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sábado, 10 de janeiro de 2015
...peregrinação silenciosa ao seu próprio Ser...
"A verdadeira essência da vida está dentro de você.
Neste exato momento
você pode se voltar para dentro de si mesmo,
olhar para dentro de si.
Nenhuma adoração é necessária,
nenhuma reza é necessária.
Tudo o que se precisa
é uma jornada silenciosa
em direção ao seu próprio ser.
Eu chamo isso meditação
– uma peregrinação silenciosa ao seu próprio ser.
E no momento em que você encontrar o seu centro,
você terá encontrado o centro de toda a existência."
Osho
Fonte da Imagem:Mandala Olho do Mundo
de Ana Felix Garjan
domingo, 30 de novembro de 2014
Quem vive, respira...
Por trás de nossos atos, palavras e pensamentos, ao longo de todos os dias e noites da vida, respiramos. Incessantemente, trilhões de vezes, tão sem esforço que mal dá para notar. Podemos viver muitos dias sem comida, alguns sem água, nem cinco minutos sem ar. A troca que acontece nos delicados alvéolos pulmonares tem que ser constante: entra oxigênio, sai gás carbônico. É uma lei primária de sobrevivência.
Mas isso não quer dizer que sempre respiramos bem. Prendemos a respiração, sem perceber, em momentos de susto ou medo; ficamos sem ar diante de uma notícia grave, esquecemos de respirar quando preocupados com alguma coisa. São paradas que refletem um estado de tensão e servem para aumentá-la. Uma pessoa que fuma acende um cigarro nessa hora e dá uma tragada funda. Outra, com noções de meditação e yoga, vai fazer um esforço consciente para trazer a respiração de volta. Porque não é só a troca de oxigênio por gás carbônico que interessa: há um ritmo de vida que a respiração comanda, e o movimento do ar, seja puro ou poluído, mexe com a energia mental ao passar pelas vias aéreas superiores.
A respiração rápida excita, a respiração lenta acalma. A rápida é forte, curta, incompleta. A lenta é suave, longa, profunda: o ar chega até o fundo dos pulmões e beneficia os órgãos internos com sua massagem. O coração, músculo soberano que precisa bater direito para fazer circular o sangue e as emoções, reage imediatamente às mudanças de ritmo respiratório. Não pode ser controlado diretamente, mas obedece à respiração e se organiza quando ela é tranquila.
Morar nas cidades quase que obriga a tomar consciência da respiração. Grande parte da atividade cotidiana envolve andar por vias cheias de gente, motos, carros e ônibus poluentes, letreiros, barulho, perigo. O estresse é inevitável.
Um modo de recuperar o equilíbrio, mesmo no engarrafamento ou na fila do supermercado, é prestar atenção à respiração e fazê-la lenta, longa e profunda. Nada mais monótono: inspira, expira. Nem mais contínuo: inspira, expira.
Poderia ser um tédio. Não é. Aos poucos a pessoa observa com mais calma a passagem do ar pelas narinas e sua descida pelos tubos respiratórios, o modo como o ar enche o peito e a barriga e logo os esvazia, e de repente uma sensação de leveza cintilante está tomando conta da cabeça. Respirar torna-se grande como o céu, como o mar. Nuvens e ondas vão e vêm. Tudo em um espaço interior novo, que aumenta a superfície de contato da pessoa consigo mesma. No fim, observar a respiração é uma forma pessoal de meditação que pode acontecer a qualquer hora, em qualquer lugar, pelo prazer de aquietar a mente e entrar nessa camada suave de existência.
Alguma disciplina pode ser necessária no início ~ por exemplo, contar os tempos da inspiração e da expiração: de 1 a 5 inspirando, de 6 a 10 expirando. Quando esse ritmo estiver estabelecido, manter a inspiração em 5 tempos e ir alongando a expiração até 15, ou mais. Tomar fôlego, inspirando rapidamente uma boa quantidade de ar para soltá-lo aos poucos, é o que fazemos naturalmente ao rezar, cantar ou recitar mantras, que também nos sossegam.
Além disso, a poluição das cidades é menos prejudicial para quem respira bem. As mucosas por onde passa o ar têm cílios minúsculos formando um tapetinho onde fica presa a sujeira. Basta lavar o nariz e a garganta, à noite, para livrar-se dela.
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DICA: regador de nariz barato e eficiente?
www.nasalpote.com.br
Fonte:
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
sábado, 29 de março de 2014
Acordes da Harmonia
"Quando um acorde musical é tocado, uma certa harmonia é produzida por aquela combinação de notas. Mas um acorde no qual haja apenas uma nota incorreta produz discordância, dissonância. Isso tem um efeito muito definido.
A mesma coisa acontece aos homens. Se um aspecto está fora de harmonia com o restante, não funcionamos com suavidade; nossas ações vêm de campos de consciência que não estão integrados. Isso pode resultar em doença. Se os acordes de muitos indivíduos não estiverem em harmonia, grupos de seres humanos podem se tornar mutuamente destrutivos, como testemunhamos hoje em dia.
Em comparação, consideremos a natureza. A natureza é como uma orquestra que reúne incontáveis notas. Desde o tempo de Pitágoras, essa sinfonia cósmica é conhecida como a Música das Esferas. De acordo com esse conceito, cada diminuto átomo está afinado a uma nota musical e está constantemente em movimento com velocidades incríveis, cada velocidade possuindo sua própria qualidade ou nota numérica. Se tivermos ouvidos para ouvir, poderíamos realmente perceber uma árvore crescer ou uma flor desabrochar. Da mesma forma, poderíamos ouvir os gritos de outros seres humanos e de outras formas de vida no planeta, e estaríamos melhor equipados para aliviá-los.
Nós, seres humanos, parecemos estar sempre buscando algo, numa tentativa de redescobrir um aspecto perdido da natureza – o acorde da harmonia com o universo. Harmonia não é um conceito visionário de contos de fadas. É muito relevante na vida diária. Ademais, a harmonia não está limitada ao individual, à família e à comunidade humana.
Antes, implica um estado de profunda ressonância interna com toda a vida no mundo terrestre, e, no final das contas, com toda a vida que reside nos domínios ainda mais inferiores. A busca por esse acorde perdido nos tem levado em miríades de direções. Estamos buscando preencher os vazios existentes em nossas estruturas, para nos tornarmos integrais.
Consequentemente, os seres humanos são grandes aventureiros. Procuramos em todos os recantos da vida para tentar descobrir aquele tesouro precioso – através da excitação, drogas, álcool, novas formas de prazer, riqueza, gurus, meditação e assim por diante. Pode-se dizer que o ser humano muitas vezes se parece com água represada, em vez de um participante ativo no grande sonho da vida.
Notas da existência
Nós só podemos nos tornar unos com a corrente, reconectarmo-nos a ela, quando descobrirmos a nossa profundidade. Como podemos, como indivíduos, redescobrir as notas mais profundas de nossa existência, que podem nos ajudar a nos movermos conscientemente em direção ao estado de harmonia?
Ouvir - Cada uma das miríades de formas de vida tem um conjunto único de vibrações. E isso inclui o ser humano. Podemos sentir as notas mais profundas de outra pessoa? Nós verdadeiramente ouvimos o outro – não apenas as palavras faladas mas os gestos da outra pessoa, os olhos, aquilo que não é dito, para que apliquemos nossos sentidos internos ao que a pessoa está comunicando? Krishnamurti comentava que nós sempre ouvimos com ideia preconcebida ou a partir de um ponto de vista particular. Podemos ouvir com “novos” ouvidos?
Confiança - Nós de fato confiamos na vida, ou de algum modo temos medo dela? Nossas ações podem estar baseadas no medo, tal como o medo do que alguém pensa de nós. À medida que evoluímos, as convenções da sociedade de algum modo afrouxam a pressão e a nossa moralidade individual torna-se a base de nossa vida, em vez da moralidade do mundo, que pode estar fora de harmonia com o funcionamento do universo.
Em Cartas dos Mahatmas, o mestre K. H. diz: “Um Mahatma deve obedecer ao impulso interno de sua mente sem se importar com as considerações de prudência e sagacidade da ciência mundana.” A assim chamada sabedoria do mundo pode, às vezes, não ser mais que um reflexo daquela sabedoria que pode penetrar, oriunda dos níveis mais profundos, inundada com a luz debuddhi. À medida que nos tornamos mais confiantes internamente, os temores desse tipo recuam, e nós confiamos na vida porque de algum modo confiamos em nós mesmos. Aprendemos a lidar melhor com as situações, com os nossos relacionamentos, com os fardos da vida e com as tarefas que temos no momento.
Responsabilidade - Em que nível nós verdadeiramente assumimos a responsabilidade pelo que fazemos? Se assumimos responsabilidades por nossas ações, nos tornamos mais conscientemente responsáveis pelo estado do mundo. A idéia do carma pode não ser nada mais que uma noção interessante revolvendo em nossa mente. Mas uma ação consciente do trabalho do carma na nossa vida diária resulta numa suposição consciente da responsabilidade por nossas ações.
Aspiração - Pode-se pensar na aspiração como sendo o coração da vida espiritual. Um dos significados de aspirar é buscar. Buscar sugere a procura de algo que está oculto, como uma terra não descoberta. Por exemplo, quando aspiramos pela verdade, ou a buscamos, estamos nos esforçando para além do mundano, do lugar-comum, além dos nossos limites conhecidos, em direção a um novo território.
Chegando à verdade
Os ensinamentos teosóficos sugerem que nós fracionamos a verdade por meio das divisões da mente concreta, do mesmo modo como a luz do sol é dividida quando atravessa um prisma. O microbiologista Darryl Reanney, em seu livro Music of the Mind, comenta que o nosso modo primário de expressão física, a linguagem, também fraciona a verdade.
Contudo, devemos qualificar isso, porque a linguagem também oferece oportunidades de enxergar além do mundano. Podemos ouvir ou ler palavras belas, inspiradoras, que agem como catalisadores para novos insights, novos entendimentos. A linguagem é o nosso modo primário de expressar o pensamento, e o pensamento tem muitas manifestações. Portanto, a linguagem deve dar voz àquilo que é sublime, e também aos aspectos grosseiros da mente humana. No final das contas, a verdade pode prescindir da linguagem, como ilustra uma história da tradição Zen.
O cachorro do instrutor Zen adorava as brincadeiras noturnas com seu mestre. Corria daqui para ali para pegar um pedaço de pau, depois retornava, sacudia o rabo, esperava pela próxima brincadeira. Uma noite, o instrutor convidou um dos seus estudantes mais brilhantes para ir até sua casa – um rapaz tão inteligente que ficava confuso com as aparentes contradições da doutrina budista.
“Você deve entender,” disse o instrutor, “que as palavras são apenas postes de orientação. Jamais deixe que as palavras ou os símbolos se interponham no caminho da verdade. Venha cá, eu vou lhe mostrar.” O instrutor chamou seu alegre cachorro. “Pegue a lua”, disse ele ao cachorro, e apontou para a lua cheia.
“Para onde está olhando o cachorro?”, perguntou o instrutor ao inteligente aluno. “Para o seu dedo”, respondeu o aluno. “Exatamente. Não seja como o meu cachorro. Não confunda o dedo que aponta para uma coisa com a coisa que está sendo apontada. Todas as nossas palavras são apenas sinais indicativos. Todo homem luta para, através das palavras de outro homem, encontrar a sua própria verdade.”
Darryl Reanney afirma que a sociedade de hoje confunde conhecimento, que nasce do insight, com memória, que nasce da repetição. O insight vem em seu próprio tempo, quando a mente está pronta e é capaz de transformar a informação em sabedoria. Ele assinala que a memória permite acessar a experiência sem necessariamente compreendê-la, o que explica o empobrecimento espiritual de nossa era. “O conhecimento profundo é um prêmio que pode ser conseguido viajando até as profundezas da nossa consciência e pagando o preço total em dor e paciência, exigidas daqueles que, de maneira passional, precisam conhecer.” E não serão a dor e a paciência partes integrantes da vida espiritual do aspirante? O presente que se obtém pelo conhecimento profundo é a verdade.
A busca pela harmonia que perdemos pode ser comparada à procura do ilusório pote de ouro nas extremidades do arco-íris. Consideramos isso um processo alquímico.
União complementar
A ciência demonstrou que um elétron existe como um composto paradoxal em dois estados: onda e partícula. Darryl Reanney sugere que o comportamento de um elétron pode ser uma metáfora apropriada para a união complementar do mundo da experiência interna subjetiva (estrutura de ondas) e o mundo da observação exterior (estrutura de partículas).
Segundo Reanney, o conheci-mento, em sua própria natureza, existe sob a forma de onda. A poesia é mais evocativa que a prosa porque já tem a estrutura de ondas. A música é a mais alquímica de todas as forças, já que as ressonâncias que ela estabelece “podem vibrar em sintonia com a lógica interior do universo.” O poder do mantra, por exemplo, é bem conhecido. Se nos alinharmos com uma peça musical, ressoaremos com a sua harmonia. Certas ondas musicais podem nos transportar mais facilmente aos reinos arquetípicos, à morada da verdade.
A importância do silêncio
A alquimia é descrita como uma forma medieval de química cujo objetivo principal é descobrir como transformar metais comuns em ouro. Produzir ouro é, portanto, o objetivo tradicional do alquimista. O primeiro princípio do alquimista, segundo Helena Blavatsky, é a existência de um certo “solvente universal” por meio do qual todos os corpos compostos são dissolvidos na substância homogênea da qual todos surgiram. Esse ouro puro é também chamado summa materia, ou a essência da matéria.
O desabrochar de um ser humano também requer um processo alquími-co. Blavatsky descreveu a alquimia como “a química da natureza”, e assinalou que ela possui aspectos cósmicos, humanos e terrestres. Ela comentou que a transmutação de metais inferiores em ouro é apenas um aspecto terrestre da alquimia, pois o processo alquímico possui também uma significação mais profunda. Ao recusar o ouro da terra, o “ocultista alquimista” direciona seus esforços a uma transmutação: daquilo a que os teosofistas com freqüência se referem como “quaternário inferior” em direção à tríade superior do ser humano.
Poderíamos dizer que o ouro é produzido pelo florescimento da nossa natureza mais interna. Portanto, Blavatsky dizia que a alquimia é tanto uma filosofia espiritual quanto uma ciência física. Ela equacionou o processo misterioso da transformação do chumbo em ouro com a transformação dapersonalidade em espírito puro, homogêneo. A pedra filosofal, dizia ela, nasce do espírito. Ela explica que isso é a alma (manas) e o corpo do ser humano sendo assimilado pelo espírito (buddhi). Nesse processo, eles se fundem na vida una.
É interessante que Blavatsky tenha enfatizado a assimilação do espírito ou buddhi por nós, e não a nossa assimilação pelo espírito. Isso salienta o significado do esforço individual à medida que evoluímos, tão bem expressado na terceira Proposição Fundamental de A Doutrina Secreta. Parece que a alquimia do espírito, aquela transformação total da personalidade que produz um ser humano regenerado, depende de esforço – pelo menos até um certo ponto. A qualidade, o tempo e a orientação do esforço de cada um de nós é de suprema importância e pode permitir que o processo alquímico continue exponencialmente.
Darryl Reanney tem uma outra maneira de expor isso: purificando o seu conhecimento do ruído do ego, o “você que é verdadeiramente você” pode se unir à sinfonia da criação, e a canção na qual você se tornou pode se fundir sem emendas com a música que é. Em outras palavras, purificar o nosso conhecimento, com a purificação da mente, é crucial para a nossa harmonização. Esse é um ponto fundamental em obras como Os Yoga-Sutras de Patañjali. Talvez uma maneira de purificar a mente seja aprender a permanecermos quietos.
Purificar o nosso conhecimento do ruído do ego exige que disponibilizemos oportunidades para reduzir esse ruído, se quisermos permanecer lúcidos e sãos, no mundo de hoje. Jocelyn Underhill escreveu que uma das mais lamentáveis características da vida moderna é o medo do silêncio, que permeia todas as fileiras da sociedade. Muita conversa fiada e inconsequente, afirma ela, surge do medo. Talvez o silêncio crie um aparente vazio, algo que é desconhecido e que, portanto, nós tememos.
O silêncio tem uma importância capital na vida espiritual. O que significa permanecer totalmente quieto? O corpo está aquietado; não se inquieta. As células não estão agitadas. As emoções estão em repouso e todavia a mente ainda está alerta. É interessante observar o silêncio entre pensamentos. Eles se tornam mais espaçados e podem mudar de qualidade com o passar do tempo. A própria experiência do tempo muda quando experimentamos estados internos de percepção.
O que é o silêncio? Comumente, consideramos o silêncio como a ausência de som. Mas Jocelyn Underhill afirma que “o silêncio é muito mais que a negação do som; é o próprio som”. As coisas espirituais vistas dos mundos inferiores na maioria das vezes apresentam-se como paradoxos. Por isso podem não ser facilmente assimiláveis, e às vezes requerem um salto de fé antes que possam ser verdadeiramente conhecidas.
A noção do silêncio como som está bem exemplificada no maravilhoso clássico teosófico A Voz do Silêncio. Helen Zahara sugere que essa voz assume diferentes formas, dependendo do nosso estado de consciência: “Às vezes sentimos uma compulsão interna ou orientação para tomar uma atitude particular. Para muitos, essa não é uma idéia estranha. A questão é se o impulso é um genuíno impulso espiritual. Precisamos saber se nossos desejos emocionais ou nossos pensamentos são influenciados por nós. Para isso, o discernimento precisa ser desenvolvido. A chave aqui é examinar nossos motivos.”
A consciência é outro tipo de voz interior que determina a extensão da nossa moralidade. A verdadeira consciência provém dos reinos do espírito. Mas o que achamos ser consciência pode ter uma origem externa, produzida pela sociedade.
Às vezes um pensamento estranho aparece na mente, quase como uma voz se expressando. Mais uma vez precisamos determinar a sua fonte para saber se é uma manifestação da “voz do silêncio”.
Ao longo da história, místicos e visionários relataram que foram inspirados por uma voz interior. O estado místico parece ser de grande iluminação interior, um fluxo de luz e de alegria, uma tremenda sensação de unidade. Esse estado de consciência tem a sua própria voz; todavia, as tentativas de descrevê-la representam, quando muito, uma aproximação da realidade.
Não é preciso temer o silêncio. Pode ser um grande conforto levar até ele todo o alcance de nossas experiências – as dores mais profundas, os nobres pensamentos e assim por diante, até atingirmos as nossas mais elevadas aspirações. Podemos criar espaço para o silêncio, permitir que ele paire sobre as águas profundas da alma?
O silêncio não precisa ser confinado a momentos de meditação, e isso é algo que nós podemos experienciar. O que acontece nos momentos em que não podemos nos retirar para o silêncio físico? Talvez o segredo seja permitir que os ruídos fluam através de nós, em vez de enfrentá-los com resistência. Desse modo, a harmonia não é perturbada.
Os aborígines australianos usam o termo “versos de uma canção” para descrever “o padrão entremeado de trilhas de tempo que riscam a paisagem de sua terra.” Darryl Reanney refere-se aos versos de uma canção como “a totalidade do conhecimento sobre o tempo.” Em resposta à pergunta “quem sou eu?”, ele responde: “Somos os versos da canção de nossas vidas.” Ele comenta que se os versos da canção de sua vida estiverem desafinados com o coro da criação, eles não podem se tornar parte do universo, a canção única, a música que compõe o mundo ou o somatório harmônico de tudo o que é. No curso da evolução, os sons dissonantes eventualmente vão se mesclar com esse vasto mar de harmonia, a Música das Esferas.
Qual é então, o nosso desafio? Nós, que participamos da orquestra da vida, estamos de algum modo tentando tocar novamente aquele acorde perdido. Precisamos decidir no fundo como agir de acordo com os desígnios da natureza enquanto expressamos uma gama única de notas que marcam a nossa própria individualidade.
Como sabermos o modo de agir? Uma afirmação profunda é feita em Luz no Caminho:“Ouvir a voz do silêncio é compreender que do interior vem a única orientação verdadeira. Assim, o ouro que resulta da alquimia do espírito, nascido no silêncio, pode nos transformar radicalmente. As partículas das nossas observações objetivas do dia-a-dia são então transmutadas nas ondas do nosso mundo interior e subjetivo de experiências. Esta é a verdadeira regeneração.”
Finalmente, tenhamos em mente as palavras de Jocelyn Underhill: “Para o ouvido espiritualmente treinado sempre há música aguardando para ser ouvida, e esse som insonoro eleva-se e segue adiante até que se une com a palpitação do eterno mar e o claro chamado das estrelas, sendo ambos acordes pertencentes à grande melodia das vozes dos anjos de Deus e dos filhos da manhã, a música que preenche o cosmo com uma harmonia eterna e divina.”
Vontade espiritual
Helen Zahara citou uma definição de C.W. Leadbeater: “A voz do silêncio para qualquer pessoa é aquela que vem da parte de si mesma que é mais elevada do que sua consciência normal pode alcançar.” Portanto, é lógico e natural que essa voz se modifique à medida que o indivíduo evolui. Essas mudanças podem ser consideradas como três estágios:
1. Para aqueles que têm o foco da consciência na personalidade, essa voz poderia se originar nos aspectos mais sutis da mente, onde há uma qualidade de compreensão conceitual e sintetizadora.
2. Para indivíduos mais sensíveis, poderia ser a voz de buddhi, que provê uma compreensão iluminada.
3. Eventualmente essa voz pode vir do nível de anima. Poderíamos então considerar a voz como vontade espiritual. A evolução monádica [de mônada: centelha da vida, a parte imortal do homem] iria repousar primariamente no futuro, para a humanidade.
Quando se chega ao adeptado, não há dúvida de que ainda há expressões mais sutis dessa voz. De acordo com os ensinamentos da sabedoria, esta originalmente começou com a Palavra ou o Grande Alento, que vibrou através do espaço no início do universo e através de sete grandes campos de consciência. Se o universo consiste desses vastos campos, e se nós somos parte da vida una, então ouvir essa voz ou som significa certamente despertar em cada um desses níveis. Como diz a Voz do Silêncio, “antes de colocares teu pé no degrau mais elevado da escada, a escada dos sons místicos, tens de ouvir a voz do teu deus interno de sete maneiras.” Essas sete maneiras são às vezes equacionadas com vibrações desses sete campos ou domínios, mas podem também ter outras conotações.
Por Linda Oliveira
Fonte:
http://www.sociedadeteosofica.org.br/artigos.asp?item=734&idioma=
sábado, 29 de dezembro de 2012
Feliz 2013 aos Amigos do Blog!!!
Amigos são Anjos
que nos ajudam a voar
quando não conseguimos abrir as asas,
são aquelas pessoas que nos ajudam a voar
quando temos as asas machucadas,
são aquelas pessoas que nos ajudam
a encontrar o nosso caminho
para o amor, felicidade e compreensão.
para o amor, felicidade e compreensão.
São Anjos que viajam diariamente conosco
e nos ajudam a ir mais além daquilo que vemos,
que nos apoiam nas nossas quedas em pleno vôo,
que nos dão a sua asa
para podermos continuar nosso caminho.
para podermos continuar nosso caminho.
São verdadeiros Anjos que lutam conosco
para vencermos a injustiça e a indiferença expressa no mundo,
são os nossos fiéis companheiros de viagem
que vão conosco até aos confins do mundo
e nos ajudam a trazer esperança, fé e amor.
Tiago Viegas
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Se for pra... Mensagem de Natal e Ano Novo
um Feliz Natal,
com amor,
paz,
alegria
e união.
paz,
alegria
e união.
Para o Ano Novo,
desejo que...
"...Se for pra fazer guerra, que seja de travesseiro.
Se for pra ter solidão, que seja no chuveiro.
Se for pra perder, que seja o medo.
Se for pra mentir, que seja a idade.
Se for pra matar, que seja a saudade.
Se for pra morrer, que seja de desejo.
Se for pra tirar de alguém, que seja sua dor.
Se for pra ir embora, que seja a tristeza.
Se for pra chorar um dia, que seja de alegria.
Se for pra cair, que seja na folia.
Se for pra bater, que seja um bolo.
Se for pra roubar, que seja um sorriso.
Se for pra morrer, que seja de amor."
Por Alvaro Socci
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Poesia: Natal é tempo...
"Natal é tempo... de dar um toque na vida
com as cores da esperança,
da fé, da paz e do amor.
Também é tempo de preparar,
em nosso coração e em nosso lar,
um espaço para acolher
as sublimes lições da Sagrada Família de Nazaré
e aceitar as inevitáveis surpresas da vida.
Natal é tempo... de olhar para o céu,
encantarmo-nos com a luz das estrelas
e seguir a estrela-guia.
É tempo abençoado de dar mais atenção
à criança que mora em cada um de nós
e às que encontramos em nosso peregrinar,
à procura do caminho
que nos leva ao Deus-Menino.
Natal é tempo... de mais uma vez ouvir,
acolher e repetir
a mensagem alegre dos Anjos de Deus.
É tempo de acalentar sonhos de harmonia e paz
e, olhando para os “anjos aqui na Terra”,
dar a nossa contribuição,
para tornar este nosso espaço
um pouco mais parecido com o Céu.
Natal é tempo... de contemplar
o Menino Jesus e Sua Mãe
e envolvermo-nos em silêncio orante.
É tempo de agradecer as manifestações de Deus
e deixarmo-nos extasiar por esse Divino Amor que,
na fragilidade de uma Criança,
nos braços de Maria,
veio iluminar nossa fé.
Natal é tempo... de olhar para o mundo,
alimentar a chama do amor
e apreciar o milagre da vida.
É tempo de seguir com atenção e humildade
os passos dos pastores
e os daqueles que têm coração simples
e, em gestos de ternura,
sintonizar mentes e aconchegar corações.
Natal é tempo... de pensar no irmão próximo e distante
e de colaborar para o renascer do amor.
É tempo de, amorosamente,
recompor a vida,
perdoar e abraçar,
com a ternura e a misericórdia do Coração de Deus,
os registros de nossa infância
e dos anos que já vivemos.
Na jubilosa esperança do Natal de Jesus Cristo,
estejamos atentos para perceber
e realizar o bem que estiver ao nosso alcance
e sermos um compreensível eco da mensagem de paz
daquela noite em que,
gerado por obra do Espírito Santo,
de Maria nasceu o Salvador."
Desejo-lhe um natal maravilhoso, meu amigo!
Autor Desconhecido
Se eu quiser falar com Deus / Gilberto Gil
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar
Se Eu Quiser Falar Com Deus
Gilberto Gil
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Para conversar com Deus...
Para conversar com Deus é preciso antes de tudo aprender a estar em silêncio. Muitos se queixam que não conseguem ouvir a voz de Deus e, portanto, não há nenhum mistério. Deus nos fala.
Mas geralmente estamos tão preocupados em falar, falar e falar, que Ele simplesmente nos ouve. Se falamos o tempo todo, nada mais natural que ouvirmos o som da nossa própria voz.
Enquanto nosso eu estiver dominando, só ouviremos a nós mesmos.
A maneira mais simples de orar é ficar em silêncio, colocar a alma de joelhos e esperar pacientemente que a presença de Deus se manifeste.
E Ele vem sempre.
Ele entra no nosso coração e quebranta nossas vidas.
Quem teve essa experiência um dia nunca se esquecerá.
Nosso grande problema é chegar na presença de Deus para ouvir somente o que queremos.
Geralmente quando chegamos a Ele para pedir alguma coisa, já temos a resposta do que queremos.
Não pedimos que nos diga o que é melhor para nós, mas dizemos a Ele o que queremos e pedimos isso.
É sempre nosso eu dominando, como se inversamente, fôssemos nós deuses e que Ele estivesse à disposição simplesmente para atender a nossos desejos.
Mas Deus nos ama o suficiente para não nos dar tudo o que queremos, quando nos comportamos como crianças mimadas.
Deus nos quer amadurecidos e prontos para a vida.
Quem é Deus e quem somos nós?
Quem criou quem e quem conhece o coração de quem?
Somos altivos e orgulhosos.
Se Deus não nos fala é porque estamos sempre falando no lugar dEle.
Portanto, se quiser conversar com Deus, aprenda a estar em silêncio primeiro.
Aprenda a ser humilde, aprenda a ouvir. E aprenda, principalmente, que Sua voz nos fala através de pessoas e de fatos e que nem sempre a solução que Ele encontra para os nossos problemas são as mesmas que impomos. Deus também diz "não" quando é disso que precisamos. Ele conhece nosso coração muito melhor que nós, pois vê dentro e vê nosso amanhã. Ele conhece nossos limites e nossas necessidades.
A bíblia nos dá este conselho: "quando quiser falar com Deus, entra em seu quarto e, em silêncio, ora ao Teu Pai."
Eis a sabedoria Divina, a chave do mistério e que nunca compreendemos. Mas ainda é tempo...
Encontramos no livro de Provérbios a seguinte frase:
"as palavras são prata, mas o silêncio vale ouro."
A voz do silêncio é a voz de Deus. E falar com Ele é um privilégio maravilhoso acessível a todos nós.
Autor Desconhecido
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Biodanza: método que desenvolve a afetividade
Rolando Toro, criador da biodanza, explica por que a manifestação do amor é o grande desafio deste século.
A biodanza é uma forma de recuperar a espontaniedade que existe em nós.
Há cerca de 60 anos, o psicólogo chileno Rolando Toro criou a biodanza, também conhecida como dança da vida.
"A biodanza é um sistema de integração humana, de renovação da vitalidade e de reeducação afetiva", diz Rolando.
"Essa sensação de pertencer a tudo que está vivo foi perdida em nossa cultura. A civilização atual, considerada racional e objetiva, nos roubou a vivência plena dos nossos sentidos, a vitalidade, a afetividade e até mesmo uma espiritualidade mais enraizada", diz ele.
Qualquer pessoa pode fazer a biodanza, não é necessária nenhuma experiência anterior. "Não é uma dança formal, com uma coreografia que tem de ser aprendida. Pelo contrário, vamos recuperar a naturalidade e a espontaneidade que há em nós", diz Monica Vilhena, professora de grupos de biodanza em São Paulo.
Hoje, existem mais de dois mil grupos de biodanza em todo o mundo e um instituto - o International Biocentric Foundation (IBF), com sede em Santiago, no Chile - dedicado a pesquisar a aplicação da cultura biocêntrica, que fundamenta a biodanza.
O método foi introduzido há 40 anos no país e tem duas escolas de formação de professores em São Paulo: a Escola Paulista de Biodanza, dirigida por Maria Luiza Appy, e a Escola de Biodanza da Zona Sul, sob a direção de Teresa e Mauro Lima.
Em entrevista à revista Bons Fluídos, Rolando Toro conta como podemos desenvolver nossa afetividade e também o nosso potencial de amor através do corpo, da música e da dança. Veja:
Por que vivemos numa sociedade tão agressiva e tão pouco nutridora de afeto?
No fundo, o que todas as pessoas querem é apenas amar e ser amadas. Porém, é exatamente isso o mais difícil de acontecer hoje, pois vivemos numa civilização em que as emoções e os sentimentos são bloqueados. A inteligência não está mais unida à afetividade e é ela que nos faz sentir parte do todo. Também é o afeto que nos dá alegria de viver, a sensação de nos sentirmos vivos, ligados à natureza e aos outros seres humanos. Por isso não temos mais emoção ao vermos a morte de 100, 200 mil pessoas numa guerra.
Mas essa situação não pode se transformar?
Sim, aos poucos, já está mudando. Está nascendo um novo homem, mais inteiro, mais sensível, mais amoroso, que integra, sem medo, seu lado feminino ao masculino. Mas é preciso uma nova educação, uma nova pedagogia para que esses homens sejam em maior número, pois ainda são poucos. Essa tarefa é desenvolvida na International Biocentric Foundation, que usa o conceito do amor à vida na dança (biodanza) e em outros campos do desenvolvimento humano.
Como surgiu a biodanza?
Minha sensação é de ter procurado realizar durante muitos anos o trabalho de aumentar a afetividade no ser humano. Percebi que vivemos numa sociedade doente, em que a vida não é considerada sagrada. Os princípios ideológicos pairam sobre os relacionados à vida, que celebram o amor, a comunhão com os semelhantes, a solidariedade. Busquei por muitos caminhos uma maneira de fazer essa mudança, que precisava ser tanto individual quanto coletiva. Parecia uma quimera sonhar com a formação de um novo ser humano, mas sempre fui estimulado pelo impossível.
Como foi feito o trabalho de recuperar movimentos e danças que celebrassem a vida em diferentes culturas?
As culturas tribais conservam os movimentos naturais, intuitivos, que expressam as emoções. Com elas, aprendi que existia uma espécie de matriz corporal e gestual universal ligada a cada um dos sentimentos. Expressá-las fazia muito bem ao ser humano e era uma forma esplêndida de entrar em contato com o mundo afetivo interno e assim desenvolver nossa afetividade atrofiada. Minha proposta tem a finalidade de resgatar a "selva interior" de cada um, pois considero necessário ver as manifestações instintivas sob uma perspectiva de exaltação da vida e da graça natural.
Qual a relação entre vida e afetividade?
A afetividade é o potencial inato que garante a conservação da vida. A vida se torna sagrada porque a amamos. Vivemos um vazio existencial que tentamos preencher com a busca incessante de juventude, beleza, conforto e consumo, distanciando-nos muito do essencial, que é a vivência do amor, da união, da empatia e da solidariedade.
Quem não recebeu amor ou cuidado durante a infância, por exemplo, como fica?
Pessoas adultas que tiveram uma infância carente podem recuperar boa parte do seu afeto praticando a biodanza. Sou suspeito para falar disso, é claro, mas posso afirmar com total segurança que os efeitos são extraordinários.
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domingo, 28 de outubro de 2012
Estresse: tipos, teste, consequências, tratamentos
O que é o Estresse?
O estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio no organismo.
A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas.
Um dos primeiros estudos sobre estresse foi realizado em 1936 pelo pesquisador canadense Hans Selye, que submeteu cobaias a estímulos estressores e observou um padrão específico na resposta comportamental e física dos animais.
Selye descreveu os sintomas do estresse sob o nome de Síndrome Geral de Adaptação, composto de três fases sucessivas; alarme, resistência e esgotamento. Após a fase de esgotamento era observado o surgimento de diversas doenças sérias, como úlcera, hipertensão arterial, artrites e lesões miocárdicas.
O estresse pode ser dividido em dois tipos básicos: o estresse crônico e o agudo. O estresse crônico é aquele que afeta a maioria das pessoas, sendo constante no dia a dia mas de uma forma mais suave. O estresse agudo é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações traumáticas mas passageiras como a depressão na morte de um parente.
Tipos de Estresse
Entre as principais causas do estresse, devemos citar:
- Mudanças: uma certa dose de mudança é necessária. Entretanto, se as mudanças violentas podem ultrapassar nossa capacidade de adaptação.
- Sobrecarga: a falta de tempo, o excesso de responsabilidade, a falta de apoio e expectativas exageradas.
- Alimentação incorreta: não é apenas importante o que comemos, mas também como comemos.
- Fumar: o cigarro libera nicotina que, na fase de menor concentração, já provoca reações de estresse leve, depois bloqueia as reações do organismo e causa dependência psicológica.
- Ruídos: coloca-nos sempre em alerta, provoca a irritação e a perda de concentração desencadeando reações de estresse, que podem levar até a exaustão.
- Baixa auto-estima: tende a se agravar o estresse nestas pessoas.
- Medo: o medo acentua nas pessoas a preocupação sem necessidade, uma atitude pessimista em relação à vida ou lembranças de experiências desagradáveis.
- Trânsito: os congestionamentos, os semáforos, os assaltos aos motoristas e a contaminação do ar podem desencadear o estresse.
- Alteração do ritmo habitual do organismo: provoca irritabilidade, problemas digestivos, dores de cabeça e alterações no sono.
- Progresso: a agitação do progresso técnico é acompanhada de aumento das pressões e de sobrecarga de trabalho, aumentando os níveis de exigências, qualitativas e quantitativas.
São desses estressores que surgem os principais tipos de estresse que abrangem:
Estresse de Trabalho
Estresse decorrentes de doenças cardíacas e do câncer
Estresse na Infância
Estresse de Envelhecimento
Os tipos de estresse são variados e não se restringem aos citados acima. Mas é mais marcante no nosso cotidiano o estresse do trabalho.
O mundo do trabalho mudou com o avanço das tecnologias. Hoje, o profissional vive sob contínua tensão, pois, além de suas habituais responsabilidades, a alta competitividade das empresas exige dele aprendizado constante e enfrentamento de novos desafios, o que faz com que, muitas vezes, supere seus próprios limites. Isso pode levá-lo ao estresse.
O tipo de desgaste à que as pessoas estão submetidas permanentemente nos ambientes e as relações com o trabalho são fatores determinantes de doenças.
Os agentes estressores psicossociais são tão potentes quanto os microorganismos e a insalubridade no desencadeamento de doenças. Tanto o operário, como o executivo, podem apresentar alterações diante dos agentes estressores psicossociais.
A ansiedade decorrente das preocupações pode gerar insônia, comer demasiadamente, ou o contrário, comer pouco demais . Duas formas de preocupações se destacam: uma cognitiva, com idéias preocupantes, e outra somática, como sintoma de suor, coração disparado, tensão muscular etc.
O estresse surge quando a pessoa julga não estar sendo capaz de cumprir as exigências sociais, sentindo que seu papel social está ameaçado. Então, o organismo reage de modo a dominar as exigências que lhe são impostas. Entretanto, no mundo moderno, não é socialmente aceitável que o estresse cumpra sua função natural de preparar o indivíduo para a fuga ou para a luta. Tal reação seria considerada inadequada do ponto de vista da adaptação dos seres humanos ante um mundo cheio de conflitos e de pseudo-harmonia. Assim, o homem, ao confrontar-se com um estímulo estressor no trabalho é impedido de manifestar reação, ficando prisioneiro da agressão ou do medo, e é obrigado a aparentar um comportamento emocional ou motor incongruente com sua real situação neuroendócrina.
Se durar tempo suficiente essa situação de discrepância entre a reação apresentada e o estado fisiológico real, ocorrerá um elevado desgaste do organismo, o que pode conduzir às doenças.
Alguns estímulos foram classificados, segundo o tempo necessário para produzirem estresse, em estressores de curto prazo e de longo prazo.
Entre os estressores de curto prazo temos o fracasso, a carga de trabalho, a pressão de tempo, ameaça, indução do medo etc e, a longo prazo, as situações de competição, serviços em zonas de perigo, trabalho monótono.
Várias das patologias hoje estudadas pela Medicina do Trabalho têm íntima correlação com o estresse.
O desgaste a que pessoas são submetidas nos ambientes e nas relações com o trabalho é fator dos mais significativos na determinação de doenças. Este trabalho não escapa ao conhecimento médico, mas também é fato que o espaço dedicado na anamnese à investigação destes aspectos é pequeno em relação à sua importância.
No câncer há um colapso da imunidade e resistência do organismo. O fato dos tumores crescerem ou não está relacionado com a eficiência dos processos de imunidade. Assim, se o sistema imunológico encontra-se "desequilibrado", a probabilidade do desenvolvimento da doença aumenta. Como o sistema imunológico é também controlado pelo sistema límbico, podemos acreditar que o paciente com câncer apresenta todo um conjunto de elementos psicossomáticos.
Consequências no Organismo
O estresse pode afetar o organismo de diversas formas e seus sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Existe uma sensibilidade pessoal que reage quando enfrentamos um problema, e essa particularidade explica como lidamos com situações desafiadoras, decidindo enfrentá-las ou não.
Não são só situações ruins que nos deixam estressados. Todas as grandes mudanças que passamos na vida são situações estressantes, mesmo se elas forem boas e que esteja nos fazendo felizes.
A necessidade de ajuste deixa o organismo preparado para "lutar ou fugir", aumentando a pressão arterial e e frequência cardíaca, e contraindo músculos e vasos sanguíneos. Na natureza esta adaptação é necessária visto que o animal precisa tomar uma decisão rápida de defesa ou ataque, mas em se tratando de seres humanos que convivem com diversas situações estressantes, esta reação pode ser prejudicial.
O excesso de estresse pode causar desde dores pelo corpo e queda de cabelo até sintomas sérios como hipertensão e problemas no coração.
O fato de um evento emocional como o estresse afetar o organismo se deve ao íntimo relacionamento entre o sistema imunológico (defesa), sistema nervoso (controle) e sistema endócrino (hormonal). Por isso um estresse intenso pode afetar qualquer um desses sistemas levando à diversidade dos sintomas do estresse.
Sintomas Gerais
Aqui são apresentadas reações gerais, mas mais informações sobre como o estresse afeta o organismo e sobre a gravidade dos sintomas podem ser encontradas no Teste seu Estresse.
Físicos
Dores de cabeça
Indigestão
Dores musculares
Insônia
Indigestão
Taquicardia
Alergias
Queda de cabelo
Mudança de apetite
Gastrite
Dermatoses
Esgotamento físico
Psicológicos
Apatia
Memória fraca
Tiques nervosos
Isolamento e introspecção
Sentimentos de perseguição
Desmotivação
Autoritarismo
Irritabilidade
Emotividade acentuada
Ansiedade
Curiosidades
Estresse social pode matar
Pesquisadores americanos descobriram que o estresse social pode dar início a um processo de destruição do sistema imunológico, levando à morte. Esta foi a conclusão de uma pesquisa feita com ratos, onde detectou-se que o estresse pode estimular à inflamações perigosas. A descoberta, de acordo com os pesquisadores, pode ser muito importante para os seres humanos.
Estresse diminui assiduidade no trabalho
Uma pesquisa publicada na Grã-Bretanha mostra que o estresse está levando os funcionários de empresas a faltarem cada vez mais ao trabalho. O estresse é mais intenso entre pessoas na faixa etária de 35 a 44 anos. O problema aumenta ainda mais entre pessoas que permanecem no mesmo emprego por muito tempo. Os mais estressados estão nas profissões de enfermagem e no magistério. O professor Cooper recomenda que os gerentes de empresas "elogiem e recompensem" seus funcionários ao invés de puní-los, para que o estresse no ambiente de trabalho diminua.
Estilo de vida - Estresse
Uma pesquisa divulgada pela Fundação Britânica para o Coração - British Heart Foundation - mostra que o risco de doenças cardíacas é maior do que se esperava para as mulheres que levam vida sedentária. O estresse no trabalho, a depressão e a falta de alimentação adequada são os principais fatores que levam a ataques cardíacos.
As estatísticas da Fundação para o ano 2000 indicam que o estresse no trabalho - que afeta pelo menos um terço dos homens e mulheres - e a depressão podem prejudicar o coração, mas muita gente acaba piorando as coisas ao tentar buscar alívio. "Fumar, consumir bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, passatempos como assistir à TV, infelizmente são fatores de risco que podem aumentar maciçamente o risco de problemas cardíacos", disse o Professor Andrew Stepped, indicado pela Fundação Britânica do Coração para participar do estudo. Ficar se apressando para ir ao trabalho no dia a dia não é o suficiente. Não é que as pessoas têm que começar a jogar squash imediatamente. Ir à pé de casa até a estação de trem e voltar de novo pra casa à pé pode dar às pessoas a meia hora de exercício físico diário de que elas precisam", disse uma porta-voz da British Heart Foundation.
Pesquisa mostra que homens são mais predispostos ao estresse
Uma pesquisa da Universidade de Cambridge mostra que homens podem ser naturalmente mais predispostos ao stress, mesmo antes do nascimento. A pesquisa mostra que a razão pode ser o maior índice do hormônio cortisona entre os homens do que entre as mulheres.Cientistas examinaram os níveis do hormônio em fetos de carneiros e verificaram que os níveis do cortisona são maiores entre os machos do que entre as fêmeas. Eles acreditam que a descoberta, apresentada no encontro anual da Sociedade de Endocrinologia britânica, também pode ser aplicada aos seres humanos e pode explicar porque os dois sexos reagem de forma diferente ao stress. "Há muito tempo nós sabemos que homens e mulheres respondem de forma diferente a condições de stress", explicou o chefe do estudo, doutor Dino Giussani. "Pensava-se que os motivos eram ambientais, mas agora nós mostramos que essas diferenças são determinadas desde o nascimento", afirmou. O estudo com carneiros mostrou que os machos tinham o dobro de cortisona do que as fêmeas. "Este trabalho também mostra que o sexo masculino pode ser mais predisposto do que o feminino a reagir de forma exagerada a condições de stress mais tarde", disse. Giussani disse que o estudo vai agora continuar com fetos humanos.
Estresse no trabalho, dor nas costas
Uma rotina de trabalho estressante pode ser a causa da dor nas costas de muita gente. Um estudo da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, mostra que as pessoas estressadas acabam usando os músculos errados na hora de pegar alguns objetos. Se essa pessoa for levantar algo pesado, pode acabar com uma dor nas costas. Além disso, os pesquisadores acreditam que algumas pessoas com certos tipos de personalidade têm maior tendência a dores nas costas. Esse é o caso das pessoas mais introvertidas - descoberta que deixou intrigados os cientistas.
Estresse e cafézinho
Tomar muito café prejudica a produtividade no trabalho, de acordo com uma pesquisa encomendada por uma fábrica de água mineral.Segundo os pesquisadores, o consumo de 3,5 xícaras de café acarreta lapsos de concentração e ajuda a aumentar o stress. Os resultados da pesquisa também condenam o excesso de chá, que, de acordo com os pesquisadores contratados pela fabricante de água mineral Volvic, produz efeito similar aos do café por meio do aumento do nível de cafeína no organismo. A pesquisa foi feita com mil pessoas que trabalham em escritórios. Desse total, 76% disse que tomava café, chá ou refrigerantes que contêm cafeína pelo menos três vezes por dia.
Teste
A evolução do estresse se dá em três fases: alerta, resistência e exaustão.
Neste teste é avaliada em que fase o seu estresse se encontra com base em alguns sintomas que costumam estar relacionados a cada uma delas.
É importante alertar que as formas pelas quais o estresse se manifesta podem mudar muito de pessoa para pessoa e que este teste é apenas uma referência. Em caso de dúvida deve-se procurar um médico para um aconselhamento mais preciso.
Fase de alerta
A primeira fase ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor e o seu corpo perde o seu equilíbrio.
Tem-se os seguintes sintomas:
Mãos e/ou pés frios
Boca seca
Dor no estômago
Aumento de sudorese
Tensão e dor muscular por exemplo na região dos ombros
Aperto na mandíbula/ranger os dentes ou roer unhas/ponta da caneta
Diarréia passageira
Insônia
Taquicardia
Respiração ofegante
Hipertensão súbita e passageira
Mudança de apetite
Agitação
Entusiasmo súbito
Se você tem menos que 7 desses sintomas é possível que o seu corpo não esteja sendo afetado pelo estressor.
Lembramos mais uma vez que este teste não é muito preciso e que casos de estresse podem se manifestar de formas diferentes.
Se você tem 7 ou mais destes sintomas é provável que já tenha atingido a fase de ALERTA.
Continue o teste.
Fase da resistência
Na segunda fase o corpo tenta voltar ao seu equilíbrio.
O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo.
Tem-se os seguintes sintomas:
Problemas com a memória
Mal-estar generalizado
Formigamento nas extremidades
Sensação de desgaste físico constante
Mudança de apetite
Aparecimento de problemas dermatológicos
Hipertensão arterial
Cansaço constante
Gastrite prolongada
Tontura
Sensibilidade emotiva excessiva
Obsessão com o agente estressor
Irritabilidade excessiva
Desejo sexual diminuído
Se você tem menos que 4 desses sintomas sua fase de estresse é de ALERTA.
Se você tem 4 ou mais destes sintomas você provavelmente já atingiu a fase de alerta e ultrapassou.
Continue com o teste.
A Fase da Exaustão
A exaustão é a terceira fase do estresse.
É perigosa pois se tem diversos comprometimentos físicos em forma de doença.
Os sintomas são:
Diarreias frequentes
Dificuldades sexuais
Formigamentos nas extremidades
Insônia
Tiques nervosos
Hipertensão arterial confirmada
Problemas dermatológicos prolongados
Mudança extrema de apetite
Taquicardia
Tontura frequente
Úlcera
Impossibilidade de trabalhar
Pesadelos
Apatia
Cansaço excessivo
Irritabilidade
Angústia
Hipersensibilidade emotiva
Perda ou alterações do senso de humor
Se você teve menos que 9 desses sintomas nos últimos três meses sua fase de estresse é RESISTÊNCIA.
Se você teve 9 destes sintomas nos últimos três meses sua fase de estresse é EXAUSTÃO e deve-se procurar ajuda médica.
Se você se enquadra em alguma das fases aqui mostradas deve-se procurar alguma forma de tratamento adequado.
Tratamentos
Tratamentos convencionais
Remédios
Somente um profissional poderá indicar o melhor remédio para cada caso, porém os mais utilizados são: calmantes, anti-depressivos entre outros.
Alimentação
Durante o processo de estresse, o organismo perde muitas vitaminas e nutrientes, portanto para repor essa perda é recomendado comer muitas verduras e frutas, pois são ricas em vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio e manganês. Brócolis, chicória, acelga e alface são ricos nesses nutrientes. O cálcio pode ser reposto com leite e seus derivados.
Atividade Física
Qualquer atividade física proporciona benefícios ao organismo, melhorando as funções cardiovasculares e respiratórias, queimando calorias, ajudando no condicionamento físico e induzindo a produção de substâncias com caráter relaxante e analgésico, como a endorfina.
Segundo pesquisas realizadas na UNIFESP-EPM, a atividade física mais eficaz é a natação, pois além de obter todos os benefícios do esporte, tem menores riscos de lesões.
Tratamentos não convencionais
Medicina alternativa consiste em tratamentos não convencionais, ou seja, não há uso de remédios ou cirurgia. Entre estes tratamentos alternativos podem ser citados: fitoterapia, acupuntura, cromoterapia, reiki, entre outros.
Alguns deles não são aceitos na comunidade científica ou por médicos. Apesar disto, em algumas pessoas estes tratamentos podem ter um efeito placebo. Esse efeito consiste em uma modulação psíquica do sistema imunológico.
Fitoterapia
Este é um tratamento feito com plantas. Apesar de natural, dependendo da dose pode causar intoxicação. Algumas plantas recomendadas para o combate ao estresse são: melissa, rosa branca, valeriana, maracujá.
Acupuntura
Esta é uma técnica chinesa que consiste em aplicações de agulhas em locais específicos do corpo estimulando neurônios que ativam vários sistemas, como endócrino e o imunológico. Isto tem como resultado uma melhora geral do corpo.
Reiki
É uma técnica japonesa que consiste em reequilibrar a energia do corpo. As trocas de energias são feitos entre as mãos e pontos energéticos específicos (chakras).
Massagem
Há várias técnicas de massagem, dentre elas podem ser citadas shiatsu, quick massage dentre outras. Todas as técnicas de massagem tentam promover um equilíbrio físico, mental e energético.
Dança / Bioenergética
Através de movimentos de expressão corporal, cria-se um processo de harmonia com o corpo, mente e espírito.
Aromaterapia
É um tratamento feito a base de aromas. Alguns odores causam prazer ajudando a restabelecer a saúde.
Cromoterapia
É um tratamento feito com cores. As ondas eletromagnéticas que as cores emitem, ativam a imaginação, trazendo uma reação positiva ao organismo. As cores indicadas para o estresse são: verde, violeta e azul.
Fonte: http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2001/grupo2/index.htm
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