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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Atitude da alma de Maria (Antroposofia)




Na história da humanidade há uma figura, na qual a atitude e a mentalidade própria do Advento se nos defronta como que personificada: é Maria. Ela é o ser humano que pôde preparar o corpo para o Redentor que estava vindo. Para ele Maria estava de“boa esperança”, a espera advêntica para ela foi um fato corpóreo. Ela cuidou de germinar que devia vir á luz do mundo.

Mas Maria é também uma alma advêntica. Isto verifica com maravilhosa nitidez no evangelho de Lucas, o qual, aliás, é o evangelista de Maria. Aprofundar-se na questão da atitude da alma de Maria corresponde ao caráter da época de Advento. 

Assim como Maria se tornou o envoltório protetor do menino Jesus, assim a época de advento quer ensinar ao homem a preparar sua alma para 'se+r' envoltório do Cristo. 

Como deve ser minha alma para poder ter esperança de nela nascer o homem superior, o homem-espírito? 

Como minha alma deve conduzir-se, como deve agir para que o“Filho do Homem” possa nela manifestar-se? 

O que ela tem que fazer, como ela tem que ser para que o Filho de Deus possa nela revelar-se? 

Olhar para a atitude da alma de Maria pode dar respostas a essas perguntas.

O evangelho de Lucas primeiro descreve a anunciação do nascimento de Jesus pelo anjo Gabriel. 

Como o evangelho caracteriza a alma de Maria? O que ela faz? Como ela se conduz? 

Dos dizeres do Evangelho (Cap.1, 29-38) depreendem-se os seguintes modos de conduta: Maria é:
  • a que se assusta com a palavra ( ela fica confusa, atônica, perplexa)
  • a que reflete sobre a palavra ( ela pondera, medita, pensa)
  • a que pergunta ao anjo ( ela interpela o anjo)
  • a que se submete á palavra do anjo ( ela se entrega á vontade de Deus)
A alma de Maria fica perplexa com a palavra do anjo. Ela se deixa tocar e abalar pela vivência supra-sensível, não permanece fria e fechada perante tal vivência. Ser inabalável nem sempre é uma virtude, pode indicar endurecimento e insensibilidade. Quem não se emociona com nada, não tem nem possibilidade de evoluir e nem futuro. Maria está aberta perante o mundo espiritual. Não traz couraça com torno da alma que a feche para o Espírito. Ela se expõe ás forças e aos seres supra-sensíveis, não lhe opõe resistência e reserva. Por isso o Espírito consegue penetrá-la, falar-lhe poderosamente. Inicialmente ela não estava á altura desse falar e nela prevalecia uma certa confusão, até mesmo medo.

Ela treme sob o bafejo do mundo divino. Ela é como um instrumento de cordas que sob a mão do tocador treme e vibra. Uma atitude contrária mostraria uma alma que diante da palavra do espírito permanece endurecida em si mesma, surda e não-receptiva. A alma de Maria pode ser abalada. Ela não permanece em preguiçosa apatia e insensibilidade. Depois que Maria, em certa camada de sua alma, superou o assustar-se, uma outra faculdade nela se faz valer: o pensar, a reflexão; ela (consigo) “refletiu, que saudação seria aquela”. Superando o sentimento de susto, passa a atuar a força do pensamento com a qual procura assimilar a vivência. Para além da alma que sente, entra em ação a alma pensante, a razão. A alma de Maria é também pensadora. Pensando, ela quer obter clareza sobre a vivência espiritual, pensando, ela quer dominar a confusão em que a colocou o encontro com o anjo. Ao fazê-lo, o anjo pode, então, revelar o nascimento do filho Jesus, que será chamado Filho do Altíssimo.

Em seguida, Maria ergue-se para uma ação arrojada. Ela ousa perguntar ao anjo: “Como pode ser isto, se não conheço homem algum?” (1,34). Podemos dizer que se tratou de uma audaciosa interpelação, pois foi necessária uma grande coragem e força interior, levantar-se para uma palavra própria diante do poderoso arcanjo. Maria consegue ter a força de alma de colocar uma questão de cognição no âmbito da vida supra-sensível. Ela não é das almas resignadas que acreditam em limites do conhecer, porém crê corajosamente que para a alma que pergunta possam fluir respostas do mundo dos espíritos, capazes de esclarecer e solucionar os enigmas da vida. 

A alma de Maria crê no conhecimento. Perguntando audaciosamente, seu empenho cognitivo se dirige ao supra-sensível. Ela não pode permanecer parada com a simples anunciação do mundo espiritual, porém ousa perguntar como pode ser. Ela quer entender, quer saber, com humana força de consciência ela quer compreender como a palavra do anjo deve ser recebida e traduzir a relação do supra-sensível para o pensar humano. Ela não recebe a revelação com fé cega. 

E o anjo atende e diz sim ao seu audacioso empenho por conhecer. Á sua pergunta ele responde: ”O Espírito Santo virá sobre ti...”. O Espírito Santo ilumina a sua alma que luta por consciência. Ele satisfaz seu anseio cognitivo, sua sede de saber. 

Maria experimenta a verdade, que a satisfaz seu anseio cognitivo, sua sede de saber. Maria experimenta a verdade, que a satisfaz no fundo do seu íntimo: “Nenhuma palavra que vem de Deus será sem força” (1,37). Impulsos espirituais autênticos se impõem, alcançam sua meta. Segurar isto no íntimo denomina-se crer. Por isso, mais tarde Elisabeth exclama: ”E bem-aventurada é a que creu no cumprimento daquilo que lhe foi falado da parte do Senhor”, (1,45).Um impulso proveniente do Espírito encontrará conclusão, realização. Com esta verdade permeia-se totalmente a alma de Maria.

Assim que a vivência espiritual pôde, então, desembocar nas palavras de total submissão á vontade de Deus: “Maria porém disse: Vê, eu sou a serva do Senhor; aconteça a mim conforme a tua palavra”, (1,38). Não é uma submissão cega, pois sua alma obteve esclarecimento do mundo espiritual. Ela se une á vontade do Espírito, porque sabe. Profunda paz agora nela opera, mas essa paz, essa comunhão com a vontade divina foi antecedida por uma luta interior, por um drama íntimo. 

Maria atravessou o susto, a reflexão, o perguntar, para finalmente unir-se nas profundezas íntimas com a vontade de Deus, expressa pela palavra do anjo. Ela se mostrou: abalável, pensativa, crente na cognição, submissa a Deus.

Com estas quatro faculdades a alma de Maria é, também, modelo para o homem de atualidade. São forças de Advento. Se as nutrirmos e cuidarmos, farão da nossa alma a morada d’Aquele que vem.

Willi Nuesch

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Poesia: Natal é tempo...


"Natal é tempo... de dar um toque na vida 
com as cores da esperança, 
da fé, da paz e do amor. 

Também é tempo de preparar, 
em nosso coração e em nosso lar, 
um espaço para acolher 
as sublimes lições da Sagrada Família de Nazaré 
e aceitar as inevitáveis surpresas da vida. 

Natal é tempo... de olhar para o céu, 
encantarmo-nos com a luz das estrelas 
e seguir a estrela-guia. 

É tempo abençoado de dar mais atenção 
à criança que mora em cada um de nós 
e às que encontramos em nosso peregrinar, 
à procura do caminho 
que nos leva ao Deus-Menino. 

Natal é tempo... de mais uma vez ouvir, 
acolher e repetir 
a mensagem alegre dos Anjos de Deus. 

É tempo de acalentar sonhos de harmonia e paz 
e, olhando para os “anjos aqui na Terra”, 
dar a nossa contribuição, 
para tornar este nosso espaço 
um pouco mais parecido com o Céu. 

Natal é tempo... de contemplar 
o Menino Jesus e Sua Mãe 
e envolvermo-nos em silêncio orante. 

É tempo de agradecer as manifestações de Deus 
e deixarmo-nos extasiar por esse Divino Amor que, 
na fragilidade de uma Criança, 
nos braços de Maria, 
veio iluminar nossa fé. 

Natal é tempo... de olhar para o mundo, 
alimentar a chama do amor 
e apreciar o milagre da vida. 

É tempo de seguir com atenção e humildade 
os passos dos pastores 
e os daqueles que têm coração simples 
e, em gestos de ternura, 
sintonizar mentes e aconchegar corações. 

Natal é tempo... de pensar no irmão próximo e distante 
e de colaborar para o renascer do amor. 

É tempo de, amorosamente, 
recompor a vida, 
perdoar e abraçar, 
com a ternura e a misericórdia do Coração de Deus, 
os registros de nossa infância 
e dos anos que já vivemos. 

Na jubilosa esperança do Natal de Jesus Cristo, 
estejamos atentos para perceber 
e realizar o bem que estiver ao nosso alcance 
e sermos um compreensível eco da mensagem de paz 
daquela noite em que, 
gerado por obra do Espírito Santo, 
de Maria nasceu o Salvador." 

Desejo-lhe um natal maravilhoso, meu amigo!

Autor Desconhecido

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Oração 'Fica Comigo Senhor' / Padre Pio


Fica comigo, Senhor, pois preciso da tua presença para não te esquecer. 
Sabes quão facilmente posso te abandonar. 
Fica comigo, Senhor, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair. 
Fica comigo, Senhor, porque és minha vida, e sem ti perco o fervor. 
Fica comigo, Senhor, porque és minha luz, e sem ti reina a escuridão. 
Fica comigo, Senhor, para me mostrar tua vontade. 
Fica comigo, Senhor, para que ouça tua voz e te siga. 
Fica comigo, Senhor, pois desejo amar-te e permanecer sempre em tua companhia. 
Fica comigo, Senhor, se queres que te seja fiel. 
Fica comigo, Senhor, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor. 
Fica comigo, Jesus, pois se faz tarde e o dia chega ao fim; a vida passa, e a morte, o julgamento e a eternidade se aproximam. 
Preciso de ti para renovar minhas energias e não parar no caminho. 
Está ficando tarde, a morte avança e eu tenho medo da escuridão, das tentações, da falta de fé, da cruz, das tristezas. 
Oh, quanto preciso de ti, meu Jesus, nesta noite de exílio. 
Fica comigo nesta noite, Jesus, pois ao longo da vida, com todos os seus perigos, eu preciso de ti. 
Faze, Senhor, que te reconheça como te reconheceram teus discípulos ao partir do pão, a fim de que a Comunhão Eucarística seja a luz a dissipar a escuridão, a força a me sustentar, a única alegria do meu coração. 
Fica comigo, Senhor, porque na hora da morte quero estar unido a ti, se não pela Comunhão, ao menos pela graça e pelo amor. 
Fica comigo, Jesus. 
Não peço consolações divinas, porque não as mereço, mas apenas o presente da tua presença, ah, isso sim te suplico! 
Fica comigo, Senhor, pois é só a ti que procuro, teu amor, tua graça, tua vontade, teu coração, teu Espírito, porque te amo, e a única recompensa que te peço é poder amar-te sempre mais. 
Como este amor resoluto desejo amar-te de todo o coração enquanto estiver na terra, para continuar a te amar perfeitamente por toda a eternidade. 

Amém.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O significado do número 108


Entre os místicos é muito conhecido o extraordinário resultado de repetir um mantra, oração ou comando de luz, cento e oito vezes.

Cento e oito é o resultado de nove vezes o número doze.

O poder dos nove ou novena é prática antiga da religião católica. Porém, qual é a explicação deste poder?

Três é o poder da Chama Trina, ancorada no coração dos filhos e filhas de Deus.

É a chama do Poder, da Sabedoria e do Amor de Deus manifestando-se no homem; a trindade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.

Multiplicando o poder da chama da Trindade no coração, pelo poder da origem desta Chama Trina, no coração da Poderosa Presença do EU SOU individualizada, encontramos o resultado de três vezes três, o poder do numero nove. O numero do Espírito Santo.

Isto ocorre quando confirmamos a vontade de Deus na Terra, assim como Ele afirma no Céu.

Assim, nove é o número da manifestação do plano divino. Não é de se admirar que as mulheres tenham seus filhos aos nove meses de gestação.

E o número doze?

Vejamos: doze foram os apóstolos de Jesus.

Doze são os meses do ano e também doze são as legiões de anjos. Jesus disse a Pilatos:

– "Você pensa que eu não posso chamar meu Pai e Ele mandaria imediatamente doze legiões de anjos para me salvar?".

O relógio marca doze horas.

O chakra do coração tem doze pétalas significando doze vibrações únicas que são como doze chaves para as doze portas da cidade celestial.

Doze são os signos do zodíaco.

Existem doze hierarquias celestiais, cada uma referente a um signo zodiacal.

Elas carregam, mantêm e seguram à disposição da humanidade, as doze virtudes de Deus que são:
  1. poder,
  2. amor,
  3. mestria,
  4. controle,
  5. obediência,
  6. sabedoria,
  7. harmonia,
  8. gratidão,
  9. justiça,
  10. realidade,
  11. visão e
  12. vitória divina.

Doze são os raios de Deus, sendo sete conhecidos e cinco raios secretos.

Temos doze chakras, sendo também cinco secretos.

Doze são os frutos da Árvore da Vida.

Assim, grande é o poder dos 108, pois ele representa a multiplicação dos poderes de nove por doze (9 x 12 = 108).

Isto é a confirmação da vontade de Deus nos 12 Raios da Consciência Divina manifestados na Terra.

Extraído do livro: "Razão de Viver"

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Poder da Oração: Pai Nosso


Num ato de adoração a Deus, ocorre uma grande movimentação de Luz. São energias que se elevam, energias que descem em retorno, mesclando-se com a dos corpos do próprio discípulo, embora ele muitas vezes não se aperceba da riqueza do sublime acontecimento. Inúmeras preces têm em si o poder real de cura, de auto-conhecimento, de autotransformação e divinização do homem. Ao orar ao Pai Nosso, colocai toda vossa consciência - pensamento e sentimento - na verbalização de cada palavra, pronunciando-as pausadamente, de forma clara e precisa, impregnando-as com o ímpeto necessário a sua elevação.

Através do “Pai Nosso”, a vida de Deus se materializa em palavras, envolvendo o homem em luz:

PAI NOSSO 

Fonte única de vida eterna e luz. Energia primeva que permeia o universo da vida pulsante, multiforme e multidimensional. Aquele que nos criou, a quem pertencemos por inteiro, sem segredos, de quem recebemos tudo que somos e possuímos.

QUE ESTAIS NO CÉU 

Paragem dos mais altos planos de toda manifestação de vida visível e invisível, de paz absoluta, de frequências vibratórias intocadas. Céu que permanece disponível à visitação do filho de Deus e manifesta-se em seu próprio centro cardíaco em partículas de oscilações compatíveis, conservando a mesma riqueza de qualidade.

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME 

Que o Santo Nome de Deus, manifestando a mais alta fonte de vida, seja abençoado e sempre pronunciado com sincero e profundo respeito, em meio a ardentes vibrações de amor e gratidão; que o santificado nome jamais seja dito de forma inconseqüente ou desrespeitosa.

VENHA A NÓS O VOSSO REINO 

Que o Reino do Amor, da abundância, da alegria, da verdade, da iluminação, da realização presente também no corpo causal e na chama trina de cada ser humano, manifeste-se agora, abrangendo de forma definitiva todas as vidas que evoluem na Terra.

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU 

Que estas palavras sejam pronunciadas de forma confiante e que o ser humano possa, amorosa e alegremente, curvar-se ante a vontade e o poder de Deus, reconhecendo-O como poder do amor, da sabedoria, único e real, e sustentador de tudo que existe, em toda parte e por toda a eternidade.

DAI-NOS O PÃO DE CADA DIA 

Que a luz destinada desde o início ao filho de Deus, possa em realidade abastecer o seu espírito e proporcionar o amadurecimento das virtudes divinas em seu corpo de sentimentos; promover a sutilização de sua mente para que haja captação das verdades cósmicas; trazer a beleza e a dignidade a seu mundo físico. O pão recebido hoje na medida certa, absorvido com respeito e de forma adequada, construirá um futuro promissor, pleno de liberdade, onde o filho não mais chamado de pródigo, devidamente abastecido, manifesta a harmonia de Deus para sempre.

PERDOAI AS NOSSAS DÍVIDAS 

Que o Pai, usando de sua infinita paciência e misericórdia, perdoe a inversão da pura energia de vida, doada por Ele, amorosamente, aos seus filhos e que tem sido utilizada, no mínimo, de forma desrespeitosa e irresponsável. O ser humano, por longo tempo, tem deixado de lado sua capacidade inata de conduzir sua vida de acordo com o plano da perfeição estabelecido por Deus no ato da criação. Ele deveria sentir, pensar, ver, ouvir e agir, vivenciando em todos os momentos as virtudes divinas. O perdão de Deus é amor, é bálsamo, é luz para a consciência em falta, proporciona-lhe leveza e força para a requalificação da santa energia, que estando a seu serviço, sua responsabilidade, foi rebaixada em seu teor vibratório.

ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO 

Perdoar significa espelhar-se em Deus, aprofundar os laços que vos unem a Ele e vivenciar o verdadeiro amor. O perdão gera liberação tanto para quem perdoa como para quem é perdoado. É uma experiência de vida que faz renascer para uma realidade mais profunda e libertadora: perdoar e ser perdoado. Invocar o perdão que estais dispostos a conceder aos vossos semelhantes, derramando sobre suas almas bálsamos e amor divinos. Meditai a respeito.

NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO 

Que o ser humano saiba que Deus o acumulou com toda a sua potencialidade, dando-lhe, portanto, condições de ser vitorioso, desde que mantenha sua consciência voltada para a Verdade. No atual estágio, a humanidade terá que se esforçar muito em seus momentos de prece e adoração a Deus, para ultrapassar os limites da ignorância impostos a si mesma e vencer as tentações. Maus pensamentos e sentimentos formam campos vibratórios favoráveis ao acolhimento das tentações do mundo; somente a estreita sintonia com a mais alta fonte de vida dará ao homem o amparo e a força necessários à reversão do processo.

MAS LIVRAI-NOS DO MAL 

A luz de Deus, quando invocada, atua como escudo protetor. A fé substancia a proteção. O amor forma um ambiente ardente, aprazível e acolhedor para todas as boas irradiações.

AMÉM 

Que seja cumprido, em níveis internos e externos, sob todas as formas, o desejo de Deus. Desejo que se traduz em união na luz perfeita e eterna entre o Pai, o Criador e Seus filhos.

Arcanjo Samuel

sábado, 24 de dezembro de 2011

Como Fazer a Meditação das 12 Noites Santas (Antroposofia)








As 12 Noites Santas é o período que vai da Noite de Natal (25 de Dezembro) até a véspera do Dia de Reis (5 de Janeiro). Ao longo deste período, através da luz espiritual que brilha das Estrela do Zodíaco, das Constelações Zodiacais, dádivas se derramam sobre todos aqueles que: "Oram e Vigiam".

No nosso corpo humano, dos pés em direção à cabeça, vivenciamos uma transformação: de pessoas terrenas e materialistas em pessoas espiritualizadas, que olham o mundo além do material, com uma visão espiritual. Almejamos assim, a consolidação das forças do nosso Ser Essência Espiritual e a transformação dessas forças em qualidades verdadeiramente humanas.

Esta é uma tradição da sabedoria antiga. Quando apareceu e se acendeu no céu a estrela há muito tempo esperada, os 3 Reis Magos iniciaram a jornada até a criança que seria a representação do novo Sol do Mundo.

Após as 12 Noites, consideradas, a partir de então: 12 Noites Sagradas, os 3 Reis Magos puderam alcançá-la e ofertar em nome de toda a Humanidade: o incenso, a mirra e o ouro, acompanhado dos votos de que o Espírito Divino pudesse viver através da Trimembração descrita pela Antroposofia, ou seja, através do Pensar, do Sentir e do Querer (Vontade) humanos.

A cada Natal temos a chance de um "Novo Nascimento". E a cada Ano Novo a oportunidade de uma "Nova Vida". Temos que nos lembrar sempre disto, pois precisamos de forças espirituais para cada um de nós, individualmente, e também, para a união de todas as individualidades: o Todo. Somos Todos Um: Minerais, Vegetais, Animais e Humanos.

Através da Meditação das 12 Noites Santas podemos relembrar as nossas almas, colocando as sementes da Esperança, da Fé e do Amor para o próximo ano que se inicia.




Vamos à Meditação:



DIA 25 DE DEZEMBRO:

Na madrugada ou ao amanhecer do dia 25 acenda uma vela e deixe o Silêncio e a Devoção permearem e penetrarem na sua Alma e a luz da vela iluminar o seu espaço interior, onde na vivência de seu próprio Eu, a verdadeira Luz Solar do Eu do Cristo se faça presente!

Nesta noite, através da região de Peixes, e da Constelação de Peixes, os sábios da humanidade derramam suas bênçãos de sabedoria sobre você. Eles formam um círculo protetor em sua volta emanando a força que você precisa para se firmar nos próprios pés e tomar o seu destino nas próprias mãos.

Abra os braços e as pernas, formando uma Estrela de 5 Pontas com o seu corpo e diga:

Com firmeza eu ocupo o meu lugar no mundo
Com firmeza eu caminho pelo mundo
Com Amor no íntimo do meu Ser
Com Esperança em tudo o que eu faço
Com Confiança no meu pensar
Forças jorram no meu Coração!

Nas noites seguintes repita este passo. Aqueles que se sentem críticos e frágeis lembrem-se do estábulo de Belém onde em meio às condições mais adversas, de frio e penúria, nasceu a Criança Divina.

DIA 26 DE DEZEMBRO:

Nesta noite pense no que voce quer alcançar em 2012 e olhe também para o seu estado de saúde. Da região de Aquário, e da Constelação de Aquário, o Anjo que tem sido o seu guia espiritual através de suas sucessivas vidas, irá iluminar suas metas individuais para o ano que se inicia e fortalecer a qualidade pessoal através da qual você se tornará o agente de sua própria saúde.

DIA 27 DE DEZEMBRO:

Nesta noite anseie pelo bem de todos. Elevando a alma às alturas espirituais e unindo-se ao ser do Cristo, a visão do seu lugar no mundo e do que voce precisa realizar se tornará mais clara. Da região de Capricórnio, da Constelação de Capricórnio, os Arcanjos, espíritos das cosmovisões lhe trarão coragem para alcançar suas metas.

DIA 28 DE DEZEMBRO:

Nesta noite reavalie as suas qualidades pessoais. Da região de Sagitário, e da Constelação de Sagitário, os Arqueus, espíritos da personalidade lhe trarão as forças da inteligência que lhe erguem, lhe sustentam e apontam a direção do futuro. Eles injetam clareza no seu pensar para que voce perceba e assuma o compromisso com o que há de melhor de si.

DIA 29 DE DEZEMBRO:

Nesta noite procure ficar em paz consigo. Da região de Escorpião, e da Constelação de Escorpião, os Exusiai, espíritos da forma lhe trazem a capacidade de renascer das crises e de todos os processos de perda, impotência, dor e desespero.

DIA 30 DE DEZEMBRO:

Nesta noite reconheça quais os pontos de equilíbrio de sua vida. Da região de Libra, e da Constelação de Libra, os Dynamis, espíritos do movimento lhe trazem a capacidade para equilibrar na alma as forças de dispersão e ter uma vida coerente e harmoniosa.

DIA 31 DE DEZEMBRO:

Nesta noite concentre-se, como o faz a semente, na essência do que voce quer realizar. Da região da Virgem, e da Constelação de Virgem, os Kyriotetes, espíritos da sabedoria lhe trazem a capacidade de encontrar forças a partir do seu próprio interior para fazer desabrochar a sua vida.

DIA 1 DE JANEIRO:

Nesta noite, abandone o medo dos desafios que voce tem pela frente. Da região de Leão, e da Constelação de Leão, os Tronos, espíritos da vontade lhe trazem poderosas forças para vencer as provas que as suas escolhas lhe trazem.

DIA 2 DE JANEIRO:

Nesta noite deixe de lado a apreensão pelo que está em transição na sua vida. Da região de Câncer , e da Constelação de Câncer, os Querubins, espíritos da harmonia lhe trazem a força de se harmonizar com o novo e criar aconchego para os momentos de transição.

DIA 3 DE JANEIRO:

Nesta noite abra o seu coração, reconheça o bem em si e nos outros. Da região de Gêmeos, e da Constelação de Gêmeos, os Serafins, espíritos do amor lhe trazem impulsos para vencer a barreira do individualismo e da solidão e encontrar sentido na união e na fraternidade.

DIA 4 DE JANEIRO:

Nesta noite deixe seu olhar buscar novos horizontes para a sua vida. Da região de Touro, e da Constelação de Touro, o Espírito Santo lhe traz a força da persistência que leva ao progresso.

DIA 5 DE JANEIRO:

Nesta noite pense em uma Graça que você quer alcançar. Da Região de Áries, e da Constelação de Áries, o Cristo, o próprio Filho de Deus, lhe traz a liberdade de ser voce mesmo.


Que este Natal seja a celebração interna e externa no nascimento de Jesus, o Cristo, no coração, na consciência e na experiência diária de cada um de nós!

Luz e Paz!



Mais detalhes neste outro link abaixo:

Visite também:

http://sandralage.blogspot.com.br/2011/12/meditacao-de-natal-as-12-noites-santas.html


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ACESSE TAMBÉM:

http://www.sandrahbellezanovelli.com/


domingo, 11 de dezembro de 2011

Oração ao Divino Espírito Santo


Senhor e Criador que és nosso Deus, vem inspirar estes filhos teus; em nossos corações derrama a Tua paz; um povo renovado ao mundo mostrarás. Sentimos que Tu és a nossa luz, fonte de amor, fogo abrasador. Por isso é que ao rezar, em nome de Jesus, pedi­mos nesta hora os dons do Teu amor. Se temos algum bem, virtude ou dom, não vem de nós, vem do Teu favor! Porque sem Ti, ninguém, ninguém pode ser bom. Só Tu podes criar a vida interior. Infunde pois agora, em todos nós que como irmãos vamos sempre agir à luz do Teu saber, à força do querer, a fim de que possamos juntos construir. E juntos cataremos sem cessar cantos de amor para Te exaltar! És Pai, és Filho e és Espírito de Paz. Por isso, em nossa mente sempre reinarás. Amém.

Pai onipotente e eterno, tende compaixão de nós!
Jesus, Filho Eterno do Pai, e Redentor do mundo, Salvai-nos!
Espírito do Pai e do Filho, amor eterno de um e de outro, Santificai-nos!
Trindade Santa, Atendei-nos!
Espírito Santo que procedeis do Pai e do Filho, Vinde a nós!
Divino Espírito, igual ao Pai e ao Filho, Vinde a nós!
A mais terna e generosa promessa do Pai, Vinde a nós!
Dom de Deus altíssimo, Vinde a nós!
Raio de Luz celeste, Vinde a nós!
Autor de todo o bem, Vinde a nós!
Fonte de água viva, Vinde a nós!
Fogo consumidor, Vinde a nós!
Unção espiritual, Vinde a nós!
Espírito de Amor e Verdade, Vinde a nós!
Espírito de Sabedoria e de Inteligência, Vinde a nós!
Espírito de Conselho e de Fortaleza, Vinde a nós!
Espírito de Ciência e Piedade, Vinde a nós!
Espírito de Temor do Senhor, Vinde a nós!
Espírito de Graça e Oração, Vinde a nós!
Espírito de Paz e Doçura, Vinde a nós!
Espírito de Modéstia e Pureza, Vinde a nós!
Espírito Consolador, Vinde a nós!
Espírito Santificador, Vinde a nós!
Espírito que governais a Igreja, Vinde a nós!
Espírito de acréscimo de filhos de Deus, Vinde a nós!
Espírito Santo, Atendei-nos!

Vinde renovar a face da terra. Derramai a vossa luz nos nossos espíritos. Gravai a vossa lei nos nossos corações. Abrasai os nossos corações no fogo do vosso Amor. Abri-nos o tesouro das vossas graças. Ensinai-nos como quereis que as peçamos. Iluminai-nos pelas celestes inspirações. Concedei-nos a ci­ência que é a única necessária. Formai-nos na prática do bem. Dai-nos o merecimento das suas virtudes. Fazei-nos perseverar na justiça. Sede Vós a recompensa eterna.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, enviai­-nos o divino consolador.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, enchei­-nos dos dons do vosso Espírito.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, fazei cres­cer em nós os frutos do Espírito Santo.

Enviai o vosso Espírito e serão criados! E renovareis a face da terra!
Ó Fogo abrasador, do Puro Amor, vinde como em Pentecos­tes. Incendiai a nossa alma, o nosso coração! Queimai em nós todo ódio, toda falta de fé! Queimai em nós todo orgulho, toda vaidade, e fazei que nos prendamos às coisas do céu! Tirai de nós todo apego ao materialismo, às pessoas. Tirai de nós todo respeito humano! Inflamai e purificai o nosso cora­ção com um ardente Amor, por Jesus Cristo. Inspirai-nos o ardente desejo de alcançar o Céu! Ensinai-nos como falar e quando falar, como agir e quando agir. Que sejais vós, Se­nhor, fonte de toda santidade, a falar a nós, agir em nós, pois só assim daremos frutos, cem por um! Vinde, Espírito Santo de Amor sobre toda a terra, abrasai-a num fogo consumidor e dai-nos a Paz tão desejada nos corações para que cesse toda a violência e haja o Amor. Amém.

Espírito Santo! Descei sobre nós e iluminai-nos!
Espírito Santo que abrasastes o Coração da Virgem Maria! Abrasai também o nosso coração de amor!
Ó Mãezinha do céu, esposa do Divino Espírito Santo! Morai sempre em meu coração. Assim o Espírito Santo sentir-se-á atraído por vós e virá morar também em meu coração!

Vinde, Espírito Santo! Vinde, Espírito Santo!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Atitude de Alma de Maria (Antroposofia)


Na história da humanidade há uma figura, na qual a atitude e a mentalidade própria do Advento se nos defronta como que personificada: é Maria. Ela é o ser humano que pôde preparar o corpo para o Redentor que estava vindo. Para ele Maria estava de “boa esperança”, a espera advêntica para ela foi um fato corpóreo. Ela cuidou de germinar que devia vir á luz do mundo.

Mas Maria é também uma alma advêntica. Isto verifica com maravilhosa nitidez no evangelho de Lucas, o qual, aliás, é o evangelista de Maria. Aprofundar-se na questão da atitude da alma de Maria corresponde ao caráter da época de Advento. 

Assim como Maria se tornou o envoltório protetor do menino Jesus, assim a época de advento quer ensinar ao homem a preparar sua alma para se+r envoltório do Cristo. 

Como deve ser minha alma para poder ter esperança de nela nascer o homem superior, o homem-espírito? 

Como minha alma deve conduzir-se, como deve agir para que o “Filho do Homem” possa nela manifestar-se? 

O que ela tem que fazer, como ela tem que ser para que o Filho de Deus possa nela revelar-se? 

Olhar para a atitude da alma de Maria pode dar respostas a essas perguntas.

O evangelho de Lucas primeiro descreve a anunciação do nascimento de Jesus pelo anjo Gabriel. 

Como o evangelho caracteriza a alma de Maria? O que ela faz? Como ela se conduz? 

Dos dizeres do Evangelho (Cap.1, 29-38) depreendem-se os seguintes modos de conduta: Maria é:


  • a que se assusta com a palavra ( ela fica confusa, atônica, perplexa)
  • a que reflete sobre a palavra ( ela pondera, medita, pensa)
  • a que pergunta ao anjo ( ela interpela o anjo)
  • a que se submete á palavra do anjo ( ela se entrega á vontade de Deus)

A alma de Maria fica perplexa com a palavra do anjo. Ela se deixa tocar e abalar pela vivência supra-sensível, não permanece fria e fechada perante tal vivência. Ser inabalável nem sempre é uma virtude, pode indicar endurecimento e insensibilidade. Quem não se emociona com nada, não tem nem possibilidade de evoluir e nem futuro. Maria está aberta perante o mundo espiritual. Não traz couraça com torno da alma que a feche para o Espírito. Ela se expõe ás forças e aos seres supra-sensíveis, não lhe opõe resistência e reserva. Por isso o Espírito consegue penetrá-la, falar-lhe poderosamente. Inicialmente ela não estava á altura desse falar e nela prevalecia uma certa confusão, até mesmo medo.

Ela treme sob o bafejo do mundo divino. Ela é como um instrumento de cordas que sob a mão do tocador treme e vibra. Uma atitude contrária mostraria uma alma que diante da palavra do espírito permanece endurecida em si mesma, surda e não-receptiva. A alma de Maria pode ser abalada. Ela não permanece em preguiçosa apatia e insensibilidade. Depois que Maria, em certa camada de sua alma, superou o assustar-se, uma outra faculdade nela se faz valer: o pensar, a reflexão; ela (consigo) “refletiu, que saudação seria aquela”. Superando o sentimento de susto, passa a atuar a força do pensamento com a qual procura assimilar a vivência. Para além da alma que sente, entra em ação a alma pensante, a razão. A alma de Maria é também pensadora. Pensando, ela quer obter clareza sobre a vivência espiritual, pensando, ela quer dominar a confusão em que a colocou o encontro com o anjo. Ao fazê-lo, o anjo pode, então, revelar o nascimento do filho Jesus, que será chamado Filho do Altíssimo.

Em seguida, Maria ergue-se para uma ação arrojada. Ela ousa perguntar ao anjo: “Como pode ser isto, se não conheço homem algum?” (1,34). Podemos dizer que se tratou de uma audaciosa interpelação, pois foi necessária uma grande coragem e força interior, levantar-se para uma palavra própria diante do poderoso arcanjo. Maria consegue ter a força de alma de colocar uma questão de cognição no âmbito da vida supra-sensível. Ela não é das almas resignadas que acreditam em limites do conhecer, porém crê corajosamente que para a alma que pergunta possam fluir respostas do mundo dos espíritos, capazes de esclarecer e solucionar os enigmas da vida. 

A alma de Maria crê no conhecimento. Perguntando audaciosamente, seu empenho cognitivo se dirige ao supra-sensível. Ela não pode permanecer parada com a simples anunciação do mundo espiritual, porém ousa perguntar como pode ser. Ela quer entender, quer saber, com humana força de consciência ela quer compreender como a palavra do anjo deve ser recebida e traduzir a relação do supra-sensível para o pensar humano. Ela não recebe a revelação com fé cega. 

E o anjo atende e diz sim ao seu audacioso empenho por conhecer. Á sua pergunta ele responde: ”O Espírito Santo virá sobre ti...”. O Espírito Santo ilumina a sua alma que luta por consciência. Ele satisfaz seu anseio cognitivo, sua sede de saber. 

Maria experimenta a verdade, que a satisfaz seu anseio cognitivo, sua sede de saber. Maria experimenta a verdade, que a satisfaz no fundo do seu íntimo: “Nenhuma palavra que vem de Deus será sem força” (1,37). Impulsos espirituais autênticos se impõem, alcançam sua meta. Segurar isto no íntimo denomina-se crer. Por isso, mais tarde Elisabeth exclama: ”E bem-aventurada é a que creu no cumprimento daquilo que lhe foi falado da parte do Senhor”, (1,45). Um impulso proveniente do Espírito encontrará conclusão, realização. Com esta verdade permeia-se totalmente a alma de Maria.

Assim que a vivência espiritual pôde, então, desembocar nas palavras de total submissão á vontade de Deus: “Maria porém disse: Vê, eu sou a serva do Senhor; aconteça a mim conforme a tua palavra”, (1,38). Não é uma submissão cega, pois sua alma obteve esclarecimento do mundo espiritual. Ela se une á vontade do Espírito, porque sabe. Profunda paz agora nela opera, mas essa paz, essa comunhão com a vontade divina foi antecedida por uma luta interior, por um drama íntimo. 

Maria atravessou o susto, a reflexão, o perguntar, para finalmente unir-se nas profundezas íntimas com a vontade de Deus, expressa pela palavra do anjo. Ela se mostrou: abalável, pensativa, crente na cognição, submissa a Deus.

Com estas quatro faculdades a alma de Maria é, também, modelo para o homem de atualidade. São forças de Advento. Se as nutrirmos e cuidarmos, farão da nossa alma a morada d’Aquele que vem.

Willi Nuesch

sábado, 3 de dezembro de 2011

O Manto de Mãe Maria: Proteção para os Filhos (Antroposofia)


Ó manto de Maria
proteja meu filho de todo mal
Ó manto de Maria
envie o calor do meu coração para meu filho
Ó manto de Maria
Guie os passos do meu filho na senda da verdade
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Anônimo 

Esta oração da Idade Média procura três elementos de proteção para ajudar o jovem a crescer: 

O calor do amor, 
O guiar os passos e 
O encontro com a verdade. 

Naquela época as pessoas tinham um relacionamento natural com os mundos superiores e a prece era o meio mais eficaz para expressar essa fé e confiança. Esta situação tem mudado bastante, pois hoje em dia temos que nos conscientizar dos problemas, para que junto conosco as forças superiores possam atuar na oração.

Os pais estão muito atentos aos perigos do mundo de fora que podem atingir seus filhos. Porém, além disso existem alguns que não se manifestam tão obviamente, mas que podem interferir no crescimento sadio do/da jovem, isto é, ‘a perda da inocência’, o avançar de vivências que deveriam ficar para um setênio futuro pois o namoro muitas vezes começa já no segundo setênio.
Este fenômeno não é restrito ao Brasil senão ao mundo dos jovens em geral, onde eles estiverem. 

O jovem se mostra insatisfeito com as atividades que satisfazem seus pais na mesma idade, ele quer e exige vivências exuberantes; praticar esportes de alto risco é apenas uma manifestação disso. Eles procuram a liberdade emocional que se confunde com a emergência da sexualidade.

Na maioria dos casos a pergunta de como chegar a critérios adequados para lida com esta questão se resolve por meio daquilo que podemos chamar “o consensus da aula”. Os pais são cada vez mais confrontados com os pedidos e as colocações de seus filhos que por citar “o consensus da aula” exigem que desfrutem de plena liberdade de escolha, de onde, vão, com quem, e chega a tal ponto o exagero que convencem, em alguns casos, seus pais de que sua tarefa seria de ver que a vontade de seu filho seja cumprida. Claro que isto ocorre em casos extremos, porém, é como dizer: “tenho o direito de ser feliz e para que isso possa acontecer, vocês deveriam remover os obstáculos no meu caminho”... Com esta atitude pouco a pouco desaparece a objetividade entre a criança/jovem e seus pais. 

Podemos perguntar como isso aconteceu?

Os pais da grande metrópoles, estão em geral ambos ausentes do lar por períodos longos pela exigência de seus trabalhos. Como não estão, o jovem imperceptivelmente transfere seu “ponto referencial” ou uma parte dele para o consensus da aula chamado “panelinha”. O “consensus da aula” sempre está querendo abrir novos campos de interesse, expandindo a atuação livre dos seus integrantes, como participar em festas sem supervisão dos pais que vão até a hora da madrugada, ou festas na praia, ou em lugares longe de casa onde se pernoita e assim em diante. 

O grupo começa a exercitar uma influência considerável, como monitorando como se veste, estilo, cor, quem é considerado “legal” e quem não é, assim com mil é uma metas que só eles sabem. Os integrantes formam laços emocionais e usam o grupo cada vez mais como ponto de referência para seu comportamento. Os líderes deste grupo são os mais precoces e experientes. Uma jovem que seja talvez mais tímida, porém querendo fazer parte da “ação” se sente sob pressão para entrar no jogo do namoro, de demonstrar sua capacidade de conquistar, mesmo que ela, ao cumprir este papel, tenha de contradizer sua própria consciência, como preço de ser integrante do grupo.

São justamente estas jovens que podem perder sua inocência sem querer fazê-lo. Elas entram em uma situação desprotegida em uma situação constrangedora em que se deixam ser levadas pelo que os outros acham “legal”, perdendo assim sua inocência e possivelmente sendo arrastadas à gravidez e a um parto ou a um aborto, ambos semeando tristeza na sua jovem vida. Temos de ser conscientes e vigilantes no atuar com nossos filhos de maneira que este tipo de acidente não aconteça. Porém, essa proteção terá que vir da nossa fé que eles podem sentir como uma força protetora também.

A celebração das épocas do ano cristão deveria nos trazer ajuda para refletir sobre as realidades práticas de nossas vidas. 

Que neste Advento a Virgem Maria possa nos transmitir os valores da inocência, da pureza, como foram sua condição para poder ser portadora do seu filho Jesus, o filho de Deus.

Queremos que essa qualidade seja preservada em nossos filhos para que eles possam ser portadores da flor da juventude e que em seu tempo amadureça na alma a capacidade de amor que se revela no encontro daquele que esperava aparecer no destino.

Como podemos proteger esta flor?

Pelo fato de estabelecer nos com o ponto referencial principal dos nossos filhos pelo fato de eles serem a coisa mais importante que temos. Este fato terá que ser manifestado pela presença do pai ao lado do seu filho, como pai, companheiro, amigo e guia. 

A época de Advento é um momento para os pais contemplarem se o seu manto de proteção é pequeno de mais, ou está cobrindo por completo seu filho amado. Se não estiver cobrindo, ali temos que ver que só com sacrifício restabeleceremos estas prioridades, sacrificar tempo, até trabalho para poder desfrutar deste relacionamento divino, pois a inocência de seu filho vem de Deus e toca as cordas da ternura em seu coração.

Agora estamos em condições de fazer a oração com toda convicção.

Ó manto de Maria
proteja meu filho de todo mal
Ó manto de Maria
envie o calor do meu coração para meu filho.
Ó manto de Maria
guie os passos do meu filho na senda da verdade
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo!

O Manto de Maria 
Por Douglas Thackray