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segunda-feira, 24 de abril de 2017
domingo, 15 de janeiro de 2017
Poema de Manoel de Barros
"A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores
e até infinitos."
Manoel de Barros
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Careca x Cabelos... Textos de Mentor Neto
"Esse negócio de ser careca e pai de meninas é muito complicado.
Porque, aos poucos, estou aprendendo que os cabelos das minhas filhas são seres humanos.
Parecem a barriga da Pugli.
São carentes de constante atenção.
Precisam de Condicionador.
Eu não uso Condicionador.
A última vez que usei chamava Creme Rinse.
Então vou lá e compro a porra do Condicionador.
E o Shampoo.
Shampoo eu uso.
Uso que nem quando eu tinha cabelo.
Lavo meus cabelos com shampoo todos os dias.
E sou exigente com a marca.
Malin+Goetz de pimenta.
Porque sou gordo, mas elegante.
Coloco o shampoo na minha mão em concha e massageio o que restou de cabelo, delicadamente, como se fossem o último casal de pandas.
Creme Rinse não precisa porque meu cabelo é muito liso.
Mas o das meninas?
Nossa.
São fartos e lisos.
Mas precisam de tudo.
Precisam de elásticos. Mas tem que ser uma raça específica.
Precisam de escovas. Mas não pode ser qualquer uma.
Fazem tranças, rabos, coques.
Chapinha e secador, tem lá no armário delas.
E para cortar?
A última vez que as levei para cortar o cabelo precisei vender um iMac usado na OLX para pagar a conta.
Agora, sempre que pedem, escorre uma lágrima.
Mas de todas as estranhezas que tenho com cabelo, uma é inaceitável:
A toquinha.
Eu não entendo porque alguém usa toquinha.
- Pai, tem toquinha? - grita enrolada na toalha.
- Ve no meu banheiro! - respondo.
- Ah pai, não zoa! é sério!!
Se não tem, que tal exercer o saudável hábito de lavar, me pergunto.
Mas não encontro resposta."
E tem mais...
"Não tenho irmãs.
Então até minhas filhas nascerem eu não fazia ideia que a fêmea da espécie humana é um animal com hábitos tão diferentes dos seres humanos normais.
Das diferenças todas, a que mais me chama a atenção é o hábito de frequentar um salão de beleza.
Para me aprofundar no assunto, ontem levei minha filha a um desses salões.
Ela levou semanas perguntando o que deveria fazer em testes de múltipla escolha.
Porque mulher não faz questão aberta.
Descobri que minhas respostas não serviram de nada.
O peso da manicure na decisão é muito, mas muito maior do que meus palpites.
Eu sou só o pai, convenhamos.
Mas calma. Vamos por partes.
Chegamos no enorme salão.
Bem iluminado cheio de mulheres em seu pior estado.
Porque num cabeleireiro ocorre uma espécie de trégua unilateral na dança do acasalamento milenar entre homens e mulheres.
Ver as mulheres em um cabeleireiro é como abrir o capô de um carro para ver o motor.
É interessante, mas se você não entende, melhor não dar palpite.
Passo por uma senhora atacada por um enxame de papéis prateados.
Dou um passo para trás assustado, mas ela sequer tira os olhos da revista.
Até uns anos, nem sabia que existiam efeitos no cabeleireiro.
A única pergunta que o barbeiro me fazia era "curto"?
E a única resposta era "sim”.
Hoje em dia, por motivos óbvios, nem isso.
Num cabeleireiro tudo é complicado de fazer e tem uma ordem certa.
Primeiro o descolamento zâmbio, depois o tingimento poney, depois o catso da escova alisadora flexível.
Se homens precisassem se esforçar como as mulheres, eu já teria sido expulso da sociedade e me tornado um ermitão.
Num cabeleireiro a mulher enfrenta uma pletora de opções.
É quase um Starbucks.
Nunca pensei que fosse tudo tão complicado.
"Luzes", por exemplo, eu achava que eram feitas com, sei lá, uma pistola laser.
"Californiana" eu achava que era só mergulhar a ponta dos cabelos numa banheira de tintura loira e segue a vida.
Que nada.
Quando me disseram que ia demorar três horas eu pensei que era porque deveriam estar sem luz.
Não me ocorre nada que eu possa fazer no meu corpo que dure três horas.
Vamos chegando perto da cabeleireira designada para nós.
Digo nós, porque não basta ser pai. Tem que mergulhar na experiência.
A moça se chama Babi e tem o cabelo rosa.
Eu não sei bem o que fazer, onde sentar, então enfio a mão nos bolsos que é o que sempre faço quando não sei o que fazer.
Tenho medo de deixar minha filha ali e ir embora.
Não por ela, por mim.
Teria que passar de novo por aquelas mulheres em estado bruto.
Sento num banquinho que constrangeria João Gilberto.
Minha filha queria pintar as pontas de alguma cor esquisita.
Apesar do cabelo rosa, Babi diz que é melhor não.
Que o cabelo vai parecer uma palha.
Agora as duas estão dialogando e gesticulando em aramaico.
Faço cara de interesse.
Então olham para mim, como se minha opinião importasse.
Não se engane.
Cabeleireiro é um lugar onde um homem vai para realizar o humilde exercício de ser ignorado.
- Isso. - respondo, para agrado de ambas.
Hiberno na cadeira.
Três horas depois está tudo pronto.
Minha filha está ainda mais linda e curiosamente, muito mais segura do que quando entrou.
Isso eu gostaria.
Um lugar onde os homens vão para saírem mais seguros.
Há anos que me torno, a cada segundo, mais inseguro que no segundo anterior.
Paro no caixa para pagar.
- O senhor quer mais um café?
Ela pergunta enquanto tento achar o número de zeros antes da vírgula.
O preço é o PIB da Bolívia.
Fico inseguro.
Mas ela está tão linda e feliz.
Não é para isso que eu vivo, afinal?"
Textos de MENTOR NETO
domingo, 21 de dezembro de 2014
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Obras Geniais de Oscar Niemeyer
"Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o Universo".
Oscar Niemeyer
Ele foi, dos arquitetos brasileiros, o nome mais influente na arquitetura moderna. Pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado, teve grande fama nacional e internacional desde a década de 1940.
Premiações e reconhecimentos
1963 - Prêmio Lênin da Paz, Governo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
1963 - Membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos
1964 - Membro honorário da Academia Americana de Artes e Letras e do Instituto Nacional de Artes e Letras
1975 - Comendador da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (3 de Março)
1988 - Prêmio Pritzker de Arquitetura, dos Estados Unidos
1989 - Título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília
1989 - Prémio Príncipe das Astúrias das Artes Espanha
1989 - Medalha Chico Mendes de Resistência.
1990 - Cavaleiro Comendador da Ordem de São Gregório Magno, Vaticano
1994 - Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal (26 de Novembro)
1995 - Título de Doutor Honoris Causa da Universidade de São Paulo
1995 - Título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Minas Gerais
1996 - Prêmio Leão de Ouro da Bienal de Veneza, VI Mostra Internacional de Arquitetura
1998 - Royal Gold Medal do Royal Institute of British Architects
2001 - Medalha da Ordem da Solidariedade do Conselho de Estado da República de Cuba
2001 - Medalha do Mérito Darcy Ribeiro do Conselho Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro
2001 - Prêmio UNESCO 2001, na categoria Cultura
2001 - Título de Grande Oficial da Ordem do Mérito Docente e Cultural Gabriela Mistral, do Ministério da Educação do Chile
2001 - Título de Arquiteto do Século XX, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil
2004 - Praemium Imperiale, Japan Art Association
2005 - Patrono da Arquitetura Brasileira, declarado pela Lei nº 11.117 (18 de maio)
2007 - Medalha Ordem do Mérito Cultural, Brasil
2007 - Medalha e título de Comendador da Ordem Nacional da Legião da Honra, Governo da França
2007 - Medalha da Ordem da Amizade, Governo da Rússia
2007 - Medalha Oscar Niemeyer do Partido Comunista Marxista-Leninista
2008 - Prêmio ALBA das Artes, Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua
2009 - Orden de las Artes y las Letras de España
2009 - Título de Doutor Honoris Causa da Universidade Técnica de Lisboa
2009 - XXXIII Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo. Mostrando-se ainda jovem, participou como pôde do maior evento realizado no ano pela FeNEA (Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo).
Fonte:
http://raquelcrusoe.blogspot.com.br/2012/12/oscar-niemeyer-e-suas-obras-geniais.html
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Inteligência: Exercite a sua!
Amante do mundo, das pessoas e das artes. Poeta quando pode e não o quanto gostaria. Esta auto-definição é de Marsyl Bulkool Mettrau, professora universitária e pesquisadora especializada em Altas Habilidades. Inteligência para os leigos. Autora do livro “Inteligência, Patrimônio Social” e de vários trabalhos sobre cognição.
Nesta entrevista para a Oficina da Memória, Marsyl chama a atenção para o fato de que todos temos talentos, mas que precisam ser ativados.
Marsyl viveu um ano na Argélia, no norte da África, período em que dirigiu a Escola Jardim Brasil, para filhos de trabalhadores brasileiros lá residentes. Durante cinco anos seguidos, organizou, em uma universidade pública, a Jornada de Talentos, iniciativa que se destinava, predominantemente, a pessoas pobres, que, em sua maioria, nunca puderam perceber o valor social da arte e da beleza, indo do cordel ao origami, culinária, poesia, coral, pintura, entre outras formas de expressão do talento pessoal.
Professora e pesquisadora da Universidade Universo, Marsyl coloca em prática o que preconiza como ensinamento. Embora tenha um cotidiano atribulado - amenizado pela presença da netinha Alicia, de apenas seis anos, a quem ela considera sua “delícia”-, encontra tempo para se dedicar à poesia, e está escrevendo o livro “Ninguém Nasce Pronto”.
Pretende, com a publicação do livro, democratizar uma informação ainda de circulação restrita ao meio acadêmico e especialistas da área: a de que o cérebro se mantém vivo, com capacidade cognitiva mesmo com a chegada da velhice. Para tanto, ela adverte, é preciso estimular o cérebro constantemente, de forma a mantê-lo funcionando em plenitude.
Aos 68 anos, Marsyl dá dicas para que todos possam exercer seus respectivos talentos e treinar a inteligência, e, assim, tornem a vida mais interessante e envelheçam com dignidade. “Ao idoso que queira manter-se vivo no sentido pleno, digo que tem de ter avidez pelo que é novo, criar expectativas, manter o olhar de criança, de jovem, de modo a poder ficar maravilhado com as coisas novas. Desfrutar o prazer da descoberta!”, ensina a pesquisadora.
Oficina da Memória – Por que ser criativo é considerado difícil?
Marsyl – Porque o processo criativo, a criatividade em si, é algo que remete ao novo, ao que não é considerado usual, e isto envolve as pessoas, de um modo geral, em um “medo” de não saber lidar com esse novo. Esse falso medo leva a maioria das pessoas, independentemente da faixa etária, a considerar que ser criativo, necessariamente, é algo complexo. E não é. Além disso, ainda não é costumeiro o estímulo à criatividade.
Oficina da Memória – O que é criar?
Marsyl – Criar é dar forma a algo novo em qualquer campo da atividade e, portanto, o ato de criar abrange a capacidade de compreender, que, por sua vez, envolve outras capacidades, tais como: relacionar, ordenar, configurar, significar. Por isto, vemos a criação como uma dimensão da inteligência. Os indivíduos mais altamente criativos têm necessidades fortes voltadas para o desconhecido, o inusitado, o paradoxal, o misterioso, enfim o inexplicado e conservam estas características também na Terceira Idade. O criar, o conhecer e o sentir são as diferentes expressões da inteligência humana, pois é possível ao homem expressar sua inteligência de variadas maneiras e formas, porque ele é capaz de criar (criação), perceber e conhecer o que cria (cognição) e sentir emoções.
Oficina da Memória – Como identificar uma pessoa criativa?
Marsyl – Podemos chamar de criativa uma pessoa que sempre faz perguntas, que descobre problemas aonde os outros encontram respostas satisfatórias; que é capaz de juízos e julgamentos autônomos e independentes (do pai, da escola, da sociedade etc.). Ela recusa o já codificado e remanuseia objetos e conceitos sem se deixar inibir pelo conformismo de aceitar as idéias como elas já se apresentam.
Oficina da Memória – O que é a inteligência?
Marsyl – É a expressão de um processo dinâmico profundamente afetado pela emoção, desejo e afeto.
Oficina da Memória – O funcionamento da inteligência humana é um processo dinâmico, sem local de início nem fim, que englobaria três expressões distintas, mas indissociáveis e que se iniciam, se realizam e se desenvolvem no contexto do grupo social. É o que você afirma. O isolamento a que são submetidas as pessoas da Terceira Idade não contribui de forma negativa para a continuidade da dinâmica desse processo?
Marsyl – Contribui consideravelmente, porque os circunstantes percebem em alguns idosos um ar mais desligado e acham, equivocadamente, que isto se dá pelo fato deles já terem vivido tudo, daí estarem imersos nesse processo de desinteresse em relação ao mundo. Embora estejamos vivendo um período de grande avanço nas pesquisas sobre o cérebro e a mente, ainda não deu tempo de as pessoas, em geral, conhecerem a capacidade efetiva desse órgão. Percebe-se que há um desconhecimento sobre a capacidade permanente do cérebro de interagir e que, para isto, precisa ser também permanentemente estimulado.
Oficina da Memória – Por falar em estímulo, como incentivar o talento para que ele não se perca?
Marsyl – Antes de tudo, é preciso assumir que uma mesma pessoa possa ter um ou mais de um deles e se conscientizar de que o talento importa para o que se está em volta. E aquelas pessoas que acham que não o tem, precisam ficar atentas para estimular o seu talento. E para despertá-lo é indispensável ter uma vida participativa. E participação não apenas na chamada vida social, mas ir com frequência aos museus, às galerias de artes, às livrarias, para se manter alerta cognitivamente. Infelizmente, esse tipo de atividade não está tão difundida quanto as atividades sociais, tais como dança de salão e hidroginástica, por exemplo, que são importantes, mas são complementares. As trocas cognitivas, intelectuais são imprescindíveis na vida de qualquer pessoa, independentemente da faixa etária. Oscar Niemeyer, com 99 anos, por exemplo, acaba de se casar. Esse prazer de viver só se mantém porque ele permanece criando, sendo inventivo e produzindo, porque não se permitiu o susto, o lapso da parada.
Oficina da Memória – Você disse que criar, perceber o que cria e sentir são, exatamente, as dimensões que distinguem o ser humano dos demais animais. Como continuar fazendo isso, mesmo quando envelhecemos e, em tese, já não estaríamos dispostos a isso?
Marsyl – Essa tese está errada. Esse diagrama é equivocado, porque o cérebro só deixa de funcionar por falta de estímulos, sejam orgânicos ou sociais. Até que ocorra a morte cerebral, que é algo definitivo, tem que se acreditar no poder criativo de cada um, cultivar o cognitivo, se propondo desafios dessa ordem, como, por exemplo, aprender uma língua nova e ler a respeito da cultura do povo que pratica essa língua específica. Não adianta ficar apenas repetindo o que se está acostumado a fazer, como palavras cruzadas, embora elas desempenhem o seu papel.
Oficina da Memória – Apesar de você assegurar não haver diferenciação de funcionamento das três expressões da inteligência humana em qualquer faixa etária, por que os jovens são considerados mais criativos?
Marsyl – Porque os jovens se dedicam mais à absorção do mundo, enquanto as pessoas da Terceira Idade acham que entre 70% a 80% do que acontece já é conhecido e não merece a atenção delas. Se um idoso começa a praticar aquarela, ele já sabe que terá que comprar uma tinta e um papel especiais e que terá que representar determinadas situações propícias a esse tipo de expressão artística. Ao idoso que queira manter-se vivo no sentido pleno, é imprescindível que tenha avidez pelo que é novo, crie expectativas, mantenha o olhar de criança, de jovem, de modo a poder ficar maravilhado com as coisas novas. Desfrutar o prazer da descoberta!
Oficina da Memória – O senso comum dá conta de que a velhice estaria associada à decrepitude não apenas da parte física, mas também da mental. E isto não é verdade, de acordo com os seus estudos. Por que a sociedade pensa assim? Isto é mito ou preconceito?
Marsyl – Nem mito, nem preconceito: é puro desconhecimento. A sociedade precisa saber que o cérebro se mantém vivo, com capacidade cognitiva mesmo com a chegada da velhice, mas que para isto é preciso ser constantemente estimulado, de forma a mantê-lo funcionando em plenitude. Como essa informação ainda é de circulação restrita aos meios acadêmicos, ainda está em poder dos especialistas da área, vou escrever um livro, cujo objetivo principal é democratizar esse saber; o título é “Ninguém Nasce Pronto”. Não quero colaborar e corroborar com esse desconhecimento.
Oficina da Memória – Porque algumas pessoas são consideradas talentosas, enquanto outras não?
Marsyl – O talento é a expressão muito boa do saber e do fazer e, potencialmente, qualquer pessoa pode desenvolvê-lo. Mas como a maioria das pessoas não sabe disso e acha que o talento é algo fatalmente artístico, acaba não indo em frente, não dando asas à criatividade em outras áreas da expressão, pois há vários tipos de talento. Infelizmente, muitos desses outros tipos de talento não são aceitos como os convencionais. Um exemplo: se um jovem demonstra talento em Filosofia, ele passa a ser mal entendido, porque sempre terá alguém para taxar aquele jovem de jovem velho ou jovem com cabeça de velho, como se costuma dizer. Isso faz com que pessoas que tenham talentos diferenciados passem a não acreditar em si próprias e temam o risco de serem expostas, até mesmo ridicularizadas. Essas pessoas precisam é ser encorajadas a demonstrarem esses outros talentos. E esse encorajamento deve ser feito aos jovens inclusive pelas pessoas de maior idade que deixaram de exercer os seus talentos diferenciados.
Oficina da Memória – Como se cultivar o talento?
Marsyl – O cultivo do talento deve começar desde pequeno. A pessoa deve ir a exposições, ouvir palestras, ler muito, participar de debates, conversar com os mais variados tipos de profissionais, como capoeiristas e carnavalescos, apenas para citar dois exemplos. Falar em carnavalescos, a pessoa deve ir visitar os barracões das escolas de samba, para perceber a imensidão de caminhos possíveis permitidos pela criatividade. Outro dia, vi na televisão um jovem médico dizendo que iria trocar de profissão, pois ele tinha feito um curso sobre carnaval e queria ser carnavalesco daqui para frente. Outro caminho para se cultivar o talento é não parar nunca de procurar se atualizar, se informar. Não ficar preso à uma única resposta, pois esta é o anti-cultivo do talento. Procurar respostas alternativas é fundamental, de forma a romper com esse modelo das respostas padronizadas, como se constata hoje no mundo acadêmico. Para se cultivar o talento, é fundamental estar sempre pronto a identificar o novo, encará-lo, no sentido de incorporá-lo à vivência. Devem-se cultivar os talentos no sentido de incentivá-los ou, pelo menos, evitar que se percam em todos e também na Terceira Idade. Talento não se desperdiça, principalmente em um país tão carente de mudanças em que só altas doses de criatividade conseguirão possibilitar seu crescimento com qualidade e rapidez. Além de tornar as pessoas que os usam e são reconhecidas e valorizadas mais felizes.
Oficina da Memória – Você destaca o papel fundamental da motivação no pensamento criativo e na vida em geral. Como se exercitar para praticá-lo?
Marsyl – Motivação é mola propulsora das forças todas que impulsionam a vida. Uma vez detonada, ela funciona como o diferencial que faz a pessoa ficar permanentemente em estado de perceber o que está acontecendo ou o que está para acontecer de interessante. Uma orquídea que, depois de florescer, murcha e cai, tem que despertar na pessoa, depois que voltar a florescer, o caráter imprescindível do tempo necessário para que isto volte a acontecer. Outra forma de praticá-lo é a pessoa se dedicar à leitura das biografias dos personagens que se dedicaram às descobertas. Acreditar em algo que não se está vendo, estar sempre sintonizado com o novo.
Oficina da Memória – O que uma pessoa pode fazer no dia-a-dia para ajudar na construção da inteligência ao longo da vida?
Marsyl – Nosso dia-a-dia já representa um conjunto de desafios mas devemos ter “consciência” dessas dificuldades e de como resolvemos, damos solução, acertadas ou não. Isto é para toda a vida. Reunir grupos e conversar sobre estes fatos e as suas soluções também é algo interessante a ser feito para expressar e usar nossa inteligência maximamente.
Oficina da Memória – E que dicas você daria às pessoas, sobretudo idosas, para desenvolver e manter a inteligência e, ainda, até mesmo expressá-la?
Marsyl – Utilizar a leitura com reflexão, discussão, realização de jogos, palavras cruzadas, passeios e participação em variados tipos de eventos sociais, acadêmicos, familiares, etc. Conhecer novas pessoas, novos locais e outras profissões diferentes da que exerce e com as quais está habituada a conviver. Ter curiosidade e saciá-la. Definir um ou mais objetivos a serem alcançados, determinando o tempo e planejando etapas para isto. Listar, a cada ano, esses objetivos e analisar, deixando escrito, se possível: por que consegui? por que não consegui? E assim caminhar sempre: determinando objetivos e criando expectativas próprias e não seguindo as dos outros. Expectativa e desejo são muito importantes e é nos objetivos que reconhecemos os desejos. Reitero aqui o aprendizado da cultura e da língua de outros povos, tais como os italianos, os espanhóis, os franceses, americanos ou outros. Fazer uso amplo do computador, para se sentir em dia e “na moda”, assim como procurar falar a mesma linguagem atual. Aprender e tentar fazer coisas que nunca fez antes é fundamental. Participar de exposições, leituras, rodas de poesia, mas de forma intensa e sistemática, isto é, com continuidade. Observar que a palavra-chave é aprender sempre de variadas maneiras e em variados campos do conhecimento: fotografia, floricultura, carnaval, atividades, etc.
Fonte:
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Ballet de Plastique and Magic Carpet / Daniel Wurtzel
Lindoooooooo!!!
Tudo ou nada...
Simples ou complexo...
Saúde ou doença...
Bem ou mal...
Alegria ou tristeza...
Branco ou preto...
Dualidade ou não dualidade...
Dualidade ou não dualidade...
Luz ou sombra...
Consciência ou inconsciência....
Impermanência do Ser...
Consciência ou inconsciência....
Impermanência do Ser...
domingo, 5 de agosto de 2012
Agradecendo o Universo
Tenho percebido que o Universo ama a gratidão.
Assim, quanto mais agradecido você for, maiores serão os benefícios que obterá.
Quando digo benefícios, não me refiro apenas a objetos materiais, mas também incluo, entre eles, todas as pessoas, lugares e experiências que tornam a vida tão maravilhosamente digna de ser vivida.
Você tem consciência de que está bem quando a sua vida é plena de amor e alegria, saúde e criatividade, e você encontra todos os sinais abertos para dar prosseguimento a suas tarefas ou empreendimentos.
É desta maneira que nossas vidas devem ser vividas.
O Universo é um doador generoso, abundante, e que gosta de ser apreciado.
A gratidão põe em ação mecanismos para que se tenha mais motivos para sentir gratidão.
Ela aumenta a abundância da vida que você tem.
A falta de gratidão, ou as queixas, nos dão poucos motivos para que nos regozijemos.
Os que vivem se queixando sempre acham que têm poucas coisas boas em suas vidas ou, então, não usufruem do que têm.
O Universo sempre nos dá aquilo que acreditamos que merecemos.
Muitos de nós foram educados para olhar apenas para o que não têm, e sentir a falta destas coisas.
Somos produtos da crença na escassez e assim ficamos nos indagando por que nossas vidas são tão vazias.
Nós devemos ser gratos até pelas lições que recebemos.
Não fuja das aprendizagens, pois elas são pequenos pacotes que envolvem tesouros que nos foram oferecidos.
Na medida em que formos aprendendo com elas, nossas vidas sofrerão uma transformação para melhor.
Utilizemos o máximo de tempo que pudermos agradecendo, diariamente, tudo de bom que há em nossas vidas.
Se você recebe pouco agora, irá receber mais.
Se você já possui uma vida de abundância, está será intensificada.
É uma situação de lucro – você está feliz, e o Universo está feliz.
A gratidão multiplica a abundância.
Partilhe o segredo da gratidão.
Vamos ajudar a transformar o mundo em um lugar de pessoas agradecidas, um lugar para dar e receber.
SOU GRATA!
Por Louise Hay
sábado, 14 de julho de 2012
sábado, 30 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
Cérebro / Neuróbica: Aeróbica para os Neurônios
Consiste de ginástica para o cérebro. A Neuróbica (ou Neurofitness) é um conceito relativamente recente que tem vindo a ser desenvolvido como consequência dos últimos avanços das Neurociências. Nesta atividade procura-se proporcionar um espaço para o exercício da mente, tal como se fosse a prática de uma atividade física regular ou uma ida ao ginásio. Fundamenta-se na crença de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente terá que ser treinada, estimulada e desenvolvida.
Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões. Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que você realiza diariamente.
Esses exercícios ajudam a estimular a produção de nutrientes que desenvolvem as células do cérebro, tornando-o mais jovem e forte, e podem ser realizados em qualquer lugar, a qualquer hora.
Você sabia que o cérebro, apesar de envelhecer, continua a possuir uma capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões?
Descobertas como esta constituem a base da Neuróbica, a nova teoria do exercício cerebral.
Assim como os exercícios físicos ajudam a manter sua forma física, a Neuróbica pode ajudar a melhorar sua capacidade cerebral. O seu objetivo é lhe proporcionar uma maneira equilibrada, confortável e agradável de estimular seu cérebro.
O programa de exercícios da Neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos -- visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" emocional e social.
Como foi desenvolvida
A Neuróbica surgiu nos EUA, criada pelo neurocientista americano Larry Katz e, como se trata do cérebro, tem como princípio a velha máxima use-o ou perca-o. É que quanto mais ativas, as diferentes áreas do cérebro e suas conexões ficam mais fortes e saudáveis.
No livro Mantenha seu Cérebro Vivo, Katz explica que o declínio das funções mentais pode não resultar da morte de células nervosas – o que ocorre, inevitavelmente, com a idade -, mas sim da redução do número de conexões entre elas. Os exercícios, portanto, servem para estimular a formação de sinapses - regiões dos neurônios responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos entre as células.
A técnica tem seguidores no Brasil. Segundo o professor de Educação Física Vicente Rocha, o avanço da idade vai restringindo a capacidade de formar novas sinapses. "Além da restrição na formação dessas sinapses, as pessoas também podem perder as antigas por não usá-las. Atividades não-rotineiras, como andar de costas e movimentar os braços em dessincronia, ajudam a evitar que ocorram esses processos, pois obrigam o cérebro a realizar procedimentos que ele não está habituado", afirma.
Entre os médicos, a aceitação ainda é controversa. Mas, para o professor, a eficácia é certa. "Certa vez, um senhor de 82 anos chegou até mim, sem conseguir andar. Oito meses da aeróbica do cérebro foram suficientes para que ele pudesse completar, sozinho, a volta completa na Lagoa Rodrigo de Freitas, caminhando", relata ele, com entusiasmo.
Objetivo
É ajudar o praticante a manter um nível permanente de capacidade, força e flexibilidade mental. O funcionamento é simples. Não é preciso resolver quebra-cabeças ou fazer baterias de testes. Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações.
Experimente usar o relógio de pulso no braço direito e de cabeça para baixo. Que tal escovar os dentes com a mão esquerda, se for destro, ou com a mão direita, se for canhoto? Ou vestir-se vestir-se de olhos fechados? Também vale fazer combinações gastronômicas inusitadas para estimular o paladar. Vale misturar maionese com leite condensado.
A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção, usar um novo caminho para ir ao trabalho, conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, interagir com pessoas desconhecidas são ações que levam a novas reações emocionais.
Como acontece a Neuróbica
Ao fazer isso, circuitos quase nunca ativados da rede associativa do seu cérebro são utilizados, aumentando a flexibilidade mental.
Temos mais probabilidade de arquivar uma informação na memória de longo prazo se essa informação possui um significado emocional de maior peso.
É por isso que emoções agradáveis, através das interações sociais, constituem uma estratégia fundamental da Neuróbica.
A Neuróbica não vai lhe devolver um cérebro de vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o arquivo de memórias que um jovem de vinte anos não possui.
Benefícios da Neuróbica
Para desenvolver os lobos frontais do cérebro
Esta zona está envolvida no planeamento e na criatividade. O primeiro exercício que lhe propomos consiste em escrever ou desenhar uma história. se no sofá, encoste-se e imagine-se algures no futuro ou num outro planeta.
O objetivo é afastar-se do presente e do local onde está através da imaginação. Quanto mais ricas forem as imagens mentais que criar, melhor será para as células nervosas envolvidas.
Para desenvolver a memória
Este exercício envolve quase todo o cérebro. Sente-se confortavelmente, afaste as recordações negativas e reconstrua mentalmente a história da sua infância.
Junte pedaços de recordações e forme uma narrativa coerente. Tente lembrar-se dos cheiros, sons, cores, locais, animais e pessoas que fizeram parte do seu passado. E escreva essa historia para reforçar suas recordações.
Para desenvolver o hemisfério esquerdo (envolvido nos raciocínios lógicos)
Imagine objetos e, mentalmente, deforme-os, altere-lhes o peso e a textura (imagine, por exemplo, uma pêra quadrada ou com anéis à volta como Saturno). Puxe pela imaginação e brinque com formas, medidas e pesos.
Para desenvolver a percepção
Pegue em objetos que lhe sejam familiares, feche os olhos e visualize-os mentalmente, utilizando o tacto para detectar a textura, ângulos, forma, peso e temperatura. Este exercício envolve várias áreas sensoriais.
Para desenvolver o córtex cerebral
De olhos fechados escreva o seu nome numa folha. De seguida tente escrever palavras e frases cada vez mais complexas.
Não se preocupe com o resultado final, pois o objetivo é que o córtex visual desenvolva um maior esforço, melhorando a sua percepção visual.
Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que Neuróbica, a "aeróbica dos neurônios", é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro.
Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro. Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa.
Exercícios mentais
O desafio da Neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional.
Exemplo de exercícios:
- Use o relógio de pulso no braço direito;-
- Ande pela casa de trás para frente;
- Vista-se de olhos fechados;
- Estimule o paladar, coma coisas diferentes;
- Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;
- Veja as horas num espelho;
- Troque o 'mouse' do computador de lado;
- Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda (se for destro);
- Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual.
Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro.
Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense em 25 adjetivos que ache que descreve o tema fotografado.
Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais sutis.
Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito.
Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os.
Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras.
Experimente jogar a qualquer coisa que nunca tenha tentado antes.
Compre um quebra-cabeça e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu.
Experimente memorizar aquilo que precisa de comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize mnemônicas ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa.
Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) em conversas.
Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar.
Ao ler uma palavra pense em cinco que comecem com a mesma letra.
A proposta é mudar o comportamento rotineiro.
Tente! Estimule o seu cérebro!
Fonte:
Wikipédia
sábado, 26 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Lição de Vida: "Eu não tenho passado. Tenho presente." Diz: Bibi Ferreira
‘Eu não tenho passado. Tenho presente’, diz Bibi Ferreira
Atriz estreia novo espetáculo para comemorar 90 anos de idade e 71 de carreira.
Muito antes desta febre de musicais no Brasil, ela já subia ao palco para cantar e atuar. Interpretou diversas vezes a cantora francesa Edith Piaf e montou aqui espetáculos da Broadway, como My Fair Lady. Isso há quase 50 anos. Abigail Izquierdo Ferreira, quer dizer, Bibi Ferreira, está neste domingo no Fantástico. E prova que o tempo passa, mas sua estrela está longe de perder o brilho.
É aquecendo a voz que Bibi Ferreira se prepara para a nossa conversa. E que voz aos 90 anos. É isso mesmo: 90 anos.
A comemoração do aniversário e dos 71 anos de carreira começa esta semana. O lugar escolhido, claro, foi o palco. È tanta vitalidade que na próxima quarta-feira ela estreia um novo espetáculo no Rio de Janeiro.
Renata Ceribelli: As pessoas normalmente têm muito receio, muito medo de, com o passar dos anos, não ter aquela capacidade de fazer as coisas que elas gostam. Aí vem você e mostra que não é nada disso. Conta esta receita pra gente.
Bibi Ferreira: Acho que esta receita vem do tempo da minha mãe. Minha mãe era uma pessoa muito exigente. Comigo principalmente. O verbo cansar não existia.
Renata Ceribelli: Você gosta de recordar do seu passado?
Bibi Ferreira: Eu não tenho passado. Eu tenho presente. Eu agradeço sempre por tudo que eu tenho. Pela voz que eu tenho. Pela filha que eu tenho. Pela saúde que eu tenho.
Renata Ceribelli: Por todos os amores que você teve?
Bibi Ferreira: Amores eu tive vários quando eu tive a idade de ter amores. Eu tive os cinco maridos. Amei os cinco com a mesma intensidade. Mas também tenho muita idade. Divide isso.
Renata Ceribelli: Você é muito ciumenta?
Bibi Ferreira: Doentiamente ciumenta.
Renata Ceribelli: Não consigo te ver uma mulher ciumenta. Porque você é uma mulher forte. Aparentemente muito segura. Uma mulher ciumenta não combina com isso.
Bibi Ferreira: Mas você esqueceu um detalhe importante: se você não é bonita. As concorrentes eram muito mais bonitas que eu. E aí entrava meu ciúme.
Renata Ceribelli: Você não se achava bonita por isso você era insegura com sua beleza?
Bibi Ferreira: Era isso desde menina. Porque eu tinha um fator contra, que era meu pai. Eu era parecidíssima com meu pai. E meu pai era um famoso por ser um homem feio. ‘O pai dela é tão feio. Ela é a cara do pai’. Isso foi ficando, ficando na minha cabeça.
Renata Ceribelli: Eu gostaria de mostrar imagens que a gente encontrou em nossos arquivos para você sentir um pouco de saudade.
É um especial em que ela faz uma homenagem a Procópio Ferreira, um dos maiores atores do teatro brasileiro.
Renata Ceribelli: Saudade?
Bibi Ferreira: Constante.
Bibi tem uma filha e dois netos. A neta Claudia chegou junto com a mãe, Cristina, para visitar a avó.
Renata Ceribelli: Como é Bibi avó e mãe? É aquela avó que borda ou é moderna?
Cláudia: Ela é moderna. Muito moderna.
Ao lado da filha e da neta, Bibi faz uma revelação ao Fantástico. Ela tem três músicas que ela escreveu. Inéditas.
Fonte:
Fantástico de 01/Abril/2012
Ser humano é... estar encarnado
“Ser humano é estar encarnado, e isto significa penetrar no reino da substância, penetrar no material, passar pelo sensorial e , às vezes, permanecer vidas e vidas nesse processo.
Procurar a terapia é de alguma forma estar disposto e consentir a descer aos “ infernos” – visceral, sombrio – dessa experiência, e compreender o que acontece ali, acolhendo, completando o que ficou inacabado, redimindo a sombra, encontrando o perdão e voltando a fluir, evitando a permanência nesse lugar. Não é bom que a consciência se fixe no sensorial. O Ser aprisionado nos bloqueios do sensorial se esquece de quem é, torna-se presa de padrões habituais que, por muitas vezes, cronificam atitudes, dificultando o fluxo livre e criativo da vida.
Chilton Pearce diz que:
Habituar-se é o inimigo do crescimento. Perturbação ou distúrbio dos padrões estabelecidos supera essa tendência à inércia. No momento em que nós estabelecemos um padrão nós descansamos nele, não fosse o impulso para variação inerente ao ciclo de aprendizagem.
A dinâmica entre nosso sistema emocional e nosso cérebro mamiferiano tende à criação formação de hábitos e irá evitar novidades, pois esse sistema límbico-reptiliano não foi construído para lidar com novidades.
A dinâmica entre nosso cérebro emocional e nosso cérebro intelectual , entretanto, nos impele para novidades. Nossa constante tensão entre nossa natureza inferior e superior é parte dessa tensão entre antigas e novas estruturas neurais, entre evitar e buscar novidades, entre equilíbrio e desequilíbrio. Mesmo quando nós escolhemos a novidade, queremos descansar a cada ponto conseguido e habituarmo-nos ao novo estado.
O ponto mais alto da vida pode ser viver em um estado de puro fluir, um estado de agora sem passado e sem futuro, no qual predições e controle não entram – um estado de contínua (instante-a-instante) adaptação ao desconhecido, que está tão distante do estado reptiliano. Quanto se possa imaginar. Este é um estado em que a criança ativa , que está sempre aprendendo, vive (por nossa falta, caímos nos hábitos) e o qual devemos reaprender no desenvolvimento espiritual.”
In “Corporificando a Consciência”
Teoria e Prática da Dinâmica Energética do Psiquismo
Theda Basso e Aidda Pustilni
segunda-feira, 2 de abril de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
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