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terça-feira, 24 de julho de 2012

Pense em alguém que voce goste muito...


Pense em alguém que você goste muito.
Do passado, do presente ou do futuro.
Pode ser um bichinho, um brinquedo, uma pessoa, uma criança, uma situação agradável.
Pense e sinta.
Sinta esse amor, agora, aqui, em você.
Conecte-se com o amor que habita você...

Comece a incluir nessa amorosidade todas as pessoas que estão próximas a você.
Vá expandindo sua capacidade de amar.
Inclua todas as pessoas que você conhece.
Agora inclua as que você não conhece.
Inclua próximas e distantes.
Inclua pessoas que você jamais viu.
Os povos africanos, asiáticos, australianos.
Os povos e tribos de toda a Terra.

Inclua em seu amor todo o planeta, com árvores e insetos. Flores e pássaros. Mares, rios, oceanos.
Inclua a vegetação da Amazonia e da Pantagonia.
Inclua o Mar Morto e o Deserto do Saara.

Inclua todas as religiões.
Como se não houvesse dentro nem fora.
Imagine, como John Lennon, que o mundo é um só.
O mundo é uno. O mundo, o universo, o pluriverso é um só.
Nós somos unas e unos com o uno.

Perceba.

Isto que digo é a verdade.
E só há esse caminho.
Somos a vida da Terra.
Somos a vida do Universo.
Somos a vida do Multiverso.

E quando nossos pequeninos corações humanos se tornam capazes a ir além deste saquinho de pele que chamamos o eu, nos contatamos com a essência da vida. Que é a anossa própria essência e de tudo que é, assim como é.

Caminhemos.Tornamo-nos o caminho a cada passo.
Que cada passo seja um passo de paz.

Que nossa mente se abra...
Abertura para o infinito.
Abertura para a imensidão.
Abertura para a ternura.
Abertura para a sabedoria.
Abertura para a compaixão.

Que todos os seres em todas as esferas e todos os tempos se beneficiem com esse amor imenso que aqui e agora juntas, juntos, nos tornamos. E ao nos tornarmos o amor tudo se torna vida e vida em abundância.

Ame e manifeste esse amor agora!

Mãos em prece,
Monja Coen

terça-feira, 13 de março de 2012

Ser Zen


Ser Zen não é ficar numa boa o tempo todo, de papo para o ar, achando tudo lindo sem fazer nada.
Ser zen é ser ativo.
É estar forte e decidido.
E caminhar com leveza, mas com certeza.
É auxiliar a quem precisa, no que precisa e não no que se idealiza.

Ser zen é ser simples.
Da simplicidade dos santos e dos sábios.
Que não precisam de nada.
Nada mais que o necessário.
Para o encontro, a comida, a cama, a diversão, o trabalho.

Ser zen é fluir com o fluir da vida.
Sem drama, sem complicação.
Na hora de comer come comendo, sem ver televisão, sem falar desnecessário.
Sente o sabor do alimento, a textura, o condimento
Sente a ternura (ou não) da mão que plantou e colheu, da terra que recebeu e alimentou, do sol que deu energia, da água que molhou, de todos os elementos que tornam possível um pequeno prato de comida à nossa frente.
Sente gratidão, não desperdiça.
Comer com alegria.
Para satisfazer a fome de todos os famintos.
Beber para satisfazer a sede de todos os sedentos.
Agradecendo e se lembrando de onde vem e para onde vai.
A chuva, o sol, o vento, o guarda, o policial, o bandido, o açougueiro, o juiz, a feiticeira, o padre, a arrumadeira, o bancário e o banqueiro, o servente e o garçom, a médica e o doutor, o enfermeiro e o doente, a doença e a saúde, a vida e a morte, a imensidão e o nada, o vazio e o cheio, o tudo e cada parte.

Ser zen é ser livre e saber os seus limites.
Ser zen é servir, é cuidar, é respeitar, compartilhar.
Ser zen é hospitalidade, é ternura, é acolhida.
Ser zen é o kyosaku - bastão de madeira sábia, que acorda sem ferir, que lembra deste momento, dos pés no chão como indígenas, sentindo a Terra-Mãe sustentando nossos sonhos, nossas fantasias, nossas dores, nossas alegrias.

Ser zen é morrer
Morrer para a dualidade, para o falso, a mentira, a iniqüidade.
Ser zen é renascer a cada instante.
Na flor, na semente, na barata, no bicho do livro na estante.
Ser zen é jamais esquecer de um gesto, de um olhar, de um carinho trocado no presente-futuro-­passado.

Ser zen é não carregar rancores, ódios, cismas nem terrores.
Ser zen é trocar pneu, as mãos sujas de graxa.
Ser zen é ser pedreiro, fazendo e refazendo casas.

Ser zen é ser simplesmente quem somos e nada mais.
É ser a respiração que respira em cada ação.
É fazer meditação, sentar-se para uma parede, olhar para si mesmo.
Encontrar suas várias faces, seus sorrisos, suas dores.
É entregar-se ao desconhecido aspecto do vazio.
Não ter medo do medo.
Não se fazer ou, se o fizer, assim o perceber e voltar.

Ser zen é voltar para o não-saber, pois não sabemos quase nada.
Não sabemos o começo, nem o meio, muito menos o fim. E tudo tem começo, meio e fim.
Ser zen é estar envolvido nos problemas da cidade, da rua, da comunidade.
É oferecer soluções, ter criatividade, sorrir dos erros, se desculpar e sempre procurar melhorar.
Ser zen é estar presente.
Aqui, neste mesmo lugar.
Respirando simplesmente, observando os pensamentos, memórias, aborrecimentos, alegrias e esperanças.
Quando? Agora, neste instante. É estar bem aqui onde quando se fala já se foi.
Tempo girando, correndo, passando, e nós passando com ele.
Sem separação.

Ser zen é Ser Tempo.
Ser zen é Ser Existência.

Por Monja Coen

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

As Transformações começam Conosco


Como dar vida às nossas vidas

Há um antigo ditado japonês:
"Se houver relacionamento, faço; se não houver relacionamento, saio".
Um Mestre Zen, no final do século passado, fez a seguinte alteração:
"Havendo relacionamento, faço; não havendo, crio relacionamento".

Essa mudança de paradigma é extremamente importante. Devemos também lembrar que criar um relacionamento não significa, necessariamente, obter resultados imediatos, embora muitas vezes estes ocorram.

Novos relacionamentos em padrões antigos perdem seu significado. Precisamos criar relacionamentos a partir de novas maneiras de nos relacionar, de ver o mundo, de ser, de inter ser. Essa nova maneira pode, inclusive, recarregar de energia positiva antigos relacionamentos.

Para descobrirmos novas maneiras precisamos, primeiramente desenvolver a capacidade de perceber como estão nossos relacionamentos atuais.

Observe e considere meticulosamente a si mesmo. Perceba como está se relacionando em casa, na rua, no trabalho, no lazer. Perceba como respira, como anda, como toca nos objetos, como usa sua voz, como são seus gestos e como são seus pensamentos e os não pensamentos. Esse observar não deve ser limitante, constrangedor, confinador. Apenas observe. Como você se relaciona com o meio ambiente, biodiversidade, reciclagem, justiça social, melhor qualidade de vida, guerras, violência, terror, paz, harmonia, respeito, garantia dos Direitos Humanos? Como você e o seu logos se relacionam entre si e em relação aos projetos de sucesso, de lucro, de desenvolvimento e progresso de sua organização?

Como está se relacionando com o mais íntimo de si mesmo, com a essência da Vida, com o Sagrado?

Será que é capaz de ver, ouvir, sentir e perceber a rede de inter relacionamentos de que é feita a vida? Percebe e leva em consideração, na tomada de decisões, a interdependência?

Tanto individualmente, como no coletivo, nossa participação e compreensão como estão? Será que estamos conscientemente vivendo nossas vidas e direcionando nossos pensamentos, ações e palavras para o sentido de mudança que queremos e sonhamos?

Mahatma Gandhi disse: "Temos de ser a transformação que queremos no mundo".

Geralmente pensamos no mundo como alguma coisa distante e separada de nós, mas nós somos a vida do universo em constante movimento. Podemos até dizer que o mundo somos nós. Nossa vida forma o mundo, é o mundo, não apenas está no mundo. Inclui todas as formas de vida e seus derivados e nos inclui neste instante, instante após instante. Há um monge chinês do século VII, Gensha Shibi , que dizia : "O Universo é uma jóia arredondada. Somos a vida desse universo em constante transformação. Nada vem de fora, nada sai para fora".

De momento a momento tudo está mudando, nós fazemos parte dessa mudança e podemos escolher, discernir qual o caminho que queremos dar a esse constante transformar. É por isso que digo que a transformação começa em nós. Na verdade vai além de apenas começar. É em nós. Nossa capacidade humana de inteligência e compreensão nos permite fazer escolhas. E o que estamos escolhendo?

Outra frase de Mahatma Gandhi:
"Quando uma pessoa dá um passo em direção à Paz, toda a humanidade avança um passo em direção à Paz"

A minha decisão, a sua decisão pode transformar ou influenciar a direção da mudança.

Há um sutra budista que descreve o mundo como uma rede de inter relacionamentos. Como se fosse uma imensa teia de raios luminosos e em cada intersecção uma jóia capaz de receber essa luz e emitir raios em todas as direções. Qualquer pequena mudança afeta o todo. Cada ser que se transforme em um ser de paz, de harmonia, de ternura, carinho e respeito pela vida em todas as suas formas estará sendo uma mudança viva e influenciando tudo e todos.

Qual o primeiro passo? Conhecer a si mesmo. Conhecer nossos mecanismos.

O que nos afeta, nos incomoda? O que nos alegra? O que nos irrita? Como transformar a raiva em compaixão? Como transformar o desafio em competição leal, justa, empreendedora, enriquecedora? Sem nos preocuparmos com os créditos, se formos capazes de fazer o bem, não fazer o mal, fazer o bem aos outros, estaremos transformando nossos lares, nossas amizades, nosso ambiente de trabalho, nossas organizações, nossas cidades, estados, países, nações, mundo... e a nós mesmos...no florescimento da Cultura da Paz.

"Estudar o Caminho de Buda é estudar a si mesmo. Estudar a si mesmo é esquecer-se de si mesmo. Esquecer-se de si mesmo é ser iluminado por tudo que existe. Transcender corpo e mente seu e dos outros. Nenhum traço de iluminação permanece e a Iluminação é colocada à disposição de todos os seres." (Mestre Zen Eihei Dogen - 1200-1253)

É importantíssimo que iniciemos este "estudar a si mesmo", já. Cada um de nós que perceber seu próprio mecanismo ficará em controle desse mecanismo e não mais à mercê de seus sentimentos e emoções, desejos e frustrações, puxado, empurrado, espremido e puxando, empurrando, espremendo - envenenados pela ganância, raiva e ignorância.

Imagine um mundo aonde podemos brilhar uns para os outros, sem ódios, mas com carinhoso respeito e terna compreensão. Percebendo nossas diferenças, aceitando a diversidade da vida e juntando nossas capacidades tanto intelectuais como físicas na construção desse verdadeiro Céu, Paraíso, Terra Pura, Shambala de que falam as religiões, todas elas.

Cabe a nós, a cada um de nós criar esse relacionamento de carinho com a vida, de ternura com todos os seres, de compreensão, de sabedoria e compaixão para percebermos o Caminho Iluminado e o Nirvana permeando toda a existência.

Isso é dar vida à nossa própria vida.

As Transformações Começam Conosco

Por Monja Coen

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Fim de Ano? Feliz Ano Novo!





Fim de Ano?

Feliz Ano Novo.

Tudo que começa termina.

Entretanto não há começo nem fim.

Tudo está em constante transformação.

Como disse Lavoisier:

Nada se cria, nada se destrói,

Tudo se transforma!



Monja Coen


Fonte da Imagem:
Joop Zand

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Caminhemos, pois.



Caminhemos, pois.

Sem começo nem fim.

Além do nascer e do morrer.

Eterno transformar.

Podemos nós, pequenos seres humanos, direcionar a transformação.

Já há alguns anos caminhamos juntos.

Como tem sido agradável encontrar outros tantos companheiros, irmãos e irmãs, parceiros deste caminhar de Cultura de Paz.

Reiteramos nossa parceria, agradecendo os momentos que juntos compartilhamos, as primeiras flores, os primeiros frutos ainda não muito doces, que colhemos na jornada, espalhando sementes ao vento, cuidando do solo, do céu, das águas e do nada.

Um ano termina, outro começa e nós recomeçamos a cada instante nossos votos de servir a humanidade, servir à toda vida com nossa vida.

Que haja Paz, ternura, amizade, compreensão e justiça no nosso caminho da Verdade.

Monja Coen

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tristeza...Por Monja Coen




Qual é o significado da tristeza e como lidar com ela?


Na tristeza ficamos tristes.

Quando perdemos alguém.
Quando perdemos.
Quando as coisas não são como queríamos que fossem.
Quando as pessoas não são como queríamos que fossem.
Quando o mundo e a realidade não são o que queríamos que fossem.
Quando não somos o que gostaríamos de ser.
Quando não temos o que gostaríamos de ter.


Porém,
se nos lembrarmos
que as coisas são como são
que as pessos são como são
que nós, o mundo e a relidade são o que são
e que podemos apreciar o que temos invés de lamentar o que não temos,
começamos a entrar no mundo da não dualidade.


Se houver sabedoria e compaixão perceberemos que a tristeza, mesmo profunda, é passageira.

Perceberemos que se as coisas, as pessoas, o mundo, a realidade e nós mesmos estamos num processo contínuo de transformação, então poderemos pensar em nos tornarmos essa transformação que queremos no mundo.

Para que haja menos tristeza, mais alegria, mais compartilhamento e harmonia.


O contentamento com a existência é um dos ensinamentos principais de Buda:


"a pessoa que conhece o contentamento é feliz, mesmo dormindo no chão duro; a pessoa que não conhece o contentamento é infeliz mesmo num palácio celestial."


Então, quando sentimos tristeza, observamos a tristeza.

Como está nossa respiração?

Como estão os batimentos cardíacos?

Como está a nossa postura?

Que pensamentos são esses que me fazem deixar os ombros cair para frente, baixar a cabeça e, quem sabe, chorar?

Como se formam as lágrimas?

E, mesmo em meio a lágrimas, podemos sorrir e perceber que enquanto vivas criaturas temos esta experiência extraordinária e bela de poder ficar triste.

Tristeza que vem.
Tristeza que vai.

E sem se apegar a coisa alguma e sem sentir aversão a coisa alguma descobrimos o verdadeiro sentido da vida.

É assim que trabalhamos a tristeza.

Zazen - sentar-se em zen e observar a si mesma.

Postura correta, alongamento da coluna vertebral, abrir o diafragma e respirar profundamente.

Inspiração mais curta, expiração mais longa.

Saboreando o ar.

Ombros alinhados e retos, postura de Buda.

Ensinamentos de sabedoria nos auxiliam a sair da toca, do casulo de separatividade que falsamente criamos e de nos lembrarmos que sempre há pessoas e situações piores do que a nossa, sempre há pessoas e situações melhores do que a nossa e nunca, nunca, perder a dignidade.

Tristeza boa é da saudade de alguém que logo poderemos rever.
Tristeza ruim é aquela que náo queremos deixar passar. Aquela na qual nos agarramos, pois nos dá uma identidade, nos torna especiais. Especialmente tristes. Comoventes, Vítimas a serem apiedadas e cuidadas. Ah! Quanta carência.

Abandonar a tristeza é abrir as mãos, o coração, a mente para a emoção seguinte.

É lavar o rosto, olhar para a imensidão do céu, da Terra, do mar e perceber a pequenês da nossa vida.

Sem culpa e sem culpar ninguém.

Sinta a tristeza, reconheça, respire a tristeza e a deixe passar.



Mãos em Prece


Por Monja Coen

domingo, 5 de dezembro de 2010

Descançando a Alma...por Monja Coen






Arranje um cantinho sossegado e uma almofada gostosa.

Acenda um incenso de sândalo.

Sente-se com as costas bem retas.

Coloque as mãos sobre os joelhos, com as palmas para cima e balance o corpo lentamente da esquerda para a direita, de movimentos maiores a movimentos menores, como um pêndulo, até encontrar o centro de equilíbrio do corpo.

Pare aí.

Inspire profundamente e solte o ar lenta e completamente pela boca.

Relaxe os ombros.

Inspire novamente e solte o ar pela boca.

Então cerre os lábios, coloque a ponta da língua no céu da boca e respire pelas narinas.

Mantenha os olhos entreabertos, apenas pousados a sua frente.

Ouça todos os sons.

Sinta todas as fragrâncias.

Perceba o ar, a temperatura em sua pele.

Você está pensando?

Ou não está pensando?

Verifique sua postura.

Costas eretas.

Cabeça como se um fio puxasse para o céu.

Pernas firmes pela força da gravidade.

Não julgue.

Nem certo nem errado, nem bonito nem feio.

Seja.

Apenas sentar.

Intersendo com tudo que existe.

Que bom estar viva.

Este instante aqui e agora é o céu e a terra.

Isso é Tudo.

Tudo é Nada.


Texto de Monja Coen



Fonte da Imagem:
Internet