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quinta-feira, 1 de julho de 2021

Luxo! Luxo? Luxo...

 




Luxo! Luxo? Luxo...



Nos fizeram acreditar que o luxo era o caro, o raro, o exclusivo...

Enfim, tudo o que nos parecia inalcançável...


Agora nos demos conta,

de que luxo eram aquelas pequenas coisas

que não sabíamos valorizar...


Luxo é estar saudável,

luxo é não precisar de hospital,

luxo é poder sair na rua,

luxo é poder andar sem máscara,

luxo é poder respirar ao ar livre,

luxo é poder se reunir com família e amigos,

luxo é olhar nos olhos com alegria,

luxo é poder beijar e abraçar,

luxo é desfrutar cada amanhecer,

luxo é ser livre para cantar, orar, dançar, amar,

luxo é poder caminhar na praia ou no campo,

luxo é sentir cheiro de flor e de café coado,

luxo é dançar na chuva e pisar na terra molhada,

luxo é colher fruta no pé e se lambuzar de sabor,

luxo é simplicidade,

luxo é proximidade,

luxo é amorosidade,

luxo é sentir o cheiro das manhãs e das noites,

luxo é estar vivo e viver!


Luxo é ter empatia,

luxo é ser solidariedade,

luxo é praticar compaixão!



Desconheço a autoria



sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Época de Pastores (Antroposofia)



A Bíblia nos relata que na noite santa chegam para admirar o menino Deus os pastores do campo e os anjos do Senhor. Ambos declaram a fórmula específica que acompanha este nascimento: “revelado seja o Deus nas alturas e paz na Terra aos seres humanos que têm boa vontade”.

Para conseguir que algo maior nasça dentro de nós, não precisamos de conhecimento. Só é necessário boa vontade para conseguir “paz na terra”, ou seja, confraternização e respeito entre os homens e em relação as outras criaturas vivas do planeta.

Quando o homem decide por si mesmo que vai atuar com bom senso e boa vontade, espalhando paz na terra, os seres superiores, os anjos, assintem-no, fortalecendo essa decisão. Para fazer brotar esse Eu superior é necessária , principalmente, a qualidade do coração quente, sensível, como a dos pastores que se dirigem ao estábulo para contemplar e cumprimentar a chegada do Mestre.

Mas como não basta só ter boa vontade para caminhar pelo mundo, precisamos também de sabedoria e conhecimento, para fundir ao coração sensibilizado. Senão o caminho se torna enganoso e perigoso. É a chegada, em 6 de janeiro, dos reis magos, dos homens de sabedoria, que representa essa união entre a intuição pura dos pastores e o conhecimento secular. Representa também o fim do ciclo, que se esgotou, representado pela meta dos dez mandamentos, em um novo, onde a única lei é “amem aos outros como a si mesmo”.

Quem começa a caminhar em dezembro de cada ano desta forma, vai andar o maravilhoso percurso da transformação do conhecimento e da sabedoria na capacidade de amar sempre mais, até que a paz se estabeleça na terra. Também vai poder transformar o condicionamento do dez mandamentos:  “não pode... não deve..."na capacidade de poder ser livre para realizar o que for necessário ser realizado.

Este é o caminho da digna liberdade de agir a partir da própria força, longe das amarras do condicionamento religioso e social e consciente da própria responsabilidade. Dos atos de cada um, e unicamente deles, virão as consequências dos erros e dos acertos na caminhada anual.

Texto de Evelyn Scheven
Do livro O Caminho Do Cristo

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Mas...



"... Gastamos mais, mas temos menos, compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores, mais conforto e menos tempo.
Temos mais graduações acadêmicas, mas menos sentimentos comuns, maior conhecimento, mas menor capacidade de julgamento, mais peritos, mas mais problemas, melhor medicina, mas menos bem-estar.
Bebemos demasiado, fumamos demasiado, desperdiçamos demasiado, rimos muito pouco.
Movemo-nos muito rápido, nos irritamos demasiado, mantemo-nos muito tempo acordados, amanhecemos cansados, lemos muito pouco, vemos televisão demais e oramos raramente.

Multiplicamos o nosso patrimônio, mas reduzimos os nossos valores.
Falamos demasiado, amamos demasiado pouco e odiamos muito frequentemente.
Aprendemos a ganhar a vida, mas não a vivê-la.
Adicionamos anos às nossas vidas, não vida aos nossos anos.
Conseguimos ir à lua e voltar, mas temos dificuldade em cruzar a rua para conhecer um novo vizinho.
Conquistamos o espaço exterior, mas não o interior.
Temos feito grandes coisas, mas nem por isso melhores.

Limpamos o ar, mas contaminamos a nossa alma.
Conquistamos o átomo, mas não nos libertamos dos nossos preconceitos.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos..

Planejamos mais, mas desfrutamos menos..
Aprendemos a apressar-nos, mas não a esperar.

Produzimos computadores que podem processar maior informação e difundi-la, mas nos comunicamos cada vez menos e menos.

Estamos no tempo das comidas rápidas e digestões lentas, de homens de grande estatura e de pequeno caráter, de enormes ganhos econômicos e relações humanas superficiais.

Hoje em dia, há dois ordenados, mas mais divórcios, casas mais luxuosas, mas lares desfeitos.

São tempos de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moral descartável, encontros de uma noite, corpos obesos, e pílulas que fazem tudo, desde alegrar e acalmar, até matar.

São tempos em que há muito na mostra e muito pouco no armazém.
Tempos em que a tecnologia pode fazer-te chegar esta carta, e em que tu podes optar por partilhar estas reflexões ou simplesmente excluí-las.

Lembra-te de passar algum tempo com os teus entes queridos, porque eles não estarão aqui para sempre.
Lembra-te de ser amável com quem agora te admira, porque essa pessoa crescerá muito rapidamente e se afastará de ti.
Lembra-te de abraçar quem está perto de ti, porque esse é o único tesouro que podes dar com o coração, sem que te custe nem um centavo.
Lembra-te de dizer "eu te amo" ao teu companheiro(a) e aos teus seres queridos, mas, sobretudo, di-lo com sinceridade.



Um beijo e um abraço podem curar uma ferida, quando se dão com toda a alma.
Dedica tempo para amar e para conversar, e partilha as tuas ideias mais apreciadas.
E nunca esqueças: 'A vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas pelos extraordinários momentos que passamos juntos'."

Por George Carlin
Comediante e Filósofo

sábado, 24 de novembro de 2012

Quem sou eu?



"Eu sou quem quer que você pense que eu sou,
porque isso depende de você.

Se você olhar para mim num vazio total,
eu serei de uma maneira.

Se olhar para mim com idéias na mente,
essas idéias vão me colorir.

Se se aproximar de mim com preconceito,
então serei de outra maneira.

Eu sou apenas um espelho.

A sua face será refletida nele.

Assim,
depende da maneira como me olha.

Eu desapareci completamente;
portanto,
não posso impor a você quem sou.

Nada tenho para impor.

Existe apenas um vácuo,
um espelho.

Agora você tem completa liberdade.

Se quiser realmente saber quem sou,
você precisa estar
tão absolutamente vazio quanto eu.

Desse modo,
dois espelhos estarão um diante do outro,
e só o vazio será refletido.

Um vazio infinito será refletido:
dois espelhos se olhando.

Mas se existir em você alguma idéia,
então,
você verá sua própria idéia em mim."

Autor Desconhecido

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Deus falando com voce (Baruch Spinoza)


"Pára de ficar rezando e batendo o peito! 

O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. 

Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti. 

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. 

Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. 

Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. 

Pára de me culpar da tua vida miserável: 

Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. 

O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. 

Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer. 

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. 

Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... 

Não me encontrarás em nenhum livro! 

Confia em mim e deixa de me pedir. 

Tu vais me dizer como fazer meu trabalho? 

Pára de ter tanto medo de mim. 

Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. 

Eu sou puro amor. 

Pára de me pedir perdão. 

Não há nada a perdoar. 

Se Eu te fiz... 

Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. 

Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? 

Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? 

Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? 

Que tipo de Deus pode fazer isso? 

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti. 

Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. 

A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. 

Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas. 

Eu te fiz absolutamente livre. 

Não há prêmios nem castigos. 

Não há pecados nem virtudes. 

Ninguém leva um placar. 

Ninguém leva um registro. 

Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. 

Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. 

Vive como se não o houvesse. 

Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. 

Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. 

E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. 

Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... 

Do que mais gostaste? 

O que aprendeste? 

Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. 

Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar. 

Pára de louvar-me! 

Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? 

Me aborrece que me louvem. 

Me cansa que agradeçam. 

Tu te sentes grato? 

Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. 

Te sentes olhado, surpreendido?... 

Expressa tua alegria! 

Esse é o jeito de me louvar. 

Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. 

A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? 

Para que tantas explicações? 

Não me procures fora! 

Não me acharás. 

Procura-me dentro... aí é que estou." 

As palavras acima são de Baruch Spinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século 17 dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno. Acredite, essas palavras foram ditas em pleno Século 17. 

Dê um belo presente a você mesmo! 

Aumente a conscientização de ser você mesmo e de viver com mais liberdade e alegria!   

domingo, 11 de novembro de 2012

Mulheres Celtas


As mulheres de origem Celta eram criadas tão livremente como os homens. 

A elas era dado o direito de escolherem seus parceiros e nunca poderiam ser forçadas a uma relação que não queriam. 

Eram ensinadas a trabalharem para que pudessem garantir seu sustento, bem como eram excelentes amantes, donas de casas e mães. 

A primeira lição era: “Ama teu homem e o segue, mas somente se ambos representarem um para o outro: amor, companheirismo e amizade.” 

Jamais permita…

Jamais permita que algum homem a escravize: você nasceu livre para amar, e não para ser escrava. 

Jamais permita que o seu coração sofra em nome do amor. 

Amar é um ato de felicidade, por que sofrer? 

Jamais permita que seus olhos derramem lágrimas por alguém que nunca fará você sorrir! 

Jamais permita que o uso de seu próprio corpo seja cerceado. 

Saiba que o corpo é a moradia do espírito, por que mantê-lo aprisionado? 

Jamais se permita ficar horas esperando por alguém que nunca virá, mesmo tendo prometido! 

Jamais permita que o seu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome você sequer sabe! 

Jamais permita que o seu tempo seja desperdiçado com alguém que nunca terá tempo para você! 

Jamais permita ouvir grito em seus ouvidos. 

O amor é o único que pode falar mais alto! 

Jamais permita que paixões desenfreadas transportem você de um mundo real para outro que nunca existiu! 

Jamais permita que os outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-os virar um grande pesadelo! 

Jamais acredite que alguém possa voltar quando nunca esteve presente! 

Jamais permita que seu útero gere um filho que nunca terá um pai! 

Jamais permita viver na dependência de um homem como se você tivesse nascido inválida! 

Jamais se ponha linda e maravilhosa a fim de esperar por um homem que não tenha olhos para admirá-la! 

Jamais permita que seus pés caminhem em direção a um homem que só vive fugindo de você! 

Jamais permita que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar o brilho dos seus olhos a dominem, fazendo arrefecer a força que existe dentro de você! E, sobretudo, jamais permita que você mesma perca a dignidade de ser mulher!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Onde tudo começa?


"Tudo começa no coração. 

Pulsar de vida em ação e emoção. 

Conexão direta com a fonte do Eu Sou. 

No processo de evolução 
é imprescindível "soltar", liberar, desapegar, confiar... 
só então 
a conexão real com o coração tem início, 
com o aspeto iluminado e divino de si mesmo, 
com o ilimitado. 

O começo do processo é curar o coração, 
curando através da Verdade. 

E o universo das verdades é muito simples: 
é sobre o amor. 

Uma vez acessado o amor toda a cura é possível, 
porque as portas para a abundância se abrem. 

É uma viagem de volta ao amor próprio, 
à luz pessoal, 
e à capacidade de ancorar esta energia. 

Christine Day

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Meditação: A Mente Humana x O Cérebro Humano


Inicialmente, é importante diferenciar a mente do cérebro. Aqui temos duas coisas distintas, que trabalham em conjunto, pelo menos enquanto a consciência do homem está somente vinculada aos sentidos correspondentes ao mundo tridimensional.

O cérebro não é mente e tão pouco a mente está no cérebro. Ambos podem ser separados sem nenhum prejuízo para os dois, e isso é perfeitamente possível de se comprovar nas experiências extra-corporais conscientes. 

Cérebro é apenas um instrumento, o mais sensível e complexo do organismo para a veiculação ou expressão da matéria mental (Manas). 

Em diferentes experiências relacionadas ao esoterismo, uma pessoa pode pensar e sentir-se livre do cérebro físico, e experimentar uma sensação de total liberdade e expansão; seus pensamentos ficam mais claros, sua compreensão por vezes, é instantânea, e seus sentimentos, mais puros e elevados. 

Isso prova, aliás, sobre as ilimitadas possibilidades inimagináveis ao homem comum, pois suas emoções também continuam existindo, junto com seu pensamentos, fora do corpo físico. 

Apesar disso tudo, isto é, apesar de todas essas potencialidades latentes, estamos ainda longe de alcançar o objetivo da meditação, e, o objetivo final, só estará ao nosso alcance quando vencermos a maior de todas as nossas dificuldades - nossa própria mente!

Sem dúvida, é graças à mente humana que o homem conseguiu chegar ao atual estágio tecnológico. Avanços gigantescos foram realizados pela ciência e muitos desses avanços foram direcionados para benefícios em prol da humanidade em geral.

Entretanto, é essa mesma mente a responsável pela destruição, pela morte, pela fome, pela miséria e desgraça de tantas pessoas.

Como é possível existirem tantos paradoxos em torno disso?

A resposta é simples: a mente, quando dominada e purificada, torna-se o maior meio pelo qual a Divindade pode se fazer presente entre os homens. Por outro lado, a mente, quando escrava das paixões, dos desejos e vícios, é a natureza do mal, só que com o poder de afetar até mesmo os destinos desse Planeta. 

A mente é uma máquina desconhecida e completamente descontrolada; logo, é muito perigosa. Muitas vezes, uma frase como essa chega a ferir a susceptibilidade das pessoas, pois ninguém admite possuir uma mente sem controle. Admitir essa realidade, é admitir que não se tem controle sobre si mesmo, que não se conhece a si próprio e que se é um perigo; pois, no nosso estado atual, é bastante difícil diferenciar nossos pensamentos daquilo que somos em essência. 

Não importando a maneira pela qual nossa mente atua, seremos sempre a extensão de nossos pensamentos, uma consequência de nossos processos mentais; por isso, não poderíamos ser diferentes do que somos hoje. 

Mas, se ainda assim alguma pessoa discorda dessas colocações, e acha desnecessário ou perda de tempo insistirmos na importância da meditação ou na exploração e desenvolvimento da mente, podemos, então, questionar: 

Alguém é capaz de prever com qual tipo de pensamento sua mente estará entretida nos próximos segundos ou minutos?

Alguém pode, segundo sua vontade pessoal, colocar em sua mente esse ou aquele tipo de pensamento durante horas, afastando todos os outros pensamentos inoportunos? 

Alguém pode esvaziar completamente sua mente durante horas, dando lugar a uma nova realidade, situada além dos processos mentais?

Pois bem! Essa pessoa estará absolutamente certa ao afirmar que, para ela, já não é mais necessário tanta dissertação, pois isso pertence ao passado. Nós não temos controle sobre nossa mente, somos joguetes, folhas a balançar ao sabor do vendaval das emoções, ou ao sabor das tempestades de ira, luxúria, cobiça, etc.

Controlar uma máquina é ter domínio sobre ela; desligá-la e ligá-la quando necessário; modificar sua velocidade, otimizá-la e direcioná-la para objetivos determinados. É isso o que precisamos aprender a fazer com nossa mente. 

É possível? Obviamente! 

Não foi por acaso a vinda de tantos iluminados verdadeiros ao nosso planeta. De Zoroastro, passando por Jesus, até, mais recentemente, Krishnamurti e Samael Aun Weor. Todos afirmaram sempre o mesmo: Homem, conheça-te, domina-te a ti mesmo. Todos o fizeram, em maior ou menor grau. E, quanto maior foi o grande auto-conhecimento e auto-domínio desses seres de luz, mais abrangente foi a mensagem e maior a luz projetada sobre a humanidade.

Extraído e adaptado do Curso de Meditação da Gnose

O que é Meditação?

Boa pergunta. Não há resumo de descrições, teorias, manuais, textos ou idéias sobre isso. Existem centenas de escolas de meditação que incluem orações, reflexões, devoção, visualização e uma grande quantidade de modos para acalmar e focalizar amente. 

A meditação perceptiva (bem como outras disciplinas semelhantes) busca, em especial, levar a compreensão para a mente e o coração.

Começa com um treino de consciência e um processo de exame interior. 

A partir desse ponto de vista, perguntar "O que é meditação?" seria o mesmo que perguntar "Que é a mente?" ou "Quem sou eu?" ou "Que significa estar vivo ou ser livre?" - perguntas a respeito da natureza fundamental da vida e da morte. 

Devemos responder a essas questões dentro de nossa própria experiência, através de um descobrimento interno. 

Este é o núcleo, o coração, a essência da meditação.

À medida em que levamos a graça e a harmonia da virtude para dentro de nossa vida interior, também podemos começar a estabelecer uma ordem exterior, um senso de paz e clareza. 

Este é o domínio da meditação formal e isto começa treinando-se o coração e a mente na concentração. 

Significa serenar a mente e juntar a mente e o corpo, focalizando nossa atenção sobre nossa experiência no momento presente.

A habilidade de concentrar e estabilizar a mente é a base de todos os tipos de meditação e é, na verdade, uma habilidade básica para qualquer empreendimento ou esforço, seja para as artes, o atletismo, para a programação de computadores ou para o autoconhecimento. 

Na meditação, o desenvolvimento do poder da concentração surge através do treino sistemático e pode ser feito usando-se uma série de meios, entre os quais:
  • a respiração, 
  • a visualização, 
  • um mantra ou 
  • um sentimento especial como a gentileza amorosa.

Jack Kornfield, Buscando a Essência da Sabedoria, uma máxima antiga encontrada no Dhammapada resume a prática do ensinamento do Buda em três simples princípios de treinamento: 
  • abster-se de todo o mal, 
  • cultivar o bem e 
  • purificar a própria mente. 

Esses três princípios formam uma sequência gradual de estágios, progredindo do externo e preparatório para o interno e essencial. 

Cada estágio leva naturalmente em direção ao outro que o segue, e a culminação dos três na purificação da mente torna claro que o coração da prática budista é encontrado aqui.

Purificação da mente como entendido no ensinamento do Buda é o esforço contínuo em limpar a mente das impurezas, aquelas forças obscuras e não-saudáveis que correm por baixo do fluxo superficial da consciência, viciando nossos pensamentos, valores, atitudes e ações. Dentre as impurezas, destacam-se três, as quais o Buda descreve como "raízes do mal" - cobiça, ódio e ilusão - a partir das quais emergem numerosas derivadas e variantes, como raiva e crueldade, avareza e inveja, comparação com os outros e arrogância, hipocrisia e vaidade, e uma multiplicidade de visões errôneas.

O trabalho de purificação deve se edificar no mesmo lugar onde as impurezas surgem, ou seja, na própria mente, e o principal método para a purificação da mente oferecido pelo Dharma é a meditação. 

Meditação, no treinamento budista, não é nem uma jornada para êxtases auto-efusivos, nem uma técnica caseira de psicoterapia, mas um cuidadoso e elaborado método de desenvolvimento mental - preciso e eficiente na prática - para alcançar a pureza interna e a liberdade espiritual.

Bhikkhu Bodhi, A Purificação da Mente

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

...o mundo é...


"O mundo é um pensamento encadeado.
Quando algo se consolida,
os pensamentos libertam-se.
Quando algo se desfaz,
os pensamentos encadeiam-se."

Novalis

sábado, 7 de julho de 2012

O que significa a liberdade?


"Liberdade 
é uma palavra 
que o sonho humano alimenta, 
não há ninguém que explique 
e ninguém que não a entenda."

Cecília Meireles

sábado, 2 de junho de 2012

Dependência Emocional: Todos nós queremos ser livres


Todos nós queremos ser livres e ter nossas decisões e atitudes respeitadas, aprovadas e, se possível, aplaudidas pelos que nos cercam.


Todos queremos ser amados e aceitos, até mesmo por aqueles que não estão diretamente relacionados conosco.


Queremos ser felizes, e não podemos conceber que essa felicidade não seja resultado daquilo que nos acontece todos os dias.


E, se realmente é assim que sentimos e pensamos, temos que admitir que muitas decisões e atitudes daqueles que convivem conosco, nos afetam profundamente, e têm consequências imediatas em nossa vida.

A simples afirmação de que somos todos um reafirma essa verdade universal, lembrando-nos de nossa integração e interdependência. Quando nos sentimos integrados ao todo, percebemos claramente que ela demanda uma grande responsabilidade e uma profunda compreensão. 


Responsabilidade em considerar o interesse no todo em todas as nossas escolhas, e compreensão, para respeitar e aceitar as escolhas que as demais partes do todo fazem a cada momento.


Tudo isso parece muito lindo, quando as escolhas empreendidas por nossos semelhantes não resultem em frustração de algum desejo nosso, ou a não realização de nenhum de nossos planos.

Quando algum de nossos conhecidos, vizinhos, amigos, companheiros de trabalho ou familiares nos nega aquilo que julgamos imprescindível à nossa felicidade, a tese da liberdade irrestrita cai por terra, e o outro, que até então era um ser tão livre e soberano quanto nós, passa a ser responsabilizado pelo nosso sofrimento e desdita.

O Guia nos diz que culpar os outros pela nossa infelicidade é, em última análise, negar-lhes o bem mais precioso da existência, ou seja, a liberdade.


O Guia nos mostra claramente que a parte de nós que quer ver satisfeitos todos os seus desejos, e aprovadas todas as suas atitudes, é aquela parte que não se tornou adulta, porque continua colocando nas mãos dos outros não apenas a satisfação de suas necessidades, mas a sua própria felicidade.

Segundo o Guia, o ser humano verdadeiramente adulto, assume a responsabilidade pela satisfação de suas reais necessidades, buscando-a na interação com os semelhantes, compreendendo que nem sempre elas serão totalmente satisfeitas, e que raramente as atitudes que tomamos para satisfazê-las contarão com a colaboração, aceitação e aplauso de todos.

Segundo o Guia, deixar os outros livres para escolher o que desejam fazer, respeitar suas escolhas, livrar-se da necessidade de vencer a qualquer custo, aceitar perder disputas e habituar o ego a abrir mão de seus desejos, em nome de relações mais justas, são atitudes que despertam nossa verdadeira força e nos torna vencedores.

Aceitar que aqueles que amamos não nos amem com a mesma intensidade, ou simplesmente não gostem de nós, compreender que nossos colegas de trabalho podem decidir se empenhar em projetos diferentes dos nossos, entender que nossos filhos podem ter e defender idéias até mesmo opostas às nossas.


Respeitar posicionamentos, hábitos e costumes de nossos vizinhos estrangeiros, são exemplos simples de atitudes onde o ego deve ser vencido para que o ser humano e transcendente em nós seja o vencedor.

O Guia afirma que a verdadeira vitória acontece quando nosso ego desiste de vencer. E ela acontece porque quando neutralizamos o ego, entramos em contato com nosso centro de poder e o colocamos á serviço da totalidade.


Quando reconhecemos nos outros o direito de ser, seja esse ser favorável a nossos anseios ou não, reconhecemos nosso próprio direito ao prazer e à felicidade.

Como consequências imediatas desse reconhecimento da liberdade do outro, seremos mais diretos e assertivos em nossas escolhas, mais espontâneos em nossos relacionamentos e mais verdadeiros em nossas atitudes, porque não precisaremos mais comprar aceitação e aprovação de ninguém.


Só em contato com nossa própria essência, podemos ser, ao mesmo tempo, fiéis a nós mesmos, e a todos os seres do universo.

Porque somos todos um.


Eva Pierrakos - o Guia

Meditação:


Sente num ambiente calmo e tranquilo. Os pés devem estar firmes no chão, as mãos colocadas sobre as pernas e os olhos fechados do começo ao fim.

Veja-se num campo tendo à sua frente tudo aquilo que você deseja.


Corra na direção do que mais deseja e perceba que você não está conseguindo chegar lá por ter presa à sua cintura uma corda que está amarrada numa pedra.

Esta pedra representa suas dependências emocionais: suas desculpas, suas crenças, sua falta de fé, a sua tendência a acreditar mais nos outros...

Respire uma vez e usando toda sua força de imaginar pegue um machado de ouro, vire seu corpo para trás, rompa esta corda e saia correndo alcançando o que mais você quer.

Então respire e abra os olhos.

Izabel Telles

segunda-feira, 12 de março de 2012

Como voce se defende? Que máscara voce usa?


"Mecanismos de defesa não curam. Na melhor das hipóteses, são curativos emocionais que você põe sobre os ferimentos, como para estancar o fluxo do medo e da dor. Tal como ocorre com os ferimentos físicos, mais cedo ou mais tarde você precisa tirar os curativos para que a cura aconteça. Do contrário, o ferimento se infecciona, e a dor se espalha.

O fortalecimento e a cura costumam começar com o afastamento de mecanismos de defesa como o medo, negação, repressão, cinismo, raiva, controle, abuso de substâncias, distúrbios alimentares, etc. As defesas garantem espaço, mas não o curam, não o fortalecem e não resolvem seus problemas. Na verdade, podem aumentar seus problemas, caso você insista em ficar com eles.

Um mecanismo de defesa protege você de qualquer coisa "excessiva", ou seja, medo em demasia, dor em demais, tristeza em demasia, estresse em demasia e também amor em demasia, alegria em demasia, criatividade em demasia, Deus em demasia. Um professor que tive, disse certa vez: 'O homem se defende do medo porque se defende de Deus. Quando você diz 'sim' para Deus, o medo vai embora'.

Mecanismos de defesa são coisas do ego. Quando você se defende, está defendendo seu ego, seus medos, suas fraquezas imaginárias. Aquilo que você defende torna-se real, ou seja, quanto mais você defende o seu ego, mais você se identifica com ele e mais se abriga do verdadeiro espírito, da verdadeira inspiração e do verdadeiro poder.

Dizer que as defesas o fortalecem é um mito. Não é possível ficar na defensiva e ser livre. Não é possível reprimir emoções e se sentir íntegro. Não é possível erguer um muro à sua volta e se ligar a Deus. Não é possível ficar ao lado do medo e também ficar aberto ao amor.

Afastar as defesas abre caminho para a verdadeira cura, o verdadeiro amor e a verdadeira força. Quando você sente alegria, está ouvindo seu espírito. Não é o perigo que vem quando você abaixa suas armas. É a cura. É a alegria. É a inspiração. É a liberdade".

Robert Holden
In "Mudanças acontecem"