oral. 

Talvez seja por isso que esses povos respeitam tanto o dom da palavra ao reunirem-se em conselho em torno da grande fogueira para compartilhar seus ensinamentos e suas histórias. 

No nosso modo de ver, a palavra é um dom que vem direto do Grande Espírito. 

Por meio dela, nós temos o dom de criar. 

É através da palavra que nós manifestamos tudo. 

Independente da língua que falamos, nosso intento se manifesta por intermédio da palavra. 

Tudo que sonhamos, sentimos e o que somos é manifestado mediante a palavra. Ela não é simplesmente um som ou um símbolo escrito. 

A palavra é o poder que todos nós temos para comunicarmos, expressarmos e pensarmos, criando assim os eventos de nossa vida diária. 

A palavra é a mais poderosa de todas as ferramentas que nós possuímos. 

Através dela pode ser realizada a guerra ou selada a paz. 

Devemos ficar alerta para conhecer essa dualidade que existe no dom da palavra, dependendo de como ela é usada, ela pode nos libertar ou nos acorrentar. 

Não adianta termos esse conhecimento e não sabermos usa-lo com sabedoria. 

Devemos dizer apenas aquilo em que acreditamos, procurando usar este poder de nossa palavra na direção da verdade e do amor, como os grandes guerreiros dos povos-vermelhos sempre o fizeram. 

Dã Nãho! 



"Mistérios, mistérios do Caminho Sagrado que nos levam de volta a um mundo encantado, onde os sonhos fazem sentido, e os segredos se fazem expostos, onde a sabedoria de um povo antigo, ressurge límpida, lúcida e forte. Cá estamos, em meio ao despertar sagrado de cada dia do tempo eterno. Legal! Semana passada eu habitava o Pleno Vazio do Tempo Eterno." 
Guerreiro desconhecido (1999) 

"A Terra é a Mãe de todos e todos os homens deveriam ter direitos iguais para se nutrir d'Ela. Esperar que um homem nascido em liberdade possa aceitar ser confinado ou proibido de ir aonde quiser é tão impossível quanto esperar que os rios corram ao contrário." 
Joseph (1830-1904) Chefe da tribo Nez Percé 

"Eu sou o vento que viaja de uma direção para outra, carregando e distribuindo as sementes da vida. Feito a neve, as minhas sementes desaparecem na terra reaparecendo sob uma nova forma. Eu sou o grito do recém nascido que sente a primeira dor da separação. Eu sou o grito de toda a vida que alcança o mistério da verdadeira consciência. Eu sou o eterno. Agora da criação, eu Sou o Espaço através do qual viaja o tempo. Através de mim você experimenta os dons da reflexão, esperança, sabedoria e assim você poderá conhecer a si mesmo. Conhecer-se como Criador e criatura, menor que um grão de poeira e tão grande quanto o Deus que você louva." 
Chefe Archie Fire Lame Deer 

"Vocês devem ter notado que tudo o que o índio faz movimenta-se em círculo ou tem forma de círculo. O Poder do Mundo trabalha sempre de forma circular e tudo tende a ter a perfeição do círculo. O céu é redondo e a terra também, bem como as estrelas. O vento rodopia e os pássaros constroem seus ninhos de forma circular; as leis deles são semelhantes às nossas. Até mesmos as estações seguem uma grande roda nas suas mudanças, voltando sempre ao ponto de partida. A vida do homem é um círculo: de uma infância à outra. E assim é em tudo onde o poder se movimenta." 
Alce Negro (1863-1950) Xamã Oglala Sioux 

"No começo de tudo a sabedoria e o conhecimento pertenciam aos animais, pois o Criador não falava diretamente com os homens. O Grande Espírito tinha enviado certos animais para dizer aos homens que Ele se manifestava na luz do Sol e da Lua, na água e na terra, nas plantas e nos animais. E através disso tudo, o homem devia aprender, pois tudo falava sobre o Criador". Eagle Chief (séc. 19) Chefe dos Pawnee 

"A preparação para a cura requer um período especial de jejum, oração, renúncia, agradecimentos, sacrifício, exercícios devocionais. O propósito é vencer as paixões da carne e fortalecer o espírito. A abstinência e o rigor físico limpam o corpo e a concentração mental purifica a mente, alinhando assim a matéria e o espírito. Desta forma a mente individual pode entrar em contato com o poder de cura do Grande Espírito." 
Wooden Leg (séc. 19) Xamã Cheyenne 

"Quanto mais esperto o homem se julga, mais precisa de proteção divina para defender-se de si mesmo." 
Provérbio Sêneca 

"...tudo na terra tem um propósito, cada doença uma erva para curar , cada pessoa uma missão a cumprir. Esta é a concepção dos índios sobre a existência..." 
Christine Quintasket (índia Salish) 1888-1936 

"Os pensamentos são como flechas, uma vez lançadas alcançam o seu alvo. Seja cauteloso ou poderá um dia ser sua própria vítima." 
Provérbio Navajo 

"Quando compreendermos profundamente a verdade dos nossos corações saberemos louvar, amar e agradecer ao Grande Espírito." 
Provérbio Oglala Sioux 

"Lembre-se que seus filhos não são sua propriedade, eles foram apenas confiados à sua guarda pelo Grande Espírito." 
Provérbio Mohawk 

"Não julgue seu vizinho até andar duas luas nos mocassins dele." 
Provérbio Cheyenne 

"Não basta falar sobre a paz, é preciso pensar, sentir, agir e viver em paz." 
Provérbio Shenandoah 

"Que os meus inimigos sejam fortes e corajosos, para que ao ser vencido não me sinta envergonhado." 
Provérbio Cheyenne 

"Você deve viver sua vida do início até o fim, pois ninguém mais pode fazer isto por você." Provérbio Hopi 

"O que importa se uma vasilha é preta e outra é branca se os desenhos delas é perfeito e servem para a mesma finalidade?" 
Provérbio Hopi 

"Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar. Não ande na minha frente, talvez eu não queira seguí-lo. Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos." 
Provérbio Ute 

"As leis dos homens mudam de acordo com o seu conhecimento e compreensão. Apenas as leis do Espírito permanecem sempre as mesmas." 
Provérbio Crow 

"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuimos a pureza do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los? Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo. Cada ramo de pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto que zumbe são sagrados na memória e experiência do meu povo... Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem, todos pertencem à mesma família." 
Chefe Seattle 

"Soube que pretendem colocar-nos numa reserva perto das montanhas. Não quero ficar nela. Gosto de vagar pelas pradarias. Nelas me sinto livre e feliz; quando nos estabelecemos, ficamos pálidos e morremos. Pus de lado minha lança, o arco e o escudo, mas me sinto seguro na sua presença. Disse-lhes a verdade. Não tenho pequenas mentiras ocultas em mim, mas não sei como são os comissários. São francos quanto eu? Há muito tempo, esta terra pertencia aos nossos antepassados; mas quando subo o rio, vejo acampamentos de soldados em suas margens. Esses soldados cortam nossa madeira, matam nosso búfalo e, quando vejo isso, meu coração parece partir; fico triste... Será que o homem branco se tornou uma criança que mata sem se importar e não come o que matou? Quando os homens vermelhos matam a caça, é para que possam viver e não morrer de fome." 
Satanta, chefe dos Kiowas 

"Essa guerra não surgiu aqui em nossa terra; esta guerra foi trazida até nos pelos trilhos do Pai Grande que vieram tomar nossa terra sem pedir preço e que, em nossa terra, fizeram muitas coisas más. O Pai Grande e seus filhos culpam-nos por estes problemas... Nossa vontade era viver aqui, em nossa terra, pacificamente, e fazer o possível pelo bem-estar e prosperidade do nosso povo, mas o Pai Grande encheu-a de soldados que só pensavam na nossa morte. Alguns do nosso povo que saíram daqui de maneira a poder mudar alguma coisa, e outros que foram para o norte caçar, foram atacados por soldados do outro lado, e agora quando desejam voltar, os soldados se interpõem para impedi-los de voltar ao lar. Parece-me que há um caminho melhor que esse. Quando povos entram em choque, é melhor para ambos os lados reunirem-se sem armas e conversar sobre isso, e encontrar algum modo pacífico de resolver." 
Sinte-Galeshka (Cauda Pintada), dos Sioux Brulés 

"No princípio de todas as coisas, Tirawa, o Criador, deu a sabedoria e conhecimento aos animais. Ele enviou certos animais para contar aos homens os mistérios das estrelas, do sol e da lua. Para Tirawa todas as coisas no mundo são duais. Em nossas mentes nós somos dois, bom e mal. Com nossos olhos nós vemos duas coisas, coisas que são bonitas e coisas que são feias... Nós temos a mão direita que golpeia e traz mal, e nós temos a mão esquerda cheio de generosidade, e que sempre está mais próxima ao coração. Um pé pode nos conduzir a pelo mau caminho, o outro pé pode nos conduzir ao bom. Assim são todas as coisas." 
Letakos Lesa (Águia Noturna) Chefe Pawnne 

"De Wakan Tanka, o Grande Mistério, vem todo o poder. Por causa de Wakan Tanka é que o homem sagrado tem sabedoria e poder para curar e fazer feitiços sagrados. O homem sabe que todas as plantas que curam são dadas por Wakan Tanka; por isso elas são sagradas. Assim também o búfalo é sagrado, porque é um presente de Wakan Tanka. O Grande Mistério deu aos homens todas as coisas para comer, vestir e o bem-estar. E ao homem ele deu o conhecimento de como usar essas dádivas, como encontrar as plantas sagradas que curam, como caçar e cercar o búfalo, como conhecer a sabedoria. Pois tudo provém de Wakan Tanka, tudo. Ao Homem Sagrado é dado na juventude o conhecimento de que ele será sagrado. O Grande Mistério o faz saber disso. Por vezes, são os Espíritos que lhes falam. Os Espíritos não aparecem apenas em sonhos, mas também quando o homem está desperto. Quando um Espírito chega, pareceria como se um homem estivesse lá, mas quando este "homem" acabou de falar e se põe a andar de novo, ninguém pode ver onde ele vai. Assim são os Espíritos. Com os Espíritos, o Homem Sagrado pode dialogar intimamente e lhe ensinar coisas sagradas. O Homem Sagrado vai para uma tenda solitária e jejua e ora. Ou vai para a solidão das montanhas. Quando retorna aos homens, ele lhes conta e ensina o que o Grande Mistério lhe mandou falar. Ele aconselha, cura e faz feitiços sagrados para proteger as pessoas de todo mal. Grande é o seu poder e muito ele é reverenciado; seu lugar na tenda é de honra." 
Maza Blaska (Pedaço de Ferro Liso), Chefe Oglala Sioux 

"As tradições de nossas pessoas são passadas de pai para filho. Para ser Chefe é considerado que ele seja o mais instruído, o líder da tribo. Porém, o Xamã tem mais inspiração. É ele que está em comunhão com espíritos... Ele cura o doente com as suas mãos, preces, encantamentos e cantos divinos. Ele infunde vida nova no paciente, ao executar a sua prática mágica com o seu coração puro e imaculado..." 
Sarah Winnemucca (índia Paiute) 1844-1891 

"Todos os pássaros, até mesmo os da mesma espécie, não são semelhantes, e o mesmo ocorre com outros animais e com os seres humanos. A razão que o Grande Espírito não fez dois pássaros, ou animais, ou seres humanos idênticos é porque cada um foi colocado aqui por Wakan Tanka para ter uma individualidade independente e confiar em si mesmo." 
Atirador, dos Sioux Teton 

"Nós não queremos riquezas, só queremos criar direito nossas crianças. Riquezas não nos fariam bem nenhum bem. Nós não podemos leva-la conosco para o outro mundo. Nós não queremos riquezas. Nós queremos paz e amor." 
Mahpiua Luta (Nuvem Vermelha), Chefe dos Sioux Oglalas Teton 

"Tudo está ligado, como o sangue que une uma família. Todas as coisas estão ligadas. O que acontece a Terra recai sobre os filhos da Terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida. Ele é só um fio dentro dela. Tudo o que ele fizer à teia estará fazendo a si mesmo." 
Chefe Seattle (1856) 

"Você consegue experimentar o poder e não se perder no processo? Dizem que poucos completam sua jornada de iniciação... Muitos param ao longo do caminho e ficam satisfeitos e ser curandeiros. Tornam-se donos de si mesmos. E há os que caem na armadilha do poder. Perdem-se ao longo do caminho." 
Don Antonio Morales Baca (Paq'o Kero)1902-1985 

"Todos os homens e mulheres tem um futuro, mas poucos têm um destino". 
Provérbio Andino 

"Te digo estas coisas para que as saibas. Toma o que pode usar delas e deixe o resto para trás. Apanhe tudo do que necessitas e sai em uma jornada pela tua vida... Se estas perdido, olha o céu noturno, as estrelas que cantam te guiarão. Quando se sentir triste e sem forças, escuta o Tambor do Sonho dentro de ti que é o teu próprio coração, ali dentro se faz sua verdadeira visão... Não temas o fim da viagem, é somente o princípio de algo que é novo, de uma verdadeira e grande aventura! Viracoccha está no todo e no fim não há morte, somente uma troca de mundo... Quando eu me for, pensa em mim como pensarei em ti. Porque agora somos amigos e o seremos por um bom tempo. Busca-me nos sonhos em que sonhas. E saiba, amigo querido, que sempre será bem-vindo nos meus." 
Mama Julia Farfan (Curandeira Peruana) 

Fonte: site-lobodocerrado

terça-feira, 16 de outubro de 2012

...o pior destino que um homem pode ter...


O Amor nunca falha, 
e a vida não falhará enquanto houver Amor.

Seja qual for sua crença ou sua fé, 
busque primeiro o Amor.

Ele está aqui, existindo agora, neste momento.

O pior destino que um homem pode ter
é viver e morrer sozinho, 
sem amar e sem ser amado.

O poder da vontade não transforma o homem.
O tempo não transforma o homem.
O Amor transforma.

Henry Drummond

sábado, 29 de setembro de 2012

Micael / Micha'el / Mîkha'el / Miguel Arcanjo / Arcanjo Miguel



Jacó lutando com o Anjo (Rembrandt - 1659)
Atenção, abrir em uma nova janela. 


Micael (em hebraico: Micha'el ou Mîkha'el)

A tradição cristã do povo hebreu, 
venera, 
desde longa data, 
a seres divinos, 
enviados por Deus, 
denominados anjos ou arcanjos.
Entre eles Miguel ou Micael, cujo nome significa: Quem é como Deus? – na Comunidade de Cristãos preferimos esta última denominação, foneticamente mais próxima à forma original - nos é apresentado como o condutor das milícias celestes, empreendedor da luta contra as forças do mal (Ap 12, 1 - 12).
São poucas as passagens do Velho Testamento que diretamente o identificam pelo nome.
A tradição hebraica porém vê a Micael em muitos outros lugares onde os textos sagrados apenas mencionam a manifestação de um "Anjo do Senhor". 
Um exemplo encontramos no Gênesis 32, 25ss: O patriarca Jacó, ao regressar a sua terra natal, para recebê-la em herança pela primogenitura conquistada a seu irmão Esaú, enfrenta-se com um "homem" que lhe impede a passagem. Na luta Jacó percebe que se trata de um ser divino e não o solta até que ele (Micael) lhe concede a benção. Dádiva de dupla consequência : Jacó passa a se chamar Israel (e torna-se assim o fundador das doze tribos do povo judeu), mas ao mesmo tempo recebe um golpe no quadril que o deixa coxo. Ambos - nome e mutilação - marcam profundamente não só o destino do patriarca, como também de todo o povo: os filhos de Jacó passam a se chamar israelitas e desde então não comem o músculo da articulação da coxa de nenhum animal que abatem (Gn 32,33).
A história de Jacó pode ser entendida como uma imagem, como uma parábola sobre a maneira como Micael intervém no destino humano. A vida nos coloca frente a situações em que devemos vencer obstáculos, superar dificuldades. Invocamos a ajuda divina. Nem sempre, porém, estamos conscientes das possíveis consequências.
Certas decisões ou posicionamentos na vida exigem mudanças profundas. É necessário assumir um compromisso com as forças do alto que querem nos ajudar. "Israel" significa "aquele que luta com Deus", no sentido de lutar ao lado de Deus. O mundo espiritual quer ajudar ao homem nas "batalhas" que venha enfrentar, mas é o homem quem deve lutar.
Através de uma compreensão moderna do Cristianismo sentimos que não é ajuda quando alguém ou alguma força "resolve" nossos problemas e nós passivamente apenas observamos o acontecer dos fatos. 

Verdadeira ajuda é quando nós mesmo aprendemos a vencer dificuldades, sentindo em nosso interior a coragem para lutar. 

Micael quer ser o companheiro de batalha do ser humano, ajudando-nos a não esmorecer, a permanecer na peleja até o final. Ao mesmo tempo sabemos bem, que ao empreendermos algo, ao tomar decisões, ao assumir responsabilidades o destino nos impõe seus desafios. 

Os caminhos a trilhar não são fáceis. Adversidades ou desânimos podem nos fazer claudicar. Golpes e cicatrizes não são sinônimos de erros, ao contrário, muitas vezes são a confirmação do nosso próprio esforço. As marcas no corpo do guerreiro são a prova da luta.

Jacó, ao medir forças com Micael, torna-se um exemplo para o homem moderno: conquista o patriarcado de um povo com grande missão, mas a cada passo é lembrado do significado dessa conquista.


Por Pastor Renato Gomes / Botucatu (SP) Brasil

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

...crenças... pensamentos... palavras... ações... hábitos... valores...


"Suas crenças se tornam seus pensamentos.

Seus pensamentos se tornam suas palavras.

Suas palavras se tornam suas ações.

Suas ações se tornam seus hábitos.

Seus hábitos se tornam seus valores.

Seus valores se tornam o seu destino."


Mahatma Gandhi


Meu comentário:

Nossos pensamentos positivos são a base para uma vida feliz e saudável.

Os efeitos da nossa escolha entre viver com amor ou com medo afetam o nosso corpo e gravam essas memórias em nossas células.

Aprendermos a mudar as nossas mentes para crescermos e nos desenvolvermos é o segredo da vida!

Segredo?!

Eu disse....segredo?

Não... não há segredo...

Voce pode escolher viver com medo... ou com amor.

Há sempre duas possibilidades!

Quem escolhe o amor... vive com mais saúde.

Mas, quem escolhe o mundo escuro do medo tem muito mais problemas, pois se isola fisiologicamente tentando se proteger.

As nossas crenças... sejam elas positivas ou negativas... têm impacto não somente sobre nossa saúde... como também sobre outros aspectos de nossa vida.

As nossas crenças agem como filtro de uma câmera... e... nossa biologia se adapta a ela. Devemos e podemos modificar nossa mente.

Quando reconhecemos o poder de nossas crenças descobrimos a chave da liberdade!

domingo, 9 de setembro de 2012

...os pensamentos...



"Os pensamentos 
são as sementes latentes da ação. 

As verdadeiras ações 
são os atos da mente e não os do corpo.

Quanto menos pensamentos tiver 
maior será a sua força mental e sua concentração.

O seu destino 
é arquitetado pelos seus pensamentos.

Quem cultiva pensamentos bons, 
sublimes e divinos 
faz a si mesmo e também ao mundo, 
enorme bem.

Com maus pensamentos você polui o mundo."


Swami Vivekananda

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quase...


"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. 

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. 

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. 

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. 

A resposta eu sei decorada, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. 

Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. 

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. 

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. 

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. 

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. 

Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. 

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. 

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. 

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. 

Desconfie do destino e acredite em você. 

Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Sarah Westphal

sábado, 28 de julho de 2012

Poema Viagem


Viajantes somos desta longa estrada,
A vagar meio cegos e inconscientes,
Esquecemos, a muito, o local da partida,
Assim como, até, o ponto da chegada.

Só temos a ilusão de que a viagem é real,
Empoeirados estamos desta longa estrada,
A roupa agora já em andrajos, os pés feridos,
A alma em chagas, quem nos guia é o espírito.

Esquecidos, por certo, de missão e destino,
Distraídos pelas belas paisagens do entorno,
Desperdiçando o tempo, como se meninos,
Despreocupados, mas sentindo um vazio.

Relembrar, ainda que por instantes, as estrelas,
Procurar, através delas, perceber o sul e o norte,
Desapegar-se do aqui e do agora e concentrar-se,
Que o que importa é a viagem, mais que a sorte.


Márcio Filgueiras de Amorim

terça-feira, 17 de julho de 2012

Darma e Carma / Causa e Propósito do Destino


Sob o ponto de vista de quem atravessa um momento de sofrimento agudo em sua existência, nada pode ser mais inoportuno e desagradável do que alguém racionalizar ou tentar “explicar” as causas de sua dor com base em eventos passados nesta ou em alguma vida pregressa.

A racionalização em momento inoportuno, longe de causar alívio, pode até mesmo aumentar o sofrimento e a revolta do sofredor, por ver alguém racionalizando friamente sobre seu sofrimento, em um momento em que desejaria receber conforto, empatia e calor humano.

O Carma e o Darma (respectivamente, a causa e o propósito dos eventos) devem ser estudados sim, mas em situações prévias de estabilidade e de normalidade. Jamais devemos atormentar um sofredor com racionalizações e explicações em um momento de sofrimento intenso.

Mas não há dúvida de que esses temas são importantes e sua compreensão prévia pode auxiliar o sofredor na compreensão e na absorção de seu sofrimento.

A maior contribuição do pensamento oriental ao Ocidente foi a noção de carma como um encadeamento de causas pretéritas formando o cenário e as condições de nossa vida presente. A palavra carma já está definitivamente incorporada ao vernáculo de todas as nações ocidentais, e mesmo as pessoas que não se identificam com a filosofia oriental ou com o movimento espírita sabem o que significa essa palavra e falam fluentemente sobre o carma, embora de forma muitas vezes simplista e distorcida. O pensamento comum supõe que um carma seja uma espécie de operação aritmética de soma e subtração, quando, na verdade, é uma função integral ultracomplexa em que um conjunto de causas interagem holograficamente para gerar um efeito.

E há uma outra questão ainda mais complexa: O conceito de carma foi introduzido no Ocidente sem o conceito complementar e associado ao carma e que é o darma .

A única explicação para esse fato é que o darma constitui um conceito ainda mais complexo e sutil do que o próprio carma. A própria diversidade na tradução da palavra darma já é um indício dessa complexidade.

Há muitas traduções, sem que nenhuma delas consiga transmitir em sua plenitude o significado original do sânscrito dharma : retidão, dever, religião, evolução, conduta correta, preceitos, moral, ensinamento etc.

De fato, todas essas traduções são incompletas. Como princípio complementar ao carma, o darma pode ser compreendido como a linha de tendência que devemos seguir rumo à verdade, sendo essa linha de tendência resultante do alinhamento do nosso carma em uma determinada direção, que é o propósito e o rumo de nossa existência. O carma é composto por muitas linhas divergentes e conflitantes decorrentes das diversas ações harmônicas e desarmônicas que cometemos no passado.

A linha de tendência resultante de todas essas múltiplas ações apontam numa determinada direção e assume um determinado propósito alinhado com a ordem divina do universo e de nossa vida em particular. Essa direção é o Darma .

O darma é aquilo que os cristãos (particularmente os protestantes) costumam chamar de “O Plano de Deus para nossa vida”. Para atingirmos o nosso darma, temos de navegar nas “ondas” revoltas do carma, até que essas ondas estejam todas alinhadas e não exista mais diferença entre o carma e o darma. Quanto mais anulamos o nosso carma, mais tomamos consciência do nosso darma e mais alinhamos nossa vida com ele.

Todavia, mesmo a pessoa que está vivendo uma fase de turbulência existencial e intenso sofrimento, está trabalhando simultaneamente seu darma, com a diferença de que está navegando uma onda periférica e prioritária, ilusoriamente afastada do curso normal de sua existência, o que não é verdade se virmos o fato no plano espiritual. É como um motorista numa estrada que se afasta da via principal para trocar um pneu ou reabastecer o seu veículo. Logo que essa operação for concluída, ele retorna à via principal. Naquele momento específico de sua viagem, a operação de troca dos pneus ou de reabastecimento foi mais importante do que seguir o curso normal da viagem. Para quem não conhece seus reais objetivos, o afastamento da estrada pode parecer uma insanidade.

A grande dificuldade para se entender esse conceito é que, na vida real, nem mesmo o próprio viajante conhece os objetivos e os desvios de percurso. As coisas parecem simplesmente acontecer impulsionadas por uma força desconhecida.

O conhecimento do carma e do darma facilita a compreensão desse processo, mesmo com o desconhecimento das forças causais e das linhas de tendência futura, que estão operando a cada instante, mudando o panorama de nossa vida e trazendo novas situações agradáveis ou desagradáveis.

Está claro para todos que os eventos penosos que ocorrem em nossa vida constituem uma manifestação do carma, a colheita de causas passadas. A colheita dos frutos amargos, cujas sementes plantamos nesta ou em existências pretéritas.

O que não está tão claro é que o sofrimento tem também um propósito dármico, tem o objetivo de eliminar o carma e de direcionar a alma para determinada direção, produzir maior sensibilidade e empatia. Só na escola do sofrimento é possível desenvolver empatia com os que sofrem dores semelhantes às nossas. Os seres dotados desse tipo de empatia, caso não estejam sofrendo na situação presente, já sofreram dores atrozes no passado, tendo, através disso, adquirido a empatia de forma permanente.

Os grandes seres benfeitores da humanidade tem esse sentimento de empatia de forma permanente e em um grau extraordinariamente alto. Em função disso, sofrem intensamente todas as dores da humanidade. O sofrimento intenso e universalizado desses grandes seres é, todavia, neutralizado e equilibrado por uma sensação de êxtase advinda da percepção da unidade da vida e da percepção consciente de que o glorioso plano abrange todas essas distorções localizadas e particulares. Essa mescla de sentimentos e percepções faz com que os grandes avatares sintetizem o sofrimento e o êxtase em uma sensação unificada e fora da nossa compreensão, como se o sofrimento fosse o travo amargo de um vinho tinto saboroso. Diziam os antigos, com uma sabedoria que ultrapassa as próprias palavras: “O vinho é amargo, mas tem o sabor da vida”.

Fonte:
Sociedade Teosófica

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Vida


Para os erros há perdão;
para os fracassos, chance;
para os amores impossíveis, tempo...

Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e
acredite em você.

Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando
Porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

sábado, 26 de novembro de 2011

Advento: O arco-íris nas nuvens (Antroposofia)



Na época do advento é comum as nuvens se juntarem e aos poucos cobrirem o azul do céu. O vento fica mais forte, e depois que se torna uma verdadeira tempestade também vem à chuva. Mas sempre ainda existe a possibilidade da luz do sol aparecer. E quando nós, humanos, contemplamos o resultado do jogo da luz com a chuva, então vemos um arco-íris, o arco-íris que nos fala da força atuante da luz, mesmo quando há nuvens escuras. Na Antiguidade via-se o arco-íris sempre como uma dádiva dos deuses que suscitava esperança. Um arco-íris era, para os que avistavam, um bom presságio para o futuro.

Que a época em que vivemos pode ser considerada como tempestuosa, de há muito se tornou lugar-comum. A tempestade é, efetivamente, a imagem mais acertada para os acontecimentos histórico-universais do nosso século. Uma ventania que quer por tudo em movimento, ruge através dos destinos de homens e povos. Em toda parte acumulam-se nuvens, e na escuridão os homens têm dificuldades para ver e para entender o que se passa no mundo.

Tudo isso, no entanto, são sinais espirituais, sinais pelos quais podemos reconhecer a aproximação do reino de Deus e as mudanças que por isso acontecem no mundo. A volta de Cristo em nosso tempo acontece das nuvens espirituais, tal como a chuva vem do céu quando a terra dela necessita. E ninguém pode escapar da tempestade que acompanha essa chuva.

Mas para cada um, fica aberta a oportunidade de entender essa tempestade. Nós devemos os ser colocados em movimento, a fim de pensar, a fim de compreender. A tempestade que atua no destino de cada um, a chuva que atinge cada vida humana, falam da atuação do Cristo, da qual podemos assim nos conscientizar. É uma revelação do Logos universal, uma manifestação da palavra universal. A palavra universal, o Logos, aliás, se manifesta no íntimo do homem. Pois a palavra “Lógica” vem da palavra “Logos”. Na lógica humana, ou seja, em nosso puro pensar age sempre algo divino, o Logos de Deus. 

E para entender nosso destino por meio do empenho pensante, trazemos a luz do nosso pensamento para dentro da nossa consciência. Através desse empenho podemos iluminar os tempestuosos acontecimentos do nosso tempo com a luz da nossa faculdade de pensar. 

Então, em nossa consciência se encontram, vinda do exterior, a chuva da volta de cristo, e do interior, a luz do nosso pensamento. Com esse intercâmbio pode surgir em nós um arco de cores. Então vivenciamos um arco-íris de ordem mais elevada, um arco cujas cores luminosas nos dão força para estarmos á altura da nossa época. 

Do violeta recebemos a força para a devoção. 

No índigo achamos forças para sermos dignos das nossas verdadeiras tarefas. 

O azul nos proporciona a tranquilidade que em nosso tempo é indispensável. 

O verde nos ajuda a tornar-nos equilibrados. 

Amarelo e laranja querem derramar luz e calor em um mundo ameaçado pela frieza. 

Mas o vermelho nos dá o entusiasmo e a coragem para defrontar nosso destino e o destino do mundo, aceitá-los positivamente e transformá-los.

James H. Hindes

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

...o coração ...o amor ...a paz



A Natureza é minha Mãe.
O Universo é meu Caminho.
A Eternidade é meu Reino.
A Imortalidade é minha Vida.
A Mente é meu Lar.
O Coração é meu Templo.
A Verdade é meu Culto.
O Amor é minha Lei.
A Forma em sí é minha Manifestação.
A Consciência é meu Guia.
A Paz é meu Abrigo.
A Experiência é minha Escola.
O Obstáculo é minha Lição.
A Dificuldade é meu Estímulo.
A Alegria é meu Cântico.
A Dor é meu Aviso.
A Luz é minha Realização.
O Trabalho a minha Benção.
O Amigo é meu Companheiro.
O Adversário é meu Instrutor.
O Próximo é meu Irmão.
A Luta é minha Oportunidade.
O Passado a minha Advertência.
O Presente a minha Realidade.
O Futuro a minha Promessa.
O Equilíbrio é minha Atitude.
A Ordem é minha Senha.
A Beleza é meu Ideal.
A Perfeição é o meu Destino.

Chico Xavier / Emmanuel

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Prece por Ana Jácomo




Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando estou mansidão e ternura. Quando estou contemplação e respeito. Quando as palavras fluem, sem esforço algum, sem ensaio algum, articuladas e belas, do lugar em mim onde eu e ele nos encontramos e brincamos de roda. Quando nelas incluo as pessoas que têm nome e aquelas que desconheço existirem. E os meus amores. E os meus desafetos. E os bichos. E as plantas. E os mares. E as estrelas. E

Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando o medo me acompanha sem que a coragem se ausente. Quando as coisas seguem o seu rumo sem que eu me preocupe em demasia com o destino desse movimento. Quando eu me sinto conectada com o amor e reverente à vida. Quando as lágrimas nascem apenas de um alegre e comovido sentimento de gratidão. Quando caminho com a rara confiança que só as crianças que ainda não doem costumam experimentar, já que, infelizmente, algumas começam a doer muito cedo.

Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando sou capaz de pressentir o sol mesmo atravessando uma longa noite escura. Quando posso cruzar desertos com a clara convicção de que a vida não é feita somente deles. Quando consigo olhar para todas as experiências, sem que aquelas que me desconcertam me impeçam de valorizar as que me encantam. Quando as tristezas que repentinamente me encontram não atrapalham a certeza da sua impermanência.

Que Deus ouça as preces que lhe dirijo quando amanheço revigorada e anoiteço tranqüila. Quando consigo manter uma relação mais gentil com as lembranças difíceis que, às vezes, ainda me assombram. Quando posso desfrutar do contentamento mesmo sabendo que existem problemas que aguardam eu me entender com eles. Quando não peço nada além de força para prosseguir, por acreditar que, fortalecida, eu posso o que quiser, em Deus.

Mas eu desejo, profundamente, que Deus também ouça as preces que lhe dirijo quando eu não consigo elaborar prece alguma. Quando a dor é tão grande que minha fala não passa de um emaranhado de palavras confusas e desconexas que desenham um troço que nem eu entendo. Quando o medo me paralisa e perturba de tal forma que eu me encolho diante da vida feito um bicho acuado. Quando me enredo nas minhas emoções com tanta confusão que parece que aquele tempo não vai mais passar.

Que Deus ouça também as preces que lhe dirijo quando só consigo chorar e, mesmo depois de já ter chorado muito, tenho a sensação de ainda não ter chorado tudo. Quando me sinto exaurida e me entrego a esse cansaço completamente esquecida dos meus recursos. Há momentos em que a gente parece ignorar tudo o que pode nos ajudar a lidar melhor com os desafios. Há momentos, ainda, em que a gente se confunde sobre o local onde, de verdade, os desafios começam.

Que Deus ouça também as preces que lhe dirijo quando me parece que eu não acredito em mais nada. Quando sou incapaz de ver qualquer coisa além do foco onde coloco a minha dor. Quando não consigo articular meus pensamentos nem entrar em contato com alguma doçura que me faça lembrar das coisas que realmente nos movem. Quando não lhe dirijo nenhuma prece. Nem com palavras. Nem com um sorriso enternecido quando dou de cara com uma flor. Com um pôr-de-sol. Com uma criança. Com uma lua cheia. Com o cheiro do mar. Com o riso bom de um amigo. Que ele me ouça com o seu ouvido amoroso e me acolha no seu coração, porque é exatamente nesses momentos que eu não consigo ouvi-lo em mim.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

As tres Estrelas



O tema das Três Estrelas constitui a essência filosófica da Aura-Soma, o núcleo central do sistema. Considero-o de real importância na medida em que, através deste conhecimento, podemos ter acesso a todos os nossos potenciais criativos que são a expressão mais autêntica de nossa alma. Ao entrarmos conscientemente em sintonia com as qualidades irradiantes de nossa natureza fundamental e também a expressarmos, podemos obter as respostas àquelas três clássicas perguntas que fazemos quando chegamos a determinado ponto no caminho do autodesenvolvimento: 


"Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou?" 


Como resultado deste esclarecimento interno podemos contribuir de forma mais eficaz para o desenvolvimento e consequente evolução pessoal e do Planeta.


A Estrela da Terra

Todos nós possuímos, localizadas em nossos corpos sutis, o que se pode denominar de "Três Estrelas": 




  •   a Estrela da Alma, localizada na região do 8ª chacra, 10 a 20 centímetros acima da cabeça; 
  •   a Estrela da Encarnação, situada na região entre o 2º e o 3º chacras, e 
  •   a Estrela da Terra, localizada 10 a 20 centímetros abaixo dos pés, no chacra da terra. 



Estas estrelas contêm os registros passados, presentes e futuros de todos os seres que fomos, somos e seremos como consciências planetárias e terrestres.

A Estrela da Terra contém o registro de tudo o que vivenciamos e experimentamos por meio de uma consciência terrestre. Ela encerra o nosso destino na Terra para esta vida atual. Isto representa o que viemos cumprir e aperfeiçoar no contexto do carma e darma que geramos durante toda a nossa existência aqui neste planeta.

O primeiro passo rumo ao desenvolvimento de nós mesmos é através do contato com a energia vermelha. A consciência deve fixar-se na Terra, neste planeta que escolhemos encarnar e que também se estrutura, basicamente, através de uma consciência nuclear e de um corpo de luz e que deseja evoluir e tornar-se ele mesmo, uma estrela. Ao aprofundarmos a experiência na energia vermelha ativamos esta Estrela de forma a nos desenvolvermos e adquirirmos sabedoria no plano da Terra.

A energia vermelha está associada, principalmente, a questões de sobrevivência. É a energia que nos mantém vivos no sentido da preservação da própria vida, que impulsiona a perpetuação da espécie e que também está associada à paixão e à agressividade. Na medida em que nos aprofundamos na experiência terrena temos a oportunidade de elevarmo-nos um pouco acima, pelo despertar da energia rosa, que é o vermelho que, paulatinamente, vai se iluminando e tornando-se sutil. Esta energia traz a consciência do amor mais terno, delicado e desinteressado e a motivação elevada e altruísta, e não tão egoísta e autocentrada como a da energia vermelha, já que as questões de sobrevivência vão deixando de ocupar o primeiro plano.

Nesse processo de ancoração da consciência na terra permitimos que a energia rosa gradualmente se eleve e toque a Estrela da Encarnação e, então, o nosso destino começa a desenvolver-se permeado igualmente pela informação que começa a ser acessada da Estrela da Alma.



A Estrela da Encarnação

A Estrela da Encarnação é descrita como um resplandecente diamante situado no centro do nosso ser, na região dourada, onde a aura verdadeira é abrigada. A aura verdadeira é um campo de energia que envolve a célula primordial e que surge a partir de nossa concepção. No exato momento em que ocorre a fecundação do espermatozóide de nosso pai com o óvulo de nossa mãe, houve uma explosão de energia e nossa consciência foi atraída por uma Mandala constituída por uma estrela amarela de cinco pontas posta sobre um fundo azul. Este evento abriu caminho para a luz da Estrela da Encarnação. O azul e o amarelo da Mandala da Concepção combinam-se para dar origem ao rosa, energia sobre a qual se assenta a base filosófica da Aura-Soma.


A Estrela da Encarnação é preenchida pelas cores da aura verdadeira, que é a cor do raio da alma, e pela cor do raio da personalidade, que é formada a partir da combinação da linhagem genética de nossos pais. A combinação de ambas as cores revela a nossa potencial missão.

Há um holograma abrigado no meio desta Estrela que contém a informação de toda a nossa vida planetária e universal e de todos os seres que um dia fomos, somos e seremos. A informação nele contida só pode ser ativada por meio da energia magenta, que começa a fluir a partir do oitavo chacra, onde se localiza a Estrela da Alma. Este holograma, então, contém os registros akásicos da própria Estrela da Alma, que podem ser acessados a partir da Estrela da Encarnação, quando a energia magenta começa a fluir e se funde com a energia rosa e dourada desta Estrela.

A região onde está situada - entre o 2º e o 3º chacra, três dedos acima do umbigo, três dedos para dentro - é a área Dourada. A energia dourada representa a sabedoria que adquirimos ao longo da existência, o nosso verdadeiro Eu, o "ouro" que trouxemos e que viemos compartilhar. Podemos experimentar a serenidade e o equilíbrio a partir da sintonia com o âmago da consciência por meio da respiração consciente, levando o prana até esta área dourada. Para que esta Estrela seja ativada é necessário que resgatemos o amor incondicional por nós mesmos, que é o amor que independe de reconhecimento externo para ser sentido e exercitado, a principal ferramenta de que podemos lançar mão para liberarmo-nos do mecanismo de dependência de coisas externas para condicionar o nosso bem-estar interno. Neste processo de cultivar o amor interno e compartilhá-lo com o semelhante, começamos a ativar a Estrela da Encarnação e a acessar toda a sabedoria da alma contida nesta Estrela.

A energia do amor é a única energia motivadora da alma. Sem amor não há como contatarmos nossa verdadeira essência e sem entrarmos em contato com a alma, não podemos nos sintonizar com nosso verdadeiro propósito, isto é, aquele que está em sintonia com a própria alma.

Na medida em que esta Estrela é ativada a energia rosa sobe mais um pouco acionando a Esmeralda do Coração. Ao ativarmos a energia verde-esmeralda do chacra cardíaco, a sincronicidade pode começar a operar em nossas vidas e aquela sensação de estar no lugar certo, no momento certo e com as pessoas certas começa a se tornar realidade. Começamos a perceber que não há necessidade de fazermos qualquer esforço para obtermos o que desejamos, pois estamos no caminho certo, em sintonia com a nossa verdade. A permanência na consciência da unidade e beleza do coração somente ocorre quando passamos pela Estrela da Encarnação, como resultado do processo de individuação. No desabrochar deste processo começamos a permanecer mais neste espaço e compreender qual a nossa missão e a forma de desenvolvê-la.

A Estrela da Alma


A Estrela da Alma localiza-se acima de nossa cabeça, na região magenta ou 8º chacra. Na medida em que ativamos esta Estrela podemos ter acesso àquelas informações de todas as nossas existências nos mais diversos planetas, sistemas solares e galáxias, assim como acessarmos o potencial do ser plenamente realizado que viremos a ser. É o que se denomina de consciência monádica.

Ao ativarmos a Estrela da Alma e a energia magenta começamos a expressar o amor incondicional concreta e criativamente, e assim ativamos a energia turquesa através do chacra Ananda Khanda ou 4 1/2 chacra, localizado do lado direito do peito um pouco acima do chacra cardíaco. Este aspecto da consciência se traduz como a expressão criativa do coração ou do lado sentimental do ser e está associado ao processo de individuação, aquela etapa evolutiva da vida em que começamos a nos perguntar: "Quem Sou?" A energia turquesa está associada à inteligência emocional e a uma comunicação mais ampla que fala não só à mente mas aos sentimentos e à alma.

É a comunicação da sabedoria do espírito em sintonia com a sabedoria da alma, trazendo paz à comunicação interna. Neste momento passamos a ouvir e a comunicar a voz de nossa consciência superior acessada por meio da intuição. Tal energia também se relaciona com a disseminação da comunicação a exemplo da mídia e da internet e à tecnologia e ao uso dos cristais enquanto captadores, transformadores e doadores de energia. Esta é a cor da Nova Era, já que é a Era da Comunicação e também é a energia brincalhona e criativa dos golfinhos.

As Três Estrelas surgem simultaneamente no momento da concepção e as Estrelas da Alma e da Terra dão suporte ao desenvolvimento da Estrela da Encarnação. A energia amorosa estará sempre presente em todas as etapas de desenvolvimento da consciência, desde a ativação da Estrela da Terra, passando pela Estrela da Encarnação, Esmeralda do Coração, Ananda Khanda e finalmente a Estrela da Alma.

A consciência magenta é a consciência do amor divino e o amor colocado nas pequenas coisas do dia-a-dia. Também simboliza o desejo pela perfeição e harmonia. Na medida em que ativamos esta energia, ativamos mais ainda a Estrela da Encarnação e a Estrela da Terra, de forma que as três consciências ali contidas tornam-se uma só. Assim, as missões que desempenhamos como seres humanos, almas e mônadas também se harmonizam e se fundem o que significa que, neste estágio, nos tornamos seres plenamente realizados e passamos a funcionar como verdadeiros focos de consciência individualizada. Verdadeiros sóis radiantes e doadores de amor e sabedoria. Nesta fase temos a real possibilidade de sabermos quem somos, de onde viemos e para onde vamos, uma vez terminado o "estágio" na consciência deste plano de terceira dimensão.

No contexto de uma leitura de Aura-Soma pode-se considerar o potencial da Estrela da Encarnação através da análise da cor que aparece na porção inferior do primeiro frasco, a Estrela da Terra na parte superior do mesmo frasco e o potencial de expressão da Estrela da Alma como resultado da mistura das cores da porção superior e inferior do primeiro frasco.

O que a Aura-Soma pode oferecer de mais fantástico é a possibilidade da disseminação da luz.

Vocês já devem ter uma noção de que estamos todos conectados através de verdadeiras redes ou teias de energia. Isto significa que criamos laços energéticos com todos aqueles seres com os quais nos relacionamos (inclusive negativamente). Quando estamos trabalhando nossos campos energéticos - sede de todos os desequilíbrios que possamos ter - com os instrumentos que a Aura-Soma utiliza como matéria-prima, isto é, as ervas e plantas medicinais, essências das árvores, flores, cristais e gemas preciosas, óleos essenciais e energias dos reinos da cor e da luz, também estamos contribuindo para a evolução de todos aqueles que estão ligados a nós. Eles podem ser beneficiados através da ressonância energética, na medida em que as energias com as quais estamos trabalhando entram em sintonia com aquelas que precisam equilibrar. Isto significa que quando apenas uma pessoa está em processo terapêutico com os produtos essenciais e sutis da Aura-Soma, ela pode estar beneficiando um sem número de pessoas que estão ligadas a ela e que precisam de determinada energia para o seu bem-estar e equilíbrio.

Já pude constatar na prática a realidade desta afirmação, tanto em relação a pessoas a mim relacionadas - que energeticamente estavam sendo beneficiadas indiretamente pelo fato de eu estar usando os produtos em mim mesma - como o efeito da ressonância em mim de um óleo balanceado que uma pessoa a mim ligada estava usando. E tenho que lhes dizer de novo, isto é fantástico. Como uma amiga minha comentou após lhe ter contado este benefício, é uma terapia muito generosa... E não poderia ser diferente, tendo em vista que em todos os produtos da Aura-Soma a energia rosa, isto é, a do amor, está presente.
Estes elementos dos reinos mineral, vegetal e humano se combinam de muitas maneiras de forma a criar entre si verdadeiras chaves ou códigos de luz que ao entrar em ressonância com nossos corpos sutis liberam informações que os ajudam a "limpá-los" e a desbloqueá-los permitindo a passagem da luz. Tais códigos de energia também ajudam na liberação das informações contidas em nosso código genético ou DNA, propiciando que as 12 hélices das fitas do DNA possam ser ativadas de forma a proporcionar saltos quânticos em nossa consciência. Assim, nossa linhagem estelar pode começar a ser acessada e ativada de forma a alinhar nossos corpos de luz e a contribuir para que a vida planetária como um todo possa ascender. 


Fonte: Daniele Alvim