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quinta-feira, 1 de março de 2012
Glândula Pineal: relacionamento com outras dimensões
Frequentemente, a glândula pineal surge como o centro de nosso relacionamento com outras dimensões, e tem sido assim nas mais variadas correntes religiosas e místicas, há milhares de anos. O especialista no assunto, Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, conversou conosco sobre o assunto, mostrando os avanços da ciência no sentido de desvendar esse mistério. Paula Calloni de Souza
O mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal, ou epífise, é tida como a sede da alma. Para os praticantes do ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o "terceiro olho", que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês Renê Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que "existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente".
Atualmente, as pesquisas científicas parecem ter se voltado definitivamente para o estudo mais atento desta glândula. Estaria a humanidade próxima da comprovação científica da integração entre o corpo e a alma? Haveria um órgão responsável pela interação entre o homem e o mundo espiritual? Seria a mediunidade, de fato, um atributo biológico e não um conceito religioso, como postulou Allan Kardec?
Para responder a estas e outras perguntas, a revista Espiritismo e Ciência conversou com o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, Dr. Sérgio Felipe de Oliveira. Diretor-clínico do Instituto Pineal Mind, e diretor presidente da Amesp (Associação Médico-Espírita de São Paulo), Sérgio Felipe de Oliveira é um dos maiores pesquisadores na área de Psicobiofísica da USP, e vem ganhando destaque nos meios de comunicação com suas pesquisas acerca do papel da glândula pineal em fenômenos ligados à mediunidade.
O que é psicobiofísica?
É a ciência que integra a psicologia, a física e a biologia. Na biologia, estudamos o lobo frontal, responsável pela crítica da razão; mas o cérebro funciona eletricamente - aí entra a física, que serve de substrato para o pensamento crítico, que é o psicológico.
Quando surgiu seu interesse no aprofundamento do estudo da pineal?
Foi por volta de 1979/80, quando eu estava estudando a obra de André Luiz, psicografada por Chico Xavier. Em Missionários da Luz, a pineal é claramente citada. Nesta mesma época, eu já pleiteava o curso de Medicina. No colégio, estudando Filosofia, fiquei impressionado com a obra de Descartes, que dizia que a alma se ligava ao corpo pela pineal. Quando entrei na faculdade, corri atrás destas questões, do espiritual, da alma e de como isso se integra ao corpo.
O que é a glândula pineal, onde está localizada e qual a sua função no organismo?
A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? Captando as radiações do Sol e da Lua. A pineal obedece aos chamados Zeitbergers, os elementos externos que regem as noções de tempo. Por exemplo, o Sol é um Zeitberger que influencia a pineal, regendo 0 ciclo de sono e de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina. Isso dá ao organismo a referência de horário. Existe também o Zeitberger interno, que são os genes, trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa. Agora, o tempo é uma região do espaço. A dimensão espaço-tempo é a quarta dimensão. Então, a glândula que te dá a noção de tempo está em contato com a quarta dimensão. Faz sentido perguntarmos: "Será que a partir da quarta dimensão já existe vida espiritual?" Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, através do tempo. A pineal é a única estrutura do corpo que transpõe essa dimensão, que é capaz de captar informações que estão além dessa dimensão nossa. A afirmação de Descartes, do ponto em que a alma se liga ao corpo, tem uma lógica até na questão física, que é esta glândula que lida com a outra dimensão, e isso é um fato.
Outros animais possuem a epífise? Ela está relacionada à consciência?
Todos os animais têm essa glândula; ela os orienta nos processos migratórios, por exemplo, pois ela sintoniza o campo magnético. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, é um terceiro olho, literalmente.
Esta glândula seria resquício de algum órgão que está se atrofiando, ou estaria ligada a uma capacidade psíquica a ser desenvolvida?
Eu acredito que a pineal evoluiu de um órgão fotorreceptor para um órgão neuroendócrino. A pineal não explica integralmente o fenômeno mediúnico, como simplesmente os olhos não explicam a visão. Você pode ter os olhos perfeitos, mas não ter a área cerebral que interprete aquela imagem. É como um computador: você pode ter todos os programas em ordem, mas se a tela não funciona, você não vê nada. A pineal, no que diz respeito à mediunidade, capta o campo eletromagnético, impregnado de informações, como se fosse um telefone celular. Mas tudo isso tem que ser interpretado em áreas cerebrais, como por exemplo, o córtex frontal. Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A mediunidade está ligada a uma questão de senso-percepção.
Então, a ela não basta a existência da glândula pineal, mas sim, todo o cone que vai até o córtex frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade é uma função de senso (captar)-percepção (faz a crítica do que está acontecendo). Então, a mediunidade é uma função humana.
A pineal converte ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos? Isso é comprovado cientificamente?
Sim, isso é comprovado. Quem provou isso foram os cientistas Vollrath e Semm, que têm artigos publicados na revista científica Nature, de 1988.
A parapsicologia diz que estes campos eletromagnéticos podem afetar a mente humana. O Dr. Michael Persinger, da Laurentian University, no Canadá, fez experiências com um capacete que emite ondas eletromagnéticas nos lobos temporais. As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido "visões" e sentiram presenças espirituais. O Dr. Persinger atribui esses fenômenos à influência dessas ondas eletromagnéticas O que o senhor teria a dizer sob isso?
Veja, o espiritual age pelo campo eletromagnético. Então, dizer que este campo interfere no cérebro não contraria a hipótese de uma influência espiritual. Porque, se há uma interferência espiritual, esta se dá justamente pelo campo eletromagnético. Quando se fala do espiritual, em Deus, a interferência acontece na natureza pelas leis da própria natureza. Se o campo magnético interfere no cérebro, a espiritualidade interfere no cérebro pelo campo magnético. Uma coisa não anula a outra. Pelo contrário, complementam-se.
A mediunidade seria atributo biológico e não um conceito religioso? Existe uma controvérsia no meio cientifico a esse respeito?
A mediunidade é um atributo biológico, acredito, que acontece pelo funcionamento da pineal, que capta o campo eletromagnético, através do qual a espiritualidade interfere. Não só no espiritismo, mas em qualquer expressão de religiosidade, ativa se a mediunidade, que é uma ligação com o mundo espiritual.
Um hindu, um católico, um judeu ou um protestante que estiver fazendo uma prece, está ativando sua capacidade de sintonizar com um plano espiritual. Isso é o que se chama mediunidade, que é intermediar. Então, isso não é uma bandeira religiosa, mas uma função natural, existente em todas as religiões. E isso deve acontecer através do campo magnético, sem dúvida. Se a espiritualidade interfere, é pelo campo eletromagnético, que depois é convertido, pela pineal, em estímulos eletroneuroquímicos. Não existe controvérsia entre ciência e espiritualidade, porque a ciência não nega a vida após a morte. Não nega a mediunidade. Não nega a existência do espírito. Também não há uma prova final de que tudo isto existe. Não existe oposição entre o espiritual e o científico. Você pode abordar o espiritual com metodologia científica, e o espiritismo sempre vai optar pela ciência. Essa é uma condição precípua do pensamento espírita. Os cientistas materialistas que disserem "esta é minha opinião pessoal", estarão sendo coerentes. Mas se disserem que a opção materialista é a opinião da ciência, estarão subvertendo aquilo que é a ciência. A American Medicai Association, do Ministério da Saúde dos EUA, possui vários trabalhos publicados sobre mediunidade e a glândula pineal. O Hospital das Clínicas sempre teve tradição de pesquisas na área da espiritualidade e espiritismo. Isso não é muito divulgado pela imprensa, mas existe um grupo de psiquiatras lá defendendo teses sobre isso.
Como são feitas as experiências em laboratório?
Existem dois tipos: um, que é a experiência de pesquisa das estruturas do cérebro, responsáveis pela integração espírito/corpo; e outra, que é a pesquisa clínica, das pessoas em transe mediúnico. São testes de hormônios, eletroencefalogramas, tomografias, ressonância magnética, mapeamento cerebral, entre outros. A coleta de hormônios, por exemplo, pode ser feita enquanto o paciente está em estado de transe. E os resultados apresentam alterações significativas.
As alterações em exames de tomografia, por exemplo, são exclusivas ou condizentes com outras patologias? O senhor descarta a hipótese de uma crise convulsiva?
Isso é bem claro: a suspeita de uma interferência espiritual surge quando a alteração nos exames não justifica a dimensão ou a proporção dos sintomas. Por exemplo: o indivíduo tem uma crise convulsiva fortíssima, é feito o eletroencefalograma e aparece uma lesão pequena. Não há, então, uma coerência entre o que está acontecendo e o que o exame está mostrando. A reação não é proporcional à causa. A mediunidade mexe com o sistema nervoso autônomo - descarga de adrenalina, aceleração do ritmo cardíaco, aumento da pressão arterial.
Como o senhor diferencia doença mental de mediunidade?
Na doença mental, o paciente não tem crítica da razão; no transe mediúnico, ele tem essa crítica. Quando o médium diz que incorporou tal entidade espiritual, mas que ele, médium, continua sendo determinada pessoa, ele usou a crítica, julgou racionalmente o que aconteceu. Agora, um indivíduo que diz ser Napoleão Bonaparte? Aí ele perdeu a crítica da razão. Essa é a diferença. O que não quer dizer que o indivíduo que esteja em psicose não possa estarem transe também. A mediunidade se instala no indivíduo são, ou pode dar uma dimensão muito maior a uma doença. A mediunidade sempre vai dar um efeito superlativo. Se a pessoa alimenta bons sentimentos, ela cresce. Se ela tem uma doença, aquela doença pode ficar fora de controle.
É verdade que a pineal se calcifica com a meia-idade? E essa calcificação prejudica a mediunidade?
Não, a pineal não se calcifica; ela forma cristais de apatita, e isso independe da idade. Estes cristais têm a ver com o perfil da função da glândula. Uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada. Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de sequestrar o campo eletromagnético. Quando a pessoa tem muito desses cristais e sequestra esse campo magnético, esse campo chega num cristal e ele é repelido e rebatido pelos outros cristais, e este indivíduo então apresenta mais facilidade no fenômeno da incorporação. Ele incorpora o campo com as informações do universo mental de outrem. É possível visualizar estes cristais na tomografia. Observamos que quando o paciente tem muita facilidade de desdobramento, ele não apresenta estes cristais.
As crianças teriam mais sensibilidade mediúnica?
A mediunidade na criança é diferente da de um adulto. É uma mediunidade anímica, é de saída. Ela sai do corpo e entra em contato com o mundo espiritual.
A pineal pode ser estimulada com a entoação de mantras, como pregam os místicos?
A glândula está localizada em uma área cheia de líquido. Talvez o som desses mantras faça vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Deve vibrar o líquor, a glândula, alterando o metabolismo. Teria lógica.
Glândula Pineal - Dr. Sérgio Felipe de Oliveira
Revista Espiritismo E Ciência
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Glândula Pineal: a união do corpo e da alma
Frequentemente, a glândula pineal surge como o centro de nosso relacionamento com outras dimensões, e tem sido assim nas mais variadas correntes religiosas e místicas, há milhares de anos. O especialista no assunto, dr. Sérgio Felipe de Oliveira, conversou conosco sobre o assunto, mostrando os avanços da ciência no sentido de desvendar esse mistério.
- Paula Calloni de Souza
O mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal, ou epífise, é tida como a sede da alma. Para os praticantes do ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o "terceiro olho", que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês Renê Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que "existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente".
Atualmente, as pesquisas científicas parecem ter se voltado definitivamente para o estudo mais atento desta glândula. Estaria a humanidade próxima da comprovação científica da integração entre o corpo e a alma? Haveria um órgão responsável pela interação entre o homem e o mundo espiritual? Seria a mediunidade, de fato, um atributo biológico e não um conceito religioso, como postulou Allan Kardec?
Para responder a estas e outras perguntas, a revista Espiritismo e Ciência conversou com o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, dr. Sérgio Felipe de Oliveira. Diretor-clínico do Instituto Pineal Mind, e diretorpresidente da AMESP (Associação Médico-Espírita de São Paulo), Sérgio Felipe de Oliveira é um dos maiores pesquisadores na área de Psicobiofísica da USP, e vem ganhando destaque nos meios de comunicação com suas pesquisas acerca do papel da glândula pineal em fenômenos ligados à mediunidade.
Fale um pouco sobre seu trabalho à frente da AMESP e do Instituto Pineal Mind.
A AMESP é uma associação de utilidade pública que reúne médicos dedicados ao estudo da relação entre a medicina e a espiritualidade. O Pineal Mind é minha clínica, um instituto de saúde mental, onde fazemos pesquisas e atendemos psicoses, síndromes cerebro-vasculares, ansiedades, depressão, psicoses infantis, uso de drogas e álcool. Temos um setor de psiconcologia (psicologia aplicada ao câncer) e estudamos também os aspectos psicossomáticos ligados à cardiologia, etc. Agora, particularmente nas pesquisas comportamentais, eu estudo os estados de transe e a mediunidade. Mas não pesquiso só a glândula pineal; ela é o que eu pesquiso no cérebro, interessado em entender a relação entre corpo e espírito.
O que é psicobiofísica?
É a ciência que integra a psicologia, a física e a biologia. Na biologia, estudamos o lobo frontal, responsável pela crítica da razão; mas o cérebro funciona eletricamente - aí entra a física, que serve de substrato para o pensamento crítico, que é o psicológico.
Quando surgiu seu interesse no aprofundamento do estudo da pineal?
Foi por volta de 1979/80, quando eu estava estudando a obra de André Luiz, psicografada por Chico Xavier. Em Missionários da Luz, a pineal é claramente citada. Nesta mesma época, eu já pleiteava o curso de Medicina. No colégio, estudando Filosofia, fiquei impressionado com a obra de Descartes, que dizia que a alma se ligava ao corpo pela pineal.Quando entrei na faculdade, corri atrás destas questões, do espiritual, da alma e de como isso se integra ao corpo.
O que é a glândula píneal, onde está localizada e qual a sua função no organismo?
A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? Captando as radiações do Sol e da Lua. A pineal obedece aos chamados Zeitbergers, os elementos externos que regem as noções de tempo. Por exemplo, o Sol é um Zeitberger que influencia a pineal, regendo 0 ciclo de sono e de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina. Isso dá ao organismo a referência de horário. Existe também o Zeitberger interno, que são os genes, trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa. Agora, o tempo é uma região do espaço. A dimensão espaço-tempo é a quarta dimensão. Então, a glândula que te dá a noção de tempo está em contato com a quarta dimensão. Faz sentido perguntarmos: "Será que a partir da quarta dimensão já existe vida espiritual?" Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, através do tempo. A pineal é a única estrutura do corpo que transpõe essa dimensão, que é capaz de captar informações que estão além dessa dimensão nossa. A afirmação de Descartes, do ponto em que a alma se liga ao corpo, tem uma lógica até na questão física, que é esta glândula que lida com a outra dimensão, e isso é um fato.
Outros animais possuem a epífise? Ela está relacionada á consciência?
Todos os animais têm essa glândula; ela os orienta nos processos migratórios, por exemplo, pois ela sintoniza o campo magnético. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, é um terceiro olho, literalmente.
Esta glândula seria resquício de algum órgão que está se atrofiando, ou estaria ligada a uma capacidade psíquica a ser desenvolvida?
Eu acredito que a pineal evoluiu de um órgão fotorreceptor para um órgão neuroendócrino. A pineal não explica integralmente o fenômeno mediúnico, como simplesmente os olhos não explicam a visão. Você pode ter os olhos perfeitos, mas não ter a área cerebral que interprete aquela imagem. É como um computador: você pode ter todos os programas em ordem, mas se a tela não funciona, você não vê nada. A pineal, no que diz respeito à mediunidade, capta o campo eletromagnético, impregnado de informações, como se fosse um telefone celular. Mas tudo isso tem que ser interpretado em áreas cerebrais, como por exemplo, o córtex frontal. Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A mediunidade está ligada a uma questão de senso-percepção.
Então, a ela não basta a existência da glândula pineal, mas sim, todo o cone que vai até o córtex frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade é uma função de senso (captar) - percepção (faz a crítica do que está acontecendo). Então, a mediunidade é uma função humana.
A pineal converte ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos? Isso é comprovado cientificamente?
Sim, isso é comprovado. Quem provou isso foram os cientistas Vollrath e Semm, que têm artigos publicados na revista científica Nature, de 1988.
A parapsicologia diz que estes campos eletromagnéticos podem afetar a mente humana. O Dr. Michael Persinger, da Laurentian University, no Canadá, fez experiências com um capacete que emite ondas eletromagnéticas nos lobos temporais. As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido "visões" e sentiram presenças espirituais. O Dr. Persinger atribui esses fenômenos à influência dessas ondas eletromagnéticas O que o senhor teria a dizer sob isso?
Veja, o espiritual age pelo campo eletromagnético. Então, dizer que este campo interfere no cérebro não contraria a hipótese de uma influência espiritual. Porque, se há uma interferência espiritual, esta se dá justamente pelo campo eletromagnético. Quando se fala do espiritual, em Deus, a interferência acontece na natureza pelas leis da própria natureza. Se o campo magnético interfere no cérebro, a espiritualidade interfere no cérebro pelo campo magnético. Uma coisa não anula a outra. Pelo contrário, complementam-se.
A mediunidade seria atributo biológico e não um conceito religioso? Existe uma controvérsia no meio cientifico a esse respeito?
A mediunidade é um atributo biológico, acredito, que acontece pelo funcionamento da pineal, que capta o campo eletromagnético, através do qual a espiritualidade interfere. Não só no espiritismo, mas em qualquer expressão de religiosidade, ativa se a mediunidade, que é uma ligação com o mundo espiritual.
Um hindu, um católico, um judeu ou um protestante que estiver fazendo uma prece, está ativando sua capacidade de sintonizar com um plano espiritual. Isso é o que se chama mediunidade, que é intermediar. Então, isso não é uma bandeira religiosa, mas uma função natural, existente em todas as religiões. E isso deve acontecer através do campo magnético, sem dúvida. Se a espiritualidade interfere, é pelo campo eletromagnético, que depois é convertido, pela pineal, em estímulos eletroneuroquímicos. Não existe controvérsia entre ciência e espiritualidade, porque a ciência não nega a vida após a morte. Não nega a mediunidade. Não nega a existência do espírito. Também não há uma prova final de que tudo isto existe. Não existe oposição entre o espiritual e o científico. Você pode abordar o espiritual com metodologia científica, e o espiritismo sempre vai optar pela ciência. Essa é uma condição precípua do pensamento espírita. Os cientistas materialistas que disserem "esta é minha opinião pessoal", estarão sendo coerentes. Mas se disserem que a opção materialista é a opinião da ciência, estarão subvertendo aquilo que é a ciência. A American Medicai Association, do Ministério da Saúde dos EUA, possui vários trabalhos publicados sobre mediunidade e a glândula pineal. O Hospital das Clínicas sempre teve tradição de pesquisas na área da espiritualidade e espiritismo. Isso não é muito divulgado pela imprensa, mas existe um grupo de psiquiatras lá defendendo teses sobre isso.
Como são feitas as experiências em laboratório?
Existem dois tipos: um, que é a experiência de pesquisa das estruturas do cérebro, responsáveis pela integração espírito/corpo; e outra, que é a pesquisa clínica, das pessoas em transe mediúnico. São testes de hormônios, eletroencefalogramas, tomografias, ressonância magnética, mapeamento cerebral, entre outros. A coleta de hormônios, por exemplo, pode ser feita enquanto o paciente está em estado de transe. E os resultados apresentam alterações significativas.
As alterações em exames de tomografia, por exemplo, são exclusivas ou condizentes com outras patologias? O senhor descarta a hipótese de uma crise convulsiva?
Isso é bem claro: a suspeita de uma interferência espiritual surge quando a alteração nos exames não justifica a dimensão ou a proporção dos sintomas. Por exemplo: o indivíduo tem uma crise convulsiva fortíssima, é feito o eletroencefalograma e aparece uma lesão pequena. Não há, então, uma coerência entre o que está acontecendo e o que o exame está mostrando. A reação não é proporcional à causa. A mediunidade mexe com o sistema nervoso autônomo - descarga de adrenalina, aceleração do ritmo cardíaco, aumento da pressão arterial.
Como o senhor diferencia doença mental de mediunidade?
Na doença mental, o paciente não tem crítica da razão; no transe mediúnico, ele tem essa crítica. Quando o médium diz que incorporou tal entidade espiritual, mas que ele, médium, continua sendo determinada pessoa, ele usou a crítica, julgou racionalmente o que aconteceu. Agora, um indivíduo que diz ser Napoleão Bonaparte? Aí ele perdeu a crítica da razão. Essa é a diferença. O que não quer dizer que o indivíduo que esteja em psicose não possa estarem transe também. A mediunidade se instala no indivíduo são, ou pode dar uma dimensão muito maior a uma doença. A mediunidade sempre vai dar um efeito superlativo. Se a pessoa alimenta bons sentimentos, ela cresce. Se ela tem uma doença, aquela doença pode ficar fora de controle.
É verdade que a pineal se calcifica com a meia-idade? E essa calcificação prejudica a mediunidade?
Não, a pineal não se calcifica; ela forma cristais de apatita, e isso independe da idade. Estes cristais têm a ver com o perfil da função da glândula. Uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada. Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de sequestrar o campo eletromagnético. Quando a pessoa tem muito desses cristais e sequestra esse campo magnético, esse campo chega num cristal e ele é repelido e rebatido pelos outros cristais, e este indivíduo então apresenta mais facilidade no fenômeno da incorporação. Ele incorpora o campo com as informações do universo mental de outrem. É possível visualizar estes cristais na tomografia. Observamos que quando o paciente tem muita facilidade de desdobramento, ele não apresenta estes cristais.
As crianças teriam mais sensibilidade mediúnica?
A mediunidade na criança é diferente da de um adulto. É uma mediunidade anímica, é de saída. Ela sai do corpo e entra em contato com o mundo espiritual.
A pineal pode ser estimulada com a entoação de mantras, como pregam os místicos?
A glândula está localizada em uma área cheia de líquido. Talvez o som desses mantras faça vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Deve vibrar o líquor, a glândula, alterando o metabolismo. Teria lógica.
Em que se concentrarão seus próximos estudos?
Estou preparando um estudo sobre Cronogenética da Reencarnação. Mas, sobre isso, falarei mais detalhadamente em 2003, durante o Congresso Médico-Espírita.
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sábado, 8 de janeiro de 2011
Mudrás: Efeitos Terapêuticos / Parte 2/2
Temos vários tipos de mudras alguns são para a alma, outros para o corpo e mente.
1. MUDRA PARA SAUDAÇÃO
Este mudra de acordo com Mesko [2000] representa o Mudra da Adoração Divina é o simbolo universal da oração, demonstra nossa humildade diante do poder Divino.
"Anjali mudra" de acordo com Bonwitt [1987] representa o gesto de Saudação de uma pessoa.
"Pronam mudra" de acordo com Braga [2008] representa o gesto de Saudação por excelência.
Transmite sentimentos positivos, de pacificação. É a união das energias passiva e ativa, como também o contato de todos os chakras, ativando assim a energia.
"Atmanjali mudra" de acordo com Menen [2007] representa o gesto de Namastê, ou seja um gesto de Saudação. Representa o reconhecimento da alma de uma pessoa pela a alma de outra pessoa.
Execução:
Una as palmas das mãos frente ao peito, com os dedos voltados para cima.
Menen [2007] cita que deve - se fechar os olhos e inclinar um pouco a cabeca e opcional.
Esse mudra é utilizado também em frente da testa, trabalhando o chakra Ajna para abertura da consciência de acordo com Braga [2008] .
Efeito terapêutico:
O significado universal é a saudação. A saudação, a forca que existe em Si Mesmo interligado a Essência Divina. A execução deste mudra nos conecta com a forca Divina, concentrando a mente, pacificando o nosso ser.
2. MUDRA PARA ORIENTAÇÃO
Este mudra de acordo com Mesko [2000] representa o Mudra da orientação.
"Pushpaputa" de acordo com Bonwitt [1987] e Braga [2008] representa a mão cheia de flores, como também: oferenda, purificação, água, curar e elevar.
Execução:
Una as mãos em forma de concha, com as palmas voltadas para o céu.
Mesko [2000] cita para olhar para as mãos (opcional).
Efeito terapêutico:
Significado da doação e do recebimento. Como o provérbio popular ¡§Quem planta colhe¡¨ e citado na biblia ¡§Nao erreis: Deus nao se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifara¡§ (Gl. 6:7). Então, concentre-se, respire lento e profundamente, ofereça, peça e receberá.
3. MUDRA PARA SUPERAR O MEDO
Este mudra de acordo com Mesko [2000], Bonwitt [1987], Menen [2007], Kupfer[1999] representa a superação do medo, confiança, benção, proteção.
"Abhaya Mudra", de acordo com Bonwitt [1987], Braga [2008] e Menen [2007] utilizam o mesmo nome, já no budismo japones é chamado de Se-Mou-I. Aparece na iconografia do hinduismo nas representações de Ganesha, Shiva Nataraja e suas shaktis de acordo com Kupfer[1999].
Execução:
De acordo com Mesko [2000], dobre o cotovelo esquerdo e ponha a mão diante do umbigo, com a palma da mão voltada para cima.
Levante a mão direita e coloque-a acima da linha do ombro direito, com a palma da mão voltada para frente, polegar e demais dedos esticados.
De acordo com Bonwitt [1987], se eleva a mão direita e a mão esquerda segura uma corda, representação do sacerdote que tem o poder de levar os seres vivos a salvação.
A mão elevada significa querer bem, honestidade, dignidade, sinceridade, sabedoria.
De acordo com Menen [2007], se eleva a mão direita e a mão esquerda fica sobre a coxa esquerda, no colo ou sobre o coração.
De acordo com Braga [2008], se eleva a mão direita, com a palma da mão para a frente e o dorso da mão esquerda fica voltada para frente e baixo da linha da mão esquerda.
Escolha o que melhor combina com voce.
Efeito terapêutico:
Significado de superação e conquista. O medo nos impede de agir e acaba atraindo exatamente o que não desejamos. Então, concentre-se e respire lento e profundamente e sinta-se seguro, envolvido por uma luz de cor violeta.
4. MUDRA PARA PERDOAR
Este mudra de acordo com Menen [2007], representa o perdão.
De acordo com Bonwitt [1987], esse gesto representa a misericórdia, o voto feito por Buda de mostrar a todos os seres humanos o caminho da libertação. Possui o nome de Varada mudra.
Execução:
De acordo com Menen [2007], vire a palma da mão esquerda para frente e os dedos ficam voltados para baixo.
Coloque a mão direita no colo ou sobre a coxa.
Efeito terapêutico:
Significado de desculpar, renunciar. Então concentre-se e reflita sobre o perdão. Como a oração do Pai Nosso ¡§...perdoai as nossas ofensas, assim como nos perdoamos a quem nos tem ofendido...¡¨ Sinta o coração leve e livre para perdoar e ser perdoado.
5. MUDRA PARA EQUILÍBRIO ENERGÉTICO
Este mudra de acordo com Mesko [2000] e utilizado para equilíbrio energético.
Execução:
Unir o polegar ao indicador, permaneça tres minutos para inicantes, depois o polegar ao médio e assim por diante.
Efeito terapêutico:
O polegar toca o indicador, ativa o chakra muladhara, energizando as pernas, sendo assim, os praticantes se sentem mais calmos e concentrados.
O polegar toca o médio, trabalha a paciência. Como para fortalecer os nervos Mesko[2000]
O polegar toca o anular, trabalha a autoconfiança. Como o Mayura Mudra.
O polegar toca o mínimo, trabalha a intuição. Como o Budhi Mudra.
Então concentre-se, respire lento e profundamente, una os dedos e trabalhe cada conexão, sinta-se envolvido por essa energia.
6. MUDRA PARA EQUILÍBRIO DA ÁGUA EXISTENTE NO ORGANISMO.
De acordo com Menen [2007], este mudra de nome Budhi mudra e também utilizado para equilibrar a água existente no organismo.
Execução:
Una o polegar ao dedo mínimo, com as palmas das voltadas para cima.
Efeito terapêutico:
Una as extremidades do polegar com o dedo minimo com as palmas das mãos voltadas para cima.
Inspire profundamente e expire lentamente, concentre-se e sinta o equilíbrio da água que existe em voce.
7. MUDRA PARA CONCENTRAÇÃO
De acordo com Menen [2007], este mudra de nome Jnana mudra quando executado com uma mão: representa a união do Ser Divino com o indivíduo.
O gesto da sabedoria e com as duas Samyukta mudra ou Shraddha prana kriya significa verdade, lealdade, atenção, referente a dinamização da energia vital de acordo com Kupfer [1999].
Execução:
Una as extremidades do polegar com o indicador e as palmas das mãos voltadas para cima.
Efeito terapêutico:
Em sinal de receptividade, concentração e organização mental.
Sinta a leve união dos dedos polegar e indicador.
Vá inspirando profundamente e expire lentamente.
Concentre-se na sua respiração, sinta os pensamentos como leves nuvens que são levadas pelo vento.
Permaneça concentrada na respiração.
8. MUDRA PARA PACIÊNCIA
Este mudra de acordo com Mesko [2000] e utilizado para cultivar a paciência e a tolerância, após ter feito tudo que estava ao seu alcance, relaxe e cultive a paciência.
Execução:
Eleve as mãos, unindo o polegar ao dedo médio e alongue os demais.
As palmas das mãos ficam voltadas para frente.
Efeito terapêutico:
Anule qualquer força contrária a calma e a tranquilidade.
Concentre-se na respiração e pratique a paciência.
9. MUDRA PARA IMUNIDADE
Este mudra de acordo com Mesko [2000] é utilizado para ativar a glândula timo, libera o muco dos pulmões e ajuda a perder peso.
Este mudra chama-se Linga mudra.
Execução:
Una os dedos entrelacando-os, eleve um dos polegares para o alto e o outro polegar una ao dedo indicador rodeando o dedo polegar elevado.
Mãos frente ao peito.
Efeito terapêutico:
Concentre-se, respire lento e profundamente e sinta o calor das mãos, relaxe os ombros a cada expiração.
Visualize uma luz de cor amarela, revitalizando todo o seu corpo.
10. MUDRA PARA ELIMINAR A DEPRESSÃO
Este mudra de acordo com Mesko [2000] e utilizado em momentos sombrios, angustiantes.
Faz com que o sofrimento e as dificuldades dêem lugar ao poder e a força, de modo a alterar o seu padrão de pensamento.
Execução:
Sente-se confortavelmente com a coluna ereta.
Alongue os braços para frente e una o dorso das mãos, unindo as falanges.
Respire lento e profundamente, concentre-se na respiração, sinta a energia circular no coração, na garganta
Efeito terapêutico:
O posicionamento dos braços, das mãos e dos dedos envia vibrações positivas ao cérebro, afetando as glândulas de maneira que contribuirá para acabar com a depressão.
Desbloqueando os chakras Anahata, Vishuda, Ajna.
11. MUDRA PARA SUPERAR AS DIFICULDADES
Este mudra de acordo com Mesko [2000] e uma ferramenta que colabora para nos ajudar a ver as dificuldades como oportunidades para o crescimento, mantendo os padrões da mente e do cérebro numa frequência positiva.
Execução:
Sente-se com as costas eretas, feche os punhos com os polegares para fora.
Eleve os braços fazendo um círculo e depois abaixe os abrindo o círculo.
Faça por algumas respirações e permanece concentrado o restante do tempo para o tratamento.
Efeito terapêutico:
Concentre-se, respire lento e profundamente.
Esse mudra trabalha o chakra Sahasrara nos conectando com as energias cósmicas, de modo a alterar os padrões de pensamento, assim como, circulando a energia do corpo e removendo as dificuldades.
Caso de Uso
Os mudras terapêuticos foram trabalhados em cinco pessoas. De personalidades diferentes, sendo que uma prática yoga e as outras quatro não conhecem o yoga, sendo assim, nunca praticaram yoga. Todas as pessoas são ansiosas e querem trabalhar a paciência. Os mudras escolhidos foram:
*Jnana mudra para trabalhar a concentração, a integração da Essência individual com a Essência Cósmica;
* Bhudi mudra para trabalhar a água existente no organismo e a intuição;
* Linga mudra para aumentar a imunidade, a resistência do corpo;
* Varada mudra para trabalhar o perdão.
A escolha dos mudras fez-se apos a análise das pessoas que se propuseram a se tratarem com eles. Foi proposto o minimo de quatro dias seguidos para a execução dos mudras. Uma cartilha foi passada para as pessoas, com a forma de execução dos mudras.
CONCLUSÃO
O sucesso da terapia dos mudras depende inteiramente do indivíduo e sua conexão com as forças cósmicas. Sua permissão para que haja uma mudança de comportamento e pensamento.
Fonte:
Ariane Luciano Paulino
Padmi Núcleo de Yoga e Arte 2009
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Mudrás: Biomagnetismo e Como Praticar / Parte 1/2
História do biomagnetismo
Na Grécia antiga o pastor de ovelhas Magnes, percebeu que os pregos de suas sandálias eram atraídas por uma rocha devido a alguma força desconhecida. Essa rocha passou a ser chamada como Magnes e hoje é conhecida como Magnetita. Magnes utilizou pedaços pequenos dessa rocha em suas sandálias de modo que caminha-se longas distâncias sem se cansar. Salgado[2007].
O professor Adilson de Oliveira do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos, “há evidências de que os chineses, há cerca de 3.500 anos, descobriram que uma agulha sobre um determinado tipo de material, quando deixado livre, sempre apontaria para uma direção particular” (a direção Norte-Sul), que hoje conhecemos por bússola. Manfrinato [2007].
Os povos antigos árabes, chineses, egípcios, usavam ímas para efeitos curativos. Geomânticos chineses registraram efeitos sutis sobre o campo magnético da terra sobre a saúde das pessoas, utilizando bússolas sensíveis para monitorar as condições geomagnéticas, no primeiro século depois de Cristo. O médico persa Ali Abbas usava o magnetismo para tratamento de “espasmos” e ”gota”. Gerber [2002].
Sabemos que na Segunda Guerra Mundial, pombos foram utilizados como mensageiros, por sua capacidade de voar acima das linhas dos campos magnéticos da terra; campo geomagnético e desse modo conseguir se orientar por elas de forma a retornar a seu local de partida. Mas além dos pombos, as borboletas, as abelhas, moscas, golfinhos, baleias e tartarugas também utilizam o campo geomagnético para se orientarem, criando uma nova área de estudo que a Magnetobiologia. Manfrinato [2007].
Biomagnetismo é a ciência que estuda os campos magnéticos gerados pelo nosso corpo. Não é um fenômeno que ocorre somente na natureza, também ocorre com os seres humanos. Salgado [2008].
Campos magnéticos no ser humano
Com o avanço das pesquisas possibilitou o estudo de como esses campos magnéticos são gerados no corpo humano.
O cérebro gera constantemente correntes elétricas. Alguns órgãos, como o estômago e o coração geram seu campo magnético através da contração.
O coração gera seu campo no momento de bombear o sangue para o corpo e o estômago no momento da digestão. A contração produz uma corrente que gera um campo magnético e esse fato é conhecido como a Lei de Ampére.
Os órgãos apresentam diferentes graus de magnetismo.
O coração, o baço e o fígado apresentam o paramagnetismo, que é um fato que ocorre constantemente em todo o nosso corpo.
Já o fígado como contém ferritina, quando ocorre o paramagnetismo os íons de ferro tende a se alinhar e reforçar o campo.
Temos substâncias diamagnéticas, ou seja, gera um campo magnético em oposição ao campo aplicado, repelindo-o e isso ocorre pela maior parte dos tecidos de nosso corpo que possui água em abundância. Temos também ferromagnetismo, ou seja, que se orientam na direção do campo aplicado, ou seja, é a atração dos matérias que contém ferro (dos íons de ferro na mesma direção). Manfrinato [2007].
O professor Oswaldo Baffa, da Universidade de São Paulo, campus Ribeirão Preto “As moléculas de hemoglobina do sangue têm átomos de ferro. Diversas enzimas possuem metais no seu centro ativo para fazer a catálise e, portanto, possuem ferro e manganês”. Assim sendo, o nosso corpo possui partículas magnéticas. Manfrinato [2007].
Temos mais de 23 elementos químicos em nosso corpo.
Sendo o Oxigênio faz parte da água e das moléculas orgânicas (carbono e hidrogênio), como também é necessário para a respiração celular, produz trifosfato de adenosina, substância rica em energia.
O Carbono é encontrado em toda molécula orgânica.
O Hidrogênio faz parte da água e de todas as moléculas orgânicas.
O Nitrogênio componente de proteínas e ácidos nucléicos.
O Potássio é o cátion mais abundante dentro da célula, é importante na condução de impulsos nervosos e na contração muscular. A falta ou excesso pode fazer o coração parar.
O Cobre é antioxidante, compõe diversas enzimas que ajudam na produção da energia celular, na formação de tecidoos conectivos e na produção de melanina.
O Flúor protege os dentes.
O Sódio controla o volume do sangue que circula no organismo, como também, para a condução de impulsos nervosos e contração muscular.
O Cálcio contribui para a rigidez dos ossos e dentes, necessário para a coagulação sanguínea e contração muscular.
O Manganês é antioxidante, ativa enzimas que metabolizam os carboidratos, aminoácidos e colesterol, como também na formação de cartilagem e ossos.
O Molibdênio auxilia em várias reações no organismo como no metabolismo de aminoácidos e toxinas, como também na formação de ácido úrico, sua eliminação é pela urina e bile.
O Selênio é antioxidante e participa da síntese de hormônios tireoidianos.
O Ferro é antioxidante, envolvido no transporte de oxigênio para a célula, transporte de elétrons para a energia e síntese de DNA.
O Zinco participa do metabolismo de aproximadamente cem enzimas é importante para o crescimento, a imunidade do organismo, na reprodução, na função neurológica.
O Fósforo fundamental para o desempenho celular, como produzir e estocar energia. Junto com o cálcio forma ossos e dentes.
O Cobalto compõe a vitamina B12, formadora das células vermelhas do sangue.
O Enxofre elimina metais pesados como mercúrio e o chumbo.
O Cromo potencializa a insulina, evitando o acúmulo de açúcar no sangue.
O Magnésio ajuda na produção de energia, síntese do DNA, RNA e proteínas e transporte de ferro para a membrana celular.
O Cloro neutraliza os fluídos.
O Iodo fundamental nos hormônios tireoidianos, que são responsáveis pelo crescimento, metabolismo, função reprodutiva.
O Alumínio, Boro, Estanho, Silício e Vanádio são encontrados em doses mínimas mas fundamentais para o equilíbrio do organismo.
Tecnologia
Hoje em dia temos: Eletrocardiograma que mede os impulsos elétricos do coração, o eletroencefalograma mede a corrente elétrica do cérebro. O SQUID (Dispositivo Supercondutor de Inferência Quântica) que mede o campo magnético em volta do corpo, ou, o coração do feto dentro da barriga da mãe, como também tem outras aplicações como medir de ondas gravitacionais e etc. Temos também, o Vegatest que foi desenvolvido na Alemanha e regulado em alta sensibilidade, utilizando pontos do EAV3, para determinar o mais apropriado medicamento homeopático, além de diagnosticar o nível energético dos órgãos. Manfrinato [2007].
Os fenômenos do corpo podem ser medidos por meio elétricos, mecânicos, térmicos e medicamentosos.
Os fenômenos do corpo podem ser medidos por meio elétricos, mecânicos, térmicos e medicamentosos.
MUDRÁS
Mudrás são selos, gestos, é uma palavra sânscrita, derivada das raízes “mud” significa encanto e “rati” dar.
Os mudrás são utilizados para despertar e harmonizar a energia que circulam nos chakras.
"Hastas mudrás" são mudrás com as mãos.
Sendo que cada dedo tem sua representatividade, como também possuem terminações nervosas e são canais de energia.
Yogi Kumar é um senhor que ensina yoga e Mudrás de cura. Pratica mais de 20 Mudrás por dia e crê que pode curar qualquer doença por meio dos Mudrás. De acordo com Rajendar os Mudrás podem melhorar o corpo; proporcionar paz, como também alívio instantâneo de muitas doenças; pode curar indisposições de ouvido até ataque cardíaco. Menen [2007].
As mãos possuem uma linguagem universal.
Mãos que estendem em concha para pedir e se deslocam convexas para dar e que se fecha para guardar o que não pode ser revelado. Como também, “Dar uma mão” é prestar ajuda; “Estar em boas mãos” é entregar alguém a confiança de outrem; “Ficar na mão” é ser enganado; “Dar a mão a palmatória” é admitir que errou e o que é “Feito com mãos de mestre” é fazer com habilidade.
Bem as mãos são objetos da filosofia, da poesia, prosa. O orador romano Sêneca disse: “Uma mão lava a outra” ao se referir ao ato de solidariedade. As mãos transmitem imagens dramáticas, como também podem ser de “veludo” quando acariciam ou roubam, como podem ser de mártir quando suplicam por justiça. Podem “chorar” ou “rir”, como podem “amaldiçoar” como “abençoar’’ OastesA [1990]. A união das mãos como gesto de oração. Esse gesto foi reconhecido pelo Papa Nicolau I (857-867) como um gesto dos cristãos reconhecendo que são servos e prisioneiros do Senhor. A mão erguida como gesto de poder. Para Moisés, foi à abertura do Mar Vermelho. “E Tu, levanta o teu cajado, estende a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. (Êxodo 14:16)” Bonwitt [1987].
Os Mudrás são utilizados no budismo tibetano e japonês, no tantrismo, na dança indiana e grega, no Hatha Yoga. Sendo no tantrismo ele está ligado ao ritual do corpo – mudrás, da palavra– mantra, do espírito - visualização, a invocação da imagem de deus ou da deusa para que a pessoa se torne uma divindade.
A dança indiana e a grega é um modo utilizado para a comunicação com os deuses. Os gregos utilizavam movimentos manuais para se expressar. Aristóteles dizia que a arte gestual era uma imitação dos tipos de ações humanas. Já segundo Bharata dizia que a dança é a imitação de estados interiores. Bonwitt [1987].
PRÁTICA DOS MUDRÁS
Os mudrás podem ser praticados a qualquer hora e a qualquer momento.
Se você é iniciante, o melhor é praticá-lo em um local em que se consiga concentrar com maior facilidade, ou seja, um lugar tranqüilo e arejado.
Acomode o corpo de forma confortável em uma cadeira ou assente - se no chão sobre uma almofada com as pernas cruzadas.
O importante é manter a coluna ereta, de modo confortável sem dor.
Não pratique quando estiver de estômago cheio, pois a energia de seu corpo-mente estará concentrada no abdômen.
Aguarde uma hora para iniciar a prática.
Se você é iniciante, o tempo para realizar um mudrá é de três minutos e ao menos duas vezes ao dia. Esses minutos são essenciais para se acostumar a concentrar, a direcionar o pensamento para o sentido do mudrá que esteja realizando e assim sentir a energia circulando em seu corpo.
Assim que conseguir evocar sua energia, aumente o tempo para onze minutos, e por fim pratique trinta minutos uma vez por dia.
A respiração é fundamental, respire lento e profundamente.
Ao inspirar, relaxe o abdômen e permita que o peito se expanda, ao expirar, esvazie o peito e contraia o estômago para esvaziar o ar da parte baixa dos pulmões.
Essa respiração o ajudará a relaxar, acalmar.
Alguns mudrás exigiram uma respiração curta e rápida.
Para as pessoas que possuem problemas cardíacos e pressão alta, devem executá-la com menos vigor e poucas vezes.
Se sentir que a mente está longe volte a se concentrar na respiração.
Quando estiver mais centrado você concentrar em um ponto entre as sobrancelhas, ou seja, no terceiro olho.
O olhar feche os olhos e olhe para dentro de você.
Você tem também a opção de manter os olhos semi-abertos ou olhar fixamente um ponto a sua frente na linha dos olhos.
Outra opção é concentrar-se no terceiro olho.
Faça o modo mais confortável para você.
Ativar a mente é outro ponto a ser considerado na prática nos mudrás.
Para realizá-la primeiro utilizaremos a visualização.
Por exemplo: o mudrá para a orientação.
Primeiramente temos que nos acalmar e nos concentrar. A sabedoria é um dom que temos e as soluções para os nossos problemas encontram-se dentro de nós. Então peça e receberá e visualize-se tranqüilo e sinta-se como se o problema estivesse solucionado, visualize uma luz branca e faça afirmações positivas, oração ou um mantra. Assim você ativará a mente em busca da sabedoria espiritual, a sua energia entra no Universo e a solução surgirá.
Chakras
Os chakras são centros energéticos, localizados ao longo da coluna vertebral e sua energia percorre nosso corpo sempre em sentido horário, influenciando na nossa saúde emocional, espiritual e física.
O primeiro chakra é o Muládhara , localizado na base da coluna, sua cor é vermelha e a glândula de atuação são as gônadas (ovários e testículos), representa a sobrevivência, determinação, coragem.
O segundo chakra é o Swadhisthána, localizado na área dos órgãos sexuais(na virilha e entre os ovários) sua glândula de atuação são as gônadas e sua cor é laranja.
O terceiro Manipúra localizado no umbigo (Ego) e suas glândulas de atuação são as glândulas supra-renais/pâncreas e sua cor amarela.
O quarto Anáhata, localizado no centro do tórax (Amor) e sua glândula de atuação é o timo e sua cor verde.
O Quinto Vishuddha, localizado no centro da garganta (verdade) e sua glândula de atuação é o tireóide / paratireóide e sua cor azul.
O Sexto Ajna, localizado entre as sobrancelhas (intuição) e sua glândula de atuação pituitáriae sua cor é a índigo.
O Sétimo Sahasrára, localizado no topo da cabeça e sua glândula de atuação é a pineal( Sabedoria Divina) e a sua cor é a violeta. Yoga [2007].
Mas Mesko [2000] informa que o segundo chakra que atua nas glândulas supra-renais, o sexto chakra atua na glândula pineal e o sétimo na glândula pituitária. As fontes informam divergências o que nos leva a crer que devemos levar em conta o bom senso.
Além dos setes chakras que são canais de energia, o Hatha Yoga pradipika cita 72 mil canais ou correntes elétricas chamadas de Nadis, que partem da nossa coluna para todo o corpo. Cada mudrá, ativa, direciona e libera a energia que flui por esses canais, estimulando os centros nervosos, os órgãos, músculos e glândulas.
As cores são utilizadas para energizar as partes do corpo. Visualizar as cores em todo o corpo ou direcionar ao chakra, determinada cor e local especifico, irá ativá-lo e alterando o seu estado de espírito.
O vermelho representa vitalidade, ligando – o a terra.
O laranja representa a criatividade, fortalece a sexualidade.
O amarelo representa energia.
O verde representa saúde.
O azul representa a tranqüilidade.
O índigo representa a intuição.
O violeta representa ligação com a Consciência Cósmica.
O branco representa pureza.
A cor é formada de sete faixas, cada faixa tem uma cor que está relacionadacom a cor dos chakras.
A aura é formada de vibrações eletromagnéticas, um elemento etéreo, imaterial que emana e envolve seres.
A aura nos mostra a leitura emocional do nosso corpo físico.
A fotografia Kirlian é um modo de leitura desse campo energético. Wikipédia [2008].
Os dedos possuem várias representações, a representação escolhida neste documento foi:
polegar – fogo,
indicador – ar,
médio – éter,
anular – terra,
mínimo – água.
Ao executar os mudrás, simplesmente sinta o seu corpo, seja um observador de si mesmo.
Fonte:
Ariane Luciano Paulino
Padmi Núcleo de Yoga
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Medicina / Noções de Anatomia e Fisiologia Ocultas
Ele não se reduz à matéria, mas é também intelecto, sentimento, vontade e sobretudo Espírito.
Portanto, para compreendê-lo realmente devemos recorrer não somente à biologia, mas também à psicologia, à religião e sobretudo às antigas doutrinas esotéricas, as quais afirmam existir um homem "visível" e um homem "invisível".
O que significam tais palavras?
Que o homem tem não apenas um corpo material, visível, sólido, mas outros "corpos" ou veículos, invisíveis aos olhos.
De acordo com o esoterismo, não existem somente três dimensões, mas também outras que não podem ser percebidas pelos nossos sentidos físicos, limitados e enganosos, e para cada uma dessas dimensões o espírito do homem, o Si ou Alma individualizada, tem um veículo ou "corpo" de expressão.
Todavia, antes de falar destes corpos, gostaria de me deter um pouco para descrever, mesmo que rapidamente, a constituição do homem em geral.
O homem tem dois aspectos principais: o pessoal (corpóreo) e o espiritual.
O pessoal poderia ser dividido, de acordo com São Paulo, em:
a) corpo ou soma, e
b) psique,
ambos reflexos existenciais do Pneuma, ou Espírito, "que É, e se encarna... somente de maneira fragmentária no mundo do espaço-tempo".
Se considerarmos que tudo é energia em diferentes níveis vibratórios, desde a matéria até ao Espírito, poderíamos dizer, recorrendo a termos de física, que o homem "é um feixe de ondas estacionárias submetido a um crescimento e a um desenvolvimento constantes. O modelo o torna objetivo no mundo das coisas, e ele deriva a sua forma de um imenso complexo de forças e de energias, que agem umas com as outras em todos os níveis: espiritual, psíquico e físico" (de O espelho da vida e da morte, de L. Bendit).
Começando pelo corpo físico, denso e visível, vemos que ele é um sistema altamente complexo de energias diversas, isto é:
a) energias químicas;
b) energias vitais e bioelétricas.
A vida depende de uma interação entre os campos de energias químico-vitais, os quais se influenciam reciprocamente.
A psique é aquela região do homem nem física nem espiritual, correspondendo ao que as doutrinas esotéricas chamam de "corpos sutis".
São "corpos", na medida em que, como dissemos, são "feixes de ondas estacionadas" (como, por exemplo, um raio de luz), mas se parecem mais com "campos de força", por se acharem em estado de contínuo movimento e fluxo.
Os corpos sutis do homem, que constituem o seu lado psíquico, são três:
1) corpo etéreo (que é também físico, sendo a contrapartida vital e bio-elétrica do corpo físico denso);
2) corpo emotivo ou astral, ou corpo das emoções e dos sentimentos;
3) corpo mental, ou aspecto intelectivo da psique.
O corpo que mais nos interessa neste momento, em que tratamos da medicina psico-espiritual e sobretudo da relação entre psique e corpo material, é o corpo etéreo que, conforme dissemos, é quem torna esta relação possível.
O tema do corpo etéreo e dos seus centros de força é muito amplo e complexo.
Por esse motivo, poderemos tecer somente algumas considerações gerais a respeito, deixando o caminho livre para a reflexão, a pesquisa e sobretudo para a experiência direta àqueles que desejarem aprofundar este argumento.
A principal dificuldade, provavelmente, surge do fato de que não temos consciência do corpo etéreo, e somos polarizados geralmente pelo corpo físico denso, que, no entanto, deve ser considerado somente "um robô", um instrumento do verdadeiro veículo do Si no plano físico, isto é, do corpo etéreo.
De fato, este, no "Tratado de Magia Branca", de Alice A. Bailey, é descrito da seguinte forma:
"O grande símbolo da Alma no ser humano é o seu corpo etéreo ou vital, visto que:
1. É a contrapartida física da Luz interior, chamada Alma ou corpo espiritual. É também chamado de "taça de ouro" (vasinho) na Bíblia, distinguindo- se:
a) por sua luminosidade;
b) por sua frequência vibratória, sempre sincronizada com o desen- volvimento da Alma;
c) por sua força de coesão, que une e relaciona todas as partes da estrutura física.
2. É a trama ou rede microcósmica da vida, pois compenetra todas as partes da estrutura física..." (pp. 64-65).
O corpo etéreo, portanto, quando o homem tiver alcançado um alto grau evolutivo, poderá ser efetivamente o instrumento da Alma, ou Si, no plano físico, e irradiar energias espirituais em seu ambiente.
Ele constitui, de fato, "a aura" de uma pessoa, variando a sua qualidade e vibração conforme o grau de pureza e realização interior.
O corpo etéreo é composto de matéria física muito sutil, sendo portanto, invisível ao olho comum.
Esta matéria (que os cientistas chamaram "éter" e os esoteristas "prana") permeia e penetra não somente todos os corpos e todas as formas existentes, mas também todo o espaço, de maneira que inexiste o vazio.
O éter é o veículo de todos os tipos de energia, às quais serve de condutor, sendo por essa razão que o corpo etéreo do homem pode receber e transmitir as energias de todos os outros níveis de vida e mesmo as energias espirituais.
O corpo etéreo tem forma igual à do corpo físico, ao qual ele penetra e extravasa por alguns centímetros, formando a aura de que falamos acima.
Este corpo é formado por uma complicada rede de pequenos canais de energia que se entrecruzam (os nadis), exata contrapartida etérea do sistema nervoso.
Nesta densa rede de "nadis", encontram-se sete pontos focais ou plexos, chamados em sânscrito chakra (ou seja, centros de força).
Na realidade, tais plexos são muito mais numerosos, mas os mais importantes e conhecidos são sete, correspondendo às sete glândulas endócrinas principais.
Observemos atentamente estes sete plexos, conforme aparecem na figura apresentada a seguir.
Destes centros, três estão localizados abaixo do diafragma, sendo chamados "inferiores", e três acima do diafragma, "superiores".
Um sétimo centro encontra-se entre as sobrancelhas, tendo por função integrar e sintetizar todos os outros.
Cada um destes centros exprime um tipo especial de energia, embora as energias fundamentais sejam essencialmente três:
1) a energia da Vontade (Atma);
2) a energia do Amor (Buddhi);
3) a energia da Inteligência Criativa (Manas).
Na realidade, estas três energias refletem os três aspectos da triplicidade divina, expressa em quase todas as religiões pelas três Pessoas da Divindade:
Pai Brahma Osíris
Filho Vishnu Hórus
Espírito Santo Shiva Isis
Semelhante concepção de um Deus uno e trino reflete uma verdade profundamente oculta, que se pode encontrar em todos os níveis, mesmo no homem, onde as energias fundamentais são expressas através dos três centros superiores:
1) Centro localizado no alto da cabeça (Sahasrara Chakram), Vontade Espiritual;
2) Centro localizado na garganta (Vishudda Chakram), Criatividade Espiritual;
3) Centro localizado no coração (Anahata Chakram), Amor Espiritual.
OS SETE CENTROS ETÉRICOS
1- Centro localizado no alto da cabeça (Sahasrara Chakram)
2- Centro localizado entre as sobrancelhas (Ajna Chakram)
3- Centro localizado na garganta (Vishudda Chakram)
4- Centro localizado no coração (Anahata Chakram)
5- Centro localizado no Plexo Solar (Manipura Chakram)
6- Centro Sacral (Svadhistana Chakram)
7- Centro localizado na base da espinha dorsal (Muladhara Chakram)
1- Vontade espiritual 1000 pétalas (glândula pineal)
2- Integração e síntese 96 pétalas (glândula pituitária)
3- Criatividade superior 16 pétalas (glândula tireóide)
4- Amor universal 12 pétalas (glândula timo)
5- Emotividade e afetividade pessoal 10 pétalas (glândula pâncreas)
6- Sexualidade 6 pétalas (glândulas gônadas)
7- Auto-afirmação 4 pétalas (glândulas supra-renais)
Do ponto de vista dos instintos fundamentais, eles se acham em perfeita correspondência com os três centros inferiores, que também exprimem as mesmas energias, conquanto degradadas e de reduzida vibração:
1) Centro do plexo solar (Manipura chakram), Amor egoístico (instinto gregário);
2) Centro sacral (Svadhistana chakram), Criatividade inferior (instinto sexual);
3) Centro localizado na base da espinha dorsal (Muladhara chakram), Vontade egoística (instinto de auto-afirmação).
O "Centro localizado entre as sobrancelhas" (Ajna chakram), conforme já mencionamos, exprimirá a síntese e a integração dos três centros superiores e dos três inferiores, quando o homem tiver transferido todas as energias do "baixo" para o "alto" em conseqüência do despertar da consciência do Si.
Esta transferência ou elevação das energias instintivas dos três centros situados abaixo do diafragma para aqueles situados acima do diafragma nos indica todo o processo evolutivo do homem, o qual, na realidade, é um longo caminho interior, árduo e tormentoso.
É o "magnum opus" do homem, a alquimia espiritual que transforma a matéria bruta no ouro do Espírito.
É a "redenção" da matéria, que leva à perfeita unificação entre o humano e o divino.
Como seria de esperar, este empreendimento interior apresenta muitas dificuldades, e mesmo sendo na realidade um processo espontâneo (como também a psicanálise constatou, com a teoria da sublimação dos instintos), requer superações, renúncias, luta e sofrimento, pois trata-se de uma "reorientação" das energias que por longo tempo haviam se dirigido para determinadas direções, criando automatismos, hábitos e identificações que será preciso superar com um esforço considerável.
De qualquer maneira, não queremos nos aprofundar agora e descrever em detalhes as diferentes fases do processo de sublimação, e os eventuais distúrbios e mal-estares psíquicos e físicos produzidos por ele, pois trataremos disso nos próximos capítulos.
Por enquanto, é preciso conhecer a "anatomia" do corpo etéreo e as suas funções, para compreender melhor o homem e a sua complexa natureza bio-psico-espiritual.
Além disso, o que nos interessa mais de perto agora, sobretudo para se resolver a questão já referida relação entre a psique e o corpo, é a correspondência entre este corpo sutil com o corpo físico denso, por um lado, e com o Espírito, por outro.
No que diz respeito à correspondência com o corpo denso, já mencionamos a relação entre os "nadis" do corpo etéreo e o sistema nervoso.
Todavia, a relação mais interessante é provavelmente a que se verifica entre os sete centros de força e as glândulas endócrinas; de fato, para cada chakra corresponde uma glândula.
Hoje a medicina também admite uma grande influência do sistema endócrino não somente sobre a saúde física do homem, mas também sobre o seu estado psíquico e sobre o seu comportamento.
Tentou-se também, como se sabe, até mesmo uma biotipologia baseada nas glândulas de secreção interna.
A endocrinologia deu uma grande contribuição aos estudos psicossomáticos ao verificar que a maior parte das glândulas endócrinas depende dos centros mais elevados do encéfalo, isto é, da vida psíquica.
De fato, as emoções e o estresse têm uma enorme influência não somente sobre o sistema nervoso mas também sobre o sistema endócrino.
"Em muitos distúrbios endócrinos, as perturbações emotivas prolongadas são provavelmente fatores etiológicos importantes. Tem-se uma clara demonstração disso no papo tóxico, cujo aparecimento pode estar frequentemente relacionado a traumas emotivos." (Alexander: Medicina psicossomática, p. 36.)
Os fatores emotivos podem influir até mesmo sobre o metabolismo dos carboidratos, acarretando vários distúrbios e até doenças, como, por exemplo, o diabete.
Segundo a medicina psico-espiritual, as glândulas endócrinas são o reflexo e o símbolo no plano físico dos centros etéreos e das energias sutis que os atravessam.
Portanto, a origem dos distúrbios endócrinos deve ser procurada no funcionamento alterado ou errado de um determinado centro, o que é manifestado em seguida por doença física.
Para cada glândula e sua secreção corresponde um estado psíquico bem definido.
Por exemplo, a secreção das cápsulas supra-renais é a adrenalina, que é produzida quando uma determinada situação psíquica ou física requer do homem combatividade, instinto de defesa e luta.
De fato, é sabido que a adrenalina dá maior força e energia ao homem.
Portanto, neste caso percebe-se claramente a relação entre a glândula física e a sua secreção com o centro correspondente, que exprime justamente auto-afirmação e agressividade.
É interessante notar que as três glândulas mais conhecidas e cujas funções foram estudadas a fundo são as que correspondem aos centros localizados abaixo do diafragma: as supra-renais, as gônadas (ou glândulas intersticiais) e o pâncreas.
Isso acontece porque tais centros são os mais ativos na humanidade média e portanto se manifestam mesmo no plano físico, mais clara e nitidamente.
Já das glândulas localizadas acima do diafragma, até pouco tempo não se conhecia com clareza e certeza a função, e de algumas nem sequer se conhecia a secreção, justamente porque (afirma o esoterismo) tais glândulas correspondem aos centros superiores do homem, que são ativos e desenvolvidos somente em uma pequena parte da humanidade.
São exatamente estes centros superiores que constituem os pontos de contato e de correspondência entre o ser no plano físico e o Ser Espiritual: o Si.
De fato, eles exprimem, conforme dissemos, os três aspectos do Si:
Vontade,
Amor e
Inteligência Criativa,
e são despertados somente quando o homem se torna receptivo às energias espirituais e transfere as energias dos centros inferiores para os superiores, dando início, assim, à sua "regeneração oculta".
Vontade,
Amor e
Inteligência Criativa,
e são despertados somente quando o homem se torna receptivo às energias espirituais e transfere as energias dos centros inferiores para os superiores, dando início, assim, à sua "regeneração oculta".
Então o Si, ou Alma, poderá exprimir-se e operar também no plano físico através do corpo etéreo, que realmente se tornará a "taça de ouro" ou o vasinho de que fala a Bíblia, capaz de irradiar luz e energias benéficas e saneadoras à sua volta.
Toda desarmonia desaparecerá então, e o homem será completamente "curado" de seus males e sofrimentos.
Como se depreende claramente destas rápidas indicações, o tema do corpo etéreo é muito importante para a compreensão oculta do homem, e quando também a ciência reconhecer a sua existência e conhecer o seu funcionamento, isso redundará em grande contribuição para o progresso do homem e para a solução de muitos dos seus problemas, sejam físicos ou espirituais.
Devemos dizer que, na realidade, a ciência se aproxima dessa descoberta, sendo que nos últimos anos passos gigantescos foram dados nesta direção.
Veja-se, por exemplo, a "câmara de Kirlian", idealizada em 1939 por um casal russo, os Kirlian, com a qual foi possível fotografar (através de adaptações especiais) radiações coloridas de luz e de energia emanadas de corpos e objetos.
Esta descoberta foi muito debatida no início e somente há alguns decênios, após experiências e investigações suplementares, feitas por cientistas de outras nações, foi considerada seriamente, até se chegar ao reconhecimento unânime da existência de um "corpo biológico", uma espécie de "cópia" dos corpos materiais visíveis, constituída por uma energia que se passou a denominar justamente bioplasma, desconhecendo-se qual seja a sua natureza, e da qual se originou o nome de "corpo bioplasmático", cuja definição é: " ... matriz invisível que organiza os seres vivos e mantém o intercâmbio vital das células, sendo uma espécie de campo estruturador da forma".
Verificou-se também que este "campo estruturador" desaparece quando da morte do corpo (quer se trate de um corpo humano ou de uma planta etc).
É evidente, portanto, que se aproxima o momento em que a ciência deverá aceitar a teoria do corpo etéreo, constatar a sua existência e, sendo verdade o que afirmam a seu respeito as doutrinas esotéricas, descobri-lo pouco a pouco, até que chegue o dia em que a parte espiritual do homem também não mais será considerada como algo vago, longínquo, hipotético ou até mesmo inexistente, mas algo que se pode alcançar pela gradativa descoberta das outras dimensões interiores do homem, pela sensibilização da consciência para as energias sutis, visto não haver separação entre Espírito e matéria, mas uma ininterrupta cadeia de realidades cada vez mais sutis, as quais o homem está destinado a conhecer e a experimentar aos poucos.
Fonte:
Medicina Psico-Espiritual
Medicina Psico-Espiritual
Angela Maria La Sala Bata
Tradução de Pier Luigi Cabra
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