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sábado, 15 de setembro de 2012

Código de Ética dos Índios




O Conselho Indígena Inter-Tribal Norte Americano, do qual participam as tribos Cherokee Blackfoot, Cherokee, Lumbee Tribe, Comanche, Mohawk, Willow Cree, Plains Cree, Tuscarora, Sicangu Lakota Sioux, Crow Montana, Northern Cheyenne Montana aprovaram o seu código de ética:

Levante-se com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com frequência.


O Grande Espírito o escutará, se você ao menos, falar!

Seja Tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles reencontrem o caminho do Grande Espírito.

Procure conhecer-se, por si mesmo. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua! Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você!

Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-os com o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra. 


Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza, ou da cultura. Se não lhe foi dado, não é seu!

Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais. Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem os ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal. Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você colocar para fora no Universo, voltará multiplicada para voce!

Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados. Pensamentos maus causam doenças na mente, no corpo e no espírito. Pratique o otimismo! A Natureza não é para nós, ela é uma parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa Família Terrena.

As Crianças são as sementes do nosso futuro. Plante Amor nos seus corações e regue com Sabedoria e lições da vida. Quando forem crescidos, dê-lhes espaço para que continuem crescendo!

Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará à você. Seja sincero e verdadeiro em todas as situações. A honestidade é o grande teste para a nossa herança do Universo.

Mantenha-se equilibrado. Seu corpo Espiritual, seu corpo Mental, seu corpo Emocional e seu corpo Físico, todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis. Trabalhe o seu corpo Físico para fortalecer o seu corpo Mental. Enriqueça o seu corpo Espiritual para curar o seu corpo Emocional.

Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá. Seja responsável por suas próprias ações.

Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros. Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados. Isto é proibido.

Comece sendo verdadeiro consigo mesmo. Se você não puder nutrir e ajudar a si mesmo, você não poderá nutrir e ajudar os outros. Respeite outras crenças religiosas. Não force as suas crenças sobre os outros.

Compartilhe sua boa fortuna com os outros. Participe com caridade.


Conselho Indígena Inter Tribal Norte Americano

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Ética e Responsabilidade Social



É crescente o movimento pela ética e responsabilidade social das empresas. Multiplicam-se os eventos nacionais e internacionais com o objetivo de discutir conceitos, práticas e indicadores que possam efetivamente definir uma empresa como empresa cidadã.



Diante do quadro de pobreza, dos sérios problemas que vivemos em termos de educação, saúde, desemprego, violência e de ações que destroem o nosso ecossistema, é bastante salutar que as organizações assumam o seu papel social e contribuam eficazmente para o desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida no planeta. E que através deste movimento e do exemplo dos seus líderes contribuam para resgatar a ética no relacionamento humano e nos negócios.



Uma pesquisa realizada pela ADVB Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, no ano passado, mostrou que cada vez mais as empresas estão investindo em projetos sociais contando com a participação dos seus funcionários. Revela ainda que 33 % de um total de 810 empresas pesquisadas acreditam que tais ações têm contribuído para melhorar a sua imagem junto aos consumidores e que 79 % delas tem planos de investir em projetos no terceiro setor. O IBASE com a bandeira do Balanço Social levantada por Betinho patrocina pesquisa sobre ações sociais corporativas , a FIDES tem promovido regularmente o fórum de balanço social, a ADCE tem contribuído com a realização de seminários e reflexões sobre as dimensões da responsabilidade social, tendo apoio da Câmara Americana e da ABRH Rio.



Percebemos, assim, uma tendência que começa a se concretizar em fatos que nos enchem de esperança e otimismo. Surge uma nova consciência nos dirigentes de empresas, nos profissionais que prezam a ética em seus negócios e relações de trabalho e, sobretudo, nos cidadãos que querem consumir com a certeza de que estão contribuindo com uma boa causa.



Seja porque no coração do homem pulsa o desejo de ser plenamente humano ou apenas por questões de sobrevivência, importa que estamos caminhando para um novo modelo de gestão que tem a ética e a responsabilidade social como fundamentos. E nesse caminho todos ganham, a empresa, seus colaboradores e acionistas, clientes e fornecedores e a comunidade onde está inserida.



Assim construiremos juntos a cidadania nas organizações. Certamente há muito ainda que se investir no desenvolvimento desses valores nas empresas, na reflexão e na elaboração de um código de ética, na implantação voluntária do balanço social como resultado de ações solidárias, na participação nos resultados, na gestão participativa etc. Mas aos poucos já temos avançado.



É verdade que através de eventos e treinamentos as empresas têm procurado influenciar e desenvolver seus colaboradores e lideranças neste sentido. Entretanto, precisa-se colocar o ser cidadão como requisito indispensável nos processos seletivos. A empresa cidadã contrata cidadãos: profissionais que têm consciência da sua missão de contribuir com os resultados da organização e fazer deste mundo um mundo melhor.



Quando fomos contratados por uma loja de departamentos para realizar a seleção de profissionais, tivemos a grata surpresa ao sermos informados de que um dos requisitos básicos para qualquer função era o espírito de solidariedade. Hoje o mercado sinaliza um novo perfil de profissional: que seja orientado para resultados, criativo, inovador, automotivado, ousado, etc.

Tenho certeza, porém, que o ser cidadão é que vai fazer a diferença. Afinal, a empresa para ser considerada cidadã deverá ser constituída de cidadãos.



Robson Santarém
Diretor da Agência Brasil Especializada em Seres Humanos
Vice-Presidente da ADCE Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa - RJ

Fonte:
Publicado na revista Brazilian Business no. 148 Fevereiro/2000
Revista da Câmara de Comércio Americana – Rio de Janeiro

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Inteligência Espiritual / Dana Zohar




Você é espiritualmente inteligente?

No livro QS Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.

Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos em uma cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".

Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes.

Formada em física pela Universidade Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford. É autora de outros oito livros, entre eles, "O Ser Quântico" e "A Sociedade Quântica", já traduzidos para o português.

QS Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record).

Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

Ela falou a Revista Exame em Porto Alegre durante o 30º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suíça, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.

Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.

O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais.

Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.

Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de "insights", formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos interiores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.

A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goldman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções.

Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso.

A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade. No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções.

A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. São levadas por valores.

2. São idealistas.

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade.

4. São holísticas.

5. Celebram a diversidade.

6. Têm independência.

7. Perguntam sempre "por quê?"

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo.

9. Têm espontaneidade.

10.Têm compaixão.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

As Virtudes Selvagens



Se você busca as origens da ética, olhe as vidas de outros ani­mais. As raízes da ética estão nas virtudes animais. Os huma­nos não podem viver bem sem as virtudes que partilham com seus parentes animais.


Essa não é uma idéia nova. Há dois mil e quinhentos anos Aristóteles observou as semelhanças entre humanos e golfi­nhos. Como os humanos, os golfinhos agem propositalmente.

As origens da justiça, bem como da prudência, da modera­ção, da bravura - em suma, de tudo aquilo que designamos como as virtudes socráticas - são animais: uma conseqüên­cia daquele impulso que nos ensina a buscar comida e esca­par de inimigos.

Agora, se considerarmos que mesmo o mais elevado ser humano apenas se tornou mais elevado e sutil quanto à natureza do que come e em sua concepção do que é antagônico a ele, é adequado descrever todo o fenô­meno da moralidade como animal.

Para conseguir as boas coisas da vida, têm prazer em exerci­tar seus poderes e habilidades e mostram qualidades como curiosidade e bravura.

Os humanos não estão sozinhos nisso de ter uma vida ética.

Ao pensar dessa maneira, Aristóteles pensava como Nietzsche, que escreveu:

"A idéia ocidental dominante é outra. Ela ensina que os huma­nos são diferentes dos outros animais, que simplesmente res­pondem às situações nas quais se encontram. Nós podemos escrutinar nossos motivos e impulsos; podemos saber por que agimos como agimos. Tornando-nos cada vez mais autocons­cientes, podemos nos aproximar de um ponto no qual nossas ações sejam resultados de nossas escolhas. Quando estivermos plenamente conscientes, tudo que fizermos será feito por razões que podemos conhecer. A essa altura, seremos autores de nossas vidas."


Isso pode parecer fantástico, e é mesmo. Ainda assim, é o que nos foi ensinado por Sócrates, Aristóteles e Platão, Des­cartes, Spinoza e Marx. Para todos eles, a consciência é nossa própria essência, e a boa vida significa viver como um indiví­duo plenamente consciente.


O fato de que não sejamos sujeitos autônomos constitui um golpe mortal para a moralidade - mas é a única base pos­sível da ética. Se não fôssemos feitos de fragmentos, não po­deríamos praticar o auto-engano nem sofreríamos de falta de força de vontade. Se a escolha governasse nossas vidas, nun­ca poderíamos mostrar generosidade espontânea.

Se o "self" de cada um fosse fixo como imaginamos ser, não poderíamos lidar com um mundo abundante em descontinuidades. Se fôssemos realmente mônadas, cada um fechado em si mesmo, não po­deríamos ter a fugaz empatia com outras coisas vivas, a fonte última da ética.

O pensamento ocidental está fixado no hiato entre o que é e o que deveria ser.

Mas, em nossa vida diária, não escanea­mos nossas opções primeiro, para só depois atuar conforme a melhor delas.

Simplesmente lidamos com o que quer que se apresente.

Saímos da cama de manhã e vestimos nossas rou­pas sem decidir que vamos fazê-lo. Ajudamos a um amigo exa­tamente do mesmo jeito. Pessoas diferentes seguem costumes diferentes; mas, ao agir sem intenção, não estamos simples­mente seguindo hábitos. Atos não-intencionais ocorrem em todos os tipos de situação, incluindo aquelas com as quais nunca nos defrontamos antes.

Fora da tradição ocidental, os taoístas da China antiga não viam nenhum hiato entre ser e dever ser. A ação correta era o que quer que derivasse de uma clara visão da situação. Eles não seguiam os moralistas - confucionistas, naquela época - que buscavam acorrentar os seres humanos a regras ou princípios.

Para os taoístas, a vida boa é apenas a vida natural vivida com habilidade. Ela não tem nenhum propósito parti­cular. Não tem nada a ver com a vontade e não consiste em tentar realizar nenhum ideal. Tudo que fazemos pode ser fei­to de maneira mais certa ou menos certa, mas, se agimos cer­to, não é porque traduzimos nossas intenções em ações. É porque lidamos habilmente com o que quer que precise ser feito. A vida boa significa viver de acordo com nossas nature­zas e circunstâncias. Não há nada que diga que ela deva ser a mesma para todo mundo ou que deva estar em conformidade com a "moralidade".


No pensamento taoísta, a vida boa vem espontaneamen­te; mas espontaneidade está longe de ser simplesmente agir segundo os impulsos que nos ocorrem. Em tradições ociden­tais como o romantismo, a espontaneidade está ligada à subjetividade. No taoísmo, significa agir desapaixonadamen­te, baseado numa visão objetiva da situação presente. O ho­mem comum não pode ver as coisas objetivamente porque sua mente está anuviada pela ansiedade de alcançar suas metas. Ver claramente significa não projetar nossas metas sobre o mundo; agir espontaneamente significa agir de acordo com as necessidades da situação. Os moralistas ocidentais pergun­tarão qual é o propósito de tal ação, mas, para os taoístas, a vida boa não tem propósito. É como nadar em um redemoi­nho, respondendo às correntes, tal como vêm e vão.

"Mergu­lho com o influxo e emerjo com o refluxo, sigo o Tao da água e não imponho a ela minha visão egóica. É assim que perma­neço à tona", diz Chuang-Tzu.


Dessa perspectiva, a ética é simplesmente uma habilidade prática, como pescar ou nadar.

O cerne da ética não é a esco­lha ou a atenção consciente, mas a aptidão para saber o que fazer.

É uma habilidade que vem com a prática e com uma mente vazia. A. C. Graham explica:

"O taoísta relaxa o corpo, acalma a mente, afrouxa a pressão exercida por categorias tornadas habituais pelo nomear, li­bera a corrente de pensamentos para diferenciações e assi­milações mais fluidas e, em vez de pesar escolhas, deixa que seus problemas se resolvam por si mesmos à medida que a inclinação espontaneamente encontre sua própria direção. (...) Ele não tem que tomar decisões baseadas em padrões de bom e mau, porque, admitindo-se apenas que iluminação seja melhor que ignorância, é auto-evidente que, entre inclina­ções espontâneas, a que prevalece numa situação de maior clareza da mente, outras coisas sendo iguais, será a melhor, ou seja, a que está de acordo com o Tao, o Caminho."


Poucos seres humanos têm a aptidão para viver bem. Obser­vando isso, os taoístas buscaram outros animais como guias para a vida boa. Os animais selvagens sabem como viver; não precisam pensar nem escolher. Apenas quando são acorren­tados pelos humanos é que param de viver naturalmente.


Como diz Chuang-Tzu, "os cavalos, quando em estado selvagem, comem capim e bebem água; quando estão satis­feitos, enlaçam seus pescoços e se esfregam. Quando enraive­cidos, viram-se de costas um para o outro e dão coices. É isso o que cavalos sabem. Mas, se atrelados juntos e obrigados a se alinhar, sabem como cabecear e arquear os pescoços, patear em círculos, tentar cuspir o freio e se livrar das rédeas."


Para pessoas escravizadas à "moralidade", a vida boa sig­nifica esforço perpétuo. Para os taoístas, significa viver sem esforço, de acordo com nossas naturezas. O ser humano mais livre não é o que age de acordo com razões que escolhe para si mesmo, mas o que nunca precisa escolher. Em vez de se agoniar entre alternativas, responde sem esforço às situações o taoísmo coincide com a visão científica de mundo exata­mente naqueles pontos em que essa visão mais incomoda os ocidentais enraizados na tradição cristã - a pequenez do homem em um vasto universo; o Tao não-humano que todas as coisas seguem, sem propósito e indiferente às necessida­des humanas; a transitoriedade da vida, a impossibilidade de saber o que vem após a morte; a mudança infindável na qual a possibilidade de progresso não é nem mesmo concebida; a relatividade dos valores; um fatalismo muito próximo do de­terminismo; até mesmo a sugestão de que o organismo hu­mano opera como uma máquina.


Autonomia significa agir segundo razões que escolhi; mas a lição da ciência cognitiva é que não existe nenhum "self" para fazer a escolha. Somos muito mais semelhantes a máquinas e animais selvagens do que imaginamos. Mas não podemos al­cançar o egoísmo amoral dos animais selvagens ou o automa­tismo sem escolha das máquinas. Talvez possamos aprender a viver com mais leveza, menos oprimidos pela moralidade. Não podemos retomar a uma existência puramente espontânea.


Se os humanos diferem de outros animais, é, em parte, nos conflitos entre seus instintos. Eles buscam segurança, mas são facilmente entediados; são animais amantes da paz, mas têm um gosto pela violência; são inclinados a pensar, mas ao mes­mo tempo odeiam e temem a incerteza trazida pelo pensar. Não existe nenhum modo de vida no qual todas essas neces­sidades possam ser satisfeitas. Felizmente, como atesta a histó­ria da filosofia, os humanos têm um talento para o auto-engano e crescem na ignorância de suas naturezas.


A moralidade é uma doença peculiar aos humanos, a vida boa é um refinamento das virtudes dos animais. Surgindo de nossas naturezas animais, a ética não precisa ter onde se an­corar; mas fica encalhada nos conflitos de nossas necessidades.


Por Adalberto Tripicchio 

Fonte:
rede psi 

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Código de Ética dos Índios Norte Americanos




O Conselho Indígena Inter-Tribal Norte Americano, do qual participam as tribos Cherokee Blackfoot, Cherokee, Lumbee Tribe, Comanche, Mohawk, Willow Cree, Plains Cree, Tuscarora, Sicangu Lakota Sioux, Crow (Montana), Northern Cheyenne (Montana) aprovaram o seu código de ética:


Levante-se com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com freqüência.


O Grande Espírito o escutará, se você ao menos, falar!

Seja Tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles reencontrem o caminho do Grande Espírito.

Procure conhecer-se, por si mesmo. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua! Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você!

Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-os com o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra. Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza, ou da cultura. Se não lhe foi dado, não é seu!

Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais. Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem os ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal. Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você colocar para fora no Universo, voltará multiplicada para voce!

Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados. Pensamentos maus causam doenças na mente, no corpo e no espírito. Pratique o otimismo! A Natureza não é para nós, ela é uma parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa Família Terrena.

As Crianças são as sementes do nosso futuro. Plante Amor nos seus corações e regue com Sabedoria e lições da vida. Quando forem crescidos, dê-lhes espaço para que continuem crescendo!

Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará à você. Seja sincero e verdadeiro em todas as situações. A honestidade é o grande teste para a nossa herança do Universo.

Mantenha-se equilibrado. Seu corpo Espiritual, seu corpo Mental, seu corpo Emocional e seu corpo Físico, todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis. Trabalhe o seu corpo Físico para fortalecer o seu corpo Mental. Enriqueça o seu corpo Espiritual para curar o seu corpo Emocional.

Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá. Seja responsável por suas próprias ações.

Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros. Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados. Isto é proibido.

Comece sendo verdadeiro consigo mesmo. Se você não puder nutrir e ajudar a si mesmo, você não poderá nutrir e ajudar os outros. Respeite outras crenças religiosas. Não force as suas crenças sobre os outros.

Compartilhe sua boa fortuna com os outros. Participe com caridade.




Conselho Indígena Inter Tribal Norte Americano


Fonte: guardioes com


 

Meu Comentário:
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