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quinta-feira, 1 de junho de 2023

Oração ao Tempo (Caetano Veloso)

 





ORAÇÃO AO TEMPO



És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho...

Tempo tempo tempo tempo, vou te fazer um pedido...

Tempo tempo tempo tempo...

Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos...

Tempo tempo tempo tempo, entro num acordo contigo...

Tempo tempo tempo tempo...

Por seres tão inventivo e pareceres contínuo,

Tempo tempo tempo tempo, és um dos deuses mais lindos...

Tempo tempo tempo tempo...

Que sejas ainda mais vivo no som do meu estribilho,

Tempo tempo tempo tempo: Ouve bem o que eu te digo

Tempo tempo tempo tempo...

Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso,

Tempo tempo tempo tempo, quando o tempo for propício...

Tempo tempo tempo tempo...

De modo que o meu espírito ganhe um brilho definido,

Tempo tempo tempo tempo, e eu espalhe benefícios...

Tempo tempo tempo tempo...

O que usaremos pra isso fica guardado em sigilo,

Tempo tempo tempo tempo, apenas contigo e comigo...

Tempo tempo tempo tempo...

E quando eu tiver saído para fora do teu círculo,

Tempo tempo tempo tempo, não serei nem terás sido...

Tempo tempo tempo tempo...

Ainda assim acredito ser possível reunirmo-nos,

Tempo tempo tempo tempo, num outro nível de vínculo...

Tempo tempo tempo tempo...

Portanto peço-te aquilo e te ofereço elogios,

Tempo tempo tempo tempo, nas rimas do meu estilo...

Tempo tempo tempo tempo...


Caetano Veloso



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Mas...



"... Gastamos mais, mas temos menos, compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores, mais conforto e menos tempo.
Temos mais graduações acadêmicas, mas menos sentimentos comuns, maior conhecimento, mas menor capacidade de julgamento, mais peritos, mas mais problemas, melhor medicina, mas menos bem-estar.
Bebemos demasiado, fumamos demasiado, desperdiçamos demasiado, rimos muito pouco.
Movemo-nos muito rápido, nos irritamos demasiado, mantemo-nos muito tempo acordados, amanhecemos cansados, lemos muito pouco, vemos televisão demais e oramos raramente.

Multiplicamos o nosso patrimônio, mas reduzimos os nossos valores.
Falamos demasiado, amamos demasiado pouco e odiamos muito frequentemente.
Aprendemos a ganhar a vida, mas não a vivê-la.
Adicionamos anos às nossas vidas, não vida aos nossos anos.
Conseguimos ir à lua e voltar, mas temos dificuldade em cruzar a rua para conhecer um novo vizinho.
Conquistamos o espaço exterior, mas não o interior.
Temos feito grandes coisas, mas nem por isso melhores.

Limpamos o ar, mas contaminamos a nossa alma.
Conquistamos o átomo, mas não nos libertamos dos nossos preconceitos.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos..

Planejamos mais, mas desfrutamos menos..
Aprendemos a apressar-nos, mas não a esperar.

Produzimos computadores que podem processar maior informação e difundi-la, mas nos comunicamos cada vez menos e menos.

Estamos no tempo das comidas rápidas e digestões lentas, de homens de grande estatura e de pequeno caráter, de enormes ganhos econômicos e relações humanas superficiais.

Hoje em dia, há dois ordenados, mas mais divórcios, casas mais luxuosas, mas lares desfeitos.

São tempos de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moral descartável, encontros de uma noite, corpos obesos, e pílulas que fazem tudo, desde alegrar e acalmar, até matar.

São tempos em que há muito na mostra e muito pouco no armazém.
Tempos em que a tecnologia pode fazer-te chegar esta carta, e em que tu podes optar por partilhar estas reflexões ou simplesmente excluí-las.

Lembra-te de passar algum tempo com os teus entes queridos, porque eles não estarão aqui para sempre.
Lembra-te de ser amável com quem agora te admira, porque essa pessoa crescerá muito rapidamente e se afastará de ti.
Lembra-te de abraçar quem está perto de ti, porque esse é o único tesouro que podes dar com o coração, sem que te custe nem um centavo.
Lembra-te de dizer "eu te amo" ao teu companheiro(a) e aos teus seres queridos, mas, sobretudo, di-lo com sinceridade.



Um beijo e um abraço podem curar uma ferida, quando se dão com toda a alma.
Dedica tempo para amar e para conversar, e partilha as tuas ideias mais apreciadas.
E nunca esqueças: 'A vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas pelos extraordinários momentos que passamos juntos'."

Por George Carlin
Comediante e Filósofo

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Oração para quem se ama



Desejo que a sua vida inteira seja abençoada, cada pequenino trecho dela, em toda a sua extensão. Que cada bênção abrace também as pessoas que ama e seja tão vasta que leve abraço a outros tantos seres, sobretudo àqueles que mais sofrem, seja lá por que sofrem. Desejo que os nós que apertam o seu coração sejam gentilmente desatados e que os sentimentos que os formaram se transformem na abertura capaz de criar belos laços de afeto. Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, aconteça incontáveis vezes pelo caminho. Que cada um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um bocadinho as durezas do mundo.

Desejo que volte para o seu mar quantas vezes forem necessárias até encontrar o seu tesouro. Que quando encontrá-lo, não seja avarento. Que descubra maneiras para compartilhar a sua felicidade, o jeito mais gostoso para se expandir a riqueza. Desejo que quando os ventos da mudança ventarem mais forte, e sentir medo de ser carregado junto com tudo o que parecerem arrastar, você já conheça o lugar onde nada pode arrastá-lo. Que já saiba maneiras de respirar mais macio, quando as circunstâncias lhe encurtarem o fôlego. Que, com o passar do tempo, a sua alma se torne cada vez mais maleável, mas que seja firme o bastante para nunca desistir de você.

Desejo que tudo o que mais lhe importa floresça. Que cada florescimento seja tão risonho e amoroso que atraia os pássaros com o seu canto, as borboletas com as suas cores, o toque do sol com seu calor mais terno, e a chuva que derrama de nuvens infladas de paz. Desejo que, mais vezes, além de molhar só os pés, você possa entrar na praia da poesia da vida com o coração inteiro e brincar com a ideia que cada onda diz. Que, ao experimentar um caixote ou outro, não se arrependa por ter entrado na água, nem desista de brincar. Todo mundo experimenta um caixote ou outro, às vezes um monte deles, quando se arrisca a viver. O outro jeito é estar morto. O outro jeito é não sentir.

Desejo que não tenha tanta pressa que esqueça de colher estrelas com os olhos, nas noites em que o céu vira jardim, e levar para plantar no seu coração as mudas daquelas mais luzentes. Que tenha sabedoria para encontrar descanso e alimento nas coisas mais simples da vida. Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro. Que tenha saúde no corpo, saúde na alma, saúde à beça.

Desejo que encontre maneiras para ser feliz no intervalo entre o instante em que cada dia acorda e o instante em que ele se deita pra dormir, porque a verdade é que a gente não sabe se tem outro dia. Que quanto mais passar a sua alma a limpo, mais descubra, mais desnude, mais partilhe, com medo cada vez menor, a beleza que desde sempre você é. Que se sinta livre e louco o bastante pra deixar a sua essência florir.

Não importa quanto tempo passe, não importa onde eu esteja, não importa onde esteja você, abra os olhos pra dentro e ouça: o meu coração estará dizendo esta mesma prece de amor para o seu. Amor incondicional, exatamente como neste instante. Não importa o quanto a gente mude, o quanto a distância aparente nos afastar, isto que sinto por você, eu sei, não muda nunca mais.

Por Ana Jácomo

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

...tempo de travessia...


"Há um tempo 
em que é preciso abandonar as roupas usadas, 
que já tem a forma do nosso corpo, 
e esquecer os nossos caminhos, 
que nos levam sempre aos mesmos lugares. 

É o tempo da travessia: 
e, se não ousarmos fazê-la, 
teremos ficado, 
para sempre, 
à margem de nós mesmos." 

Fernando Pessoa

terça-feira, 16 de outubro de 2012

...o pior destino que um homem pode ter...


O Amor nunca falha, 
e a vida não falhará enquanto houver Amor.

Seja qual for sua crença ou sua fé, 
busque primeiro o Amor.

Ele está aqui, existindo agora, neste momento.

O pior destino que um homem pode ter
é viver e morrer sozinho, 
sem amar e sem ser amado.

O poder da vontade não transforma o homem.
O tempo não transforma o homem.
O Amor transforma.

Henry Drummond

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quase...


"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. 

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. 

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. 

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. 

A resposta eu sei decorada, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. 

Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. 

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. 

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. 

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. 

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. 

Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. 

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. 

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. 

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. 

Desconfie do destino e acredite em você. 

Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

Sarah Westphal

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Idade do Céu


Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu...

Não somos o
Que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu...

Calma!
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu...

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Um capricho do sol
No jardim do céu...

Não damos pé
Entre tanto tic tac
Entre tanto Big Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu...

Paulinho Moska

segunda-feira, 2 de julho de 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Vida


Para os erros há perdão;
para os fracassos, chance;
para os amores impossíveis, tempo...

Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e
acredite em você.

Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando
Porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Faz tempo...


"Faz tempo que, 
para pensar sobre Deus, 
eu não leio teólogos, 
leio os poetas."

Rubem Alves

sábado, 28 de abril de 2012

Aqui... e Agora!



“Se nossa amizade 
depender de coisas como espaço e tempo, 
então, 
quando finalmente 
dominarmos os dois, 
teremos destruído nossa fraternidade! 

Mas, 
supere o espaço 
e tudo que nos sobra é o Aqui. 

Supere o tempo, 
e tudo que nos resta é o Agora.”

Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach

domingo, 15 de abril de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

...des afios...


"A vida só é possível através dos desafios.

A vida só é possível 
quando você tem
tanto o bom tempo quanto o mau tempo,
quando tem prazer e dor,
quando tem inverno e verão, 
dia e noite,
quando tem tristeza tanto quanto felicidade,
desconforto tanto quanto conforto.

A vida passa entre essas duas polaridades.

Movendo-se entre essas duas polaridades,
você aprende a se equilibrar.

Entre essas duas asas,
você aprende a voar até a estrela mais brilhante."

Osho

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Existimos em função do futuro


"Tentai apreender a vossa consciência e sondai-a. 

Vereis que está vazia, só encontrareis nela o futuro. 

Nem sequer falo dos vossos projetos e expectativas: mas o próprio gesto que surpreendeis de passagem só tem sentido para vós se projetardes a sua realização final para fora dele, fora de vós, no ainda-não. 

Mesmo esta taça cujo fundo não se vê - que se poderia ver, que está no fim de um movimento que ainda não se fez, esta folha branca cujo reverso está escondido (mas poderia virar-se a folha) e todos os objetos estáveis e sólidos que nos rodeiam ostentam as suas qualidades mais imediatas, mais densas, no futuro.

O homem não é de modo nenhum a soma do que tem, mas a totalidade do que não tem ainda, do que poderia ter. 

E, se nos banhamos assim no futuro, não ficará atenuada a brutalidade informe do presente? 

O acontecimento não nos assalta como um ladrão, visto que é, por natureza, um Tendo-sido-Futuro. 

E, para explicar o próprio passado, não será a primeira tarefa do historiador procurar o futuro?" 

Jean-Paul Sartre, in "Situações I"

terça-feira, 13 de março de 2012

Ser Zen


Ser Zen não é ficar numa boa o tempo todo, de papo para o ar, achando tudo lindo sem fazer nada.
Ser zen é ser ativo.
É estar forte e decidido.
E caminhar com leveza, mas com certeza.
É auxiliar a quem precisa, no que precisa e não no que se idealiza.

Ser zen é ser simples.
Da simplicidade dos santos e dos sábios.
Que não precisam de nada.
Nada mais que o necessário.
Para o encontro, a comida, a cama, a diversão, o trabalho.

Ser zen é fluir com o fluir da vida.
Sem drama, sem complicação.
Na hora de comer come comendo, sem ver televisão, sem falar desnecessário.
Sente o sabor do alimento, a textura, o condimento
Sente a ternura (ou não) da mão que plantou e colheu, da terra que recebeu e alimentou, do sol que deu energia, da água que molhou, de todos os elementos que tornam possível um pequeno prato de comida à nossa frente.
Sente gratidão, não desperdiça.
Comer com alegria.
Para satisfazer a fome de todos os famintos.
Beber para satisfazer a sede de todos os sedentos.
Agradecendo e se lembrando de onde vem e para onde vai.
A chuva, o sol, o vento, o guarda, o policial, o bandido, o açougueiro, o juiz, a feiticeira, o padre, a arrumadeira, o bancário e o banqueiro, o servente e o garçom, a médica e o doutor, o enfermeiro e o doente, a doença e a saúde, a vida e a morte, a imensidão e o nada, o vazio e o cheio, o tudo e cada parte.

Ser zen é ser livre e saber os seus limites.
Ser zen é servir, é cuidar, é respeitar, compartilhar.
Ser zen é hospitalidade, é ternura, é acolhida.
Ser zen é o kyosaku - bastão de madeira sábia, que acorda sem ferir, que lembra deste momento, dos pés no chão como indígenas, sentindo a Terra-Mãe sustentando nossos sonhos, nossas fantasias, nossas dores, nossas alegrias.

Ser zen é morrer
Morrer para a dualidade, para o falso, a mentira, a iniqüidade.
Ser zen é renascer a cada instante.
Na flor, na semente, na barata, no bicho do livro na estante.
Ser zen é jamais esquecer de um gesto, de um olhar, de um carinho trocado no presente-futuro-­passado.

Ser zen é não carregar rancores, ódios, cismas nem terrores.
Ser zen é trocar pneu, as mãos sujas de graxa.
Ser zen é ser pedreiro, fazendo e refazendo casas.

Ser zen é ser simplesmente quem somos e nada mais.
É ser a respiração que respira em cada ação.
É fazer meditação, sentar-se para uma parede, olhar para si mesmo.
Encontrar suas várias faces, seus sorrisos, suas dores.
É entregar-se ao desconhecido aspecto do vazio.
Não ter medo do medo.
Não se fazer ou, se o fizer, assim o perceber e voltar.

Ser zen é voltar para o não-saber, pois não sabemos quase nada.
Não sabemos o começo, nem o meio, muito menos o fim. E tudo tem começo, meio e fim.
Ser zen é estar envolvido nos problemas da cidade, da rua, da comunidade.
É oferecer soluções, ter criatividade, sorrir dos erros, se desculpar e sempre procurar melhorar.
Ser zen é estar presente.
Aqui, neste mesmo lugar.
Respirando simplesmente, observando os pensamentos, memórias, aborrecimentos, alegrias e esperanças.
Quando? Agora, neste instante. É estar bem aqui onde quando se fala já se foi.
Tempo girando, correndo, passando, e nós passando com ele.
Sem separação.

Ser zen é Ser Tempo.
Ser zen é Ser Existência.

Por Monja Coen

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Tempo e a Previsão do Futuro


a)
Para não recuarmos muito, e mantermos o foco, vamos começar a partir do momento em que os planos universais (do físico ao átmico) já estão organizados (7 Tatwas), e Prana existe e os anima. Sendo o espaço uma qualidade do Akasha tatwa. Complemento (a): O universo ao se manifestar, é organizado em 7 planos, e a cada um corresponde um Tatwa. É o espelho do que é o ser humano: os 3 primeiros correspondem ao espírito e os 4 outros ao universo em evolução.

b) 
O Prana, matéria vital que tem por centro o (e se expande do Sol) até os confins de cada plano é composto por inumeráveis pontos, átomos solares, átomos Anu no plano de nossa existência. Complemento (b): O Prana é a energia que torna possível o que se conceitua como vida, dos homens, dos planos e dos astros. Emana a partir de um ponto no universo, daí para as galáxias e daí para os sistemas solares. A forma correta de imaginarmos o Sol, é como se nosso sistema solar fosse uma placenta. O Sol é o cordão umbilical.

c) 
É preciso lembrar que, um átomo formador de Prâna, um átomo solar, não é o mesmo que um átomo físico. Os planos (físico, vital, astral, mental concreto, mental abstrato, budhico, átmico) interpenetram-se, sempre estando o mais sutil nos espaços do mais denso. Sempre um plano mais sutil, reúnem-se na razão de 7 para 1, para formar um átomo do plano mais denso seguinte. Assim, 7 Atmico fazem um Budhico. 7 Budhico fazem um mental abstrato, etc, até gerarem 1 do plano físico. Operando ainda a variação de composição de cada átomo Anu.Isto, obedecendo-se a expansão e retração de cada tatwa, responsável pela geração física de cada plano existencial no universo manifestado. No processo de solve e coagula, voltando parte para o Akasha, a cada expansão. Complemento (c): um átomo do plano físico tem em si, os demais planos, uma vez que, para formar cada átomo de um plano, são necessários 7 do plano imediatamente superior. Daí dá para ver que qdo se diz que a divindade está em nós, não é só no sentido figurado. Cada um dos planos (no momento) a começar pelo Akasha até o mais denso, é formado pela expansão e contração do anterior.

d) 
Os átomos solares são de diversas classes, dependendo do predomínio dos tatwas (sempre formado na razão de 5 Tatwas para 8 partes. 4/8 e mais 4 partes de 1/8). Esta é a base da manifestação cósmica. Complemento (d): isto equivale a dizer, que a água tem em si 4 partes de água (apas), 1 parte te fogo (tejas), 1 parte de ar (vayu) e 1 parte de terra (pritivi). Lembrar que os elementos sutis, não correspondem ao elemento físico, mas ao “espírito” do elemento físico.

e) 
Muito bem, então, o Prana é formado por inumeráveis átomos solares. Estes átomos anu, tem o nome de Truti. Complemento (e): cada partícula de Prana, a energia que emana do Sol (visível, etc) é formada por um conjunto de átomos solares (na verdade partículas de consciência/energia), e cada um destes átomos tem o nome de Truti.

f) 
A polaridade destes átomos solares, agindo nos planos é definida pela distância com relação ao sua origem: os mais distantes são mais frios, fazendo equilíbrio com os mais próximos. Assim, o Prana externo ao nosso planeta (e que lhe dá a forma de vayu, arredondada) é solar, comparado com o interno, lunar, e sucessivamente, até os confins do universo. Este movimento do Prana lunar e solar, baseado em sua inclinação/projeção com relação ao Sol é que faz a rotação da Terra acontecer. Da mesma forma, isto é o responsável pelo movimento do sistema solar dentro da galáxia, e da Galáxia no universo (as elípticas). E é este movimento que, como dissemos antes, gera a polaridade que mantém o que chamamos de vida humana (cérebro-coração). Complemento (f1): o Prana que emana do sol do nosso sistema solar, é positivo logo que é gerado e, na medida em que se afasta até o fim do sistema solar, é negativo. Este negativo, depois volta ao Sol, para transformar-se, da mesma forma que é a respiração humana. (f2) Então, um Truti é uma unidade primordial mantenedora da vida, e é uma perfeita matriz da consciência cósmica, que se expande em todas as direções do universo, levando vida tatwica. (f3) O Prana que respiremos, é do mesmo tipo, e tem a mesma consciência, de um que está neste momento, nos confins do universo. E da mesma forma que na respiração, estes átomos, voltam sempre ao ponto de partida, após um ciclo, como em um continuo movimento cósmico de respiração: Isto é que é o hansa(ave de hansa), na verdade o "sa" e o "han", pois o primeiro movimento na geração do universo é uma expiração (o chamado "hálito de deus") de Parabrahmam. (f4) Este movimento de respiração do Sol, em nosso sistema solar, tem um pulso a cada 11 anos. As impurezas (desvios de Lei) voltam como manchas solares. Complemento (f2): O Truti, então, como átomo solar, tem em si, toda a vida energia/consciência do “umbigo” do plano. Como falamos antes, este movimento de expansão/retração, é o batimento do “coração do sistema solar”, do coração da galáxia, e do coração do universo.

g) 
Cada Truti é uma individualidade, enviando seus raios tatwicos em todas as direções, na medida em que se desloca pelo universo (no macrocosmos ou no microcosmos). Cada Truti, no plano, é uma envoltura de vida que, tem em si, o espaço, a matéria, o tempo e a consciência. É uma miniatura do macrocosmos, e é isto que recebemos a cada inspiração. Esta é a chave da compreensão da mente humana e da mente cósmica. Complemento (g): cada átomo solar é gerado a partir do umbigo do universo e, portanto, tem em si, toda a compreensão, energia e consciência, e é isto que vai ser espargido par todos os seres. No caso do ser humano, através da respiração.

h)
Conforme o Truti vai se deslocando no espaço (akasha), vai adquirindo experiência e este deslocamento cria a sensação que, humanamente, chamamos tempo. Complemento (h): esta “experiência” decorre do contato do átomo com os corpos mais densos (como a diferença entre o oxigênio inspirado e o gás carbônico expirado).

i) 
Assim, então, um Truti é ao mesmo tempo: uma unidade existencial, e é uma medida de tempo (que é o tempo de deslocamento do truti sobre si mesmo), no espaço. Um truti, enquanto unidade de tempo, corresponde a 0,66 centésimos de segundo. Complemento (i): a medida de deslocamento do Prana, chama-se Truti, é uma medida de tempo, e corresponde a 0,66 centésimos de segundo 

j) 
Um truti mantém em si, o espelho de tudo o quanto aconteça no universo. Isto liga-se ao tatwa, vivificando-o, e, assim, em uma unidade de Tatwa, temos o histórico de tudo o que o tatwa no seu conjunto já tenha vivenciado em todo o seu circuito de existência (que vai do inicio ao fim da manifestação do universo). Os Tatwas, portanto, são a base do que se chama de Registros Akashicos (que na verdade, acontecem em 5 planos distintos, um para cada tatwa, um para cada plano da manifestação). É aí que está registrada a história do universo e da evolução da transformação de vida energia em vida consciência. Complemento (j): como um truti (átomo solar) emana do próprio umbigo do universo, tem em si, o histórico de tudo o que ocorra, em seu caminho de ida/volta. Cada tatwa, da mesma forma, tem em cada partícula, o histórico de tudo o que já aconteceu em seu plano.

k) 
Quando usamos os sentidos para interagir, a cada ação, tejas tatwa cria uma imagem na matéria mental do que está interagindo conosco, cria um símile: um vriti. A interação diária, cria verdadeiros turbilhões de vritis, que vão nortear as nossas ações/reações no ia a dia da vida (ações, reações, emoções, pensamentos) e, mesmo depois de gerada a ação (ou mesmo se a ação não foi gerada), esta imagem mental, este vriti, fica criado, potencial, latente, ligado aquela pessoa que o criou. Complemento (k): Este é o mecanismo que permite ao ser humano (individuo cósmico) interagir com o plano físico. Os sentidos captam o que acontece no em torno, e enviam imagens para serem analisadas, dando a alma/espírito a visão do plano denso. Estas cópias do que acontece, são os vritis. 

l) 
Tempo, vem da raiz Tam, corte, indicando que o tempo, é um corte no Sempre, e só existe como medida, na manifestação. Complemento (l): Pode-se dizer que o conceito de tempo é mais perceptível quanto mais denso é o plano em questão.

m) 
O que chamamos de presente, do ponto de vista evolucional, é uma decorrente do passado. Da mesma forma que o futuro será uma decorrente do presente. Assim, quer saber o que vc fez em suas experiências anteriores: olhe para vc mesmo! Quer saber quem vc vai ser no futuro: olhe para voce mesmo. Esta mesma base vale para o indivíduo, para a família, para a nação, e para o gênero humano. Complemento (m): Ninguém pode assumir nossas responsabilidades nem nossas criações. Sempre a criatura fica ligada ao seu criador. Uma criatura gerada em desacordo com a Lei, obrigatoriamente, vai ficar ligada ao seu pai-mãe humano, para ser equilibrada. Em que época, não importa. Isto é o karma.

n) 
Sempre as ações de um período constróem a ambiência para as reações do futuro, e o que tenha ficado de pendente (no sentido de desequilíbrio) terá que ser equacionado, sublimado e resolvido (equilibrado). Nós usamos o tempo para separar acontecimentos já levados a efeito (passado) e serem levados a efeito (futuro). Sempre, o que chamamos de poder espiritual, representa o futuro, o vir a ser da evolução. O que chamamos poder temporal, representa o presente, que é resultado do passado. Complemento (n): O tempo é um medidor de eventos densos, atrelado a fatos (criações). Isto serve para um ciclo planetário, para um pensamento ou para uma vida. O processo é o mesmo. O Poder espiritual é futuro simplesmente porque ainda não adquiriu densidade para acontecer. Sempre, no plano mais denso, o presente é resultado do passado: um dia gera o outro, uma vida gera a outra, um sistema planetário gera o outro, um Pramantha gera o outro. (n1) Assim, os registros de todo o cosmos estão no Trutis, átomo Anu. - Os registros de tudo o que acontece em cada plano cósmico estão no tatwa correspondente, em cada tatwa.- Os registros de toda atividade humana estão no astral/mental, nos Vritis.- Os registros específicos de cada existência, estão nos vritis individulizados, o que chamamos de SansKara (não é mesmo que Sansara, a Roda). Que vai determinar o karma. (n2): nada no universo acontece fora da matéria. E esta matéria é dada pelos tatwas, é animada por Prana, e é modelada pelos seres humanos e pelo próprio universo. Da mesma forma que o ser humano cria a imagem do que ve (Vritis) sendo estes usados para montar o Karma futuro, da mesma forma cada partícula de inteligência cósmica mantém em si, todo o histórico do processo. 

o) 
Tem uma citação no livro “luz no caminho” atribuída a Mabel Colins, mas na verdade, este livro já era usado no oriente há séculos, sendo trazido (publicado) ao ocidente em 1885: “antes que os olhos possam ver, devem ser incapazes de lágrimas”, que dá uma ideia de o porque ao homem foi retirada a capacidade de prever (comum quando a consciência estava no neuro-vegetativo, e introspectada quando passou para o cérebro-espinhal). Antes de saber-se se é possível viajar ao futuro, ou antever o futuro, há que saber-se qual futuro eu desejo ver, e principalmente, qual o uso que eu farei com o conhecimento de fatos futuros. Complemento (o): Sobre a capacidade de visão, é retirada (a visão cósmica), pois sua contemplação por uma mente não preparada, somente causaria desequilíbrio para quem visse e para quem fosse visto, na medida em que ver é criar. Antes do sistema cérebro espinhal, o homem via no astral, pois seu foco era no sistema neuro-vegetativo, como nas criaturas que hoje chamamos de animais.

p) 
É comum dizer-se: “ durante o desenrolar dos acontecimentos...”. Isto, tem em si uma verdade esotérica, pois o futuro está enrolado sobre si mesmo e, na medida em que desacelera, projeta-se no plano mais denso, transformando-se em realidade. Complemento (p): o que é criado pelo ser humano, o futuro mais denso, desce para que a humanidade “usufrua” dele, da mesma forma como a chuva é resultado da condensação do vapor da água. Um conjunto de pensamentos, ações, são as gotículas de vapor, que, entrelaçando-se, descerão para os que a criaram. Esta é a origem do Karma coletivo. Por isto também, pode-se ver, que o futuro do coletivo, do gênero (e do ser humano) é completamente solvível e recuperável, pelos próprios seres humanos. Razão de não haver nada escrito que não possa ser reescrito.

q)
Do ponto de vista cósmico, o futuro desce (verticalizado) e horizontaliza-se, em um eterno porvir, que é o processo de transformação de vida energia em vida consciência. Do ponto de vista de sistema evolucional, nós somos o futuro inimaginável, mas agora somos presente. Assim, da mesma forma, o próximo, é um futuro hoje inimaginável. Complemento (q) : imagine um ser da cadeia planetária que antecedeu a nossa: o que somos nós para ele? O inimaginável! O inconcebível. Seres superiores, habitantes de um “porvir”. Assim é a forma como nós vemos os seres do futuro. 

r) 
Mas como se constrói o futuro: o futuro cósmico não se constrói. Nós podemos vivenciá-lo no processo que se chama iniciação, ou podemos retardá-lo, no processo que se chama geração de Karma, desvios da Lei. O Futuro é o cumprimento da Lei: criação dos universos, das galáxias, dos sistemas, dos globos, das raças, das sub-raças, das famílias, dos seres. Sempre para que o mais sutil assenhore-se da realidade do mais denso, dando a este, o mesmo nível de percepção. Este é o nosso dever, nossa obrigação, construir o futuro como divinos. Complemento (r): O futuro cósmico não se constrói humanamente, pois é a série de diretrizes que implica na vaga de vida entre planetas, na criação dos universos, dos sistemas solares, das galáxias, das hierarquias. Isto é definido na manifestação, na criação dos planos cósmicos. Mas toda a organização da matéria, o que chamamos de evolução, é nossa parte, ao menos a parte que nos cabe. E, neste caso, nossas ações moldam o futuro dos seres que nos precederão: nós mesmos!

s) 
Como se constrói o futuro humano: com o dia a dia! Uma vez que a humanidade desvia-se por consciência ou inconsciência dos desígnios da Lei, o futuro cósmico (Mestres, Avataras, etc) manifestam-se, para restabelecer o fluxo cósmico de equilíbrio e consciência, fazendo com que o futuro, do ponto de vista humano, deixe de existir, uma vez que mesclar-se-á com o presente. Isto é o Sempre: e quando a humanidade para de interferir criando desvios com relação ao futuro. Ao parar de interferir, futuro e presente misturam-se, e passa a haver a previsibilidade cósmica pois o gênero humano não mais cria desvios que submetem tanto o humano quanto o divino (que somos nós mesmos). Complemento (s): Aqui cabe uma frase de Henrique José de Souza, “ Cada um constrói o seu mundo para que o Meu permaneça ignorado”. O construir seu próprio mundo, isolando-se do Todo, do Sempre, é criar desvios da Lei. E o que é desviar-se da Lei, é criar seres (pensamentos, emoções) inconscientes. Estes seres criados, são criaturas, habitantes do universo, da mesma forma como nós somos. E são nossos filhos (na maior parte das vezes, renegados). Só que estes filhos criados por nós, não poderão ser adotados por outra pessoa. Nós teremos que renascer para equilibra-los evolucionalmente.

t) 
Então, respondendo a pergunta: como viajar no tempo e prever o futuro? Viajar no tempo é só deslocar-se através da movimentação da consciência. Assim, hoje, voce já é um viajante do tempo, pois voce é filho de voce mesmo. Voce é hoje fruto do seu próprio passado. Isto é o que do ponto de vista humano, seria uma viagem no tempo: ficar “congelado”, enquanto o tempo passa, e então voce desperta e adquire se estado anterior. O que é isto senão um processo de reencarnação (na escala setenária) de uma Mônada!!! Então hoje, somos todos viajantes do tempo, passado e presente de nós mesmos. O que precisamos é quebrar esta lógica, e deixar que nós, no futuro, sejamos filhos de nós mesmos enquanto divinos, e não de nós mesmos enquanto humanos em lesa-evolução (perpetuando o passado em nós, que são o que chamamos de erros, medos, desejos, etc, etc. As tendências negativa a serem sublimadas).

u) 
E como prever o futuro: isto é muito simples: se voce aprender a “ler” um átomo anu, terá ante seus olhos, todo o passado, presente e futuro do universo manifestado.- Se voce aprender a “ler” o reflexo do akasha tatwa, terá de imediato o acesso a tudo o que foi, é e será falado, e assim, sucessivamente, para cada um dos sentidos humanos, com relação a cada um dos tatwas;- Se voce aprender a ler os registros existentes, os símiles, os Vritis, dos Sanskaras, terá acesso ao futuro do gênero humano, das nações, dos grupos. Complemento (u): aprender a ler, é ver com a intuição, é ser o próprio elemento. Este é o objetivo da evolução, permear a mente concreta/astral (o que chamamos de alma) com a intuição. Neste momento, tudo se descortina ante nossos olhos reais. E como fazer isto: vivendo, aprendendo, agindo! Não é magia, não é presente de deus, nem do karma. É conhecimento, é evolução, é aquisição de consciência.

v) 
Mas o mais importante: como voce consegue prever seu futuro. Isto é muito simples, e não precisa usar de nenhum sidhi (poder): basta ver no seu dia a dia o que voce faz, e analisar, aquilo que só voce mesmo conhece: o que está em sua cabeça, seus pensamentos, suas emoções, seus desejos, sua busca por conhecimento. Isto é a escrita diária do seu futuro, com a mais absoluta certeza.

x) 
Quanto a ler o que está no astral, por meios artificiais que quebram partes da rede vital, levando a navegação (semi) consciente no astral, devemos lembrar que, o astral é plástico e o que está ali é o que queremos ver, não o que é real. Além do mais, devemos lembrar que, “os astros inclinam mas não obrigam”. Desta forma não há determinismo, e o futuro humano pode e deve ser reescrito, para que dele sejam retiradas todas as decorrências das ações contrárias a Lei, porque “dura lex, sed lex”. Complemento (x): Só uma recomendação para que o objeto de nossa aspiração evolucional, seja o desenvolvimento da mente concreta e da intuição. Tudo o que se refere a processos anímicos, era inerente ao ciclo que já passou, cujos resultados não alcançados, nos cabe redimir.

y)
O conhecimento do futuro sempre foi buscado pela humanidade, por todos os meios, por todas as ordens, por todas as religiões, sem nunca terem entendido que, tudo o que pudesse ser visto, poderia ser alterado. E o fato de antever, sem consciência de que pode ser alterado, em si gera um determinismo, levando a aceitação e inação, o que é lesa-evolução. Complemento (y): O futuro humano é completamente mutável, flexível, pois é o resultado das ações realizadas hoje, podendo serem sublimadas a qualquer momento, sempre redirecionando este futuro. Se fosse possível ao ser humano ver o futuro, o fato de ver, mudaria a condição do que foi visto, de mutável para imutável, de flexível para inflexível. Transformaria o provável em determinismo, com resultados imprevisíveis para a própria evolução do gênero. Lembrem-se, um Truti é ao mesmo tempo um átomo primordial e uma medida de tempo.

A letra 'Z' continua a cargo de cada um de nós, pois cada um escreve seu próprio futuro (ou o reescreve, usando Vontade, amor-sabedoria e atividade).

Por Jorge Antonio Oro